Completa-me escrita por BlackLady2


Capítulo 20
Capítulo XX


Notas iniciais do capítulo

Tenho o inesperado neste capítulo para vocês. E eu realmente, realmente, espero que gostem.
Estou bem nervosa com esse capítulo, então...
Vamos lá!



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Por Aaron Warner

Não sabia que o vento podia acariciar tanto a minha pele. Não sabia que o chão era feito de nuvens. Não sabia que a gravidade poderia me agarrar com tanto carinho. Não sabia que o dia estava tão bonito, apesar de que eu estava dentro de uma ala do hospital do Setor 45 e não observando a paisagem à meia-noite.

Eu ainda segurava o braço de Juliette e não acreditava em meus ouvidos. Não acreditava no meu dom dizendo, sussurrando, gritando que ela me amava. Que ela nunca me esqueceu. Que ela ainda me queria e ainda me esperava e ainda chamava por mim.

Um mundo tão mais feliz começou a existir.

Ela ainda parecia querer chorar, mesmo não sentindo tristeza alguma. Seus olhos, tão complexos, estavam quase transbordando as lágrimas que os preenchiam. Ela não fez esforço para se afastar e isso me deu mais esperança. Puxei-a mais para perto.

— Juliette...

— Não, Aaron. Não faça isso. Por favor.

— Por que não? Você acabou de dizer...

— Eu disse que nunca neguei que te amava, Aaron, mas isso não muda o fato de que você me magoou. Muito.

— O que eu fiz, Juliette? Me diga e eu peço perdão. Faço que você quiser. Só me diga o que aconteceu que te afastou de mim.

— Não se humilhe, por favor.

— Você não sabe o que é humilhação! - eu larguei seu braço, frustrado e tonto - Você não sabe o que eu passei depois que você me deixou. Mas caso esteja curiosa, eu vou contar: eu perdi o controle e a dignidade. Fiz coisas que pensei jamais se capaz. Chorei mais do que é saudável. E você acha que querer consertar algo que me fez o mais infeliz dos homens é humilhação? - cheguei meu rosto próximo ao dela, que me encarava de olhos arregalados - Você não sabe o que é isso.

— Aaron...

— Não! - gritei - Já chega, Juliette! Agora, você vai me ouvir. Eu não sei o que aconteceu. Eu não sei o que eu fiz que criou em você tamanho ódio, mas isso acabou. Eu não vou ficar sujeito aos seus sentimentos. Não vou mais me torturar procurando o amor da minha vida, porque, a partir do momento em que eu te encontrei, eu descobri que você matou ele. Você, Juliette - cheguei ainda mais perto do seu rosto - matou o amor da minha vida.

Foi, então, que ela explodiu.

Não como eu esperava. Ela não quebrou nada, não me bateu, não arrancou a porta das dobradiças nem despedaçou a janela transparente. Não me xingou nem me ofendeu e nem tentou argumentar. Ela não fez nada do que eu esperava.

Ela simplesmente explodiu.

Em lágrimas.

Eu já tinha visto Juliette se descontrolar daquela forma. Quando eu contei que o Ponto Ômega estava totalmente destruído. Ela pareceu desesperada e sem rumo. E ela chorou bastante.

Era assim que acontecia, mas ela não parecia sem rumo. Na verdade, ela parecia já ter tomado uma decisão e isso estava lhe matando. A esperança, de repente, não estava mais lá. Se foi e cedeu seu lugar para o arrependimento.

Deus sabe que eu nunca quis magoá-la.

— Juliette, eu... eu não queria... - segurei-a novamente pelos braços, inseguro se devia ou não consolá-la - Eu não... Eu não sabia...

Eu não sabia o que dizer. E ela estava tão quebrada que não liguei se ela rechaçaria, apenas tomei-a nos meus braços, segurando ela o mais próximo que nossos corpos permitiam. E ainda não era o suficiente.

— Porque, Juliette? - perguntei - Porque tem que ser assim? Porque não podemos ser como éramos antes? Porque não posso te dar o amor que eu tenho guardado por tanto tempo? Porque eu te perdi, Juliette? Por quê?

— Ah, Aaron... - ela gemeu - Deus, eu não posso mais. Não posso mais...

— Não pode o que, Juliette? - tentei, mas ela não estava me ouvindo.

— Não posso ter cometido esse erro. Não pode ser verdade. Não pode. Não pode.

— Juliette, por favor...

— Ah, meu Deus! Não, por favor! Não!

— Juliette - sacudi-a - Juliette! O que está acontecendo?

— Porque acha que eu fui embora?

Essa me pegou desprevenido. Seu choro se foi, mas ela ainda soava desesperada - Do que está falando?

— Me responda. Porque acha que eu fui embora?

— Eu não sei! Eu vasculhei cada memória minha e não achei nada que justificasse você ter partido.

— Nenhum erro? Nenhuma falha?

— Nada. Juliette, eu amava você e não via nada que pudesse me fazer feliz que não fosse você. Nada nem ninguém.

— Ah, meu Deus! - e ela chorou novamente, alto e soluçante - Eu não posso ter acabado com tudo, não por um erro!

— Juliette, do que está...

Não pude terminar. Ela avançou sobre mim e agarrou meus lábios com os seus, furiosamente desejosa, e eu poderia ter toda a raiva e toda a dúvida e todo o autocontrole do mundo, mas tudo ruía quando eu sentia aquela boca, aquela língua.

Ela me beijava como se fosse a última vez, mas eu o fazia como se fosse a primeira. Abracei-a pela cintura, esquecendo que ela estava molhada das próprias lágrimas e que, há alguns instantes atrás, lamentava coisas sem sentido.

Passei as mãos por suas pernas e ergui seu corpo, fazendo-a agarrar minha cintura com seus membros inferiores. Eu ainda me sentia zonzo, mas consegui sentá-la na cama sem cair. Percebi suas mãos nas minhas costas e subindo minha camisa por meu tronco. Ajudei-a sem questionamento. Ela separou nossas bocas para fitar corpo.

Quase enlouqueci quando ela encostou os lábios na minha clavícula.

— Senti falta do seu corpo - admitiu ela, ainda experimentando meu pescoço - Senti falta de você por completo.

Perdi o comando das minhas próprias mãos e ataquei sua roupa suja de sangue. Arranquei qualquer tecido que me impedia de admirar suas curvas, seus seios, suas pernas.

Ela era tão perfeita!

E, quando me dei conta da realidade, vi Juliette apenas de calcinha e sutiã deitada em uma maca na ala hospitalar, e para mim. Toda para mim.

Nada poderia ser mais perfeito.

Subi pelo seu corpo, esquecendo anos tristes e vazios, meses secos e insensíveis, semanas, dias, horas em que eu lamentei ter um coração. Minutos e segundos em que eu imaginei o que se cumpria naquele instante. Esqueci a fome, a fraqueza, a tontura. Esqueci o Setor 45, Castle, James, os Mockers. Esqueci de mim.

Só me importei com o prazer de tê-la. Novamente.

Ela usou sua força inumana e rasgou meu jeans pela parte interna das pernas, largando ao lado da cama. Entre beijos e carícias e toques ousados e gemidos chorosos, perdemos o resto de nossas vestimentas, até que estávamos enroscados um no outro, quase bradando por não aguentar mais.

Enterrei-me nela, enquanto ela arqueava as costas num ângulo perfeito.

Eu me movia contra ela, guiando o seu corpo para o mesmo ápice que o meu. O suor que surgiu pelo esforço fez com que deslizássemos mais facilmente um no outro. Ela gemia cada vez mais alto e sussurrava palavras incoerentes, às vezes eu até entendia ela pedindo e implorando, ganindo meu nome, mas eu estava absorto demais no meu próprio prazer para prestar atenção.

Seu choro se transformou em gritos e eu tive que cobrir sua boca para que ninguém nos ouvisse. Não que eu me importasse, mas eu mataria qualquer um que nos interrompesse naquela hora. Eu logo, porém, tive que me esforçar para não berrar também. E, quanto mais eu tentava, mais difícil ficava, mais gostoso era, mais perto eu estava e então...

Então...

Chegamos. Ao. Paraíso.


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Notas finais do capítulo

AI MEU DEUS!!!! Eu sei que não é tão explicadinho, nos mínimos detalhes, mas descrever cenas assim não é lá o meu forte, mas eu preciso saber se agradou, se vocês esperavam mais
Por favor! Por favor! Por favor! Por favor, comentem!
Eu realmente preciso saber se saiu bom.
Beijos.
BL.



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