Break Walls escrita por skyspracer


Capítulo 12
Capítulo 11




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As intensas luzes coloridas, a música pop em alto volume e o barulho de crianças gritando tornavam o ambiente extremamente caótico, mas estar com Sebastian era incrível e fazia com que tudo ao redor se tornasse maravilhoso também. Ele era extremamente cuidadoso e atencioso com Alec, perguntando a cada minuto se estava tudo bem ou se ele estava com fome. Ele sentia-se amado em cada simples ação do dono dos cabelos loiros, e amor romântico é algo que nunca havia sentido antes. Poderia mesmo ser amor? Tudo era novo e Alexander estava empolgado para viver essa nova fase da sua vida, mesmo que houvessem chances de dar errado. Sua meta era aproveitar.

— Ok, já chega — Sebastian disse com os olhos fechados. — Essa montanha-russa acabou comigo.

— Você não vai vomitar, né? — Alec perguntou fazendo cara de nojo.

— Não, — o outro respondeu — eu acho.

— Ai, meu Deus — exclamou segurando a mão de Sebastian. — Vem, vamos comprar alguma coisa na lanchonete.

Calmamente, eles caminharam até a lanchonete mais próxima e acomodaram-se em uma mesa de plástico. O cheiro de fritura exalava no ar, convidando todos os visitantes do parque a comprarem ali. Com certeza, não era a opção mais saudável para adultos e, muito menos, para crianças. Em menos de um minuto, uma jovem garçonete, que parecia estar muito ocupada e suada, correu para atendê-los e anotar o pedido.

— Vamos querer duas fatias de pizza de calabresa e dois copos de suco de maracujá, por favor — Alec pediu, visto que Sebastian não tinha forças para expressar uma palavra sequer.

— Ok, já já vai chegar — a menina respondeu e logo correu para atender uma família que estava em outra mesa.

O loiro olhou confuso para Alec e perguntou:

— Sério?

— O quê?

— Pizza com suco de maracujá? — Sebastian riu.

— Minha avó dizia que esse suco era bom para enjoo... — Alexander respondeu desviando o olhar.

Outra coisa chamara sua atenção.

— Bom, com certeza o conselho da sua avó não incluía pizza de calabresa — enquanto Seb dizia, a garçonete chegava com o pedido. — E não é que foi rápido mesmo?

A jovem fez uma cara feia para Sebastian e saiu.

— Ah, obrigado! — Alexander retornou de seus devaneios e disse alto para que a garçonete não pensasse que eles eram mal-educados. Bom, Sebastian talvez fosse.

Rapidamente, ambos começaram a devorar a pizza, mas a mente de Alec ainda estava em outro lugar. Ele não tinha certeza do que tinha visto, mas com certeza tinha visto algo. Ninguém era como ele. Seria muita coincidência... 

— Sabe, Alec, comer me deu até vontade de ir para casa... — disse com segundas intenções — Descansar um pouco, né?

Ali! De novo!

— É... — o moreno respondeu completamente desinteressado no assunto. Agora ele tinha certeza que seus olhos não se enganaram.

— Podíamos ir logo. — Sebastian colocou a mão sobre a de Alec para chamar sua atenção. — Estou ansioso pela nossa primei... Digo, para irmos para o meu quarto.

Ele se vestia diferente. Mais formal. Menos ele mesmo.

— Desculpe, o que você disse? — Subitamente, Alec retornou aos olhos de Sebastian.

— Para irmos para casa — ele respondeu em nítido nervosismo.

— Não, não foi isso. Você disse que estava ansioso pela nossa primeira vez.

E, de repente, tudo fez sentido. Era óbvio que ele não se lembrava de ter transado com Sebastian. Isso nunca havia acontecido. Mesmo bêbado, esse é o tipo de coisa que não se esquece. Os sinais e marcas ficam no corpo e a mínima lembrança fica na mente. Tudo foi uma mentira e ele caiu feito bobo.

Céus, Alexander se sentia tão burro.

— Você mentiu pra mim — ele falou rispidamente.

— Alec, eu...

— Não, acabou — Alec levantou-se e saiu andando. — Acabou.

— Eu queria que você tivesse motivos para estar comigo — Sebastian deixou algumas notas de dinheiro na mesa suficientes para pagar a conta e foi atrás de Alexander.

— E resolveu mentir para mim? — perguntou virando-se para o outro. — É a coisa que eu menos tolero em um relacionamento.

— Eu sei que não...

— Sebastian, eu não estou interessado — ele o interrompeu. — Eu já disse. Acabou.

O loiro olhava Alec se afastar e sabia que não poderia fazer nada para impedir. O moreno sentia-se usado mais uma vez. Era esse o seu destino? Cair na lábia de qualquer homem que aparecesse na sua frente e quebrar a cara? Ele queria viver assim?

Talvez sim. O seu motivo estava logo a frente.

 

 

Magnus usava uma camisa branca, blazer cinza e calça da mesma cor. Parecia tão diferente do que ele era diariamente na universidade. Seu semblante era sereno e seus lábios formavam um sorriso de lado. Ele era tão lindo. Ele estava parado observando o carrossel girar lentamente, cheio de crianças, cavalinhos e luzes amarelas.

— Subindo e descendo.

— Alexander? — Magnus assustou-se ao ver o garoto parado ao seu lado. — Que surpresa te encontrar aqui! Está sozinho?

— Mais ou menos... É uma longa história — o mais novo respondeu. Ele não sabia de onde havia tirado coragem para falar com o professor. Talvez a raiva que estava sentindo fosse maior que sua timidez no momento.  — E você? É observador de carrosséis?

— Não, — ele riu nasalmente — meu filho está ali.

O motivo de Magnus estar chorando no outro dia.

— Ah, por isso você está alegre e gentil hoje. Diferente do Magnus que eu conheço — Alec disse ironicamente.

— Peço desculpas por isso. Basicamente, não poder estar com meu filho é a causa do meu mau humor.

"Como assim 'não poder'?", Alec pensou.

— Papai! Você me viu no cavalinho? — Um garotinho com cabelos tingidos de azul abraçou a perna de Magnus. Atrás dele, vinha uma mulher com longos cabelos loiros e olhos verdes. Era a mulher mais bonita que Alexander já havia visto. Tudo em seu rosto era encantador.

— Claro que vi, Max! — Magnus pegou o filho no colo — O menino mais corajoso que estava ali! — ele percebeu o desconforto de Alec. — Ah, deixe-me apresentá-los. Camille, este é Alexander, meu aluno. E Alexander, este é meu filho Max e a mãe dele, Camille.

— Não sou apenas mãe do Max. Sou esposa do Magnus — a loira disse estendendo as mãos para cumprimentar Alec. — E você deve ser mais um dos amiguinhos dele.

 


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