La Vie En Rose escrita por clariza


Capítulo 7
Prêt pas prêt


Notas iniciais do capítulo

Hiii, capítulo novo pra vcs, desculpem mesmo a demora.



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Freya chutou com toda a força que tinha o joelho do homem, esperando sinceramente que quebrasse ou deslocasse alguma parte lá, o que em parte e teoricamente deu certo já que o loiro se curvou com um grito dando tempo para que ela virasse e corresse, em direção a cozinha com toda a velocidade que podia, seu coração batendo rápido e forte como se estivesse prestes a estourar dentro do seu peito.
Antes que alcançasse o portal para a cozinha ela sentiu um par de mãos nas suas costas a empurrando para a frente e a fazendo cair com força sobre os seus joelhos antes de o seu rosto ser esmagado contra o chão, batendo a sua cabeça e emitindo um zumbido ensurdecedor na sua mente e antes que pudesse reagir uma mão se fechou em seu tornozelo a puxando para trás, ainda zonza Freya girou colocando-se de frente para o seu atacante e mirando com o máximo de precisão o salto do seu sapato no rosto dele, e antes que ele pudesse ver o plano da garota ela já havia enfiado o salto em seu rosto próximo do olho fazendo com que ele soltasse a sua perna.
Ela percebeu que ele não a deixaria ir com tanta facilidade, então ainda no chão ela se arrastou indo até a beirada da pia e agarrando o rolo de macarrão, o homem a agarrou dessa vez pelo seu cabelo.
―Oh, querida você não vai a lugar nenhum ― ele disse, a puxando-a para trás pelo cabelo, Freya sorriu, com o braço abaixado e o objeto de madeira maciça em sua mão.
―Oh, querido ― ela respondeu, virando com o rolo na cara dele, atingindo em cheio a cara dele fazendo com que ele soltasse o seu cabelo e caísse no chão feito um saco de batatas, ela ajeitou o cabelo, voltando-se para ele semiconsciente caído no chão. Ela se acachou perto dele, sorrindo levemente, quase diabólico ― eu não vou a lugar nenhum e nem você.
Ela o acertou mais uma vez na cabeça, fazendo com que ele apagasse de vez. Freya se levantou, pegando algumas roupas no varal e amarrando as mãos e pés do atacante e improvisando uma mordaça. Com ele ainda fora de si, ela foi ate a sala discando o número do quartel, a linha deu o tom e alguns segundos depois alguém atendeu do outro lado da linha, uma voz feminina atendeu, e ela se identificou, dizendo que precisava falar imediatamente com Oskar, seu irmão. Ela ficou cerca de um minuto na linha, antes de Oskar atender o telefonema.
―O que aconteceu? ―ele perguntou, levemente afoito, Freya não era exatamente o tipo de pessoa que telefonava caso não fosse uma emergência.
―Hydra haben uns gefunden ― Explicou sem nem se dar ao trabalho de falar em inglês, a sua cabeça ainda zunindo ― um deles veio a nossa casa, e eu preciso que venha até aqui, dar um jeito nisso.
―Dar um jeito? Você quer dizer dar um jeito, ou dar um jeito? ― perguntou, mudando a entonação da sua voz, o segundo tom quase como se quisesse perguntar se ele tinha que desovar um corpo.
―Eu quero dizer, ligar pro governo ou qualquer dummkopf que deveria nos manter em segurança e tirar o cara que está amarrado na minha cozinha daqui e interrogá-lo. Descobrir como ele nos achou e impedir que venham outros. ― respondeu, começando a ficar irritada a medida que o seu cérebro processava as informações ― rápido, se eu acho esse lugar ruim e essa é a capital eu sinceramente não quero entender como deve ser em outro lugar.
―Vou estar ai em um minuto ― ele disse, desligando o telefone, deixando Freya sozinha novamente com o invasor. Ela colocou o telefone de volta no gancho sem realmente saber o que fazer, ela caminhou em círculos por um momento lutando contra o panico crescente dele acordar e conseguir fugir e avisar os outros ou tentar matá-la depois de perceber que ela não era tão indefesa assim. Mas a outra parte de si, se sentia extremamente orgulhosa de si mesma, ela havia lutado e vencido uma pessoa além do boneco de treino, anos de treinamento ela finalmente tinha usado aquilo tudo pra uma coisa real em sua vida, ela sorriu percebendo que estava andando perto de um espelho, e depois de ter caído no chão e ter o seu cabelo puxado para trás ela sentiu que deveria se olhar no espelho.
Sua aparência estava realmente deplorável. Os cabelos amassados e desfeitos, o prendedor de cabelo que ela usava estava preso as pontas amassadas e os cachos desfeitos, o rosto estava avermelhado, o batom cor de rosa que ela havia passado pela manhã estava borrado as roupas desalinhadas, e perto da testa havia um pequeno corte rente ao couro cabeludo e no lábio também. Ela xingou. Como iria sair de casa assim?
Voltando para a cozinha o homem loiro começava a dar sinais de que estava despertando, dando pequenos pulinhos na cadeira.
―Eu tenho que te bater de novo? ― ela perguntou e o homem ficou imediatamente ― Você tem um nome? apelido? codinome?
O loiro deu um sorriso diabólico, a avaliando dos pés a cabeça.
―Mikael ― ele se recostou na cadeira, ainda sorrindo, dessa vez como se estivesse satisfeito consigo mesmo ―Você deve ser Freya, consigo detalhar pelo seu sotaque, alemão até os ossos.
―Como você sabe meu nome? ―A garota disse, tentando não demonstrar o quanto estava assustada.
―Eu também te conheço pelo o seu outro nome, mas eu acredito que não goste muito dele, não é mesmo? Metzger. ― provocou o homem, a olhando profundamente em seus olhos.
―Quem te mandou aqui?― Freya engoliu a seco, tentando não demonstrar o quanto a palavra havia a abalado, mudando de assunto rapidamente.
―Você sabe quem me mandou aqui ― respondeu, sem deixar de sorrir um segundo ― Mas alguém vai ficar muito feliz em saber onde você está. Alexei pode ter mudado de ideia em relação a você, eu até acho que ele sente sua falta, ele acha que você é inteligente uma excelente opção para os planos de Johann Schmidt.
Freya ficou estática, sem saber o que responder por que Alexei ainda doía, e se ela era uma opção significava que o seu pai estava fora da lista da hydra, o que sempre era para pior, antes de sequer pensar um pouco mais no assunto, ela pegou o rolo de macarrão e acertou o homem na cabeça, fazendo com que ele desmaiasse de novo.
Quando a casa foi invadia, a ultima pessoa que Freya queria avisar sobre era o seu pai, ele havia trabalhado tanto para que eles estivessem seguros, havia arriscado tudo pela segurança dos filhos, ela não queria que ele se preocupasse a toa. Haviam os encontrado, mas esse vazamento podia ser controlado, eles podiam lidar com isso, mas o que ele havia dito. Abraham estava no topo da lista de prioridades de Johann, ele que havia desenvolvido o soro que havia feito aquela barbárie com ele, ela nunca havia visto como havia ficado o rosto de Johann depois do acidente e francamente, nem queria, mas sempre haviam estórias, rumores que o seu rosto havia sido corroído a ponto de virar uma gigante caveira vermelha, nome pelo qual atendia dentro da hydra.
A caveira vermelha havia conseguido Zola, mas nunca havia perdoado Abraham por fugir, o pai dela era provavelmente a única pessoa que poderia reverter o que havia acontecido com ele, Abraham não queria, então era um inimigo e se ele havia se tornado a segunda opção, alguém deve ter assumido o posto dele dentro da hydra, e não era Zola.
Freya hesitou na frente do telefone, não sabia se deveria esperar Oskar chegar ou apenas ligaria para conferir se o pai estava bem, sem comentar nada sobre o que estava acontecendo, ela pegou o aparelho, ainda sem discar os numero apenas o segurando contra o peito, ele saberia que tinha alguma coisa errada, como não saber? ela nunca telefonava sem um motivo. ela discou o numero e esperou ser transferida, a ideia fermentando na sua cabeça enquanto o coração borbulhava de raiva, ela não podia se dar ao luxo de ser rancorosa quando o seu pai podia estar em risco.
―Stark enterprises, Sônia, bom dia com que eu falo? ― a moça do outro lado da linha disse, ainda havia tempo de desligar e fingir que era engano.
―Bom dia, eu sou da nascar, Júlia falando meu chefe gostaria de falar com o senhor Howard Stark. ―mentiu Freya descaradamente.
―Um segundinho que eu vou transferir a ligação ― Freya sorriu consigo mesma, enquanto a linha ficava muda e logo em seguida era preenchida por um barulho distante de risadinhas femininas e a risada infame de Howard Stark.
―Nelson, ao que devo a honra da sua ligação.
―Eu preciso que cheque se o meu pai está bem, sem levantar suspeitas.
―Número errado, querida.
―Não é não, solte esse maldito telefone, caminhe até a sala do meu pai, Abraham Erskine e veja se ele está bem, se não tem nenhum sniper com uma mira nele, que a água dele não está envenenada, qualquer coisa Howard, você me recusou o emprego que ajudaria a fazer isso, é o minimo que pode fazer pela minha família e o seu pais, certificar que a única pessoa que tem o poder de lutar de igual a caveira vermelha não morra.
―Espere um segundo, alguma coisa aconteceu? ― o tom na voz de Stark havia mudado,não havia o deboche e sim uma súbita preocupação. Freya avaliou o risco de contar a Stark.
―Tem um espião da hydra amarrado na minha cozinha, ele falou algo estranho, sem fazer isso um grande caso, por favor vai ver se o meu pai está bem, antes que eu faça isso eu mesma.
―Seu irmão derrubou um espião da hydra? Não diga nada, eu vou mandar a RCE ai.― Freya fechou os olhos e respirou fundo.
―Meu irmão nem está em casa, eu acabei com ele, e o exercito está vindo busca-lo.
―Freya, isso não é assunto deles....
―Eu não me importo, tem um espião amarrado na minha cozinha eu só quero saber se o meu pai está bem e que ele saia da minha casa, eu daria ele pra carrocinha recolher se fizesse com que ele saísse mais rápido daqui. ― Ela gritou pelo telefone, pensando se acordaria Mikael com o seu desespero.
―Seu pai está bem Freya, ele está aqui dentro do prédio estou olhando pra ele exatamente agora ― Freya se recostou na parede perto do telefone, deixando as suas pernas amolecerem e ela se sentou no chão respirando fundo de puro alivio, ela fechou os olhos, levando as cegas o telefone de volta pro gancho sem ao menos se dar ao trabalho de responder o homem do outro lado da linha. Ele não merecia biscoitos por ter feito nada além da sua obrigação.
Alguns segundos depois a porta foi aberta, e Oskar veio correndo pela casa, ele obviamente estava apavorado, e Freya sentada no chão, machucada parecendo apavorada nunca era uma visão boa de se ter, ele se agachou perto dela colocando a mão sobre os seus joelhos ossudos, joelhos de família como dizia o pai.
―Papai está bem e ele está na cozinha ― ela disse abrindo os olhos e encarando os olhos azuis preocupados do irmão, ela tocou o seu rosto ― Tire aquele homem pavoroso da nossa casa.
Oskar a ajudou a levantar, foi quando ela notou que haviam mais cinco soldados ao redor deles, todos afoitos se perguntando o que deveriam fazer, como se Oskar fosse o seu comandante. Discretamente, Freya olhou o peito e os ombros do irmão, em busca de qualquer sinal de uma possível promoção a major. Não havia nada lá que indicasse isso, o que de certa forma a tranquilizou.
―RCE está vindo, nós só temos que manter a guarda nele por um momento antes deles chegarem, por que você não sobe e se limpa? ― Sugeriu Oskar, seu tom baixo para que só ela pudesse ouvir. ―tome um banho e durma um pouco, eu tomo conta disso.
―Eu estou bem, só estava preocupada com papai.
Oskar passou um braço ao redor do corpo dela, a puxando para perto como se ele pudesse protegê-la ou de alguma forma evitar que coisas ruins acontecessem, mas no fundo ele sabia que ela podia se defender, ele sempre soube agora só havia a certeza. Ele estava orgulhoso.


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