*toc toc toc (barulho de porta batendo)

- vamos Carol, você vai chegar atrasada para a escola! – falou minha mãe, ou melhor, gritou minha mãe.

Odeio a escola! Sei que isso é muita contradição quando se é a nerd na sala, mas é sempre tudo tão igual e chato que chega a me irritar. Hoje é o primeiro dia de aula do 2º ano, mas isso não faz muita diferença quando você fez aulas extras nas férias né? Minha mãe sempre diz que é muito importante que eu treine bastantes exercícios físicos e seja bastante inteligente, que um dia eu vou precisar muito dessas qualidades. Mas ela nunca me disse quando é por que eu vou precisar delas.

Bem, gostando ou não tenho que ir a escola, alem disso, será mais uma oportunidade para que o Derik me note...ele é o garoto mais bonito da sala... não, do colégio....ou melhor, do mundo inteiro! Ele é super legal, muito engraçado e super popular! Tudo bem, eu nunca falei com ele nem nada desse tipo, mas eu tenho certeza de que ele é exatamente tudo isso, ou ainda melhor! Ele sempre tem farias pessoas ao seu redor, ou as lideres de torcida ou os garotos do time de futebol, eu qualquer outra pessoa, ele sempre está rodeado de gente. Mas é claro que qualquer um que chegar perto tele tem que ter no mínimo uma boa posição social e de popularidade, coisa que eu nunca teria na vida!

Me arrumei para o colégio, coloquei uma roupa confortável e fui tomar café para ir a escola.

Depois do café peguei minha bicicleta e pedalei até o colégio, as aulas foram o de sempre, com a pequena diferença de ter um aluno novo na sala, ele se apresentou como Carlos Vitor, ele era bonitinho e parecia ser um pouco tímido, pois não falou muito durante a aula, só ficou no seu canto copiando o que o professor copiava no quadro.

Na hora do almoço fui comprar minha comida e ir para qualquer mesa que estivesse vazia. Percebi que o garoto novo, Carlos Vitor, estava sozinho em uma mesa, já que as outras mesas todas estavam ocupadas fui em direção a sua mesa com os olhos baixos, com medo que ele dissesse que não queria minha companhia, o que seria o mais provável.

- com licença, - falei chamando sua atenção, o que o fez olhar para mim. – posso me sentar aqui? – perguntei com medo da sua resposta, e de ter que comer do lado de fora, onde estava chovendo.

- ah, claro, pode sentar... – falou ele calmamente voltando para sua comida. Na hora dei um suspiro de alivio, o que voltou a chamar a sua atenção, mas antes que ele dissesse algo os garotos da mesa ao lado, os populares, gritaram para ele:

- ei, garoto! A CDF ta ti incomodando? – falaram rindo da minha cara.

- não, está tudo bem, - ele respondeu numa voz alto só o suficiente para que os garotos da mesa ao lado escutassem.

- se quiser pode vir pra cá, você pode se contagiar com a chatice dela! – gritaram enquanto riam debilmente.

Carlos Vitor virou-se para mim e falou:

- ei, desculpa perguntar, mas – falou e apontou para a mesa ao lado, - eles sempre são assim?

Ri um riso cansado e só acenei com a cabeça. Acho que esse ano vai ser um pouco melhor que os outros, pelo menos eu tenho um aliado...