VIOLETTA

 Eu me encolhi no sofá tremendo de frio, eu ainda estava com a roupa molhada, mas estava curiosa demais para poder tirá-las, eu encarei aqueles dois que se sentaram em um outro sofá na minha frente, eu estava esperando que eles falassem o que queriam, mas eles não falavam e aos poucos eu fiquei irritada, não falei nada, apenas fiquei batendo com a ponta do pé no piso, foi quando León apareceu segurando um toalha, ele já estava completamente seco, com exceção do cabelo.

 -Devia ir trocar de roupa.-falou ele pondo a toalha sobre os meus ombros, ele ia sair, mas eu o impedi segurando sua mão.

 -Pode ficar?-perguntei e ele assentiu, se sentou ao meu lado, passou o braço pelos meus ombros e depositou um beijo na minha cabeça.

 -Será que dá para vocês falarem logo o que querem e darem o fora?

 -Ok, É...-Leonardo limpou a garganta e continuou: - Viemos para falar a verdade. - eu franzi o cenho ao ver o sorriso no rosto de Tomás.

 -Sobe, Violetta.-mandou León se levantando e os dois à nossa frente fizeram o mesmo.

 -O quê?-perguntei confusa.

 -Sobe e vai até o escritório do Anthony, agora.-mandou e eu fiquei mais confusa ainda.

—Mas...-ele me interrompeu.

 -Diga para ele que nossos visitantes não estão se comportando bem e não desça até que eu a chame.

   [...]

  NICHOLAS

 Assim que a Violetta subiu, eu encarei aqueles dois com puro ódio, sabia que não podia confar neles, mas Anthony tinha que confiar, merda!

 -Sabe a vontade que eu estou de matar vocês agora?-bravejei e Tomás continuou apenas sorrindo.

 -O quê? Achou que não nos vingariamos?-perguntou ele e eu trinquei os dentes.-Vocês nos enxotaram da máfia, depois que fizemos todo o trabalho sujo, então nós vamos contar toda a verdade para a Violetta, dizer que ela é só um plano para você.

 -Vocês deviam agradecer que o Anthony só enxotou vocês, por mim, estariam mortos.

 -Assim como você devia agradecer que nós só queremos contar para a Violetta, nós poderiamos estar contando para a Lia, neste exato momento.-falou Leonardo e eu bufei irritado.

 -O Plano foi bem inteligente, eu devo admitir.-comentou Tomás cruzando os braços.

 -Vocês nem sabem qual é o plano.

 -Acha que não? Nicholas, nós sabemos que você só está fingindo ser o León para se casar com a Violetta, sendo ela a herdeira da máfia de Lia, você tomaria o lugar dela, tendo o poder de duas máfias na mão.

 -Vocês estão pedidindo para morrer.-falei, foi quando Anthony desceu com dois seguranças, a cara dele não demonstrava nenhuma expressão, mas saber que seus planos estavam em risco por causa daqueles idiotas devia tê-lo deixado irritado.

 -Levem os dois para a famosa sala de tortura, eles vão saber o que acontece com quem fala demais.-falou Anthony e os dois seguranças os seguraram e os arrastaram paara a sala de tortura.

 -Eu quero torturá-los pessoalmente.-falei e Anthony assentiu pondo a mão no meu ombro.

 -Mate-os, não quero nenhum deles tentendo abrir a boca.

   [...]

 Assim que entrei na sala, vi Leonardo amarrado em uma cadeira e o Tomás preso em uma grade, repirei fundo e tirei camisa. Andei até uma mesa que dispunha de todos os tipos de objetos de tortura, peguei uma faca e me aproximei dele, que permanecia calado.

 -Tentou acabar com os nossos planos, sabe o que vai acontecer com você?-perguntei colocando a lâmina da faca no seu rosto.-Queria te matar agora mesmo, mas vou esperar que você me implore pela morte.-falei e ao ver a cara dele desesperada eu ri.-Ora, por que não sorri, Leo?-perguntei encarando a lâmina da faca.-Quer que eu ajude?-perguntei pondo a lâmina dentro da sua boca, ele tentou se afastar, mas não conseguiu, puxei a lâmina para o lado, cortando o canto de sua boca e sua bochecha, escutei ele grunhir e o meu sorriso aumentou, fiz a mesma coisa do outro lado do seu rosto até formar um enorme sorriso, o sangue escorria visivelmente e a tortura se seguiu por mais meia hora, até eu ficar cansado, eu tinha feito um enorme estrago nele, arranquei a maioria dos seus dentes, suas unhas, fiz cortes por todo o seu corpo e fiz umas queimaduras de terceiro grau no seus braços e pernas, sua língua já não estava na sua boca, ele devia estar sem nenhum pingo de força, não tinha força nem para sentir dor e aquilo era reconfortante, eu não aguentava mais os argoros dele.

 -A senhorita Violetta quer falar com o senhor.-escutei um dos seguranças dize, suspirei cansado e puxei uma beretta que estava em cima da mesa, atirei no rosto do Leonardo e saí daquela sala, o próximo seria o Tomás e eu queria muito acabar com ele. Fui dando passos lentos até chegar na sala, onde Violetta estava com os braços cruzados, ela me encarou preocupada e quando me aproximei ela segurou o meu rosto e o encarou por um longo tempo.

 -Tem sangue seco no seu rosto.-falou e sua mão, que estava no meu rosto, pousou no meu braço e eu vi que ali também tinha algumas gotícolas de sangue, suas mãos pousaram no meu peito e seus olhos não deixaram de me encarar.-Matou eles?-perguntou subindo suas mãos do meu peito e repousando-as em volta do meu pescoço, Violetta tinha que levantar bastante a cabeça, já que meus 1,91m faziam o seus 1,65m parecerem a estatura de um anão, o que era engraçado.

 -Só o Leonardo.-respondi sincero e ela respirou fundo.

 -O que eles queriam comigo, León?-perguntou e eu suspirei.

 -Só infernizar, Violetta, eles nasceram para isso.-respondi e ela assentiu.-Olha, eu vou tomar um banho e depois conversamos, tudo bem?-perguntei e ela apenas assentiu de novo, beijei sua testa e subi as escadas.

   [...]

  LEÓN

 -Quem é o líder da máfia rival?-perguntou Victória encarando Lia, que se recusava a falar.

 -Eu não vou falar.-bravejou Lia e eu bufei irritado.

 -Talvez essa informação nos ajude.-replicou Victória se exaltando.

 -Não vou falar.-repetiu Lia e eu explodi.

 -É PARA SALVAR A SUA FILHA! COLABORA!-gritei e passei a mão pelos cabelos, essa situação acabava comigo, eu não como direito e muito menos durmo, tenho que saber se a Violetta está e trazê-la de volta. A porta da sala de Lia foi aberta e vimos a Ludmila pôr somente a cabeça dentro da sala.

 -Eles chegaram, Victória.

 -Manda eles entrarem.-ela falou com um enorme sorriso no rosto e a Ludmila foi.

 -Eles? Quem?-perguntei para Victória.

 -Meu grupo.-respondeu simples.

 -Opa! Eu só contratei você.

 -E eu chamei eles, vai por mim, León, eu só confio no meu grupo.-replicou e eu bufei irritado, foi quando um grupo de 3 garotos e uma garota apareceu na sala. A garota era loira dos olhos verdes, dois garotos eram gêmeos loiros com os olhos verde-azulados e um moreno dos olhos verdes. Parecia um complô de pessoas com olhos verdes, só quem não tinha olhos verdes nessa sala era a Lia, que tinha os olhos da cor do chocolate, iguais aos da Violetta.

 -Pessoal, esse é o León. León, esses são o Daniel...-apontou para o moreno.-... Essa é a Jéssica...-apontou para a loira.-... E esses são o Kyle e o Ethan, são gêmeos, mas é fácil identificá-los, o Ethan tem o cabelo curto e o Kyle não.-terminou as apresentações e o Daniel se aproximou com um sorriso malicioso.

 -Tem namorada?-perguntou um tanto interessado.

 -Sim.-respondi desconfiado e seu sorriso sumiu.

 -Que merda!

 -Daniel!-repreendeu-o Jéssica.

 -O quê? Ele é um gato.-rebateu apontando para mim e eu vi Victória prender o riso.

 -V-Valeu, eu... acho.

   [...]

 
  VIOLETTA

    Algo me deixou intrigada quanto a visita daqueles dois, fiquei mais intrigada ainda quando o León me mandou subir sem que nenhum deles me desse algum tipo de explicação. Depois de um longo tempo pensando, eu resolvi ir até o Tomá, que ainda estava preso lá na sala de tortura.
    Assim que entrei na sala, eu vi Tomás preso em uma grade, ele estava dormindo com um braço sobre seu rosto, eu o encarei por um longo tempo e me sentei no chão ao lado da grade.

 -Tomás.-chamei com a voz relativamente baixa, pensei que ele não tivesse escutado, mas ele tirou o braço de cima do rosto e me encarou com cara de sono.

 -Oi, lindinha.-murmurou se levantando do chão, ele sorriu e se encostou na grade.-A que devo a honra de sua adorável visita em minha humilde "cela".

 -Quero perguntar algo à você.

 -Não confie neles, Violetta, não confie em ninguém que more nesta mansão.-murmurou e eu franzi o cenho.

 -Por que?-perguntei confusa.

 -Eles não são o que pensa... aquele não é o verdadeiro León, não é ele que você ama.-falou e eu balancei a cabeça negativamente.

 -Por que eu deveria acreditar em você?-perguntei e ele me encarou por um tempo, como se estivesse me estudando e aquilo me deixou nervosa.

 -Porque eu não tenho mais motivos para mentir, não para você. Violetta, acredite em mim, sei que fiz e falei coisas horríveis de/para você, mas eu vou morrer da pior forma possível, eu quero ser honesto com você.

 -Então... o que eles querem comigo?-perguntei receosa, ainda não sabi se devia confiar ou não.

 -Você é a herdeira de uma máfia muito poderosa, o seu tio Anthony é irmão da sua mãe e rival de sua família... Violetta, o Anthony quer o poder de todas as máfias em suas mãos, mas ele tinha que começar aos poucos. Como ele sabia que só o herdeiro poderia assumir a máfia, pediu para que eu e o Leonardo te sequestrassemos, fizemos isso e aí ele nos enxotou da máfia, eles injetaram uma substância na sua veia para que se esquecesse de tudo e quando acordasse, eles fingiriam ser uma família feliz, para que você se casasse com o "León" e eles pudessem ter o poder de duas máfias. O poder de uma máfia só já é grande, agora imagine esse poder duplicado, triplicado, quadruplicado e assim por diante, só bastaria ele fazer um simples gesto e o mundo seria seu.-explicou e eu fiquei calada, era muito para assimilar. Respirei fundo e encarei o chão.

 -Então... aquele não é o León?-perguntei encostando minha cabeça na grade. Então... ele não me amava, aquele não era o meu León, senti meu coração apertar, a vontade de chorar veio, mas eu a expulsei, não vou perder meu tempo chorando por quem não vale a pena, León ou seja lá qual for o seu nome me ensinou a ser forte, por mim e por outras pessoas, ele disse que assim como eu vou precisar de ajuda, eu também vou precisar ajudar. Isso mesmo, continua pensando nele, sua idiota! - gritou meu subconsciente.

 -Você está bem?-escutei ele perguntar, eu me virei para ele e tive uma ideia.

 -Me ajude a fugir.

 -O quê?

 -Me leve até o verdadeiro León.-pedi e ele me encarou como se eu fosse louca.

 -Não.

 -Por favor, Tomás, me ajude, me ajude, por favor.-implorei ficando de joelhos e ele me encarou por um longo tempo.

 -Ah, Deus! Eu sei que eu vou me arrepender disso!-murmurou encarando o teto, logo depois ele voltou a e encarar.-Sabe onde fica o deposito de armas?-perguntou e eu abri um enorme sorriso.

   [...]