The Originals: Bloodlines escrita por Garota Exemplar


Capítulo 3
1x03 - Corrupt Youth


Notas iniciais do capítulo

Hello!
Terceiro capítulo chegou mais rápido do que esperava, confesso que estava com preguiça de escrevê-lo, mas eis que, eu recebi comentários ♥. E dedico esse capítulo e quero agradecer as duas pessoas lindas que fizeram meu dia e me incentivaram ao escrever esses comentários lindos Nay e Absinthe. Obrigada de coração girls, por me deixarem mais feliz que o Nik ao se tornar King.



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Outono de 1001 d.C

Os músculos das pernas do garoto já apresentavam impulsos de uma dor pulsante de tanto que este correra e os cabelos de um castanho escuro, bem como seus olhos, esvoaçavam a cada movimento. Desbravava o bosque deixando rajadas de vento para trás, pulando os troncos caídos que surgiam em seu caminho e ouvindo o estalar de gravetos sob seus pés. Sem se interromper jamais durante o retorno ao chalé da bruxa. Encontrando a mulher idosa em frente à lareira, cutucando as cinzas com a barra de ferro contorcida tranquilamente, como se já o esperasse.

— Eu sabia que voltaria. — ela disse de um modo profético que o fazia ter calafrios.

— Assim como sei o que irá me pedir.

— Quero que me ensine a usar magia. — anunciou ele em um fio de voz, ainda lutando para regular a respiração ofegante. — Você estava certa sobre a vila.

— Eu lhe disse o que encontraria e ainda assim você partiu, garoto.

Ele não retrucou. Apenas manteve a cabeça baixa, com os mesmos pensamentos vingativos assombrando lhe a mente. Tudo o que ele via cada vez que piscava era o rastro de devastação e morte deixado para trás por aquele que agora estava em liberdade. Enquanto o próprio bruxo sentia-se aprisionado, assombrado pelas lembranças do passado e acontecimentos do presente, dividido entre ambos sem poder alcançar nenhum.

O que lhe restava era o futuro, porém, o futuro não lhe parecia favorável e era tão incerto para um garoto que ainda voltava correndo para os braços da mãe a cada vez que algo a vida lhe tomava. Agora, a vida lhe tomara a família, então para quem ele voltaria? Não voltaria, foi o que pensou, os únicos braços que poderiam acolhê-lo agora, eram os braços da vingança.

Mesmo tendo os punhos repletos por hematomas e ferimentos profundos, bem como o resto do corpo estivera anteriormente, após ter golpeado os troncos das árvores e o que mais aparecesse a sua frente depois de encontrar os destroços do vilarejo, ele não sentia os sentimentos tempestuosos em seu interior diminuir nem um centímetro. Tampouco a dor dilacerante em seu peito que parecia corroê-lo aos poucos.

Não importava quantas lágrimas houvesse derramado, o quão alto gritara ou a profundidade de ar dos pulmões que usara em um grunhido, como um animal selvagem. Pelo contrário, ele só sentia aquele buraco negro engoli-lo cada vez mais e toda aquela fúria duplicada a cada segundo e era difícil manter a postura inabalada.

— Eu sei o que está pensando agora, mas essa não é resposta que procura. — preveniu a mulher de pele e cabelos negros, envoltos pelo lenço ao topo da cabeça. — Assim como não é o pedaço de papel em suas mãos.

O jovem entreabriu a boca ao levantar os olhos arregalados para a bruxa, perguntando-se como ela havia visto mesmo quando ele tanto se empenhara em escondê-lo e sem sequer dar-se o trabalho de virar em sua direção. Indagou a si mesmo silenciosamente se poderia aquela senhora ver tudo.

— Encontrei isso sob as cinzas do carvalho no vilarejo. — respondeu baixo. Apesar de sentir-se enraivado, injustiçado e tão devastado quanto à própria vila, o garoto não se atreveria a extravasar suas emoções outra vez, não enquanto a bruxa estivesse por perto. Pois ele tinha a impressão de que aquela senhora não seria alguém que ele iria querer irritar. — Agora pertence á mim.

— Não interessa onde o tenha conseguido, criança. Nada de bom virá deste feitiço.

— Este é o feitiço? — o garoto ergueu os olhos para a bruxa e ela via a intenção por trás dos olhos disfarçados de uma criança inocente.

— O que segura não é a resposta para os seus problemas, meu jovem. — ela avisou.

— É o início deles.

— Não, o inicio deles foi o que me trouxe aqui. Esta é a solução. — retrucou o garoto, a audácia de uma criança e feroz olhar de um animal raivoso. — De que outra forma se combate um monstro, se não tornando-se um?

A bruxa soube ao olhar para ele, que não havia mais volta para aquele rapaz. Não cabia mais á ela tentar salvá-lo de seu destino. Como todos os outros que procuraram por este caminho, ele também estava amaldiçoado, talvez, ele apenas já houvesse nascido assim.

A velha bruxa suspirou profundamente, alcançando o galho de madeira retorcido que lhe servia de apoio e ergueu-se da poltrona feita de pelos e couro. O observou e sentiu a lástima que era ver a juventude corrompida e a inocência perdida de uma criança que queria tão desesperadamente se transformar no que mais repudiava, em busca de um único objetivo.

— Quer se tornar o que tanto despreza, garoto? — a velha senhora tentou inutilmente, pois após tantos anos, ela sabia como sua visão nunca falhava. E desde que encontrou aquela criança. Ela viu o destino dele. — E quando obtiver sua preciosa vingança, quem realmente é, odiará o que se tornou. Você poderá viver com isso?

— Viver? — e ao ver o sorriso sem humor ou qualquer outra emoção que em nada se parecia com o sorriso de uma criança a bruxa teve a certeza de que aquele garoto que estava diante dela não era o mesmo da última vez, apenas confirmando o que já desconfiava desde o momento em que o jovem bruxo passara por aquela porta.

— Eu já estou morto. — seu tom era frio e sombrio como aquela noite caótica.

— Se é o que quer. Mas sabe que levará tempo. — decretou a velha mulher.

— Eu não me importo. — o garoto respondeu. A bruxa balançou a cabeça em negativa. Ninguém poderia fugir de seu destino, afinal.

— Bem, se vai realmente trilhar esse caminho deve saber toda a verdade por trás desse feitiço.

— Que verdade? — questionou o jovem bruxo, incompreensivo.

— A verdade sobre a história da bruxa que o criou.


Atualmente — P.O.V Elena


Acordar nunca foi tão doloroso. As batidas rítmicas do relógio ecoavam em minha mente entorpecida, deixando-me ainda mais zonza e confusa. Pisquei várias vezes e finalmente a cobertura creme do teto se materializou e ao desviar os olhos identifiquei o quarto do hospital, frio, como as cores da mobília. Hospital, eu refleti. Lembrei-me de sofrer o acidente na ponte Wickery.

— Elena! Bom vê-la acordada... — era tia Jenna quem passava pela porta.

— Você nos deu um susto.

Ela parecia preocupada pelos olhos obsessivos. Concluí ser pela cafeína ao encarar o copo descartável em suas mãos. Enquanto a ruiva aproximava-se da maca, percebi uma presença tímida se esgueirar cuidadosamente a entrada do quarto. Jeremy parecia indeciso em entrar, pelo visto, descobrira o motivo de eu estar na ponte em meio à tempestade.

— Então, como se sente?

— Eu estou bem, só um pouco tonta. — minha voz soava embargada pelo sono.

— O que você fazia na ponte com aquela tempestade? — estranhou.

— Eu... — desviei os olhos para Jeremy, ainda encolhido no canto. Seus olhos estavam tensos ao me encontrar.

— Ainda bem que não foi grave. Mas depois de tudo, vocês deveriam me dar um tempo antes de voltar a um hospital. — Jenna costumava usar o humor para aliviar a própria tensão, ou não demonstrá-la na nossa frente. — Bem, vou falar com o médico. A enfermeira disse que surpreendentemente você não sofreu nenhuma lesão séria e se tudo der certo receberia alta quando acordasse.

Assim que Jenna deixou o leito hospitalar, dirigi a Jeremy um olhar duro, em um misto de preocupação e repreensão. Sentindo-me pouco menos exausta apesar da medicação e aproveitando para me ajeitar, apesar do movimento causar pontadas vibrantes em meu corpo dolorido, sentando-me desajeitadamente.

— Como você está? — perguntou Jer. Aproximou-se vagarosamente, preocupado.

— Estou bem... E você?

Ele balançou a cabeça positivamente. Houve uma pausa e o silêncio se fez.

— Jeremy, o que aconteceu? Fiquei preocupada.

— Eu não sabia que iam ligar para você ou teria impedido, sabia que você ia pirar.

— É claro que me preocupo! Disseram que você passou mal. — protestei.

— Foi um exagero, eu estava bem. — retrucou Jeremy.

— Não, Jer. Você não está bem. — meu sistema nervoso parecia entrar em combustão e precisei de um momento para retomar a paciência. — Tenho tentado me aproximar respeitando o seu espaço, mas... Não sei mais o que fazer! Você não pode continuar assim, Jeremy. Saindo da cidade sem avisar, se fechando, ficando chapado. Já faz quatro meses... Isso tem que parar, Jer.

— Assim como suas mentiras.

— Sim, você está certo. Também estou sofrendo. — admiti após um momento onde apenas os sons dos aparelhos no quarto quebravam o silêncio. — Mas não estou fugindo e usando drogas. Você sabe o que poderia ter acontecido?

— Não sou eu quem está na cama de hospital. — Jeremy rebateu.

— É, estava indo buscar você que passou mal por causa de drogas! — esbravejei.

— Boas notícias, encontrei o médico! Agora podemos fazer os exames para ter certeza de que está bem e aí pode voltar para casa. — anunciou tia Jenna com um sorriso animador ao adentrar o quarto. Sorriso que morreu assim que desviou os olhos entre nós. — Está tudo bem por aqui?

Jeremy simplesmente bufou e saiu do quarto, Jenna dirigiu seus olhos cor-de-mel para mim em questionamento, apenas neguei com a cabeça.

Infelizmente, ainda tive de passar o resto do dia no hospital para alguns exames de rotina. Por sorte, à noite fui liberada e pude voltar para casa. Jenna passou comigo quase que o tempo todo, ela deveria mesmo ter levado um susto e Jeremy não estava menos preocupado, apesar da briga e de estar evitando convesas longas.

Eu ainda não consigo parar de refletir sobre o acidente e quanto mais eu penso, mais confusa fico de como tudo aconteceu. E ainda havia aquela estranha sensação de ter visto alguém quem me tirou do carro antes de cair no lago, mas deveria ser uma alucinação. Afinal, minha cabeça ainda estava meio dolorida depois das batidas. Poderia ser alguma força divina, me dando uma nova chance, é um pensamento irônico, ao contrário de quando me pergunto se eu mereço. Talvez fosse meu anjo da guarda?

De repente o ar gélido da neblina me atingiu em uma rajada, o que me fez soluçar e estremecer sobre o assento a base da janela de meu quarto. Encarei a fresta por onde passava o vento frio que acompanhava a chuva fina, foi o que restara do temporal da noite anterior. E quando dirigi meu olhar ao gramado lá fora, jurei ter visto uma sombra na escuridão, vigiando-me lá debaixo. Arregalei os olhos.

Ao mesmo tempo as folhas da janela abriram-se bruscamente em um estrondo, por conta de uma repentina rajada forte de vento. Ao mesmo tempo, em um sobressalto, eu dei um pulo afastando-me dela assustada. Meu coração acelerou e minha respiração descompassada, transformou-se em um luta por ar violenta. Aproximei-me, trancando-a novamente com um movimento rápido e ao lançar meu olhar para o jardim outra vez, não havia mais nada lá. Folhas esvoaçando e o balançar das árvores levadas pela força do vento eram os únicos movimentos lá fora.

Apenas me mantive encarando a cena ainda espantada, tentando regular as batidas de meu coração e voltar a respirar sem arfar. Uma sensação estranha tomou conta de meu peito, como um mau pressentimento querendo me avisar que algo muito ruim estava prestes a começar.


— Meu Deus, Elena, você... Você está bem? — Caroline questionava preocupada após eu contar á elas no pátio ao fim das aulas sobre o acidente da noite anterior.

— Eu estou bem, não aconteceu nada grave. — garanti.

— Nossa, isso é mesmo assustador... — concordou Bonnie tão temerosa quanto nós duas. — Graças a Deus você conseguiu escapar... Como?

— Eu não sei... Não consigo lembrar. — o que não era uma completa mentira.

— Deus... É como se você não pudesse mais ficar sozinha. — comentou a loira, assustada e ela não era a única.

— É, só... Tenha cuidado, Elena. — o modo como Bonnie disse de forma enfática e receosa, deu ar mais sombrio ao aviso. Senti um calafrio percorrer minha espinha.

Acenei positivamente e arrumei a bolsa sobre o ombro para sair.

— Vou para o Grill revisar, depois dessa tarefa que o Tanner passou. — disse e sorri convidativa: — Alguém quer me acompanhar?

— Oh não, eu já atingi minha cota de estudos por hoje. Desculpe, mas eu passo. — Care negou-se displicentemente.

— Bonnie? — tentei sugestiva.

— Eu até iria, mas já combinei com a minha vó de ir para casa dela depois da aula. Desculpe Elena. — ela se desculpou sem graça. Eu dei de ombros.

— Ok então. Vejo vocês amanhã. — despedi-me com um aceno.

Depois de deixar as garotas, me dirigi ao Mystic Grill para estudar história e adiantar aquela tarefa. Escolhi uma das mesas mais afastada do salão e próxima ao bar. Como de costume o Grill estava mais cheio há essa hora e fora algumas exceções, a maioria dos grupos era de jovens então certamente tinha uma bagunça e com a barulheira ficaria difícil me concentrar.

Abri os cadernos e ergui o olhar a procura de um garçom, porém o que encontrei foi o par de olhos castanhos intensos a me observar do bar. Hesitei ao ver o dono das belas órbitas penetrantes. Era um rapaz, seus cabelos eram de um tom de castanho, tinha os ombros largos e uma postura autoconfiante. Tão bonito, senti meu rosto esquentar, encabulada com o pensamento. Ele olhava fixamente para mim e seus lábios curvaram-se vagarosamente quando nossos olhos se encontraram.

E naquele momento, senti como se ele pudesse ver através de mim. Minhas bochechas enrubesceram levemente, porém ele prendeu meu olhar ao seu de uma forma que tornou impossível desviar os olhos. Apesar da minha timidez. Senti como se houvesse alguma coisa nele, um magnetismo que atraía meu olhar para si.

— Ei, Elena. — nem percebi Matt se aproximar, tentava chamar minha atenção.

— O-Oh... Oi, Matt. — cumprimentei perdida, dirigindo os olhos para ele.

— Vou adivinhar, tarefa do Tanner? — supôs, sorrindo sugestivo ao dar uma olhada em meus livros sobre a mesa. Naquele momento, até havia esquecido que trabalhava aqui, o que só lembrei graças ao avental e a blusa azul do Grill, que estranhamente combinava com seus olhos de um azul vivo e ressaltavam o porte atlético. Resultado de estar no futebol desde criança.

— Acertou. — sorri.

— É, ele pode ser um bom treinador, mas é um babaca como professor. — então puxou o bloco de notas e a caneta. — Então, o que vai querer?

Eu fiz meu pedido e ele logo se retirou. Tentei manter meu olhar sem nenhum ponto fixo, porém foi como um imã que os puxou de volta para os dele mais uma vez e eu tentei inutilmente decifrar seus olhos enigmáticos. Ao mesmo tempo em que me desafiavam a descobrir o que haveria por trás deles, passavam a sensação de que éramos apenas nós dois em um mundo particular. Em seguida, Matt trouxe o suco que pedi e voltou ao trabalho. Assim como eu que me obriguei a voltar à atenção aos livros, pois já me sentia encabulada o suficiente por encará-lo. 

Levei tempo considerável para terminar a tarefa, dado que não conseguia me concentrar. Pela tarde comecei e já estava escuro, apesar de escurecer mais cedo pelo tempo ainda nublado em que ora garoava, ora era apenas o vento gélido. Guardei meus materiais e paguei meu suco. Matt me parou para nos despedirmos e no momento em que virei para a saída, o mesmo garoto do bar se aproximava em direção a mim.

Ele exibiu um sorriso sedutor, senti meu peito vacilar e um calafrio que subiu por minha espinha. Manteve o contato visual ao passar por mim, andava como se fosse o dono do mundo, o que lhe garantia um charme natural. O modo como me analisava com os perigosos olhos castanhos, a sensação era como se já tivéssemos alguma intimidade... Alguma conexão. Eu me sentia intimidada e ao mesmo tempo atraída por eles.

Fiquei automaticamente parada mesmo após sua passada. Um segundo, dois, três e foi automático. Olhei sobre meu ombro em sua direção e estremeci ao percebê-lo ainda observando-me. De imediato, virei para frente outra vez com as maçãs do rosto ainda mais coradas e tratei de seguir meu caminho.

Sentia-me dividida. Entre a sensação desconhecida, de como se meu corpo todo vibrasse e correntes elétricas passassem por minhas veias; e a sensação de alerta em meu interior que me avisava para ter cuidado. Lembro-me de ter lido em um livro uma vez; ”Não há nada de errado com o fogo… desde que você não chegue perto demais”. E diria que essa frase cabia á aquele garoto perfeitamente. Pois era inegável o perigo que emanava dele e perigo definitivamente não era algo que eu precisava na minha vida agora.


Atualmente — Nova Orleans


Os passos do híbrido Original soavam como se a intenção fosse fazer a calçada se partir abaixo de seus pés, pelo modo de caminhar cortando o vento enquanto atravessava a Royal Street em direção a Canal. Antigamente, Klaus teria orgulho de exibir seu desfilar orgulhoso pelas ruas que eram suas, andaria lentamente, observando com satisfação a rua que estava sempre tão movimentada e era uma das mais vivazes de Nova Orleans.

Onde sempre haveria as obras de artistas de rua e o artesanato ás beiras das calçadas estreitas, além das lojas de antiguidades opulentas, boutiques e galerias de arte coloridas, bem como restaurantes com pátios cênicos. Estes, parte importante da arquitetura que garantia ao seu amado French Quarter o charme icônico.

A verdade, a rua era quase que uma homenagem á ele próprio em relação a como ficara conhecida pela “Rua da cultura e da arte”. Que preservava a arquitetura colonial francesa desde os edifícios mais pitorescos, muitos datados dos séculos XVIII e XIX, ás varandas de ferro forjado e as fachadas de tijolos, que remetiam o Original sua primeira passada pela cidade quando a construíra e era lá tão renomado e respeitado por todos. Estando sempre no centro das atenções, bem como o poderoso Klaus Mikaelson nascera para estar; no topo.

Principalmente aos redores do bloco sete da Royal. Dos treze, aquele era um de seus favoritos. Onde estão as galerias de dois dos patronos dos artistas da cidade Ally Burguieres e George Rodrigue. Especialmente para um grande amante da arte como ele.

Porém ultimamente, Klaus sequer poderia apreciar o fervor do lugar, quando seu reino estava sobre ataque e seu domínio, ameaçado. Agora que as facções estavam divididas, as coisas se complicaram ainda mais. E ele que pensara que com a aliança com Marcel, todos simplesmente se curvariam e o assumiriam como seu rei.

Ao contrário, os lobisomens se recusavam a aceitá-lo e mesmo com a união de Jackson e Hayley, eles pareciam continuar longe de serem conquistados. Os vampiros tão pouco realmente tinham a intenção de segui-lo e no fundo, ele sabia que o juramento de lealdade deles ainda era apenas com Marcel e no fundo, torciam para que ele fosse derrubado.

Quem diria que seu maior problema se tornariam as bruxas que pareciam estar mais poderosas do que nunca para ousarem ficar contra ele. Tudo isso despertava ainda mais a ira do híbrido, após tudo o que passara para retomar a cidade há três anos. E acima de tudo, a preocupação por conta de sua pequena garotinha que jamais estaria segura; em meio a tantas ameaças e ainda mais inimigos.

E o pior, era ele saber que precisava de um exército se quisesse realmente assumir o controle total da cidade e liquidar com o perigo por Hope. Ah, se ele tivesse obtido sucesso ao tentar criar um exército de híbridos, após livrar-se da maldição. Mas a traiçoeira Katerina tivera a ousadia de enganá-lo e fugir, impedindo-o de realizar seus planos.

— Finalmente! Quanto tempo leva para que a sua querida ex convença os lobos a ficar em nosso favor?! — disparou Klaus ao enfim ser atendido pelo irmão após tanto tempo.

Considerando que o pai de sua filha falhou miseravelmente na tarefa? — zombou Elijah com seu tom irritantemente displicente. — Eu diria que requer mais do que uma hora, principalmente se continuar ligando a cada cinco minutos, Niklaus.

— Estou começando a achar que a afeição dela por você não é suficiente a ponto de fazê-la obrigar o marido a lembrar seus lobisomens graças a quem eles não continuam vivendo como cães e apenas experimentando da humanidade a cada lua cheia. — retrucou o híbrido franzindo a expressão mediante a incompetência de Hayley e o irmão. — Resolva isso Elijah, ou faremos do meu jeito. E você sabe como eu não costumo ser tão piedoso com aqueles que me desobedecem.

Mal encerrou aquela chamada sem esperar uma resposta e seu celular vibrou outra vez, anunciando uma nova chamada. Ao perceber que era da irmã mais nova, atendeu ainda bufando.

— O que é agora, Rebekah?

— Nik... Eu... — ele sentia o soluçar na voz da irmã e ao perceber que ela realmente fungava entre as palavras, interrompeu os próprios passos com um péssimo pressentimento. — Por favor... Você precisa voltar para o complexo... Agora. Aconteceu uma coisa... Só por favor, venha.

E ao receber o toque do fim da chamada, Niklaus soube que apenas algo realmente muito terrível causaria tamanho desespero na irmã e teve a certeza de tratar-se um assunto delicado ao ponto de não ser-lhe dito de imediato. E ao mesmo tempo uma sensação sombria tomou conta do Original. Ele tomou o rumo de casa.


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Notas finais do capítulo

P.S²: Como a minha fanfic é como se fosse uma nova história para The Originals, não leva em consideração o que se passou em The Vampire Diaries, tanto é que estou começando tudo do inicio em Mystic Falls. Por isso, aqui na história, Klaus conseguiu se libertar da maldição usando a Katherine lá atrás. Porém foi um pouco parecido com o que aconteceu com a Elena na série, mas ao invés de alguém ter dado a vida para ela (como aconteceu com o John que deu a dele pela Elena) a Katherine ingeriu o sangue de vampiro e quando o Klaus matou ela no ritual, ela acordou como vampira e fugiu. Por isso, de qualquer forma não havia mais formas de fazer mais híbridos, pois como vampira, tecnicamente a pessoa está morta e como todos sabem, o sangue da duplicata humana é o que pode ser usado para criar híbridos, como vimos na série.
Apenas para esclarecer, mas não se preocupem, vou explicar isso na história :))
Ahhh e tenho uma recomendação de história para vocês que também amam Kolena e histórias com mistérios e ação. A minha linda da Nay escreve uma maravilhinda, que vale MUITO a pena acompanhar (eu estou inclusive kdlsaç), então vou deixar pra vocês o link: https://fanfiction.com.br/historia/684691/E_impossivel_tudo_isso/

Eita que deu ruim em NOLA, aparentemente. O que será que houve? E sobre os meus bebês se encontrando ♥ O que vocês acharam dessa troca de olhares? E a conexão deles. Reviews?