Cosmos escrita por Sapphire


Capítulo 3
Capítulo 2 - Mudando as atitudes


Notas iniciais do capítulo

Enjoy :)



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Paola acordou no dia seguinte assustada com a falta do seu marido ao seu lado. Com um medo de que tudo não passasse de um sonho.  Mas não... O quarto ainda era o mesmo. Tudo estava exatamente como na noite anterior. Então onde ele estaria?

— Richard! – Gritou desesperada com medo dele ter sido apenas uma miragem. – Por favor, seja real.... – Implorou apertando o lençol contra o peito angustiada.

— O que foi? – Richard respondeu saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e a boca cheia de pasta de dente. A cena seria hilária se ela não estivesse tão tensa. – Aconteceu alguma coisa?

Paola sorriu dando um pulo da cama e correu em sua direção com o peito aliviado, dando um abraço cheio de felicidade. Não era sonho, não era coisa da sua cabeça. Era real. Ele estava ali sim.

— Queria te dar bom dia! – Disse beijando o peito dele ainda maravilhada com tudo, parecia até que era recém casada. – Pensei em passarmos o dia juntos e depois irmos à casa do Rick. Estou com saudades dele.

— Amor não dá, eu tenho que ir para a empresa hoje. É um dia útil e eu trabalho. – Richard respondeu já saindo dos braços de sua esposa, voltando a escovar os dente no banheiro. Para muitos de fora que assistisse a atitude dela diria que ele não amava mais a esposa, mas era apenas uma resposta dos anos com carência.

— Eu posso ir com você. – Sugeriu cautelosamente. – Posso fazer companhia ao meu maridinho.

Richard cuspiu a pasta de dente rindo com muita vontade, não acreditando no que acabara de ouvir. Parecia que haviam contado a melhor das piadas de tão cômico que ficara sua fisionomia.

— Como é? – Questionou olhando para ela ainda achando graça e depois voltando a pia enxaguando a boca.

— Eu vou com você. – Paola repetiu tirando a camisola e entrando no banho abrindo o chuveiro, tomando cuidado para não molhar o cabelo, pois não teria tempo de escova-lo.

— Paola, que brincadeira é essa? – perguntou enquanto lava o rosto. E voltando a encarar sua esposa começando a perceber que talvez não fosse uma brincadeira.

— Não estou brincando.  Eu quero ir com você para a empresa, ficar mais perto de você. Aproveitar cada segundo ao seu lado. Eu disse ontem à noite que não quero desperdiçar mais nossos momentos.

—  Mas você odeia lá. Você nem pisa. Acho que nem os funcionários nunca te viram. – Richard apoiou as mãos na pia encostando o lombar na mesma, assistindo sua esposa conversar com ele enquanto se lava.

— Pois então eu vou escolher um vestido lindo para a minha estreia lá. – Ela sorriu convencida de que não queria fazer ele passar vergonha.

— Paola, a empresa não é uma passarela de desfile de moda. Eu estou indo trabalhar. Se quiser pode pegar meus cartões para fazer suas compras como de costume. – Disse se livrando da toalha e indo para o closet.

— Eu quero passar o dia com você, amor. – Fala um pouco mais alto quando vê ele saindo do banheiro.

— Mas não vou poder te dar atenção. Eu tenho reunião hoje. – Explica alterando a voz enquanto se distancia.

— Eu vou na reunião com você e fico caladinha. – Propõe com receio que ele ainda diga não.

— Paola, reunião não é brincadeira. – Voltou a explicar, procurando uma cueca em meio as gavetas no closet do quarto.

Richard passava mais tempo no quarto de hóspede do que em seu próprio quarto com a esposa. As quantidades de roupas eram maiores ali também. Já faziam parte da sua rotina. As brigas sempre eram constantes e sempre haviam desentendimentos.

— Eu não estou brincando. – Paola saiu desesperada e indo atrás dele enrolada na toalha, com o corpo molhado e pingando pelo caminho com medo que a deixasse sozinha ali e fosse sem ela.

Paola parou em frente ao closet assistindo ele vestir uma cueca boxer branca e procurando por um terno. Ela tentou não pensar em coisas eróticas, mas era quase impossível. Richard estava em boa forma mesmo acima da casa dos 40 anos. Ele era muito vaidoso e cuidadoso consigo mesmo.

— Eu gosto desse. – Paola mostrou um terno preto fazendo conjunto com uma gravata vermelha. – Vai arrasar no trabalho.

—Eu fui com essa combinação ontem.  – Richard olhou rápido enquanto pegava o desodorante e passava, em seguida escolhendo outro conjunto, uma Brioni azul marinho.

— Hummm, Tudo bem. – Ela olhou para baixo decepcionada por ter dado uma bola fora. – Não quer que eu vá mesmo?

— Não é questão que eu não quero. Eu vou ficar ocupado o dia todo. Mas de noite a gente conversa e jantamos juntos.

— Ok. Então me dá o cartão de crédito. Eu vou fazer compras. – Estava chateada por que compras não era o que tinha vontade de fazer e muito menos o que havia planejado. A verdade que compras era o que ela só fazia a vida inteira.

— Na minha carteira. É só pegar. – respondeu como se já fosse algo bem comum dela dizer.

— Qual deles? – Em dúvida, já esquecendo onde o marido guardava a carteira. Sua mente ainda estava meio confusa. Era uma mistura entre o real e o não real. Entre um futuro longínquo que misturava a um passado com o presente.

— O dourado – Indo buscar na carteira e entregando para ela. – Toma cuidado. Tudo bem? – avisou olhando em seus olhos.

— Não se preocupe. Talvez eu leve as crianças – Disse dando um selinho nele, ficando na ponta dos pés – Não tem problema não é? Estou louca para ver meus pequenos.

— Claro que não. Acho que você faz bem sair um pouco com eles. Você sempre está saindo sozinha. E as crianças te distraem.

Richard começou seu ritual de todas as manhãs, começando a vestir sua camisa de algodão se preparando para mais um dia. Parecia tão absorto em suas preocupações que esquecera completamente que ela estava ali logo atrás observando cada movimento seu.

— Que horas você vai chegar para o jantar? – Paola perguntou com interesse.

— Não sei meu amor. Não tenho hora. – Richard consegue vestir sua a calça social antes de ouvir seu celular tocar e ir até ele para atender.

Uma ligação àquela hora da manhã só poderia significar uma coisa: trabalho. Não fazia muito tempo que estava se dedicando mais do que o normal em sua empresa. Chegava a virar a noite e até incomodar seus funcionários aos finais de semana. O desprezo e a falta de carinho da mulher acabaram sendo dedicados somente ao trabalho. Não chegava ser um workholic. Pois não era vicio, era uma forma de tentar esquecer a tristeza e a falta de amor. Suprir a carência seria a palavra. Com o filho casado não tinha muito com o que se ocupar mais.

— Vou comprar comida para o jantar. Você gosta de algum tipo? – Continuava a questionar sem perceber que ele já não a escutava.

— Alô – Richard atendeu a chamada sabendo que era sua secretaria, não ouvindo a pergunta da esposa fazendo atiçar sua curiosidade, Paola seguiu logo atrás para conseguir escutar, querendo saber quem estaria ligando para o esposo. Sentia receio que pudesse ser uma mulher. Do contrário Richard não teria rejeitado a pergunta. E muito menos daria as costas a ela. Ele sempre fora atencioso.

Não... Os projetos devem ser levados a arquiteta. Já confisquei... Não... Esses outros eu quero que estejam a minha mesa antes da reunião.

Ouvia seu marido discutir com alguém do outro lado da linha, insatisfeita de ter sido ignorada Paola cruzou os braços. Não estava gostando do fato estar dando atenção a pessoa do outro lado. Porem esperou pacientemente que ele desligasse para poder perguntar.

— Quem era? – Estava com uma cara de poucos amigos para ele.

— Hã? – Olhou sem entender a esposa. Para ele Paola sabia quem era.

— Quem é essa pessoa com quem estava falando no telefone e que me deixou falando sozinha? - Insistia não voltando atrás. Seu ciúmes estava evidente menos para Richard. Ela nunca se comportava como uma obsessiva.

— Como quem? Lindsay, a minha secretaria. Paola onde você está com a cabeça? Já esqueceu?

— Não gosto dela. – Declara morrendo de ciúmes e deixando bem nítido não querendo esconder.

— Para com isso. Você nem a conhece. E eu demorei muito a encontrar alguém como do nível dela. – Ele ainda não havia notado que tudo aquilo era ciúmes porque Paola nunca sentia ciúmes.

— Do nível dela? – Ela o encarou sentindo a raiva subir. O rosto ficando vermelho.  Qualquer um podia dizer que estaria prestes a ter um derrame.

— É! – Ele respondeu sem olhar para a Paola ou nem se quer percebeu o tom de voz alterado voltando a se vestir e passando perfume no final.

— Pra quê tanto perfume e o que ela faz que as outras não?

— Lindsay é inteligente, aprende rápido e é muito eficiente no trabalho e não é tão displicente quanto as outras que trabalharam para mim. É difícil encontrar alguém com a grade curricular assim. – Falava na inocência sem perceber no grande perigo ao relatar.

— Ah sim... Claro. E deve fazer trabalhos extracurriculares também – falava irônica.

— Não. As vezes peço que ela fique mais algumas horas organizando alguns documentos e só. Mas é porque precisava de uma secretária 24horas.

— Ah claro... 24 horas... Amanhã começo o meu trabalho.

— Que trabalho? – Questiona procurando escolher a melhor gravata.

— De secretária – Paola tomou a gravata das mãos dele ajudando a dar o nó.

— Do que você está falando? – Pergunta erguendo uma sobrancelha e rindo ao mesmo tempo. Deixando sua esposa colocar a gravata, curtindo por ela tomar a frente e fazer aquilo para ele como um gesto carinhoso.

— Eu vou ficar 24 horas com você agora. – Declara e ficando abismada com o marido rindo da cara dela. – O que foi? Tem algo na minha cara?

— Acordou de bom humor fazendo piadas. Paola trabalhando. Essa é boa. – Ele ajeitou a gravata encaixando bem na gola da camisa enquanto se divertia.

— Estou falando sério. – Paola endureceu as feições.

— Tá! – Ele a respondeu ignorando indo arrumar o cabelo em frente ao espelho enquanto ainda se divertia.

— Vou comprar ternos e vestidos sociais para começar amanhã. Me aguarde.

— Tá bom. – Concordou. Mas não botava fé, achava que não passava de uma brincadeira.

— Você está lindo – Declarou puxando ele pela gravata para um selinho doce.

— Obrigado. – Ele agradeceu enquanto ia até a cama e se sentava para calçar seus sapatos.

Paola imediatamente vestiu seu roupão de cetim por cima da Toalha e desceu para ir a cozinha pegar o café da manhã do seu marido antes que as empregadas os servissem. Queria surpreende-lo. Ela mesma levou a bandeja até a sala de jantar agradecendo e dispensando sua governanta deixando a de queixo caído. Para a empregada era um choque ver sua patroa acordar tão cedo e agradecer. Mais que isso... Vê-la acordar cedo agradecendo e de bom humor. Eram combinações que nunca se fundiam.

Richard desceu as escadas entrando na sala de jantar lendo alguns papeis distraído e sentou-se em sua cadeira de costume muito concentrado.  Paola o esperava com um sorriso em pé atrás da cadeira de cabeceira onde ele sentava como o chefe da família.

— Seu café meu amor. – Disse tirando-o do devaneio.

—  Hum? – Ele levantou os olhos abaixando os papeis vendo o café posto a mesa.

— Sei que gosta. – Sorriu para ele. Queria agradar fazendo pelos anos perdidos. Paola puxou a cadeira para que ele se sentasse e se sentisse um rei. – Vamos. Você precisa comer para ficar forte e aguentar o seu dia.

— Não foi você quem fez. – Declara olhando para ela e sentando.

— Também não quero te envenenar, tá?

— Não, claro que não. Obrigado meu amor – Agradece rindo, achando graça na piadinha.

— De nada lindo. – Ela puxou a cadeira colando próxima a ele. – Vamos tomar café juntos?

— Vamos. Não está com sono? – Perguntou segurando a xícara de café.

— Não acordei de noite e nem fiquei bebendo até as 5 horas da manhã. Não, não estou. Só fome. – Explica pegando um pão e partindo com o dedo um pedaço – Aceita?

— Dessa vez eu passo. Vou comer só as frutas amor, obrigado.

— Frutas no café da manhã? Qual é a sua preferida? – Pergunta enquanto mastigava o Pão.

— Todas – Ele riu – Tá bom, respondendo bem a sua pergunta, eu gosto de todas as frutas, mas contanto que estejam frescas, eu como de tudo.

— E para o jantar? Alguma sobremesa? –Ela repousou as mãos sobre as coxas para prestar mais atenção.

— Qualquer coisa simples para mim está bom. Adoro doce. Você sabe. Sou uma formiga – Respondeu voltando a ler enquanto comia uma salada de frutas pairando silencio no ar por alguns minutos.

— E qual é o seu tipo de comida favorita? Chinesa...Italiana... – Ela estava torcendo que ele não percebesse as reais intenções dela por trás daquelas perguntas.

— Porquê essa curiosidade repentina?

— Para saber tudo de você.

— Hummm achei que sabia tudo sobre mim. – Ele guardou os papeis na maleta e levantou-se. – Agora não dá para conversarmos amor. A gente se vê de noite. – Ele saiu em disparada a porta sem ao menos dizer tchau ou beijá-la. Sim. Aquela era a sua rotina, sem as despedidas calorosas.

— RICHARD! – Correu atrás dele – Minha resposta e meu beijo.

— Que resposta? – Pergunta esquecendo rapidamente, por estar um pouco avoado, com a cabeça no trabalho.

— Da sua comida predileta. – Ela virou as mãos para trás das costas balançando o corpo ansiosa.

— Ah sim... Gosto de tudo, mas gosto da comida do meu país as vezes sinto saudade.

— Agora meu beijo. – Paola fechou os olhos fazendo um biquinho sentindo o marido inclinar, puxando ela pela cintura e dando um beijo nela com um selinho. – Direito eu quero – Paola o puxa novamente pela gravata puxando um beijo de língua do selinho. – Eu te amo. – se declara apaixonada.

— Eu também. Agora preciso ir. – Richard entrou no carro enquanto se despedia dela com um aceno de mão. Mesmo com toda a mudança estar nítida, para ele aquilo seria passageiro.

Paola voltou para dentro de casa procurando as empregadas e a governanta na cozinha. Antes de sair para fazer compras queria surpreender Richard a noite e o jeito melhor era pelo estomago.

— O que sabem fazer da culinária Russa? – Questiona olhando o rosto de cada uma das empregadas. Vendo uma se posicionar a responder.

— Bem senhora... Nada. Não preparamos este tipo de culinária aqui.

— Pois então aprendam. Richard tem que chegar hoje em casa com a comida pronta. – Ela podia ter mudado, mas seu jeito autoritário com os empregados jamais alteraria.

— Se me permite optar Sra. Listing. Talvez um restaurante qualificado possa ajudar. – Helga, a governanta da casa sugeriu. Helga estava há mais de 20 anos com os Listing, sabia de cor e salteado os gostos, personalidades e até mesmo a intimidade da família. Helga odiava Paola.

— E o que estão esperando para fazerem isso? Vão...Vão. Eu quero tudo perfeito para quando meu marido chegar. Vou sair para fazer compras. Quando eu voltar quero tudo perfeito. – Ela encara cada uma principalmente a Helga por que não tinha simpatia nenhuma antes de subir para se vestir.

[...]

Richard chegou em casa saindo do carro, abrindo a porta de casa afrouxando a gravata todo tenso querendo apenas relaxar na banheira, ouvir um pouco de música clássica, jantar e dormir. Dia seguinte não iria trabalhar e era o dia perfeito. Poderia dormir o quanto quisesse e relaxar a mente.

— Holá mi amor. – Paola o surpreende atrás da porta de entrada da casa com velas acesas por todos os cantos e as luzes apagadas – Lembra de nossos primeiros jantares a luz de velas? – falou olhando ele.

— Oi amor... Nossa... Uau – Richard fita a esposa com uma expressão de admiração e surpreso. – Que lindo que ficou aqui.

— Mandei fazerem comida russa. Exatamente como você gosta. – sorri caminhando até ela de forma sensual.

— Hum? Comida russa? – Pergunta curioso enquanto joga a maleta na poltrona de madeira perto da porta.

— Você gosta não é? – Questiona estranhando chegando perto e tirando o casaco do marido dando um beijo nele. – Só Relaxa.

— Tentarei. – Acompanha com o olhar ela se afastar para guardar o casaco dele no armário, observando as atitudes dela um pouco atento.

— Que cara é essa lindo? – Paola volta para levantando as mãos até a gola da camisa tirando a gravata dele conduzindo até a sala de jantar. – Senta. É para você, cariño.

Richard deu um sorriso sentando não esperando que ela sentasse primeiro ou buscando puxar a cadeira para ela. Ele acreditava que mesmo com as atitudes carinhosas ela ainda odiasse ele ser atencioso.

Mas Paola não tinha intenção de sentar.

— Nunca fiz massagem antes. Se estiver doendo me fala – Paola se posiciona atrás dele  da cadeira de cabaceira massageando suas costas.

— Não está doendo nada meu amor – Disse fechando os olhos para tentar relaxar. Sentindo a massagem dela notando que não havia jeito para coisa. – Foi ao Shopping hoje com as crianças?

— Fui sozinha e comprei meus ternos. Como foi a Reunião?

— Estressante. Mas não quero te chatear contando.

— Você não vai me chatear. Amo tudo o que me conta.

— Melhor jantarmos, querida. – Richard sabia bem como ela odiava conversa de negócios e como perdia a paciência só de ouvir a palavra contrato. Ele tirou a mão dela do ombro dele e dando um beijo para cortar o problema pela raiz ali mesmo.

— Claro. – concordou dando um beijo no pescoço dele e sentando segurando a mão do marido. -  Escolhi um vinho português para bebermos.

— Hummm. Amo um vinho português. Deve estar tudo uma delícia. – Sorriu.

— Mandei as empregadas prepararem especialmente para você. – mandando elas servirem a entrada escondendo a parte que foi comida comprada. – Espero que esteja faminto.

— Estou sim – Richard comia tudo com os olhos. Tinha um ótimo apetite. – Gostei do cardápio.

— Espero que goste da noite toda – Ela sorriu observando as empregadas servindo os dois.

— Não sei se já experimentei comida russa – Cofessou. – Mas acho que sim.

— Como não sabe? Comidinha caseira, querido. – Ela riu já pegando a taça de vinho para beber.

— Não sei. Mas deve ser bom.

— Você não come isso no seu país? – Ela parou a bebida no meio do caminho com a mão parada no ar.

— Não! – olhou ela – Bom, todos acham que alemão e russo falam parecidos, mas somos culturas diferentes. – Riu divertido.

Paola engasgou no mesmo instante e virando a taça de vinho na hora.

— “Alemanha, mil vezes merda” – pensou enquanto abriu um sorriso forçado – Achei que gostavam de comida russa... Por isso fiz.

— Você está bem meu amor? Cuidado para não engasgar.

— Estou sim. – suspirou – Só engasguei com o ar. Nada demais.

— Mesmo assim. – Repetiu segurando um copo de agua para ela beber. – Toma um pouco.

— Estou viva ainda. – Aceita a agua bebendo, com vontade de se afogar de verdade. Agora percebia o quanto não sabia nada dele ou pelo menos o distanciamento fez com que esquecesse das coisas importantes. – Vamos comer.

— Vamos! – Sorriu agradecendo com um beijo na mão da esposa aproveitando a noite agradável e da companhia da mulher que mais amava.


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Notas finais do capítulo

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