Por um recomeço escrita por Grazielly Oliveira


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários!!



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Grillows – Por um recomeço

Dormimos ali mesmo no sofá e acordamos abraçados envolvidos por uma fresta de luz que vinha da janela, seus olhos estavam mais azuis que o normal e achei por um breve instante, que acordei no paraíso. Enfim, era Natal, e, pela primeira vez passaria uma data considerada familiar longe de Lindsay. Grissom tinha programado um dia especial para nós e esperava não dormir em nenhum desses programas, ri com meu pensamento.

GG: Está rindo? – Perguntou enquanto tomava seu café.

CW: Eu apenas pensei no quanto não quero dormir com a sua programação hoje.

GG: Aposto que irá se divertir. E não exagere Catherine.

Apenas ri e continuei comendo. Dentro de poucas horas saímos em seu carro em direção ao “dia de lazer do Grissom, repito, do Grissom”, eu apelidei nosso passeio assim e lembro dele ter gargalhado quando ouviu.

Conversávamos animadamente durante o percurso, mas fomos interrompidos pelo seu telefone. Escutava atentamente as suas respostas, e, infelizmente quem estava do outro lado da linha: Melissa. Ela mesma. Acreditem. Ele desligou o telefonema apreensivo e um pouco preocupado.

CW: O que houve? – Perguntei percebendo sua agitação.

GG: Eu não entendi direito, mas a Melissa está em perigo no laboratório.

CW: Chamou a polícia?

GG: Nós vamos ver o que está acontecendo.

CW: Eu não quero ser grossa, mas eu quero descer aqui. Por favor, pare o carro.

GG: Vai ser rápido Catherine, e além disso, você prometeu que não insistiria em uma briga sem fundamentos.

CW: Você tem razão, eu prometi. E é por isso que quero descer aqui, para evitar uma briga sem fundamentos.

GG: Eu sinto muito, mas não vou parar.

CW: Eu quero descer aqui Grissom! Se não parar...

GG: Nem continue essa frase. Eu nem sei por que estamos nos exaltando.

CW: Porque mais uma vez a Melissa arruma um jeito de estragar o que já está estragado.

GG: Como assim?

CW: Eu acho que não estou sendo clara o suficiente, nossa relação não está bem Grissom, aliás, nunca esteve. Somos completamente diferentes e não dá mais para continuar com isso.

GG: O que você está falando? – Perguntou parando o carro na garagem do laboratório.

CW: Eu vou para casa, e espero que não me siga!

GG: E o nosso programa?

CW: Esquece o programa e me esquece também. Acabou Grissom!

GG: Tínhamos programado um...

CW: Se está tão preocupado com esse dia bobo, vá com a Melissa, afinal é por ela que estamos aqui. – Disse entrando em um táxi e seguindo para a minha casa, de onde não deveria ter saído nessa manhã.

Entrei pela porta já chorando, e, por incrível que pareça não chorava por ter acabado com ele, e sim pela constatação que nosso relacionamento se baseava em ilusões e finais felizes. Eu o amava bastante, mas às vezes não é o suficiente para suportar as dificuldades e os obstáculos impostos pela vida de um casal. Tentava articular uma maneira de lidar com tamanha dor e sofrimento, pode até ter sido causado por mim, mas estava impedindo coisa pior. Nossa história de amor não venceu. Grissom me ligou várias vezes e não atendi, eu sabia que uma hora encontraria com ele e precisaria conversar e explicar melhor tudo que estava sentindo. Foi um péssimo dia de Natal, baseado em términos, lágrimas e corações despedaçados.

Adormeci e despertei com a sensação de que sofrera um terrível acidente pela grande dor muscular e pelo desespero no meu coração. Infelizmente, teria trabalho e não poderia faltar com meus afazeres por causa dele. Tomei um longo banho, me arrumei e segui para o laboratório com o estômago embrulhado e olheiras aparentes.

Entrei quieta na sala de descanso.

GS: Bom dia loira! Pelo jeito dormiu mal.

NS: Está tudo bem Cath?

WB: Estou te achando pálida.

Foi tudo que consegui ouvir antes da minha visão escurecer e meu equilíbrio sumir. Não sei por quanto tempo permaneci desse jeito, mas fui abrindo os olhos aos poucos e percebi que todos me encaravam assustados. Não deixei de reparar na reação de Grissom e notei que ele também teve uma noite péssima.

SS: Ainda bem que você acordou. – Disse enquanto me ajudava a levantar. 

GG: Coloquem ela sentada aqui. – Disse apontando a poltrona.

CW: Está tudo bem pessoal. – Falei um pouco embolado.

GS: Ficamos preocupados com você loira.

WB: Você teve uma leve queda de pressão.

GG: Você se alimentou hoje? – Disse acariciando minhas mãos.

CW: Eu confesso que não. – Falei lhe mostrando um sorriso sincero.

NS: Eu vou buscar comida para você na lanchonete.

MO: Não pode ficar sem comer Catherine. Pode afetar seu desempenho no trabalho e não queremos isso.

GG: Vá depressa Nick. – Disse não se importando ao comentário de Melissa.

Nick foi acompanhado de Warrick, e Grissom continuava a segurar as minhas mãos e verificava meu pulso a todo momento. Eu o admirava inconscientemente.

Eu comi com a supervisão de Grissom e Sara, pois os demais já seguiram para suas cenas de crime. Trabalharia com Sara.

GG: Por favor, fique de olho na Catherine e observe se ela está comendo. – Disse para Sara enquanto seguíamos para a saída.

Não pude deixar de sorrir em ouvir, ficava feliz pela maneira que ele sempre se importava comigo.

SS: Com todo prazer.

Evitei falar com Sara sobre o que havia acontecido e a cada pergunta sua, desconversava. Resolvemos o caso dentro do previsto, e resolveríamos mais rápido se não parássemos tanto para comer. Sara tinha seguido à risca o pedido de Grissom.

No final do expediente, esperei todos se despedirem porque queria conversar com Grissom.

CW: Acho que precisamos conversar.

GG: Eu ia dizer a mesma coisa, mas antes de tudo, você sentiu mais alguma coisa?

CW: Não. Queria agradecer a preocupação.

GG: Eu sempre vou me preocupar com você.

CW: Eu quero falar sobre nós.

GG: Antes que comece a falar, eu quero que saiba que você tinha razão sobre sermos diferentes, mas está totalmente equivocada em relação a continuarmos com isso. Existe amor aqui Catherine, e para nós sempre foi o suficiente. O que mudou para você?

CW: Tínhamos química e uma atração um pelo outro, e aos poucos virou amor. Acho que nossa relação foi construída com o tempo, e infelizmente este mesmo tempo que nos uniu está nos separando. Eu admito que não estou sendo forte em lutar por você e que estou desistindo de nós, mas quero que saiba que amo você e que eu estarei aqui quando precisar.

GG: Eu preciso de você agora. Lute comigo. Eu estarei sempre aqui para você.

CW: Eu também preciso de você, mas tente entender a minha situação. – Disse saindo da sala de descanso.

Dei poucos passos e percebi que ele me seguia.

GG: Eu realmente estou esforçando-me para entender você Catherine, mas não posso deixar que faça isso conosco. Está nos privando de uma vida juntos por um motivo que nem mesma você entende. – Disse enquanto me seguia pela garagem. 

CW: É complicado explicar, e não quero que se machuque.

GG: Se não percebeu eu já estou machucado, e tenho certeza que você também.

CW: Essa não era a minha intenção. – Falei o olhando.

GG: Eu te amo Catherine, e sei que também me ama. E é por isso que eu nunca vou desistir.

CW: Foram os oito meses mais incríveis da minha vida, e saiba que fui muito feliz ao seu lado meu amor.

GG: E vai continuar sendo feliz ao meu lado, eu sei disso. – Disse beijando-me ferozmente.

Nossas línguas exploravam a boca um do outro em sintonia plena, nossos corações batiam aceleradamente na mesma taquicardia e nosso corpo fervia de amores. Nos separamos por falta de ar, e ele ainda me encarava ofegante bem próximo a minha boca. Tentei dizer algo, mas ele me impediu com mais um beijo. Não tomamos qualquer tipo de cuidado, e estávamos expostos ali na garagem.

CW: Vou sentir saudades disto. – Falei tentando respirar.

GG: Eu te amo. – Disse voltando a me beijar, dessa vez colando nossos corpos.

Sabia onde essa situação terminaria, e tentava buscar um argumento racional para acabar com isto, mas não encontrava nenhum pelo simples fato de amá-lo muito. Entramos no banco de trás do meu carro e ele arrancou a minha blusa arrebentando todos os botões, desceu a sua boca e explorou cada centímetro do meu pescoço e colo. Eu gemia baixinho, enquanto ele tirava rapidamente a minha calça. Sabia que ele queria que eu participasse mais, então pegou minhas mãos e fez com que eu retirasse a sua calça junto a sua cueca, mordi os lábios quando o vi totalmente animado. Grissom retirou minhas últimas peças intimas e penetrou-me com força fazendo-me soltar um gemido alto que foi abafado por um beijo seu. Abri os botões de sua camisa, só para ter lugar de segurar à medida que sentia as primeiras ondas de um orgasmo se aproximando. Ele se movia da maneira mais incrível, e vi que ele também estava chegando lá. Em poucos instantes chegamos ao ápice juntos e ele bateu a cabeça no teto do meu carro, o que fez com que gargalhássemos. Nos recompormos parando para dar um beijo a cada peça de roupa vestida. Saímos do meu carro totalmente suados e radiantes.

SS: O que ainda fazem aqui? – Perguntou nos encontrando na garagem.

CW: O que você ainda faz aqui? – Perguntei assustada.

SS: Tive um relatório para fazer, mas ainda não responderam a minha pergunta.

CW: O Grissom veio entregar uns papeis que esqueci na sala de descanso. – Falei encarando Grissom totalmente perdido.  

SS: E onde estão os papeis?

CW: Ele também esqueceu. Grissom, me ajuda aqui.

GG: Eu esqueci os papeis. – Disse ofegante.

SS: Você está toda amarrotada e suada, e, o Grissom está ofegante e com os botões errados, pessoal, vamos tomar cuidado.

GG: Eu só esqueci os papeis.

CW: A Sara já sacou Grissom, não precisa mais mentir. – Falei rindo.

SS: Na garagem?

CW: Foi incrível e inusitado.

SS: Você é maluca!

CW: Eu sei. Depois te conto melhor.  

GG: Eu ainda estou aqui. – Disse coçando a garganta.

SS: Eu já vou e juízo vocês dois. – Disse rindo alto e entrando no seu carro.

CW: Eu também já vou.    

GG: Nós voltamos?

CW: Vou pensar. – Disse piscando e saindo com meu carro.


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