La Vie En Rose escrita por clariza


Capítulo 2
ne peut pas détacher mes yeux de vous


Notas iniciais do capítulo

alô, alô.
como vcs tão?? eu to otima, aqui vai segundo cap da fic gostosinha, queria agradecer pelos comentários!!!
E qualquer duvida, pedido de spoiler, podem pedir aqui http://ask.fm/SONSALIKESANSA
bjsss



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Oskar acordou com uma leve camada de suor cobrindo o seu corpo, a respiração irregular o irmão Maxmilliam com quem dividia o quarto os sonhos do irmão mais velho haviam se tornado rotineiros, quase banais agora. De todas as coisas horríveis que ele havia visto em seus cinco anos trabalhando ativamente no exercito no meio de uma guerra, entre as faces e corpos mutilados de todas as vezes em que ele achou que seria morto no fronte de batalha ou então veria um amigo morrer do outro lado do planeta sem sequer a companhia de um familiar, nada se comparava o horror de ter visto Freya naquele estado.

Greta poderia ser a mais nova, mas Freya sempre seria a caçula em seus olhos, ela tinha vindo primeiro, uma bolinha de pelos coberta por panos que ele imediatamente amou e vê-la coberta de sangue saindo de uma prisão enquanto diversos corpos jaziam no chão com marcas de profundos ferimentos no rosto e no pescoço, marcas de facas e sinais de uma brutal violência, ele achou a principio que Max havia feito isso, se soltado da cela e salvado as duas irmãs, mas quando fora daquele lugar cinzento enquanto a irmã encara firmemente o nada como se nada mais tivesse fizesse sentido naquele momento Max lhe confidenciou o que ela havia feito para protegê-los. Como ela iludiu um guarda para dento da cela dela e enfiado um grampo dos seus cabelos nos olhos do soldado e logo em seguida repetidas vezes em sua garganta até que ele parasse de se mexer e roubado a sua faca, e feito isso com os outros cinco guardas que haviam entrado para verificar o anterior até que a sua equipe chegasse na prisão onde libertara o pai e os três irmãos.

Ele morria de curiosidade de saber o que acontecera pela visão dela, como a sua irmãzinha havia feito tudo isso para protegê-los, o mesmo que ele teria feito sem questionar, ele só não esperava o mesmo comportamento dela, Freya era doce e delicada, não uma assassina em massa. Seu pai havia lhe dito para não questionar, em tempos desesperados tomamos medidas desesperadas, ele a abraçara no caminhão e cedera o casaco que usava e contou sobre os avanços que havia feito no laboratório até que ela finalmente escutasse e começasse a fazer perguntas, aparentemente bloqueando a memória da sua mente. Guerra era um inferno e a sua família havia sido jogada sobre as labaredas de fogo e sobrevivido, tudo que eles tinham que fazer agora era conviver com as queimaduras.

Freya tentava, realmente tentava deixar tudo para trás, fingir que tudo havia sido deixado no passado, e ele deveria estar morto e enterrado ela não ganharia nada revivento aquele momento horrível milhares de vezes em sua mente, ela havia ganhado a chance de uma vida nova, ela poderia ser quem quisesse e ir a onde quisesse, num país diferente, língua diferente e tudo poderia realmente mudar, porém as vezes  ainda pensava em ir embora de casa, para um lugar onde nunca mais visse os rostos da sua família e fosse obrigada a reviver aquele momento em que o vermelho se tornou a cor da sua vida, mesmo com o pensamento de seguir em frente ela ainda podia ouvir todas as manhas quando acordava e via a irmã calmamente dormindo sobre a cama fofa e felpuda coberta de ursos de pelúcia que ela tanto amava sem ouvir as vozes em sua cabeça, Metzger, foi a palavra que eles a chamaram, açougueira. Ela tirou a vida de seis pessoas, cruelmente e brutalmente, como ela poderia não ser afinal, uma açougueira? O que a deferia dos homens em batalha que ela tanto abominava, ela não havia matado do mesmo jeito e com o mesmo propósito? A sua mente não latejou por dias dizendo que o melhor tipo de defesa era atacar antes que os seus inimigos atacassem? Foi o que ela fizera, agora a sua vida estava coberta em sangue, o mais puro vermelho vivo e pulsante cobria a sua vida e nada que ela fizesse mudaria isso.

―Effy, acorde. ― Greta disse do outro lado do quarto, estendo a sua mão que Freya prontamente pegou os dedos se entrelaçando em suas pontas ― Amo você, bom dia.

Greta sempre sabia a coisa certa a se dizer, sempre que ela se sentia muito quieta como se estivesse sendo engolida para dentro de si mesma a voz doce de Greta a trazia de volta para a realidade, como se ela fosse o fio que me trazia de volta para a saída do labirinto.

―Amo você também, passarinho ― respondeu, sorrindo para ela que se afundou nas cobertas, começava a fazer frio na América, tão mais ameno que o gelo glacial que frequentemente caia na Alemanha, mesmo assim nos fazia querer ficar até mais tarde na cama, Greta sempre fazia charminho antes de se levantar e eu mal podia resistir o impulso de fazer o mesmo, Max e Oskar saiam cedo para os deveres no quartel americano, onde haviam se dedicado a servir o país que os acolheu, Max havia se voluntariado mesmo a sua vocação sendo a ciência como o pai e ela, ele passava horas no laboratório quando pequeno e antes de serem presos, depois disso ele havia se afastado completamente disso, disse que nos salvaria do jeito em que ele sabia que daria certo.

Todos os dias então, depois que acordavam Greta e Freya tomavam café no pequeno dinner a duas quadras da nossa casa, no Brooklin. Depois disso Greta partia para as aulas de enfermagem e Freya ficava lá com os seus livros que o pai lhe emprestava do seu trabalho, para que quando ele chegasse eu estivesse a par das suas pesquisas e eles finalmente a aceitassem como parceira de trabalho dele no lugar do pretensioso e arrogante Howard Stark que sempre que o via tinha vontade de dar naquele rosto arrogante diversas bofetadas.

Depois de resgatados pelo o exercito americano, Abraham havia se dedicado inteiramente a finalizar o trabalho que a caveira vermelha o fizera iniciar, ele sempre suponha que o soro fosse fruto de uma mente insana e obcecada por mitos e deuses há muito tempo mortos, mas quando o homem injetou em si o soro que deformou o seu rosto, transformando para sempre as feições em uma terrível caveira de sangue multiplicando algo mal para mil vezes pior ele soube que tinha de refazer e combater tamanha maldade com um nível de bondade acima da média, o coração raivoso deveria ser combatido com um coração de ouro. E como criador de tamanha crueldade ele deveria ser o criador da força oposta.

Oskar se sentou do lado em que fazia sol a tarde do diner, dois anos na América e ele sentia como se estivesse se adaptando mais facilmente que os irmãos, eles tentavam, mas talvez o fato de que tinha um emprego e saísse mais que eles ajudassem muito em se adaptar o sotaque não era tão pesado quanto antes e ele quase podia sentir que tinha amigos aqui, Max estava seguindo o mesmo caminho, havia se alistado no exercito e sempre que o via no quartel sempre tinha um ou outro rapaz em volta enquanto discutiam sobre algo o que o deixava satisfeito e havia visto uma ou duas vezes Greta levar alguma amiga em casa, o que não era realmente uma surpresa tendo em vista o quão comunicativa a irmã mais nova era. O que realmente o preocupava era Freya, ela vivia com a cara enfiada nos livros e ao redor do pai e quase nunca saia de casa e quando era arrastada para fora mantinha conversas superficiais não se isolava completamente, mas também não se entrosava realmente.

O homem alto e esguio sentou-se na frente dele, colocando o chapéu sobre a mesa junto com um baixinho magrelo vestido em roupas civis que sempre parecia como se estivesse levado uma grande surra, Bucky sorriu para Oskar, estendendo a mão no ar a espera da garçonete vir anotar o seu pedido, o baixinho, Steve olhava em volta como se estivesse esperando as risadas ou algo do tipo, o pouco que Oskar sabia sobre ele era o quanto ele desejava se tornar um soldado, mas as inúmeras doenças que ele possuía sem realmente morrer de nenhuma delas era impressionante, ele não poderia se juntar ao exercito apenas com a asma, todas elas era um milagre que ele estivesse vivo.

―Garota bonita do outro lado do balcão ― Avisou Bucky Barnes, se inclinando sobre a mesa para ver melhor a garota morena completamente absorta no livro que lia, Oskar teve que se revirar na cadeira antes de finalmente ver de quem ele estava falando, e não pode evitar um certo desgosto ao ver que a irmã era a garota bonita do qual o amigo havia falado. ― Deus, ela é muito bonita, deve ter um belo par de olhos azuis.

―Castanhos ― Corrigiu Oskar quase sem perceber que havia feito, o homem moreno se virou para ele com atenção um sorriso brilhando em seus lábios.

―Eu presumo que não seja a sua namorada, já que está aqui com dois marmanjos e não com uma moça tão bonita o estomago do loiro se revirou ao pensar nisso.

―Não, ela é uma conhecida. ― mentiu, tentando voltar à atenção para qualquer outra coisa.

―Ela tem um namorado? Ou um noivo? ― Steve rolou os olhos do outro lado da mesa como quem pensava “e lá vamos nós de novo” e Oskar sabia do que ele estava falando.

Nos dois anos que conhecia Bucky Barnes ele tinha tido mais namoradas do que dedos nas mãos para contá-las e as pobrezinhas sempre terminavam de coração partido, Freya não precisava disso na vida dela.

―Não que eu saiba ― respondeu distraidamente ― Aquela que é uma garota bonita de verdade, tentou desviar a atenção dele para uma ruiva de lábios vermelhos que adentrava o dinner com duas outras amigas loiras.  ― E a quantidade necessária.

―Nah, eu já vi milhares de ruivas e loiras, Aquela é a garota dos meus olhos agora, eu vou chamá-la pra sair.

―Aquela é a minha irmã e ela detesta militares.

―Oh ― ele pareceu refletir ― e o que mais ela detesta?

―Muitas coisas: americanos, militares, americanos militares, nazistas, alemães, militares alemães.

―Por que ela odeia a America? ― perguntou Steve, parecendo genuinamente chocado com a afirmação.

―Oh, não ela não odeia a América, só os americanos disse que vocês são muito metidos.

―Por que ela odeia a Alemanha? Pensei que vocês fossem alemães. ― Bucky estreitou os olhos azuis.

―Estou ofendido, dois anos você achava que eu era um verme alemão? ― brincou Oskar ― Somos poloneses.

―De qualquer jeito qual o nome dela?

―Freya.

Bucky olhou na direção dela mais uma vez, Freya anotava alguma coisa no bloco de papel que ela sempre carregava e parecia totalmente fora de alcance nessa dimensão, assim como o pai completamente perdida num mundo que ele não podia ver e não entendia quando ela falava sobre, ela sempre fora ao mesmo tempo tão perto dele mais tão longe, como linhas paralelas sempre juntas mas sem nunca se tocarem.

Ele sempre no fundo sempre temeu que ela ficasse sozinha, por mais que o instinto protetor o obrigasse a afastar toda e qualquer ameaça da irmã mais nova ele pensava no futuro, quando eles ficassem velhos, ele queria se casar e ter filhos, sabia que greta e Max eventualmente encontrariam alguém, mas Effy sempre fora distante dessas coisas, ela tivera sim alguns namorados em sua vida, antes de serem presos ela estava noiva de um alemão chamado Alexei, mas desde então ela nunca falava em meninos. Enquanto Greta arranjava brigas e comprava Max com doces para que ele a levasse nas festas, Freya absolutamente evitava isso.

―Sabe de uma coisa? Por que não vamos jantar na minha casa amanhã à noite?

Bucky arregalou os olhos e logo em seguida estreitou, provavelmente buscando uma corelação ente “fique longe da minha irmã” e “que tal vir na minha casa”.

―Greta vai fazer schnitzel.

―Saúde.

―Sério, venha a minha casa, você também pode vir Steve.

―Acho que vou passar essa.

―Greta cozinha muito bem!

―Eu acredito em você ― disse o loiro ― eu tenho coisas pra fazer.

―Tudo bem então ― Bucky do outro lado parecia pensar ― Você não queria conhecer a minha irmã?

―Segundos atrás você não queria que eu nem soubesse o nome dela, agora está me convidado pra jantar? Está tentando me matar?

―Absolutamente não, schnitzel é muito bom.

―Quer que eu vá só pela comida.

―Pelo o que mais seria?

 


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