Todos se encontravam separados na guilda, a recém formada dupla simplesmente encontravam-se em mesas opostas se encarando, como se analisando aquele que seria seu parceiro por um tempo. Aos poucos a guilda ia se enchendo lentamente aquela que só havia duas agora tinha ao todo quatro integrantes, sendo Acnologia mais um ser a reconsiderar por não saber-se ao certo por quanto tempo Ai o deixaria vivo.

Aquele era um dia tranquilo com picos de animação e loucura por parte da nova guilda, as pessoas do povoado simplesmente estavam amando finalmente ver aquele lugar pacato ganhar a vida através daqueles jovens. Realmente era algo mágico.

Foi quando viram entrando na aldeia com uma mochila e o cabelo completamente bagunçado com galhos de mato e o olhar perdido. Sorriu e passou a correr assim que avistou ao longe o enorme prédio com o letreiro Fairy Fallen brilhando magicamente. Ele sorriu e se apressou.

Na guilda Mizuki aproximava-se da porta para poder abri-la de uma vez e não correr o risco de ter sua mãe furiosa por novamente ter que consertar a porta. Mas qual não foi sua surpresa ao ver uma cabeleira azulada correndo em sua direção. A morena nem sequer teve tempo de desviar e sentiu o corpo do maior passando por si e caindo um pouco mais distante dela.

— Ai – comentou o jovem – O que aconteceu?

— Você atropelou a minha filha Yukiko – reclamou Ai apontando para o corpo desmaiado da pequena – Acho que ela morreu...

Nem ouve tempo para reação e o garoto já estava em cima da menor a chaqualhando como se sua vida dependem-se disso. Estava tão emprenhado que não viu quando os olhos vermelhos o encararam raivoso e só parou ao sentir um soco em sua face.

— É assim que me cumprimenta seu infeliz?! – berrava a Pendragon – Como pode tentar me matar assim? Não foi isto que a sua mãe te ensinou seu palerma.

— Desculpa – seu tom era choroso – Estava com saudades Mizu.

— Onde esta o Momo? Eu quero ver o meu pequeno, cadê ele?

Um pequeno circulo de magia surgiu ao lado da pequena passando assim a expelir um fogo totalmente laranja. Das chamas um ovo passou a se formar e logo se abriu fazendo assim um pequeno bichinho escamoso com um rabinho e fogo na ponta do mesmo.

— Momo! Como vai amor da mamais? Este incompetente anda cuidando bem de você?

— Sim – respondeu a pequena criatura com uma voz de criança – Eu sempre fico com as outras summons.

Um calafrio correu pela espinha do azulado ao ter seus olhos encarados daquela maneira pelos tão costumeiros vermelhos que ele gostava. Não teve alternativas a não ser pular a sair correndo para trás da Ai sendo apenas parcialmente coberto pela albina.

— Tia Ai a Mizu quer me matar!

— Vocês dois não mudam, não importa quanto tempo fiquem longe continuam sendo as duas criancinhas que eu e a Naomi víamos brincar de matar o Acnologia... Bons tempos àqueles que a Mizu não gostava dele – o tom de voz era sonhador – Mizu sossega o facho que eu vou escrever o Yuki, depois você mata ele.

— Ok mamãe.

— Bem Yukiko Ragner, mago Summoner... Aonde vai querer a marca Yuki?

— Mizuki ainda gosta de roxo?

— Minha cor preferida Yuki! – berrou a menina ainda com o bichinho em mãos – Por que?

— Quero roxo no peito, bem em cima do coração.

A voz dele era baixa quase como um segredo o que fez a mestra sorrir. Era bom ver que o filho amado de sua amiga gostava tanto assim de sua única filha, ela podia ver uma repetição de seu próprio passado só esperava que para aqueles dois as coisas terminassem totalmente bem diferente de como foi para ela.

— O que é um Summoner? – quis saber os outros três membros curiosos

 – Nunca ouvi sobre isto – continuou Aki.

— Minha magia consiste em invocar almas humanas que tiveram algum arrependimento, só que elas voltam em uma forma totalmente diferente do que eram antes de morrer – contou Yuki – Momo é um exemplo, ele não tem nenhuma memoria de quando tinha apenas cinco anos, quando eu e a Mizu brincávamos num na floresta de caça e morte ao Acno a gente achou a alma dele e foi quando descobri minha magia, ele meio que “entrou” em mim e pronto... Pense em um mago estelar com o beneficio de nunca precisar das chaves.

— Eu nunca vi uma magia semelhante a esta – James analisava tudo que era dito.

 - O Acno falou que quase não existe, assim que começou a fama de Zeref este tipo de magia se extinguiu completamente, ela é tão rara quanto os dragões, mas ele também falou algo sobre culpa de não sei quem... Tia Ai você tem alguma coisa a ver com isto?

— Não, magina... Olha ali uma flor roxinha que linda – apontou para o nada sorrindo alegre e assobiando como não quer nada – Mizuki querida você não queria torta?

— Eu quero ainda... Yukiiii – chamou – Faz aquela torta que só você sabe fazer?

— Tudo bem Mizu e deixe-me adivinhar um bolo de morangos para a Tia Ai?

— Isso ai!

— Pode separar alguns morangos?

— Tudo bem... Qual o seu nome?

— Akemi Miyazaki, da dupla Intya maga da Fairy Fallen e Dragon Slayer de Cristal.

— Que bonitinho já tem orgulho da guilda... Estes meus meninos crescem rápido, logo estão casando e eu vou ser avó de mines morenas correndo por todo lado.

— Mãe não viaja não em! Eu sou jovem de mais para ter filhos e casar.

— Acabamos de nós conhecermos! – berrou uma rosada corada – Quer dizer... Eu vou pegar meus morangos.

Todos naquele lugar passaram a rir, por mais poucos que estavam e muito não condizente com suas verdadeiras personalidades mudadas pelos fatos tristes da vida ainda sim estavam unidos como uma família. Aquele momento apenas ali abrigados pelo calor das rosas que iam mudando de cor a cada novo membro o sentimento de família voltava e toda a leveza que uma alma um dia poderia possuir retornava, não importava quanto tempo havia passado suas almas eram atormentadas pelo passado, Ai sempre acolheria aquelas crianças quantas vezes fosse necessário para acabar com sua culpa.

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