Uma babá quase perfeita. escrita por Atena


Capítulo 3
A escolhida.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiii, tudo bom com vocês? Após vários pedidos para escrever essa fanfic, enfim eu escrevi um cap Aeeeee!!! Palmas, palmas.
Espero muito que vocês gostem desse capítulo, que tem algumas novidades sobre a Felicity. Não vou me enrolar aqui, podem ler.



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Estacionei meu pequeno carro caindo aos pedações na frente da enorme e elegante casa que morei durante os primeiros 15 anos da minha vida. Desembarquei do carro e respirei fundo olhando fixo para a janela do quarto que já me pertenceu um dia. Realmente é um lugar lindo de verdade, eu achava que era o meu castelo particular, até que meu pai resolveu trair a minha mãe, então eu tive que deixar tudo isso para trás, meu quarto, o jardim que tanto amava, meu balanço que ficava em uma árvore nos fundos da casa, tudo foi deixado.

Logo que nos mudamos para um apartamento pequeno no centro de Star eu sentia uma tremenda falta dessa casa e de todas as minhas coisas, sentia falta até do cretino do meu pai e das suas invenções tecnológicas. Mas hoje em dia não sinto falta de nada.  

Foi um momento difícil na minha vida, era acostumada a ter tudo, ver meu pai e minha mãe sempre juntos e do nada tudo mudou. Mamãe precisou voltar a trabalhar porque não aceitava nada vindo do meu pai, exceto a minha pensão, que ela depositava em uma conta bancária para quando eu estivesse na faculdade. Meu pai por sua vez, só esperou a gente sair de casa para colocar a amante de baixo do teto que vivemos durante anos. Eu o odeio, odeio por ter deixado minha mãe triste por muitos anos e por ter esquecido que eu era filha dele.

Mas agora eu estou aqui, parada na frente da casa que guardo boas lembranças, prestes a pedir dinheiro para o meu pai, na verdade, me humilhar, porque jurei nunca mais pedir nada dele. No entanto, minha mãe está na pior como eu, com algumas contas atrasadas e o aluguel, não posso mais pedir nada a Diggle, porque já pedi tanta coisa, então só me restou o cretino do meu pai.

Que merda que está acontecendo na minha vida?

Era para estar tudo caminhando perfeitamente. Estabilidade financeira e emocional, um bom trabalho, um carro melhor do que o meu, não desmerecendo o carro do vovô, mas ele já está velhinho. Bom, ao menos era isso que o meu eu de 17 anos pensava. Porque o meu eu do presente, está afundando em contas e agora vai pedir dinheiro emprestado para o homem que mais odeia na face da terra.

Sinto-me derrotada. Mas essa é a minha última saída, o Queen não entrou em contato comigo e John disse que ele já havia feito uma escolha, então, caso fosse eu, Oliver já teria entrado em contato comigo, e isso não aconteceu.

Mando para longe a vontade de dar meia volta e bato na enorme porta de madeira da mansão do meu pai, aquela porta que é o sonho de princesa de todo mundo. A senhoria de cabelos grisalhos e pele enrugada abre a porta para mim e eu quase pulo nos seus braços.

— Beth! — exclamei, apertando meus braços ao redor do corpo rechonchudo da mulher que sempre foi uma segunda mãe para mim.

— Querida, quantas saudades de você. — Beth retribuiu o abraço e eu me demorei longos minutos matando a minha saudade, até que tive que me afastar dela.

— Também senti saudades sua.

Ela sorriu e segurou meu rosto com suas delicadas mãos.

— Está tão linda, menina. — disse, jogando meus cabelos para trás. — Por que não veio me visitar?

Deixei meus ombros caírem e suspirei. Por mais que sentisse uma enorme saudade de Beth e da sua comida, minha mágoa por tudo que meu pai me fez era maior e por isso nunca mais coloquei meus pés nessa casa. Posso ser uma filha horrível, desnaturada, porém, o que meu pai fez, me magoou de verdade.

— Ahh Beth, você sabe o quanto estar aqui é difícil.

Ela me olhou com um misto de pena e comoção nos olhos. Beth sabia de tudo que havia acontecido comigo e minha mãe. Ela só não foi embora com a gente porque realmente precisava do emprego e minha mãe não tinha condição de dar tudo que Beth merecia.

A empregada deu um largo sorriso e segurou meu ombro.

— Eu entendo querida. — murmurou com a voz doce. — Mas o que lhe trouxe aqui hoje?

— Preciso falar com meu pai. — respondi, olhando ao redor, pelo jeito a megera não estava em casa. Graças a Deus. — Ele está?

— Sim. — Beth falou balançando a cabeça. — Está no escritório.

— Tudo bem. Eu vou até lá.

— Tá. — ela disse. — Mas depois dá uma passadinha na cozinha, fiz seu doce favorito. Parece que imaginei que você ia aparecer.

— Ah Beth. — resmunguei sentindo meus olhos se encherem de lágrimas, dei mais um abraço na mulher. — Quanta falta você me faz.

Me afastei de Beth para falar com meu pai de uma vez, antes que a megera de cabelos vermelhos aparecesse e acabasse com toda a minha paciência. Andei rápido pelo corredor, eu conhecia tudo ali, e quando passei pela porta do meu quarto, fiquei alguns minutos parado na frente, com vontade de entrar.

— Ele continua igual você deixou. — escutei a voz familiar e girei, papai estava parado no fim do corredor, segurando uma xícara de café.

Por um momento seus olhos se encheram de emoção e eu senti meu coração apertar. Mas logo a postura do meu pai mudou e seu olhar também, eles pareciam carregar raiva, rancor e mágoas, a mesma coisa que eu sentia toda vez que tinha uma lembrança boa dele.

— Isso não importa. — falei, no entanto, o que ele falou importava sim, mas jamais demonstraria isso.

— Seu carro ainda está na garagem. — dei de ombros. — Nunca entendi porque sempre preferiu o carro velho do seu avô.

— Porque meu avô nunca me trocou por outra mulher.

— Felicity, você sabe que eu nunca te troquei por ninguém.

— Por favor, para com isso. — soltei, encarando sério meu pai, ele abaixou a cabeça e suspirou.

— O que está fazendo aqui?

— Preciso de dinheiro. — não queria me estender nesse assunto, então fui direto ao ponto, quanto mais rápido resolver isso, mais rápido vou embora dessa casa. — Eu perdi o emprego, as contas acumularam e agora estou prestes a ser despejada do meu apartamento.

Meu pai pareceu se compadecer de mim naquele momento, eu via pena e amor em seus olhos, mas imediatamente ele mudou para aquele homem que eu tanto sinto raiva.

— Você sabe que terá um lugar nessa casa. — disse. — Pode vir morar aqui, comigo e Carrie. Além do mais, pode trabalhar comigo na empresa. Sempre terá um lugar lá, tudo aquilo será seu um dia.

— Nunca! — rebati, erguendo minha voz. — Você sabe muito bem que para esse lugar eu não volto. — emendei, sentindo raiva. — E eu não quero que a sua empresa seja minha.

— Felicity...

— Por favor, pai. — repliquei. — Eu só quero uma grana emprestada. Não é muito e prometo que vou te devolver o quanto antes.

Noah respirou fundo e massageou as têmporas.

— Você passa anos sem me visitar ou fazer apenas uma ligação. — disse, erguendo o rosto. — E agora me procura pedindo dinheiro.

— Você me deve isso. — rebati.

— Baby, o que está acontecendo aqui? — girei e a mulher alta de cabelos vermelhos estava parada atrás de mim, carregando um monte de sacolas. Revirei os olhos. — Olá queridinha.

— Olá, megerinha.

— Nossa, a educação continua a mesma da adolescência. — bufei e encarei meu pai novamente.

— Pensei que seria diferente. — balancei a cabeça, não queria chorar, mas essa era a minha vontade, então abaixei o rosto e girei sobre os calcanhares, passei pisando duro por Carrie e segui direto para o andar de baixo, ignorei meu pai me chamar três vezes, por sorte ele não me seguiu, então aproveitei e dei uma passadinha na cozinha.

Beth tinha feita uma torta de amoras maravilhosas, o gosto me fazia lembrar tantas coisas boas, apesar de tudo, antes de Carrie entrar como um furacão destruidor nas nossas vidas, Noah era um ótimo pai e guardo boas lembranças dele. Eu amava tudo nele, sentia orgulho dele e o admirava tanto, queria seguir seus passos. No entanto, ele mudou da água para o vinho quando conheceu Carrie, ela destruiu tudo, mas eu sei que ela não é a única culpada nessa história, o maior culpado é Noah.  

Beth perguntou o que estava me angustiando e eu coloquei tudo para fora. Acabei falando até sobre a entrevista com o prefeito de Star. No final, Beth queria me emprestar dinheiro, ela disse que tinha algumas economias e que não iam fazer falta no momento, mas eu não aceitei. Beth sempre foi uma mulher incrível, e sei que ela guarda dinheiro há anos para fazer uma viajem para a Europa, esse é o seu sonho, não podia aceitar dinheiro dela.

Acabei voltando para casa com o bolso vazio e um enorme buraco no coração.

Quando cheguei ao meu apartamento tudo que queria era chorar em posição fetal de baixo do chuveiro, mas acontece que o sindico queria me ver sofrer e desligou a energia do meu apartamento, eu estava ferrada mesmo. Como sabia que conversar não ia adiantar nada, fiquei sem tomar banho e chorei debruçada sobre o sofá em cima da minha almofada favorita, até adormecer.   

[...]

Estava morrendo de fome e fedida, tinha acabado de acordar e ainda estava com baba escorrendo no canto da boca, Meu Deus do céu, o que está acontecendo na minha vida? Agora não tenho energia elétrica para colocar uma lasanha no microondas e comer até ficar enorme e depois explodir e acabar com a minha existência. Se bem que é capaz de não ter nem lasanha no meu congelador.

Arrastei-me até a cozinha e abri a geladeira, graças a minha mãe tinha sim uma lasanha congelada que ela tinha preparado na semana passada, mas eu não tinha energia elétrica.

— Que merda!

Peguei a lasanha e voltei para a sala, vesti uma alpargata e abri a porta, andei pelo corredor até parar na frente do apartamento de Roy. Toquei a campainha duas vezes e quando me convenci que ele não estava em casa girei e comecei a andar de volta para o meu apartamento.

— Felicity. — escutei meu nome saindo daqueles lábios sexys e me virei imediatamente. Ele arqueou as sobrancelhas. — Aconteceu alguma coisa? — indagou, olhando para a lasanha na minha mão.

— Sim, várias. — respondi. — Estou desempregada, com várias contas acumuladas, com uma ordem de despejo, meu pai é um filho da puta e agora o desgraçado do sindico cortou minha energia, eu estou fedida porque não tem água quente no meu banheiro.

Terminei de despejar todos os meus problemas e olhei para Roy, ele me olhava como se eu fosse uma psicopata e me arrependi de ter jogado tudo dessa forma para ele.

— Esquece. Você não precisava saber disso, desculpe. — nessa hora só queria voltar para o meu apartamento e voltar a dormir e talvez não acordar mais.

— Ei; espera. — ele disse. — Não precisa pedir desculpas. — continuou. — Você precisa de algo?

— Sim. — respondi. — Você deve ter microondas né? — questionei, mas nem dei tempo de ele responder. — É claro que deve ter, qualquer cara solteiro e que mora sozinho tem um microondas.

Roy sorriu, mostrando aqueles dentes perfeitamente alinhados.

— Sim, eu tenho.

— Que bom. — retribui seu sorriso. — Você poderia esquentar isso para mim?

— Claro. — ele pegou a lasanha da minha mão. — Entra.

Entrei no seu apartamento, era pequeno como o meu e a decoração era quase igual, os tons das paredes eram claros, como os das minhas, tinha janelas amplas que deixava o espaço bem arejado e seus moveis eram sofisticados, bem, mais do que os meus com certeza. Roy tinha uma televisão enorme acoplada na parede e a sua estante era cheia de fotos dele em lugares radicais.

Ele entrou na cozinha e eu o segui.

— Se você quiser tomar um banho também.

— Não. — falei, enrubescendo. Tinha que ter deixado a minha boca fechada. Ele deve me achar louca. — Vou enfrentar a água gelada mesmo, até o sindico cortar a água também.

— Tudo bem então. — ele limpou as mãos em um pano. — Você quer algo para beber? Acho que devo ter algo aqui. — ele abriu a geladeira e ficou alguns segundos olhando para dentro dela. — Tem cerveja, você quer?

Eu não sou de ficar bebendo, ainda mais na casa de uma pessoa que mal conheço. Porém, Roy me pareceu um cara legal, com certeza não deve ter colocado um sonífero na cerveja, então aceitei.

Sentei-me relaxada em uma cadeira e bebi um gole da cerveja que ele tinha me oferecido.

Nós conversamos, e conversamos muito, me sentia bem na companhia dele.  Roy é um cara legal e muito bonito, fazia tempo que não me sentia bem com um cara. Quando a lasanha estava pronta, ofereci um pedaço para ele, e acabei sendo convidada para jantar em sua companhia, é claro que aceitei.

Embora a lasanha tivesse ficado alguns dias no congelador, a comida da minha mãe ainda estava muito saborosa e Roy tinha aprovado.

— Então você gosta de esportes radicais? — questionei, mandando um pedaço de lasanha para dentro.

— Eu amo. — ele disse. — Você não?

— Com certeza não, tenho amor a vida. — respondi, arrancando uma gargalhada dele.

— Você é ótima Felicity Smoak.

Eu sorri um pouco envergonhada, mas estava muito feliz por receber um elogio dele.

— Por que se mudou para Star?

— Eu conheci uma pessoa em uma dessas minhas aventuras. — ele respondeu, e todas as minhas expectativas foram embora. — Pode parecer loucura, mas eu estou apaixonado por ela.

— Uau. — resmunguei, sem conseguir dizer mais nada.

— Me candidatei para uma vaga na policia de Star, para ser detetive, e consegui o emprego.

— E quem é a garota de sorte? — eu engoli toda a minha frustração, estava realmente interessada por Roy, mas todo meu interesse acabou indo embora.

— Ainda não posso falar. — ele disse. — Mas prometo que logo você saberá.

Depois de a gente comer, me ofereci para lavar a louça. Roy aceitou, mas me ajudou secando a louça. Já estava tarde, e eu estava morrendo de sono, então nos despedimos e voltei para o meu apartamento escuro. Sei que minhas expectativas com Roy acabaram, no entanto, isso não quer dizer que não possamos ser bons amigos.

[...]

Acordei cedo no dia seguinte e fui direto para o banheiro, a água gelada acordou cada nervo do meu corpo, praguejei baixinho, meu corpo não merece isso, eu não mereço isso. Entretanto, era isso que me restava, até a hora que eu fosse despejada e tivesse que voltar para o apartamento apertado da minha mãe.

Sai do banheiro e peguei meu celular, ele estava quase sem bateria. Soltei um grito e joguei o celular com força em cima da cama. Eu preciso encontrar um emprego logo, droga. Escutei batidas na porta e corri para atender, quando abri, me deparei com um homem alto, usando um terno, ele parecia alguns anos mais novo que eu. Arqueei as sobrancelhas, nunca tinha visto essa pessoa na minha vida, ou já? Ela até parece familiar.

— Quem é você?

— Meu nome é Mark, sou assistente do seu pai. E enteado também.

— E o que você está fazendo aqui?

— Minha mãe me mandou. — eu revirei os olhos e empurrei a porta, mas o rapaz foi mais rápido e enfiou o pé no caminho. — Posso entrar? — eu nem dei permissão e ele já foi entrando.

Que cara idiota.

— Por que sua mãe te mandou aqui?

— Minha mãe ficou sabendo da sua situação financeira. — respondeu, ajeitando a gravata torta. — Ela quer te ajudar.

Soltei um riso alto.

— Ela? — questionei. — E como ela pretende isso? — cruzei meus braços e encarei Mark. Bem que ele me era familiar, tem os mesmo traços da megera da sua mãe, até o cabelo é ruivo.

— Ela me mandou entregar isso para você. — Mark mexeu no bolso e retirou um papel, me entregou em seguida. Olhei para a folha e era um cheque com uma quantia bem alta.

— Cem mil dólares? — franzi o cenho. — Por que sua mãe está me oferecendo isso? O que ela quer em troca?

— Não é muita coisa. — ele disse. — Nada que você já não tenha feito.

— Como assim?

— Ela quer que você continue longe do Noah. — respondeu. — Você fez isso durante os 8 últimos anos. Pode continuar fazendo não é? — Mark me encarou de um jeito prepotente, e percebi que ele não tinha apenas traços da sua mãe, ele era igualzinho a ela em todos os quesitos. — É só isso que ela quer, em troca você fica com o cheque.

Encarei a quantia generosa no cheque. Esse pedaço de papel paga todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro. Isso vai resolver toda a minha vida e ainda me dará um tempo de encontrar outro trabalho. Mas essa proposta que Carrie está me fazendo é horrível, no entanto, Mark está certo, eu me afastei do meu pai nos últimos anos e ele não fez nada para me aproximar dele novamente. Não faço mais parte da sua vida, e esse cheque vai me ajudar. Qual o problema em aceitar? Por mais que me pareça tão errado.

— E então? — Mark insistiu. — Você precisar se decidir, não terá uma segunda oferta.

— Cala a boca! Preciso pensar.

Andei de um lado para outro enquanto o filho de Carrie observava meus movimentos. Eu só preciso ficar longe do meu pai, eu fiz isso por tanto tempo, qual o problema agora? Nem penso em visitá-lo de novo, na verdade, não quero colocar os pés naquela casa nunca. E esse dinheiro, ahh esse dinheiro vai resolver a minha vida.

Olho para a quantia novamente.

Esse dinheiro vai pagar todos os alugueis atrasados e irei vencer a batalha contra o sindico. Vou ter energia elétrica novamente, poder esquentar lasanhas no meu microondas e tomar banhos quentes. Posso até fazer uma reforma no meu carro. Posso fazer tudo isso, porém, porque essa proposta me parece tão errada.

Por um momento fecho os olhos e me permito lembrar-me do meu pai, nos momentos que passamos juntos, quando ele me ensinou a andar de bicicleta e a nadar. Ele era um pai maravilhoso, mas Carrie o tirou de mim e ele nunca lutou pelo meu amor. Talvez, meu pai não me ame mais, eu não sou mais a sua garotinha.

— Tudo bem, eu aceito. — Mark esboçou um sorriso enorme. — Agora vai embora daqui.

Mark assentiu e saiu do meu apartamento. Joguei-me no sofá, segurando aquele pedaço de papel que colocaria a minha vida nos eixos, mas porque eu sentia meu coração tão pequeno dentro do peito? Por que aquele cheque me parecia tão errado?

Deixa isso pra lá, Felicity.

Meu celular tocou e eu corri para o quarto. Olhei no visor, era um número desconhecido, deslizei o dedo sobre a tela e coloquei o aparelho na orelha.

— Alô?

— Felicity Smoak?

— Sim.

— Aqui é Oliver Queen. — meu coração disparou. — Estou te ligando para dizer que você é a escolhida.

— O quê? — agarrei o celular com força.

— Jensen não para de falar sobre você e Olivia está ansiosa para te conhecer. — ele comentou. — Você pode começar amanhã?

— Claro. Posso sim.

— Okay, te esperamos amanhã. Até mais.

Ele desligou a ligação e eu me joguei em cima da cama.

Por que ele não me ligou alguns minutos antes?

Levantei novamente, peguei o cheque de Carrie e guardei em uma caixa no fundo do meu armário.

Bom, agora eu tinha um emprego; cuidar dos filhos de Oliver Queen.

Espero que ele não se lembre de mim e do que aconteceu entre nós.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que vocês acharam do capítulo? Gostaram? Espero muito que sim! Estarei aguardando os comentários de vocês. Desculpem a demora, a faculdade suga toda a vida da gente e eu simplesmente não tinha inspiração para escrever nada. Mas agora, pelo menos durante as férias vou tentar atualizar com frequência. Beijooos e té +