Entre vãos escrita por Miss Birth


Capítulo 21
O dia pós desastre


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores! Peço que me perdoem por este hiatus longo e sem aviso prévio. Infelizmente, problemas surgem quando menos esperamos e só nos resta resolvê-los!
Enfim, o capítulo é simples, mas dá o pontapé inicial na segunda fase da fic. Espero que gostem!
P.s.: vários projetos estão em andamento, ou seja, em breve vocês poderão se divertir com as novas histórias que estou produzindo. Aguardem!
:)



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Queens, Nova Iorque.

Potência máxima no sistema de voo. Velocidade de supernova e uma manobra evasiva para salvá-la da iminente explosão do exército superfaturado de Hammerdrones. Numa mistura de zelo e delicadeza, Tony a agarrou pela cintura e voou para bem longe do parque de exposições, pousando sobre um edifício próximo. Pepper não parava de se debater e Tony, num gesto rápido, se desfez de seu capacete que sofria com um curto circuito após o excesso de pancadas que recebeu no combate contra Ivan Vanko.

—“Ah meu Deus! Eu não aguento mais isso!”, ela exclamou.

—“Não? Você não aguenta?”, Tony a olhou, incrédulo. “Olha pra mim!”

—“Meu corpo não aguenta esse estresse.”, Pepper confessou. “Eu nunca sei se você vai se matar... Ou arruinar as empresas!”

—“O quê? Ah, peraí. Eu mandei muito bem!”

—“Eu me demito!”, ela disse sem titubear. “Eu cansei disso. Pra mim, chega.”

—“O que você disse? Você cansou?”, Tony lhe perguntou. “Ah, que surpresa! Quer dizer, não é surpresa, não. Eu entendi. Mas você não precisa ficar inventando desculpas.”

—“Inventando desculpas?”

—“É, você tava inventando desculpas.”

—“Não, não! Eu tenho bons motivos e...”

—“É, tem razão. Você merece coisa melhor.”, ele disse, pegando-a pelas mãos. “Você cuidou muito bem de mim. Eu estava numa situação difícil e você me ajudou a superar, não é?”

—“Obrigada. Muito obrigada por compreender.”, Pepper agradeceu.

—“Então, vamos falar das mudanças.”

—“Pode deixar. Eu cuido da transição e...”

—“E da imprensa. Afinal, você ficou no cargo por apenas uma semana.”, Tony completou.

—“Uma semana, mas parece que foram anos de cachorro ou um mandato presidencial...” Tony a interrompeu com um beijo profundo e demorado. Pepper retribuiu, aproximando-o mais ainda ao pôr suas mãos em seus cabelos desgrenhados.

—“Esquisito?”, ele perguntou ao se separarem.

—“Não, não é.”, ela respondeu, puxando-o para mais um beijo.

*****

—“Tudo começou quando eu descobri que estava morrendo.”, Tony relatou ao amigo e motorista pessoal, Happy, que o escutava atentamente desde que se encontraram em seu apartamento em Manhattan.

—“Morrendo?”, Happy franziu o cenho. “Pra mim, o velho Tony havia voltado à ativa. Você nunca me pareceu tão vivo.”

—“Não, meu caro. O velho Anthony Stark morreu naquela caverna Afegã.”, ele retrucou.

—“Pepper sabe disso?”

—“Disso o quê?”

—“Que você beirou a morte e tal...”

—“Sim.”, afirmou. “Pirou, como de costume. E na frente da agente Romanoff. Sabia que a srta. ‘Rushman’ estava me espionando esse tempo todo?”

—“Pois é.”, Tony riu ao ver a carranca que se formou em Happy ao tocar no assunto. “Ela derrubou sozinha uns dez seguranças lá no covil do Hammer.”

—“Você não ajudou a moça?”, perguntou ele, balançando negativamente a cabeça.

—“Claro que ajudei.”, Hogan disse, orgulhosamente omitindo que enquanto ele lutava com um sujeito desajeitado na recepção, Natasha já havia terminado a primeira parte do serviço e corrido atrás de Vanko, que para o azar da agente, fugiu pelos fundos.

—“Continuando: Eu achava que eram meus últimos dias aqui, no mundo dos vivos, e então não pensei duas vezes antes de entrar naquele carro de corrida. Foi aí que Ivan Vanko apareceu querendo adiantar minha viagem de ida e o resto você sabe. Jarvis investigou os servidores da fábrica fajuta do Justin Hammer e descobriu que ele subornou três carcereiros da prisão em Mônaco. Eles forjaram a morte do Vanko e o trouxeram para Nova Iorque logo em seguida. Com o exército superfaturado de Hammerróidas, destruíram minha feira e por um fio o estrago não foi maior.”

—“O cara é pirado mesmo, hein!”, ele observou. “E tudo isso porque...”

—“Queria um lugar só dele no pentágono.”, Tony concluiu. “O melhor que conseguiu com todo esse escândalo foi uma cela de prisão.”

—“E ainda questionavam seu direito como Homem de ferro, hein? Deviam te dar uma medalha, isso sim.”

—“Pois é. O mundo dá voltas...”

—“Tony?”, a voz de Pepper ecoou pelo cômodo, assustando-os. “Tony?”

—“Pep?”, ele respondeu. “Estamos aqui na sala, amor.”

—“Amor?”, Happy franziu as sobrancelhas. “Desde quando?”

—“Desde ontem à noite.”, Tony explicou.

—“Ah, meu Deus! Vai me dizer que vocês dois...”, Happy ficara realmente surpreso com a novidade – que já não era tão nova assim. Como Rhodes, ele sabia que em algum momento as coisas mudariam de patamar.

—“Qual é, Happy!”, Tony reclamou. “Foi só um beijinho na sua chefe.”

—“Quem diria, hein? Pepper Potts agora é minha chefe e sua namorada. Dá pra acreditar? Você, namorando! E com a Pepper! Realmente, o mundo dá voltas!”, Hogan gracejou.

—“Happy!”, ela disse ao vê-lo no sofá. “Não sabia que estava aqui. Alguma notícia do meu carro?”

—“Er... Sinto muito, mas não sei se ainda podemos chamá-lo de carro...”, informou.

—“Sua culpa, Tony.”, ela disse, sentando-se numa das poltronas vazias.

—“Minha culpa? Não fui eu quem atirou nele. Mande a conta para o Justin Hammer.”, defendeu-se.

—“Então, okay! Rhodes já veio aqui?”, Pepper perguntou.

—“Não.”, Tony respondeu.

—“Ele ligou mais cedo e disse que viria... Aliás, iremos ao Queens para acompanhar a equipe de reparos. Preciso analisar o relatório preliminar de danos o quanto antes.”

—“Acompanhar? Não precisa se preocupar, Pep. O pessoal dá conta do recado. Pensei em fazermos outra coisa... Aproveitando que estamos aqui...”

—“Eu também pensei.”, Pepper disse.

—“E?”

—“Será divertido, eu prometo.”, ela sorriu de canto. “Mas antes, precisamos fazer uma visita rápida ao FBI.”

*****

Base da S.H.I.E.L.D., localização confidencial.

—“Senhor, a agente Romanoff está na linha.”, avisou um dos operadores de comunicação da base.

—“Transfira para minha linha pessoal.”, Fury ordenou. “Linha criptografada, permissão beta 163.”

—“Entendido, senhor.”

Fury afastou-se da modesta sala, caminhando de volta para seu escritório particular que estava a um nível abaixo deles. Cerrando as portas atrás de si, sentou-se confortavelmente sobre sua grande e imponente cadeira, apanhando o telefone cujo led piscava em espera.

—“Senhorita Romanoff, me dê boas notícias.”

—“Senhor, localizei meu alvo. E tenho boas razões para acreditar que ele está com sérios problemas.”

—“Tem certeza?”, Fury perguntou.

—“Mais alguém está atrás dele, senhor.”, Natasha respondeu. “Talvez em duas horas eu possa saber mais a respeito.”

—“Tome cuidado, Romanoff. Mantenha uma distância segura.”, ele advertiu.

—“O senhor me conhece o suficiente. Sabe que eu sou sempre muito cuidadosa.”, ela disse. “Ah, antes que eu desligue: já enviei meu relatório sobre o Stark.”

—“Sim, eu recebi logo cedo. Obrigado. Agora, volte para a sua missão e até mais ver.”

—“Até mais, senhor.”

*****

Teimoso como era, Tony recusou-se a ir ao FBI.

Depois de muita insistência, porém, ele e Pepper saíram do edifício acompanhados por Happy. Rhodes ligou e avisou que os encontraria em frente à sede, já que também participaria dos interrogatórios.

—“Engraçado, não é?”, Tony disse. Junto com Pepper, Rhodes e Happy, ele aguardava o interrogador num banco comprido em frente à pequena sala.

—“O quê?”, Rhodes perguntou.

—“Nós, sentados aqui como crianças malcriadas na detenção da escola.”, ele respondeu.

—“A menos que você seja culpado, não há razão para se preocupar.”, Pepper observou.

—“É, relaxa, Tony.”, Happy disse. “Estamos cumprindo o protocolo. Como testemunhas e vítimas, dizemos o que sabemos, eles juntam as peças e desmascaram o crime.”

—“Como você sabe de tudo isso?”, Tony perguntou.

—“Assisto a séries policiais na TV.”, Happy explicou. “Apesar de gostar mesmo de Downton Abbey. Alguém aqui já assistiu? É refinada, muito chique.”

—“Não, nunca assisti.”, Tony respondeu. “Mas agora sei o que você faz nos sábados à noite.”

—“Senhorita Pepper Potts?”, um agente chamou ao abrir a porta. “Pode me acompanhar? A sessão de interrogatórios começará com você.”

—“É claro.”, Pepper levantou-se nervosamente e caminhou para dentro da sala.

—“Vai se sair muito bem, querida.”, Tony encorajou-a.

—“Fiquem atentos, rapazes. Logo será a vez de vocês.”, o agente avisou-os.

—“Mal posso esperar.”, Rhodes murmurou.

—“Nem eu.”, Tony bufou, revirando os olhos.


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Notas finais do capítulo

Digam-me o que acharam!



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