Para Além da Beleza escrita por Ami Ideas


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Bem meninas. Aqui trago o último capítulo e logo a seguir o epílogo.
Vou responder os comentários direitinho e quero agradecer a todas por terem chegado até aqui. Pelas duas recomendações magníficas, por todo amor e carinho existente.

Não tenho palavras para tamanha alegria.



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O grande espelho ocupava a maior parte da parede em frente a banheira do quarto de banho. Darcelle se observava nua, seus contornos delicados sem muitas protuberâncias e seus membros longos e magros. Por um momento sentiu vergonha do próprio corpo, lembrando dos vistosos seios grandes da prima os quais tanto cobiçava.

— Relaxe — sussurrou com o hálito quente bem perto do pescoço dela. — Você me ensinou a aceitar como eu era. Agora é hora de conheceres o teu próprio corpo.

— Não pode ser de forma convencional? — Até a voz estava com vergonha de sair.

— Não — replicou de forma sensual, roçando os lábios finos contra a pele escura que logo se arrepiou. Segurou a mão dela e a conduziu até ao meio das pernas, incitando-a a se tocar.

— Para com isso, eu assim não consigo! — Darcelle fechou os olhos e mordeu o lábio inferior com força, e se sentiu ainda pior quando o ouvir rir numa gargalhada gostosa. Damien não tirou a mão, mas fez ele mesmo os movimentos por cima da entrada, ensinando-a a conhecer a textura do próprio sexo.

— Se você nãos e conhecer também, não vai poder nos ajudar muito. — Explicou com calma, beijando-a pelo pescoço sem pressa e sentindo os pelos pequenos se eriçarem. Ela sentiu quando o próprio dedo escorregou para dentro, comandado de início pela mão do amado, e depois por si mesma, esquecendo a vergonha. — Abre os olhos.

Quando abriu sentiu suas bochechas queimarem ao estar refletida diante do espelho, a tocar-se para o seu homem. Este que por sua vez segurava agora os seios pequenos e apreciava as preliminares pela primeira vez conduzidas pela tímida menina.

Darci gemeu sem conseguir parar de se explorar e o corpo se contorceu ao sentir os lábios quentes brincarem em seus seios, e as mãos masculinas apertarem suas nádegas.

— Damien — chamou por ele. Não conseguia mais ficar de olhos abertos e a fricção do dedo parecia aumentar a medida em que o calor consumia todo corpo. Gritou quanto uma forte corrente de espasmos surgiu no seu interior, e apoiou as mãos nos ombros másculos, sentindo as pernas perderem força.

— Muito bem, Darci — murmurou Beauchamp cheio de um atrevimento nunca antes visto, e a beijou devagar nos lábios, agarrando-a pela cintura apertando o corpo contra o seu, que estava entumecido diante da recente exibição. — Agora me pega.

Ainda mal tinha recobrado da última explosão de prazer, e cambaleou um pouco antes de segurar o grande membro entre as mãos, analisando-o, sempre como se fosse a primeira vez. Das outras vezes era sempre ele quem tomava as rédeas da situação, ensinando-lhe algumas coisas e ditando outras. Agora pareciam avançar para outra etapa, onde deixava de ser apenas a tímida mulher e se transformava em uma fogosa.

Acariciou o falo, subindo e descendo a mão por todo o comprimento. Conseguia sentir as rugas e veias pulsantes, e aproveitava do pré-gozo para lubrificar os movimentos. A inexperiência parecia bastante atrativa para Damien, pois grunhia baixo e tinha o rosto todo corado.

— Para... — pediu com um certo sorriso e sem querer acabar com a brincadeira tão já. E voltou a concentrar-se no corpo de ébano, beijando todas as partes e se demorando a provar o líquido expelido pelo recém orgasmo. Ouviu a voz dela vibrar quando a boca se alojou ali, parecia um recetor ávido pelos seus toques tal era a rapidez com que se excitava.

Damien empurrou a namorada até esta ficar de cara contra o espelho, e levantou as mãos dela para que se apoiasse no objeto refletor. Com os joelhos afastou as pernas para cada lado, e por trás demorou a introduzir-se dentro dela, primeiro brincou de esfregar e sorriu ao captar a ansiedade de Darci que rebolava discretamente de encontro a si. Não conseguiu segurar por muito tempo, e lentamente foi penetrando o espaço apertado, suspirando no processo ao sentir o latejar dela quando flexionava o interior involuntariamente. Enquanto os corpos se movimentavam freneticamente, ambos se olhavam pelo espelho, conseguiam ver cada movimento e cada expressão feita pelo mais intenso deleite carnal.

***

O jardim da casa de Joanne estava todo decorado com panos brancos e amarelos, e vasos de flores. Uma tenda tinha sido estendida e climatizada, pois o verão chegara na noite anterior e o sol picava lá no alto.

— Então quando vão viajar? — Jamie comia uma bruschetta atrás da outra e o cabelo curto começava a crescer, estragando o corte da moda e deixando um monte de caracóis em torno da cabeça.

— Assim que o resultado dos exames saírem. Gostava de começar a faculdade de gastronomia o próximo ano — respondeu Darcelle que tinha Giovani ao colo, este por sua vez muito entretido com um pedaço de frango grelhado.

— Vamos ter uma Chef de cozinha na família! — A médica se mostrou empolgada. Também estava de férias, e tinha passado de ano no seu curso de medicina. Era de se esperar que terminasse o curso Summa cum laude.

— Podes crer. — Riu em resposta enquanto viam os vários convidados a conversar distraidamente com roupas frescas e bebidas na mão. — Está mesmo tudo bem?

— Está sim. Prometo, Darci. Estamos juntas agora...

— E sempre. — Completou tal como um mantra proferido para assegurar a realidade.— Estou ansiosa por ir conhecer essas ilhas Quilalias em Moçambique. Vi pela internet e parece um paraíso.

— Vão ser umas férias bem merecidas, não é pequeno? — Jamie deu um beijo no rosto do pequeno Giovani que riu para ela em retribuição. Acariciou o rosto da médica com a mão cheia de gordura.

— Quero ir de férias! — disse, empolgado.

— Vem cá, e como Damien reagiu quando soube que Emma o traia com aquele amigo de Lorenzo? — cochichou baixo, assim que a prima pousou o enteado no chão, afinal com seis anos já era um bom entendedor das conversas.

— Sentiu-se mal por permitir ser enganado, só isso. Mas aceita que estar com alguém só por estar não é a melhor das saídas. O certo é amar — redarguiu enquanto procurava o namorado no meio da multidão e o encontrou junto da mãe e dos irmãos Dash.

Joanne passou como um furacão junto de Constance, e a puxou pelo braço até fora da tenda. Tinha os olhos a arder.

— O que foi? — A irmã de Chris era bem alta, e tinha um sorriso debochado. — Não gostou de me ver?

— Não depois de tudo o que você me fez! Eu confiei em você para não contar sobre o meu filho a ninguém — Vociferou, se esquecendo da calmaria dos últimos dias.

— Todo segredo tem um preço. A Senhora Beauchamp confiou em mim para te fazer um aborto, e eu depois tive que mentir para a mãe do melhor amigo do meu irmão que tudo tinha sido feito! — Constance riu e deu de ombros. — Sabe bem que os meus pais não me dão nada, e o salário mixuruca que recebo de enfermeira não serve de nada. Se não fosse pelo Christian e por você...

— Ah, mas te quero fora da minha casa agora, ou conto para todo mundo que me extorquias! — Ameaçou com os olhos raiados de raiva.

— Calma Jo. Estamos quites, eu levei uma bronca e descrença por parte de Giovana, e se isso fosse ao alto eu podia perder minha licença. Quanto a você só saiu a ganhar pelos vistos, devia ter feito antes.

— Debochada!

— Oi, o que se passa aqui? — O jovem Dash se aproximou com um copo na mão. Olhou de uma para outra, curioso.

— Nada! — As duas responderam em uníssono, e a irmã deste saiu disparatada para longe dos dois. Joanne também parecia ferver como nunca.

— Vamos lá, hoje é dia de alegria. Pensei que aquele seu namorado cozinheiro estivesse a ajuda-la a ser mais animada — observou Chris apontando com a cabeça para onde uma equipe de Abayomi trabalhava sem cessar.

— Vai cuidar da sua vida! Olha ali a sua fofinha comilona — provocou Joanne revirando os olhos dentro das orbes e saiu a andar para ir receber os convidados que chegavam.

— Afinal era preciso começar a ter sexo para cuspir bem esse fogo de dragão não é?— gritou em alto e bom tom, chamando a atenção dos que estavam por perto, inclusive Antoine que arregalou os olhos em descrença para o jovem atrevido.

Rupert entrou meio sorridente e meio tímida com os três filhos, cumprimentou a anfitriã que foi obrigada a sorrir mesmo sem querer, já se arrependendo de ter deixado que convidassem outras pessoas, mas antes que pudesse reclamar, sentiu o olhar firme de Abayomi, e sorriu para ele, envergonhada como se temesse que este pudesse ler seus pensamentos. Por isso fez um esforço e ofereceu uma bebida a rececionista e sumos de fruta para os filhos.

— Que bom que veio! — Darcelle veio até ela sorridente e lhe deu um abraço. — Como você está. Olá! — cumprimentou aos meninos. Eles responderam alegremente e o mais novo não demorou a se conectar à Giovani, pois partilhavam da mesma idade. Os dois foram brincar lá fora no parque do restante jardim.

— Estou melhor. É bom poder dormir em paz e a saber que aquele... está longe da minha família. — Se permitiu ter um novo brilho nos olhos, sem aquele ar irritante e azedo que costumava envergar.

— Você foi muito forte, Elisa. E o bom é que tomou a decisão sozinha! — Elogiou Jamie apoiando a mão no ombro da mulher. Ela e a colega tinham ajudado Rupert a seguir em frente e denunciar o marido lá no hospital, no departamento destino a violência doméstica.

— Uau... reunião entre amigas e me deixam de parte? — Constance se intrometeu, desfilando sua beleza no pequeno grupo de mulheres. — A cunhadinha, a cozinheira e você é? Ah Rupert, a rececionista. Interessante.

— O quê? — A ruiva questionou, de cenho unido no centro da testa.

— Nunca tinha reparado em você sem estar trombuda, querida. Ficas melhor com essa cara! — redarguiu cheia de graça, mostrando a certeza do sobrenome Dash.

Antes do almoço ser servido, Joanne falou um pouco agradecendo a presença de todos, lamentando a ausência de Emma e William, sem dizer que a verdadeira razão era a vergonha de se cruzar com os Beauchamp, e elogiou a eficiência dos serviços do Restaurante África. Ainda sentia no fundo um resquício de dor, mas sabia que era uma questão de tempo até superar os episódios passados.

Desta vez Damien e Darcelle dançaram juntos sem medos e sem receios, se envolvendo nos braços um do outro, com todo amor e determinação de um futuro em conjunto, cheios de fé, alegria e devoção.

Não existiria no mundo beleza maior, do que amar alguém exatamente como essa pessoa é.


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Notas finais do capítulo

Críticas? elogios? Recomendações? Fantasminhas?

Estamos no fim. Quero ouvir de vocês.



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