Falling apart escrita por mlleariane


Capítulo 3
Fun and uncomplicated


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como vão vocês? Espero que bem, porque caskett vai de mal a pior (cedo demais para piadinhas?)

Adorei as reações que o capítulo causou, menos essa: “Sabe o céu? Então se não vai não” (Mayim)

Hahaha! E essa nem foi a única ameaça :0
“Eu to pensando se te mato agr ou depois...” (Tati)
“Ahhhhhhh Eu quero bater em vc Como vc faz isso??” (kpst)


Tem as que estão adorando Castle virando o jogo:

Que orgulho desse Castle tomando atitude, colocando o amor próprio pra fora!” (Pri)
“Hora do gelo de Castelinho!!! Quero ver ciúmes e arrependimentos da quase ex Sra. Castle!!” (Lu)
“Adoro quando o Castle é mais enérgico.” (Aline)


E tem as que sofreram de verdade:
“Ariiiii. Você está destruindo meu 'cuore'. Já disse que não gosto de chorar mas, quando ela tirou a aliança, não consegui segurar.” (Meire)
“pqp Ariane me arrepiei toda com esse final, mds estou ansiosa pelo o que vai acontecer a seguir. Vc sabe como matar as leitoras :(“ (Jubs)
“Uow, se achar uns pedaços são do meu coração, após esse cap tenho emocional mais não” (Lee)
“cada palava lida crescia o nó na garganta...ja dizia mamae qnd a cabeça não pensa o corpo paga” (Ale)
“Sentada no chão procurando os cacos, porque estou DESPEDAÇADA! Meu Deus, não sei se estou com mais raiva por ele ter tido essa ideia ou por ela ter assinado.” (Staty)
“AÍ MEU JESUS, PRIMEIRO VOCÊ COMEÇA COM ESSA AGONIA, AÍ ELA APARECE E ELES FAZEM COISINHAS,AÍ VEM A AGONIA DE NOVO. EU NÃO AGUENTO TANTO ASSIM NÃO ARI, TENHA PENA DO MEU ♥
Perdão pelo caps mas eu tava gritando internamente.” (Neely)
“Eu estava aqui de boas fazendo minha bicicletinha pra queimar umas calorias e me vem a cena dela chorando....depois na cama....descrito lindamente ... E eu feliz...eles se entenderam e quando o sorriso dela se desfez o meu tbm foi junto e eu parei tudo aqui e dei um grito Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.... Cara fiquei sem folego e sem conseguir ler o resto... All i can think about was PQP!” (Leidy)
“Ai meu Deus, ARIANE! Dessa vez vc se superou... Vc conseguiu desfiar meu coração no bisturi... Eu fiquei broken... Nunca pensei que sentiria falta das "facadinhas". Foi tipo assistir os últimos minutos do 8x2, só q pior... Vc vai ter trabalho para recuperar meu coração carbonizado...” (Bella)

PAUSA: desfiado ou carbonizado? #confused


E teve até a Cleo encontrando a solução:

“Ari volta aqui, vamos derramar uísque nesses papéis.” (Cleo)


Acreditem, eu também passei por todas essas reações quando pensei em escrever essa cena. E estou imensamente feliz por vocês terem sentido exatamente o que eu senti!
No primeiro capítulo (assim como eu, quando tive a ideia da história), todo mundo era #TeamCastle. Aí veio a bomba e, inevitavelmente, ficamos divididas. O problema é que esquecemos que quando Kate sofre, Castle sofre também... Dizem por aí que isso é amor...
Eu mesma não sei de nada rs. Só sei que a BruRosa define meu emocional quando penso nesses dois separados:

“Só um minuto pra eu me recompor.
Juntando os caquinhos.
Espera...
Não tem recomposição.
Que triste.
Triste
Triste
Triste” (BruRosa)


Calma, vai melhorar... Só não agora.


Beijo, Ari ;)



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O barulho da campainha pegou Kate de surpresa. Não estava esperando nada, tampouco alguém, e poucas pessoas subiam sem serem anunciadas. Duas, na verdade: Castle e seu pai. Esse pensamento a fez estremecer. Não sabia como encarar nenhum deles. Jim não sabia que Kate havia saído de casa. E se ele tivesse falado com Castle? E se soubesse do divórcio? E se...?

A campainha tocou novamente.

Kate pensou se deveria atender a porta. O que seria pior, dizer a seu pai que ela e Castle haviam se divorciado, ou olhar nos olhos de Castle depois da forma como tudo havia terminado? Kate não queria fazer nenhum dos dois.

No terceiro toque da campainha, ela tomou coragem e virou a chave. Para sua surpresa, porém, a visita não era nenhuma das supostas.

Kate: Lanie? O que você está fazendo aqui?

Lanie: Que bela maneira de receber uma amiga! – a médica passou pela capitã, abrindo espaço.

Kate: Não, não é isso... – Kate não fechou a porta, na tentativa de fazer com que a visita durasse pouco – Lanie, eu, eu ando meio ocupada...

Lanie: Não, Kate, você anda fugindo de mim. E bebendo muito – Lanie acrescentou assim que bateu os olhos na pilha de garrafas perto da cozinha.

Kate: Eu não estou fugindo de você, nós nos falamos a semana toda no trabalho.

Lanie: Ah sim, eu me lembro. E todas as vezes em que eu perguntei o que estava acontecendo, você mudou de assunto. Sabe qual o seu problema, capitã? Subestimar a minha perspicácia.

Kate: Eu nunca fiz isso – Kate se defendeu rapidamente. Aliás, como é que você subiu sem ser anunciada?

Lanie: Já disse que seu porteiro é uma graça? – Lanie ajeitou o decote – E pode fechar a porta – a médica sentou-se no sofá.

Kate se deu por vencida e obedeceu. Sentou-se, então, perto da amiga. Silenciosa, esperando uma iniciativa dela.

Lanie: Eu odeio você, Katherine Beckett!

Kate: Foi por isso que você veio?

Lanie: Sério, eu odeio esse seu jeito de me esconder as coisas! Eu pensei que os anos me fariam conquistar mais espaço, mas você não facilita!

Kate: Me desculpa, Lanie, eu sou assim... – Kate se sentiu culpada.

Lanie: Nós sabemos.

Kate: Nós?

Lanie: Ryan, Espo e eu. Nós estamos preocupados com você, Kate.

A capitã não respondeu. Ela sabia que estava em falta com os amigos, e pelo visto Castle também.

Lanie: Você saiu de casa. Nós não entendemos essa decisão absurda, muito menos o fato de nenhum dos dois tocar no assunto, mas tudo bem, talvez vocês tivessem discutido à toa, você precisasse de uns dias, mas... você tirou a aliança.

Kate olhou para a mão esquerda.

Lanie: Sim, nós percebemos. E em vez de se abrir, de chorar ou sofrer, você continua trabalhando freneticamente, muito mais que o normal, e nos deixa perdidos. O que houve, Kate?

Kate: Nós... nós assinamos os papéis – ela disse com os olhos baixos.

Lanie: Que papéis?

Kate olhou para a amiga, as lágrimas se formando nos olhos. Só então Lanie entendeu. Chocada, não disse nada. Apenas deu os braços para a amiga, que caiu neles chorando.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Castle entrou na cafeteria movimentada. Correu os olhos pelos presentes discretamente, e sentou-se sozinho numa mesa de canto. Pediu o de sempre, e tomou devagar. Poderia ficar horas ali, observando aquelas pessoas. Qual seriam suas histórias? Um casal na mesa ao lado discutia. Qual o problema com eles? Cafeteria não era lugar para se terminar um relacionamento. Bar sim, cafeteria não. O calor das máquinas, o aroma delicioso e a sensação de que a bebida escura resolve tudo.

Rick? – uma voz despertou Castle. Quando olhou para o lado...

Castle: Jacinda?

Jacinda: Rick! Quanto tempo! – a loira abriu os braços para o escritor.

Castle: Sim, muito! Como vai? – os dois se abraçaram – Você parece bem... – ele correu os olhos pelo corpo da moça – Está muito bonita – Castle acrescentou, e ela sorriu feliz.

Jacinda: Richard Castle, sempre um charme.

Castle: Não consigo evitar... – ele fez, justamente, charme. Os dois riram.

Jacinda: Está esperando alguém?

Castle: Não, não. Você quer se sentar?

Jacinda: Claro! – a comissária de bordo se acomodou diante do escritor – Não estou mesmo atrapalhando?

Castle: Não, eu estava na verdade bem sozinho.

Jacinda: E o que um homem desses faz sozinho?

Castle: Essa é realmente uma boa questão. Preciso de outro café para responder. Aceita?

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Quando conseguiu recobrar o fôlego, Kate se levantou do colo de Lanie.

Kate: Eu trabalho freneticamente para tentar esquecer o que eu fiz com minha própria vida – uma Kate frágil enxugou as lágrimas.

Lanie: Como... como vocês chegaram a isso?

Kate: Eu não posso explicar... eu não pude explicar nem a ele...

Lanie: Eu pensei que você estava feliz...

Kate: Eu estava! Mais feliz do que um dia pude imaginar. Mas... eu gosto da dor, Lanie. Essa sou eu – Kate disse se odiando.

Lanie: Não, eu me recuso a acreditar que você trocaria Castle por qualquer coisa que seja. Algo está te afligindo, eu sei. Se você me dissesse, se dissesse a ele...

Kate: É tarde demais. Eu só quero protegê-lo. Eu o amo, Lanie.

Lanie: Kate... o que você fez consigo mesma?

Kate: Me destruí – Kate levou as mãos nos olhos, escondendo-se atrás delas.

Lanie: Não é tarde demais. Castle a ama, nós sabemos disso. Todos nós.

Kate: A iniciativa do divórcio foi dele...

Lanie: Mas você saiu de casa primeiro, não? Tente ver pelo lado dele.

Kate: Toda vez que eu tento pensar racionalmente no que aconteceu eu... eu não consigo. Eu só vejo tudo desmoronando. Deus, eu preciso de um café.

Lanie: Eu faço.

Kate: Não tem.

Lanie: Você ainda não faz compras? – Lanie balançou a cabeça, e se levantou – Vamos.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Atravessando a rua...

Lanie: Então você não queria assinar?

Kate: Claro que não. Eu tive um motivo para fazer isso, um motivo que eu não posso dizer a ele.

Lanie: Assim fica difícil, Kate... Mas mesmo assim eu acho que o caso tem solução. Se vocês se falarem, se foram sinceros um com o outro... Kate? – Lanie olhou para o lado. A amiga tinha ficado para trás – Kate! – Lanie olhou para a amiga, parada no meio da rua. Seguiu então seus olhos, que estavam fixos num ponto específico. Por uma janela da Starbucks se via Castle rindo animadamente com uma mulher – Ah meu Deus... – Lanie saiu andando atrás da capitã, que já tinha dado meia volta – Ei, espera! – segurou seu braço, quando a alcançou.

Lanie: Aquela é...?

Kate: É – Kate bufou – a aeromoçazinha.

Lanie: Talvez seja só um mal entendido.

Kate: Um mal entendido muito divertido, pelo visto – as duas olhavam do outro lado da calçada o casal, que ria sem parar – Para ele, claro. Como eu sou idiota.

Lanie: Kate, você não é idiota. Castle sim, fazendo isso bem em frente à sua casa. Ele claramente quer te fazer ciúmes.

Kate: Você acha?

Lanie: Que outra explicação nós temos?

Kate: Que ele não me ama mais e seguiu em frente?

Lanie: Eu duvido disso. Ele pode até estar saindo com alguém, mas...

Kate: Você acha que eles estão saindo? – Kate encarou a amiga.

Lanie: Não, não... eu não disse isso.

Kate: Você disse, Lanie.

Lanie: Kate, isso, esse encontro, ou o que quer que eles estejam tendo, não quer dizer nada. Ele te ama, não ama? Homens têm essa coisa com o sexo e...

Kate: Você acha que eles estão transando?? – a voz alta e desesperada de Kate atraiu olhares na calçada.

Lanie: Não! Claro que não!

Kate: Eu não acredito que Castle está dormindo com outra mulher...

Lanie: Ele não está. Quem disse que ele está?

Kate: Você!

Lanie: Não, eu apenas levantei a hipótese. – Lanie acalmou o tom e olhou séria para a amiga – Você sabe que isso pode acontecer, não sabe?

Kate: Eu... eu não consigo acreditar... NÓS fizemos sexo há menos de uma semana...

Lanie: Espera, vocês assinaram o divórcio e transaram?

Kate: Essa não é a questão.

Lanie: Essa É a questão, Kate. Vocês se querem! E estão aí, tomando decisões estúpidas sabe-se lá porque!

Kate: Eu quero ir pra casa – Kate deu as costas, e Lanie a seguiu. Se arrancar algo de Kate era difícil, convencê-la de tomar a decisão certa era muito mais. A médica tentou, mas Kate não queria discutir. Estava decidida a sofrer em sua própria casca.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Castle: Eu não acredito que você quase se casou com um bígamo!

Jacinda: E como é que eu ia saber?

Os risos de Castle e Jacinda ressoaram no ambiente.

Jacinda: Pelo menos consegui evitar mais esse desastre em minha vida amorosa!

Castle: Você não me inclui nos “desastres”, inclui?

Jacinda: Não... você eu incluo no “quase ganhei na loteria”.

Os dois riram novamente.

Castle: Me desculpe por sumir daquele jeito.

Jacinda: Você não estava na minha, Rick.

Castle: Não... eu estava totalmente em Kate...

Jacinda: Você me disse que ela te deixou, mas não me disse o porquê...

Castle: Eu não sei. Ela nem se preocupou em esclarecer.

Jacinda: Sinto muito.

Castle: Eu também – Castle deu mais um gole no café – Eu pedi o divórcio.

Jacinda: E ela assinou... – a loira concluiu, pelo olhar do escritor.

Castle: Ela nem relutou. Eu só... eu não consigo entender. Kate me amava, eu sei que amava!

Jacinda: Talvez exista alguma explicação...

Castle: Não existe. E sabe o que é pior? Nessa altura da vida ter que admitir que minha mãe tinha razão. Fiz as coisas no calor do momento. Eu nunca quis assinar aqueles papéis.

Jacinda: Então tudo acabou...

Castle fez que sim.

Jacinda: E agora?

Castle: Agora eu estou aqui, me lamentando com uma moça super divertida que não merece isso.

Jacinda riu.

Castle: Mas sabe o que é mais patético nisso tudo? É o fato de eu não ter coragem de ir até a delegacia e a encarar. Então eu venho aqui todos os dias, há uma semana, nesse café, que é o mais próximo à casa dela, na esperança de vê-la.

Jacinda: Isso não é patético.

Castle: É sim, porque se eu a visse, não saberia o que dizer. Provavelmente fingiria indiferença, o que me faz pensar quando foi que começamos a nos machucar.

Jacinda: Por que você quer vê-la?

Castle: Porque eu não consigo viver num mundo em que Kate não exista...

Jacinda: Uau. Por que não diz isso a ela?

Castle: Kate não me ouviria. E eu estou bravo.

Jacinda: Ah o orgulho...

Castle: Ela parece não sofrer...

Jacinda: Eu duvido que ela não sinta nada, todos sentem o fim de um relacionamento. Você deveria ir até a delegacia.

Nesse momento, Jacinda recebeu uma mensagem no celular.

Jacinda: Eu tenho que ir.

Castle: Foi muito bom falar com você.

Jacinda: Foi bom para mim também. Quem sabe agora finalmente ganho uma personagem com meu nome em algum livro seu...

Castle: Ela me mataria! – Castle falou no automático, ainda não tinha se acostumado com Kate ser passado. Tentou consertar o ato falho – Ela tinha muito ciúme de você.

Jacinda: Se ajudar, você pode dizer que sou muito bem casada – a loira sorriu para Castle, que retribuiu – E sabe o que é realmente patético? Café descafeinado. Por que inventaram essa porcaria?

Castle: Para grávidas, como você.

Jacinda se levantou, deixando à mostra a grande barriga, até então escondida por debaixo da mesa.

Castle: Boa sorte com o bebê.

Jacinda: Boa sorte com Kate.

Castle fez que sim e ambos se despediram. Assim que deixou o café, Castle olhou para cima. A janela do apartamento de Kate estava fechada, mais uma vez.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Enquanto sentia a água quente do chuveiro, o pensamento de Kate voltava no tempo. “Ela é divertida e descomplicada. Eu acho que é o que minha vida precisa agora. ”

Vestindo um robe, Kate foi até a janela. Olhou para a Starbucks iluminada, onde muitas vezes rira dividindo um café com Castle. Ela também podia ser divertida. Já descomplicada... Bem, ela podia, mas não conseguia.

Kate não conseguia sequer se entender. Suas paixões, seus medos e necessidades se misturavam loucamente. Queria justiça, queria amar, queria pertencer a Castle eternamente. Kate queria tudo, ao mesmo tempo que não tinha nada.

A pergunta de Lanie ressoou em sua mente... O que Kate estava fazendo consigo mesma?

Sem resposta, seus olhos ficaram fixos até as luzes do café se apagarem.

Divertida e descomplicada.

Divertida e descomplicada...


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