Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 18
"Eu não lembro de você"


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente!
Quero agradecer a todas que comentaram no capítulo anterior, vocês são muito lindas! Obrigada e espero que gostem!



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  VIOLETTA

 Demorou um pouco para eu conseguir, mas logo eu tirei o Tomás daquela grade, tinhamos que tomar o maior cuidado possível, a mansão era lotada de seguranças, me impressionava não ter nenhum na frente da porta da sala de tortura, ia ser meio difícil sair... Ok, ia ser difícil para caramba, mas eu vou seguir em frente com isso, mesmo tendo medo de quebrar a cara no final, esse tal de Tomás poderia estar mentindo só para me tirar daqui e poder me matar, mas era algo com o qual eu não me importava. Se fosse verdade o que ele está me dizendo, eu morreria de qualquer jeito, então para quê esperar?

 Assim que saimos da sala de tortura nós fomos dando passos precisos e cuidadosos até o deposito de armas que não era tão longe da sala de tortura. O deposito era enorme e possuía armas de todos os tamanhos e tipos, era uma diversidade de armas incríveis, me impressionava alguém ter a capacidade de enfrentar essa máfia. Tomás disse que minha  mãe era rival do meu tio, o que me diz que ela pode ser tão boa quanto ele ou até mesmo melhor.


 -Perfeito, nada de armas pesadas, precisamos de agilidade, elas só vão nos atrazar e não se perocupe, eles não vão te matar, eles precisam de você, o máximo que vão fazer é atirar no seu braço.-comentou Tomás, pegando umas três berettas de estilos diferentes, o interessante foi que ele disse que não era para pegar armas pesadas e ele pegou a desert eagle que estava em um canto separado das outras.


 -O que foi? Ela tem uma ótima mira e eu sou mais forte que você, ela, com certeza, não vai retardar a minha agilidade.-falou e eu arqueei uma das sobrancelhas.


 -Com certeza não, mas vai retardar o seu desempenho em combate, essa arma é só para status.-repliquei e ele  revirou os olhos, por que os homens têm que ser tão teimosos?


 Peguei algumas adagas, uma beretta e vários pentes cheios de balas, eu não gostava de andar com muitas armas,  depois de um tempo ficavam pesadas demais.


 -Todas as armas tem silenciador?-perguntou Tomás e eu assenti.-Ótimo, torna tudo mais fácil, podemos atacar de um por um e sair sem fazer grande espetáculo.


 -Falar é fácil, difícil é fazer.


 -Vamos fingir que fazer é tão fácil quanto falar.-murmurou e eu assenti, estávamos prestes a sair quando a porta do deposito foi aberta por um segurança, ele nos encarou e eu fiquei estática, era hora de agir.

 

 

 


   [...]

 

 

 


  VICTÓRIA

 -Não acredito que você quer fazer isso, ainda acho loucura.-comentou Jéssica e eu revirei os olhos, depois que todos eles foram devidamente apresentados a Lia e o León, eu pedi para que nós pudessemos conversar sozinho para sabermos o que fazer, León ficou desconfiado e disse que ele queria saber dos meus planos, mas deixou que conversassemos a sós.-Ir contra a máfia do Anthony pode acabar conosco.-completou e Daniel assentiu.


 -Jéssica tem razão, nós somos aliados da máfia dele, se o trairmos, estamos ferrados, já que não temos pontos com o futuro-ex-líder desta máfia, você quer matar o León, o namorado da herdeira de Lia, o que vai acontecer quando eles descobrirem?-falou Kyle e Ethan revirou os olhos.


 -Deixem de ser medrosos! A Victória não está forçando ninguém a participar disso, a porta não está trancada, se acham que o serviço é de mais vão embora.-rebateu Ethan e todos permaneceram calados em seus devidos lugares, deixando claro que nenhum deles iria embora.


 -Obrigada, Ethan.-agradeci e ele apenas fez um gesto com a cabeça.-Nós nunca dependemos de uma máfia, sempre foi só a gente, porque começar a seguir uma máfia agora? O Trato que fizemos com o Anthony foi de manter sigilo e que nós não ajudaríamos ele exclusivamente, que poderíamos continuar a ajudar quem quizessemos, mesmo que fosse contra ele, não estamos mais ajudando ele, ele não pode e não vai fazer nada com a gente, porque ele sabe que esse é o nosso trabalho. Alguém tem alguma objeção?-perguntei encarando cada um, Ethan sorriu, cruzou os braços e sentou desleixado na cadeira atrás dele.-Bom.


 -Mas para onde ele deve ter levado a herdeira?-perguntou Daniel.


 -Para onde mais? A mansão dele.-respondeu Ethan e eu assenti, precisavamos agir rápido, eu tinha regras a respeitar, se a herdeira for morta não tem mais acordo.


 -Temos que ir agora, vou falar com o León, vou levar o maior número de homens que eu puder.-falei e eles assentiram.

 

 

 

   [...]

 

 

 

 

  VIOLETTA

 Tomás puxou o segurança em um movimento rápido e atirou na cabeça dele, ele pegou minha mão e me puxou para fora daquela sala, passamos por um longo corredor até chegar na academia da mansão, ele continuou me puxando e começamos a subir as escadas.

 -Ei!-escutei alguém gritar, eram dois seguranças que estavam na academia. Como não vimos isso? Eles estavam apontando as armas para nós e o Tomás apontou a arma para eles, ele começou a atirar e gritou para que eu subisse e assim eu fiz, mas logo vi vários dos homens de Anthony vindo na minha direção, prendi a respiração e o Tomás apareceu. É, estavamos ferrados... ou quase, olhei para o lado e vi um outro corredor, só que no final dele, tinha uma grande janela de vidro, não ia acontecer nada se... peguei uma adaga e joguei na direção daquele corredor, fazendo os homens naquela direção sairem de perto, eu puxei o Tomás e nós começamos a correr na direção da janela quebrada com aqueles homens atirando feito loucos para tentar nos atingir, o ruim da história é que as armas deles não tem silenciador, o que só faz chamar mais a atenção de outros seguranças, o barulho dos tiros vai chamar a atenção do "León" e do Anthony, saímos pela janela de vidro e nos vimos na lateral da mansão, que era só gramado até chegar na floresta, fomos correndo naquela direção, talvez, se entrassemos na floresta, poderiamos despistá-los.


       -NÃO!-escutei o grito de "León" e eu me virei, escutei o barulho do tiro e uma enorme dor atingiu minha perna, caí no chão urrando de dor e o Tomás veio até mim, assim como o "León", que não perdeu tempo em me abraçar.-Você está bem?-perguntou, em seu tom de voz havia... preocupação? Ele se virou para os seus homens e gritou furioso:-Quem foi que atirou nela? Seus retardados! Vocês têm merda no lugar do cérebro?!


      -Está preocupado que seu plano não dê certo?-perguntei mordendo o lábio inferior para tentar esquecer a dor.


       -Prendam-no!-mandou e eu olhei para o chão ao meu lado, onde caiu a minha beretta, eu a peguei e posicionei seu cano na cabeça dele.


      -Não.-sibilei entre dentes e os seguranças apontaram as armas para mim.


       -Sei que não vai fazer isso.-sussurrou e eu respirei fundo.


       -Acha que não?


       -Violetta, por favor, acha que estou mentindo? Estou a mais tempo com você, esse cara chega e você acredita nele?-perguntou e eu abaixei um pouco a arma.-Vai matar o seu León?-larguei a arma e encarei o chão.


       -Ah, qual é?! Você sabe que ele está mentindo, Violetta!-escutei Tomás exclamar.


       -Eu nunca mataria o León, mesmo que você não seja ele.-murmurei tentando me levantar, se tornava quase impossível pensar com aquela dor latejante na minha perna esquerda, decidi ficar sentada no chão, já que eu não aguentava ficar em pé.


        -Violetta...-ele foi interrompido por uma voz feminina.


        -Olha só! Que bela reunião!-tinha uma ruiva vindo na nossa direção.


        -Quem é ela?-perguntei e o cara diante de mim se levantou apontando uma arma para ela, seus homens fizeram o mesmo.


        -O que faz aqui? Cai fora!


        -Eu vim participar da festa.-falou a ruiva sem tirar o sorriso irônico do rosto.-E não se preocupe, eu trouxe muitas armas.-após aquela frase vieram tiros de toda a parte, Tomás correu até mim e me ajudou a sair de lá, os barulhos aumentavam, gritos por todos os lados, apertei o ombro de Tomás e mordi o lábio inferior.


           -Está doendo muito?


          -Quer levar um tiro na perna para saber?-repliquei e ele riu fraco, ele me colocou sentada no chão e suspirou, com o tempo os tiros cessaram e o silêncio reinou, o silêncio se tornou aterrorizante, não sabiamos se tinha alguém com vida, e se tinha não poderiamos ter certeza que estaria do nosso lado.


          -Violetta!-escutei uma voz masculina gritar e o meu coração acelerou, eu conhecia aquela voz, só não lembrava de onde, encarei Tomás e ele assentiu.


         -Estamos aqui!-Tomás gritou e na mesma hora apareceu um cara moreno dos olhos verdes, aqueles olhos me deixaram hipnotizada, pareciam dois ímãs, o moreno sorriu deixando a mostra belas covinhas e veio correndo até mim, ele segurou minhas mãos e colou nossas testas.


         -Senti tanto a sua falta, pequeña.-sussurrou acariciando o meu rosto, não me lembrava dele, mas tudo que ele fazia parecia tão familiar, seu toque, seu sorriso, seus olhos, principalmente a sua voz.-Eu te amo tanto, meu amor.- murmurou e eu respirei fundo, estava amando suas carícias.


         -Como pode me amar?-perguntei encarando aquelas duas esmeraldas em seu rosto.


         -Eu amo, Violetta, amo você e sempre vou amar.-repondeu eu e franzi o cenho.


        -Mas como eu posso te amar?-perguntei e ele tirou as mãos do meu rosto, parecia surpreso com a minha pergunta


         -O quê?


         -Eu não lembro de você, eu queria, mas não consigo.-murmurei e ele prendeu a respiração.


          -Violetta...


          -Eu sinto muito.

 

 


   [...]

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E, então?
Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo lindas!
Bjs!