Iminente destino escrita por AsgardianSoul


Capítulo 12
Capítulo 11 — Alianças


Notas iniciais do capítulo

AHA! Pensaram que eu tinha me esquecido desta aqui, hein? Nope! Também dei uma adiantada nesta fanfic e teremos atualizações mais frequentes. YEAH!
O capítulo de hoje finalmente teremos Lea. Acho que muita gente estava ansiosa para saber o que foi feito dela. Só não me matem depois, ok? (até pq tô só começando hehehehe) #DiadeMaldade
Boa leitura!
PS: Leiam as notas finais!



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This is gospel for the fallen ones
Locked away in permanent slumber
Assembling their philosophies
From pieces of broken memories

https://youtu.be/tGE381tbQa8

O estabilizador de frequência do dispositivo de comunicação vacilou três vezes antes de iniciar a chamada de vídeo. Este recurso revelou-se muito útil para os fins do ser que foi um homem comum numa época onde velocidade era fundamental para fins militares. Agora, graças à uma proeza científica avançada para a época, ele alcançou uma longevidade admirável e estava mais do que nunca pronto para conquistar o que lhe foi negado pelo inimigo: levar o Leviatã à glória.

— Obrigada pela oportunidade de estar de volta, senhor — agradeceu a mulher loira na tela.

Os olhos biônicos dele encararam um rosto que não via desde muito. Logo as memórias afloraram em seu cérebro. Nomes preencheram lacunas mentais eficientemente. Ela também mudou, só que não biologicamente como ele. O cabelo loiro foi cortado acima dos ombros e adquiriu cachos mais arredondados. Todavia, o olhar vazio e gélido permanecia.

— Uma boa agente nunca é esquecida — respondeu, com voz gutural. Nunca iria se acostumar ao próprio tom adquirido depois do procedimento. — Atualize-me sobre Moscou.

— Eles já estão operacionais e prontos para combate. Os cientistas reduziram os efeitos colaterais da fórmula desenvolvida a partir do soro criado pelo Dr. Abraham Erskine — explicou. — Nossos soldados poderão ser quase tão fortes quanto o Capitão América.

— Nada que o complemento da tecnologia biônica não possa ajudar.

— Claro. — Apressou-se em concordar. Refletiu por um tempo, pensando se deveria prosseguir. — Nós iremos criar um exército de super soldados, senhor. Isso é muito além do que sonhamos para o Leviatã. Em breve o mundo estará abaixo dos pés de Orion, o Caçador.

— Fico feliz que não tenha perdido o jeito, minha querida — falou, expressando um falso contentamento. Ela estremeceu. — Sei que está ansiosa para se inteirar plenamente dos meus planos de reerguer o Leviatã. Tudo tem seu tempo. Por enquanto só mantenha o foco na sua missão.

— Só quis ajudar, senhor — defendeu-se, encabulada. Logo recuperou o jogo de cintura. —Dessa vez tudo dará certo, eu prometo.

— Fico aliviado em saber disso, pois não quero outra Peggy Carter no meu caminho.

O rosto da agente se endureceu e as pálpebras tremelicaram por milésimos de segundos. Tal gesto teria passado despercebido por Victor Uvarov, mas não por Órion. Algo estava acontecendo.

— Peggy foi enterrada com Dottie Underwood — assegurou severamente. — Yelena Belova não aceita falhas.

Orion encerrou a chamada. Sabia que Belova não iria falhar como antes. Para quem foi treinada para ser perfeita, errar pela segunda vez nunca fazia parte do plano. Ajeitou-se na poltrona e se preparou para outra chamada ainda mais importante. Obter sucesso significava jogar para os dois times. Assim como Belova, cometer os mesmos erros não estava em seus planos.

* * *

A luz fria do ambiente estéril agrediu as retinas de Lea. Demorou alguns segundos para abrir os olhos completamente. Logo sua memória foi preenchida por flashes dela sendo arrastada e trancafiada num quarto escuro sem janelas. A memória física também se manifestou. Ainda pôde sentir agulhas em contato com sua pele e mãos a segurando. Havia sido dopada inúmeras vezes e examinada. O que estariam fazendo com ela? Ou fizeram?

Foi difícil focar sua mente. Olhou para si e viu-se atada numa maca acolchoada. Remexeu-se com força, tentando se soltar, e sentiu dores em alguns locais. Podia jurar que havia manchas roxas. A sensação de desespero foi sufocante. Levantou a cabeça e respirou audivelmente, então notou que não estava sozinha. Acima, na grande sala de paredes acinzentadas, ficava um cubículo usado como observatório. Mesmo distante, conseguiu visualizar duas silhuetas em seu interior. Gestos denunciaram que eles eram reais, não alucinação de sua cabeça.

— Eu esperava mais do Capitão América — confessou Jones, arrogante.

— Esperava o quê? Que ele o matasse? Ele é o Sentinela da Liberdade, não um assassino. — Jones o encarou, ao que ele respondeu com um gesto despretensioso de cabeça. — Verdades precisam ser ditas.

— Mesmo assim, esperava mais do que deixar o Gavião Arqueiro amarrado na frente do Capitólio segurando um saco com trinta moedas de prata.

— Típico do Rogers, essas referências... — Descruzou os braços. — Mas isso não é mais assunto meu. Temos algo mais importante para resolver. Me fale sobre ela.

— Os exames apontaram que a aprimorada está inteiramente saudável — informou Jones.

— Isso não é de grande importância — retrucou Ross. Cruzou as mãos atrás das costas, olhando para a garota abaixo. — Quero saber o que o que ela é.

— Segundo as análises, ela não sofreu nenhuma alteração genética ou passou por qualquer outro tipo de procedimento do tipo. Seus poderes se desenvolveram naturalmente, se é que o termo se encaixa aqui. Todavia, isso não tira o peso do que ela é: uma aberração.

— Eu prefiro dizer que ela é o futuro — falou, o corrigindo.

Quando um velho conhecido de Nova Iorque veio até Ross oferecendo uma relíquia em sinal de paz e desculpas, o Secretário pensou que estaria abrigando mais um artefato que enfeitaria o apinhado depósito do Laboratório Alfa-25. Só que tudo mudou quando leu os arquivos da SSR, SHIELD e relatórios de cientistas que tiveram a breve oportunidade de estuda-lo.

— Eu fiz o que você ordenou. Estudei os relatórios sobre as propriedades do Cubo Cósmico. — Jones retirou os óculos e massageou as têmporas. — O poder contido nele é muito instável. Eu diria que está além da nossa compreensão, e olha que eu compreendo bastante coisa, Ross. — Apontou para baixo. — Isso tudo pode ser o maior erro das nossas vidas.

— Compreendo a limitação humana diante da magnificência do presente me entregue por Odin, mas isso não pode ser usado como desculpa para não o explorar.

— Você me ouviu? — inquiriu, sem alterar o tom de voz. — Nós simplesmente não temos ideia como o Cubo vai se comportar ao ser exposto. Tudo o que sabemos, em teoria, é que ele pode alterar a realidade. O que faremos aqui hoje pode ter consequências catastróficas.

— Eu odeio seu pessimismo, Jones. Se você não fosse um maldito gênio já teria te demitido há muito tempo — confessou, sem rancor. Girou o dedo indicador, apontando ao redor. — Você tem ideia do revestimento desta sala? Se fossemos atingidos por uma bomba nuclear, a única coisa de pé seriam estas paredes. Não se esqueça de que elas aguentaram a fúria do Hulk.

— De qual Hulk está se referindo?

Ross encarou com amistosidade a provocação do amigo. Não emitiu resposta e saiu. O silêncio dele dizia muito para quem o conhecia tão bem quanto Jones. Nada o faria mudar de ideia. Recolocou os óculos e o seguiu. Depois de alguns degraus e uma curta caminhada chegaram à sala ampla. Lea tornou a se remexer diante da aproximação deles.

— Quem são vocês? O que querem comigo? — perguntou, cerrando os dentes. Fazia muita força para tentar se soltar.

— Então esta era a carta na manga do Capitão América? — escarniou Ross, de pé, ao lado dela. Jonas manteve-se distante.

— Foi por isso que me trouxeram aqui? Para obter informações? — Endureceu o tom de voz, exigindo respostas que ele não revelaria. — Faça o seu pior, pois eu não vou falar nada.

O Secretário suspirou, quase deixando escapar um sorriso do discurso corajoso entoado pela garota.

— Não é nada disso que está pensando, porém, é bom saber que ainda existe coragem em pessoas tão jovens.

— Não sou tão jovem, você que é um Matusalém — retrucou, com a língua afiada, exibindo uma audácia que não era de seu feitio.

Uma risada soou atrás dele, vinda de Jones. Ross entortou o canto dos lábios num sorriso vil que fez Lea estremecer.

— Eu gostei dela — afirmou o coordenador.

— Que bom, Jones, porque vocês vão passar bastante tempo juntos — informou, antes de sair apressadamente. Tinha de estar em outro local e já estava atrasado.

Com a saída de Ross, a pequena equipe de suporte adentrou, munida com seus aparelhos cheios de fios e displays em stand by. Lea quase nunca esteve em hospitais e odiou quando precisou estar. Ver aquele pessoal de jalecos brancos a fez se encolher. Não demorou para que eles a conectassem aos aparelhos. Tentava desviar a todo momento para evitar que a tocassem, só que as amarras estavam bem apertadas. O homem de óculos parecia ser o chefe, pois não parava de dar ordens à equipe.

Terminado os preparativos para o procedimento, Jones dispensou a equipe e fez ele mesmo o último ajuste. Aproximou-se de Lea, que notou estar pálida de terror, e retirou a amarra que passava acima do peito dela, a deixando livre para erguer o corpo até quase se sentar.

— O seguro morreu de velho — pensou alto.

— O que vão fazer comigo? — suplicou, baixinho.

— Se tudo correr bem, você será o início e uma nova era — respondeu Jones, com uma pitada de ironia.


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Notas finais do capítulo

ALTOS PLANOS muahahahaha
Só avisando, como o universo das fanfics pode ser adaptado de várias maneiras (atorom), neste caso não é diferente.
— A Ana Belova terá uma origem um pouco diferente, misturando a dos quadrinhos com a da série, que não chegou a revelar sua verdadeira identidade (PQ FOI CANCELADA Q ÓDIO). Mesmo assim guardo grandes dúvidas de que a Dottie é mesmo a Belova.
Essa do Odin ter entregue o Cubo ao Governo, quem assistiu Thor: O Mundo Sombrio, especialmente a cena pós-créditos, vai entender. #LokiRules
Para quem acompanha os quadrinhos, o Cubo realmente está nas mãos da SHIELD. E isso tem papel importantíssimo para os eventos que criaram o "Capitão Hidra." Vocês já sabem onde quero chegar, não é? ;)
E existem mais referências inseridas no capítulo. Pegou mais alguma? Então deixe nos comentários. Quero saber o que estão achando da história e que rumo ela pode tomar. A sugestão de vocês é muito importante para mim.
Beijinhos invernais!



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