História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 15
Capítulo 15 - ACORDO


Notas iniciais do capítulo

Enjoy, Minna-san!



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Karin levantou seu olhar e encarou o inimigo zombeteira e confiante.

— Bela piada e obrigada pela explicação. Já posso te espancar. - Declarou empurrando seu corpo para frente e chutando fortemente a cabeça do hollow.

O monstro, desavisado, foi arremessado para o lado, mas logo a garota já o recebia com um outro chute e vários socos. Os capitães olhavam espantados para a garota esmurrando o hollow, contudo, Karin não acertava sua máscara.

O monstro, já sem poder se mover e pendurado pelo pescoço como ele mesmo havia feito com a garota, tentava perguntar como aquilo havia lhe ocorrido.

— Sou filha de um capitão shinigami. Tenho força suficiente para bater em um fracote covarde como você! - Explicou a morena. - Tem um poder problemático, além da parada de esconder na fenda, mas é só. Não tem poder em um combate corpo-a-corpo. Agora liberte o Toushirou por bem, ou te mato e liberto ele.

— Shinigami ou não, - falou engasgado. - Deveria estar em um pesadelo profundo com seu maior medo.

Karin sorriu.

— Ganhei esse banho de sangue tentando impedir que aconteça! - Declarou. - Deu azar quando me pegou de refém.

— Impossível! - Negava-se à acreditar.

— Agora pode soltar o Toushirou por bem ou morrer. - Sugeriu.

O monstro deu uma risada, mesmo que engasgada.

— O capitão vai morrer, garota. Não posso parar o processo. Minha reiatsu já danificou toda sanidade do rapaz e ele só vai parar quando se destruir. Chegou tarde! - Debochou o têngu.

— Acabou de destruir todos os motivos que ainda te mantinha vivo! - A garota socou-o lançando-o para o chão, aonde caiu formando uma cratera no asfalto.

— Vai me matar e irei ser purificado enquanto seu amigo morre. - Comentou ainda debochado.

Karin desceu em máxima velocidade acertando o estômago do monstro com os pés e riu debochada.

— Irei salvar o Toushirou, e quanto à você, desculpe mas não sou tão gentil assim. Vou fazê-lo desaparecer de vez. - Disse esticando seu braço e balançando um pequeno pingente em seu pulso. Um arco de energia azul surgiu.

— Um shinigami com poderes de Quincy? - Perguntou confuso.

— Shinigami por parte de pai, Quincy por parte mãe e sem compaixão por desgraçados que mexem com o que me é precioso! Sayounara! - Atirou uma enorme e furiosa flecha na cabeça do monstro praticamente à queima-roupa. O hollow se desintegrou instantaneamente. Karin bufou cansada.

— Quincy? - Perguntou Mayuri interessado.

— Esqueça, não vai tocar na minha filha. - Alertou Isshin dentro da cela.

— Um shinigami e uma quincy… Escolha interessante, Shiba-taichou. - Comentou o comandante.

— Era uma mulher maravilhosa. - Contou o capitão.

— Imagino que sim… Conte-me mais quando tudo terminar. - Pediu. - Agora, então, voltamos ao nosso problema inicial… Hitsugaya-taichou. - Olhou preocupado para o rapaz no globo de ar reparando que o mesmo havia aumentado consideravelmente. Além disso, o vento já havia se transformado numa nevasca e todo o território e proximidades de sua localização já estavam tingidos com um intenso e gélido branco. - Parece que mesmo com a destruição do hollow tudo continua igual.

— Taichou… - Preocupava-se Matsumoto pela falta de resultados no estado do grisalho.

— Hey, Os-san do chapéu. - Chamou Karin subindo novamente e encarando o estranho capitão.

— Hai, hai… - Respondeu o homem curioso pela atitude da garota.

— Quero que coopere comigo. - Exigiu.

— Kurosaki-san! - Exclamou a tenente.

— Karin-chan? - Matsumoto estava confusa.

O comandante olhou para a morena e lhe encarou alguns instantes. Um olhar determinado e confiante o encarava diretamente.

— Parece ter algum plano. Estou errado? - Questionou.

— Tenho algo em mente sim e quero que me ajude nisso. - Respondeu determinada.

— Entendo que queira ajudar o rapaz, mas há muitas coisas em jogo e- A garota o interrompeu.

— Sei tudo o que está em jogo e não sou idiota. Não estou arriscando muita coisa. Minha irmã está do outro lado da cidade e não arriscaria a vida dela por uma hipótese. - Declarou. - Vai dar certo! Sem dúvidas! Eu posso salvar o Toushirou!

— Karin-chan! - Exclamou a tenente do grisalho quase em prantos.

— Vou salvá-lo, Rangiku-san. Digo a verdade. - Disse a morena em um sorriso gentil e consolador à Matsumoto.

— E qual é a sua ideia, Ojou-chan? - Quis saber o homem.

— Aquele têngu desgraçado disse ter injetado a reiatsu dele no Toushirou e isso o descontrolava. - Lembrou. - Vou retirá-la dele.

— Mas como? Aquele hollow disse que nem mesmo ele podia removê-la! - Questionou Nanao.

Karin esticou seu braço novamente, fazendo um pequeno pingente com a estrela de cinco pontas balançar.

— Ele não pode, mas eu sim. Vai me ajudar ou não? - Indagou a morena.

— Quincy convertem partículas espirituais em poder… Entendo. E do que precisaria? - Kyouraku tentava entender todas as faces do plano da jovem à sua frente.

— Não atrapalhe! - Declarou causando surpresa no homem. - Tudo que eu preciso é do poder do Ken-chan e que vocês mantenham meu velho e o Ichi-nii sob controle. O resto é comigo. - Seu olhar transbordava determinação e não tinha qualquer traço de hesitação. Entretanto, algo incomodou a ruiva.

— Karin-chan, está escondendo algo? - Matsumoto não conseguia deixar de sentir uma estranha inquietação. Karin era serena, além de muito determinada e a ruiva conhecia bem a garota, mas algo parecia estar faltando ser dito.

— Não estou escondendo nada. Vou salvar o Toushirou e dar um belo sermão por ele ter sumido por tanto tempo. É só. - Anunciou a garota de forma serena.

— Jure. - Pediu. - Jure que não fará nada perigoso demais. O taichou não suportaria se você morresse o salvando. Nem mesmo eu suportaria. Jure! - Exigiu a ruiva.

Karin sorriu de forma amável para a mulher.

— Rangiku-san, se arrepende? - Perguntou repentinamente a morena em tom sereno. A ruiva pareceu não entender. - O cara que o têngu disse que morreu. - Explicou. - Se arrepende de algo que poderia ter feito ou tentado mas não conseguiu? - Questionou.

A tenente mostrou um expressão de profunda tristeza. Karin, contudo, abriu um enorme sorriso.

— Acho bom ter terminado seus relatórios desta vez. Ele vai ficar extremamente irritado ao saber que foi pego por um hollow tão fraco e pode acabar descontando em você. - Virou-se de costa e observou de soslaio o comandante calado lhe encarando. - Apenas contenha aqueles dois e não interfira até tudo terminar. - Ordenou ao mais velho.

— É uma ordem ou uma regra? - Perguntou o homem sério.

— Os dois. - Respondeu a garota. - Não posso garantir a segurança de qualquer um que se aproxime. - Informou. - Mantenha seu pessoal longe e voltará para casa com todos eles. Todos. - Enfatizou e olhou para o capitão da 11ª divisão. - Ken-chan, me empreste o seu ombro! Yachi-chan, controle as coisas por aqui. - Pediu.

— Não me dê ordens, garota. Deveria ter algum medo. - Comentou o homem se aproximando e logo em seguida Karin subiu em seu ombro da mesma maneira que Yachiru.

— Hai, Ka-chan! - Concordou a garotinha energeticamente se pondo à frente de todos os outros shinigamis.

— Corte o globo e abra caminho para mim. Não machuque o Toushirou, apenas abra caminho para que eu possa tocá-lo. Entendeu? - Karin explicou.

— Uma tarefa chata! - Resmungou o capitão.

— "Faça isso e te enfrento quando quiser". - Prometeu a garota em voz baixa.

O homem pareceu se interessar.

— Não se esqueça disso, garota. - Disse o homem iniciando seu ataque em alta velocidade.

— Comandante Kyouraku, não acho que seja certo deixar a garota se envolver. - Comentou Nanao.

— Também não acho certo, Nanao-chan. Contudo, mesmo eu não pude fazer mais do que ordenar a morte do rapaz. Se algo acontecer com ela, estou disposto à me responsabilizar por isso. É tudo o que posso fazer. - Disse o homem com certa preocupação, porém, ainda assim conseguia acreditar nas palavras da garota quanto à salvar o capitão e não morrer. Algo lhe fazia acreditar que daria certo, embora não soubesse o quê. Talvez fosse pelo histórico familiar da morena, no qual seu irmão salvou o mundo diversas vezes e se mostrou evoluir à cada batalha; ou talvez fosse a intensa determinação que a garota de atitude informal e vestido rasgado demonstrava em seu olhar. Era curioso para o homem, pois em algum momento, Kyouraku passara a acreditar em Karin.

— Karin-chan… - Matsumoto não podia conter sua preocupação. Preocupava-se por seu capitão, que dava sinais de que seu descontrole o fazia sofrer e agonizar e só o destino sabia qual seria seu destino se aquilo continuasse; e preocupava-se por Karin, a adolescente que agora enfrentava tudo para salvar o amigo de infância de seu próprio poder. De lá, tudo o que a mulher podia fazer era assistir angustiada o que o destino reservara para o casal de jovens amigos...

— Ela realmente tentou enfrentar o capitão Hitsugaya sozinha? O comandante permitiu isso? - Questionou Mahiro à tenente que lhe contava a história.

— Karin-chan estava extremamente determinada. Na verdade, isso era bem característico nela. Mesmo o Kyouraku-soutaichou pôde perceber que ela daria um jeito de tentar salvar o taichou de qualquer forma e, além de tudo, não tínhamos um plano alternativo para que pudéssemos realmente fazer algo. Ele deve ter sentido o mesmo que eu. A determinação de ferro de Karin-chan. Isso o fez acreditar nela, assim como eu acreditei. Não pude argumentar com ela e por isso, não a parei. Foi o mesmo com ele. - Explicou a ruiva novamente olhando para a garota serena no tanque. - Ela não só tentou enfrentá-lo sozinha, como o fez. Não demonstrou medo, não fraquejou ou tentou fugir. Karin-chan, assim como havia dito para o Zaraki-taichou, entrou na primeira brecha no globo que ele conseguiu fazer depois de alguns golpes. Estava difícil pois o taichou novamente estava em algum tipo de modo de autodefesa e sempre que a espada se aproximava, uma rajada de nevasca o afastavam. Até que ele finalmente conseguiu corta aquilo e Karin-chan, sem pensar duas vezes, pulo para dentro. Foi aí que o verdadeiro desafio começou…


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

Até o próximo capítulo!

Abraço e Sayounara, Minna-san!



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