La Vie En Rose escrita por clariza


Capítulo 8
Premier jour de ma vie




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Freya parecia distraída na praia, os seus olhos sempre vagando por ai, pousados no mar que estava muito agitado para chegarem muito perto, infelizmente Bucky tinha tido o azar de escolher justo o horário da maré alta. O dia estava espetacularmente lindo, o sol contrastava com um céu incrivelmente azul e sem nuvens. O sol queimava a sua pele suavemente, não parar dar queimaduras, apenas aquecer suavemente.

Bucky olhou para a garota ao seu lado, os olhos coberto pelos óculos escuros e ela realmente não parecia estar prestando atenção,  o que do pouco que havia percebido, era algo comum. ela estava absolutamente linda, um vestido azul que se assemelhava a cor do céu, com pequenos detalhes pretos e sapatos baixos, afinal de contas era a praia.

A garota se assustou quando ele apareceu na sua frente, tampando a sua visão do mar. Tão grande e pacífico, que ela sentia quase como se chamasse o seu nome, ela nunca tinha visto a mar antes e aquilo lhe parecia prestes a lhe tirar todo o fôlego, ela suspirou, notando assim que Bucky havia lhe trago algodão doce.

―Obrigada ― ela pegou o palitinho, pegando um pouco do algodão e colocando na boca, sentindo imediatamente derreter na sua boca numa explosão de açúcar, ela sorriu, faziam anos que ela não comia algodão doce, o último que comera foi quando a sua mãe ainda estava viva.

―Você parece distraída ― comentou o rapaz, oferecendo o braço para guiá-la pela multidão que se formava, de um lado a imensa praia onde as pessoas se amontoavam nas suas roupas de banho e do outro, várias lojas brilhantes e coloridas que vendiam doces e jogos, tudo parecia distrativo, novo e incrivelmente tentador.

―Eu nunca tinha vindo a praia, como não me distrair? ― replicou a moça, os seus olhos ainda vagando pelas lojas e os seus olhos sempre voltando para o mar ― você mora tão perto da praia, por que prefere os prédios do que isso?

―Bem, é caro e tem um cheiro muito ruim pela manhã.

―Mas todas as vezes que você acordar é só, fechar as janelas e olhar o oceano, compensa.

―Os móveis se desgastam mais rápido ― continuou o homem. ― E as vezes, eu acho que deve ser meio desesperador quando chove.

―A água subindo? ― perguntou a garota, tentando realmente manter o seu foco no rapaz, que caminhava malandro ao seu lado, ele balançou a cabeça positivamente ― eu acho que eu prefiro ver a água subindo do que neve. Isso sim é desesperador, porque você fica preso dentro de casa, às vezes por semanas.

―Isso é do que os pesadelos são feitos, como você consegue? ― perguntou o rapaz, a guiando para dentro do parque de diversões à beira mar.

―Somos acostumados, sempre foi assim, então é algo natural ― ela respondeu, ainda extremamente empolgada com o seu algodão doce, que já estava no fim ― Fazemos chocolate quente, sentamos perto das lareiras pra nos aquecer, eu nasci num longo inverno, um dos maiores e mais frios até hoje. Minha mãe dizia que eu nasci um lobo pra sobreviver no inverno.

―Sente falta dela?

―Todos os dias.― Bucky segurou a mão da garota a trazendo para mais perto e dando um beijo em sua mão, tentando suavizar o clima que havia se formado. Ela sorriu com a sua ação.―Mas, eu tenho o meu pai, e ele foi melhor do que eu poderia desejar, eles fecham uma porta para abrirem uma janela.

―Então, está tentando conseguir alguma coisa nova?

―Na verdade sim, mas é complicado, Oskar quer que eu trabalhe com ele em alguma coisa da guerra, Mas eu não acho que eu deva, não é muito a minha praia.

―São tempos de guerra, todos temos que ajudar de algum jeito.

―Eu sei, e eu entendo isso, mas o jeito que eu posso ser verdadeiramente útil, não me deixam ajudar.  

Bucky sorriu, enfiando uma mão no bolso da calça e balançando a cabeça, como se a frustração de Freya fosse extremamente divertida. Ela o olhou, confusa e um pouco irritada.

―Você soa como um amigo meu, ele teve pólio, asma e todas as doenças que se possa imaginar, só pela asma ele não poderia entrar no exército, mas ele não desiste já se inscreveu diversas vezes e nada do que eu diga o faz mudar de idéia sobre isso.

―Ele tem um objetivo e faz o que pode para alcançá-lo, isso é uma coisa boa.

―Não disse que não era, mas o garoto já tomou uma surra em cada beco escuro e todos os estacionamentos do Brooklin.―Freya sorriu, murmurando um “isso é horrível” ― e nos iluminados também.

―Coitado dele, não seja malvado.

Cuidadosamente Bucky a guiou até os pés da montanha russa, totalmente pintada de vermelho com pequenas luzinhas coladas nelas, que no momento estavam apagadas, mas isso não tirava a sua aparência imponente. A garota sorriu impressionada.

―você gosta de montanhas russas? ―ele perguntou, entregando os dois bilhetes que havia comprado ao instrutor e segurando a mão de freya para que ela subisse os degraus e se posicionasse.

―Mais ou menos, eu gosto da sensação, mesmo dando medo.

―Vamos nos bancos da frente então! ―sugeriu o rapaz, começando a ir para o primeiro carrinho em frente aos trilhos, a garota travou os pés no chão.

―Não! Dá pra ver os trilhos.

―E daí? ― Freya ficou sem palavras, sem querer se entregar dizendo que estava com medo, afinal a montanha russa era enorme.― está com medo?

―Não! ―ela respondendo, indo voluntariamente até o primeiro carrinho e entrando nele ― essa palavra não existe no meu dicionário, James.

―Então, boneca, vamos nessa. ― Ele entrou no carrinho se posicionando ao lado dela, enquanto o maquinista do brinquedo fechava a estrutura metálica que os prendia na cadeira.

Freya tentava disfarçar o medo que sentia olhando mais uma vez para o oceano em busca de calma, o carrinho começou a de mexer indo em direção ao primeiro loop que era apenas uma diferença de altura, quando o carrinho desceu a grande ladeira provocando um frio em sua barriga ela se sentia boba por ter sentido medo, claro que os trilhos davam um medinho, mas não tanto. O carrinho desceu e subiu novamente os levando até uma volta completa. Deixando-os de cabeça pra baixo, dessa vez Freya não conteve o grito, agarrando o braço de Bucky como um sobrevivente do titanic deve ter agarrado uma daqueles coletes salva vidas, o fazendo gargalhar muito alto.

―Solte os braços! Fica mais divertido!

―Eu vou cair e morrer! me tira desse brinquedo!

No segundo loop completo em que ela sentiu o corpo se soltar do banco, ela havia fechado os olhos e se agarrado completamente a Bucky e ficado nessa posição até que o carrinho parasse de se movimentar. Com ela ainda sentindo as pernas bambas Bucky a ajudou a se levantar e sair do brinquedo, ele se sentia como um herói por finalidade ter conseguido uma reação que ele esperava dela, Freya era completamente imprevisível, em todos os sentidos.

Ele não era acostumado com as garotas recusando seus convites muito menos dizendo não a suas investidas, ela era linda mas definitivamente sabia como manter as coisas interessantes. Ele olhou para baixo, vendo a garota saindo do carrinho e notou que perto da sua linha do cabelo havia um corte que estava coberto com maquiagem. Por um segundo ele pensou em perguntar o que havia acontecido, mas pelo p pouco que sabia de Freya, sabia que mudaria de assunto ou mentiria dizendo que bateu na maçaneta ou se acidentou no banho. Ele a ajudou a sair, a levando até o próximo brinquedo, a roda gigante.

Freya ainda sentia como se o coração fosse sair pela boca, Bucky havia ficado quieto enquanto a guiava até a roda gigante, entregando os bilhetes maquinista e subindo no carrinho e o rapaz sentou ao seu lado, passando o braço ao redor dela dando a ela um sorriso.

―Não disse que te levaria na roda gigante ao pôr do sol? ― disse Bucky, numa voz provocante perto demais do ouvido dela, mandando uma corrente de arrepios pela coluna dela.

―Você é impossível, James. ― ela respondeu, se afastando um pouco apesar do espaço limitado do carrinho. ― Você já sentiu que todo o mundo poderia parar porque o momento é bom? Encapsular isso e espalhar por todos os lugares?

―Bombas de garotas bonitas e entardecer?― e perguntou de modo sedutor.

―Cápsulas de momentos de paz. ― rebateu, deixando os seus olhos irem novamente até o oceano  que agora estava mais calmo e alaranjado, enquanto o sol lentamente mergulhava nele, pintando o céu de diversas cores.  ― É uma coisa boa esse momento, obrigado, Bucky.

Ela sorriu em sua direção, de uma forma que ele não estava acostumado,era assim que ela sorria quando não estava tão ocupada estando na defensiva? Ele sorriu de volta, passando o polegar na sua bochecha. Imaginando se aquele era o momento perfeito para beijá-la. Mas, havia decidido que não, mesmo quando havia quebrado uma de suas barreiras e não queria construir mais uma agora como um aproveitador, o tempo certo para isso iria chegar.

Do outro lado, enquanto Freya via Bucky além do irritante incrivelmente charmoso, ela via alguém que podia confiar e quem sabe manter por perto. Ela se inclinou, colocando a cabeça sobre o seu ombro assistindo ao pôr do sol.

 

 

 


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