07:13 Quinta-feira...

                A escola entrou em silencio total quando Denise pois o pé para dentro.

                A olhavam como se esperassem alguma reação da garota, porém, ela só caminhou até uma garota loira que  havia  lhe causado um grande mal a dois dias atrás ela estava cabisbaixa olhando para o chão procurando fugir dos olhos da garota que só permanecia seria.

                Ela chegou perto da garota que ergueu a cabeça lentamente para ter certeza que era Denise. E realmente sua intuição estava certa.

                -Denise me desculpa não foi... por mal...-Carmen tentou se explicar mas foi interrompida por um tapa ardido de Denise no rosto.

                Colocou a mão sobre o local e sentiu seus olhos começarem a arder.

                -Tá desculpada! –Diz Denise –Mas não fale mais comigo. –Completou e saiu andando em direção aos amigos que observavam a cena.

                E saiu sob diversos aplausos das pessoas do corredor. Ela pode ate ter sido humilhada mas conseguiu sair por cima. Os amigos quando viram Denise vindo em direção abriram sorrisos orgulhosos do que a amiga acabara de fazer.

                Ela acelerou os passos, chegando e dando um abraço duplo em Cebola e Cascão.

                -Soube que me defenderam ontem! Obrigada vocês são os melhores amigos do mundo. –Disse ela em meio ao abraço.

                -Ei! Eu também te defendi. –Protestou Titi que estava fora do abraço.

                -Só que você não conta. –Disse Denise se desfazendo do abraço. –È um numero amenos.

                -Aff...-Revirou os olhos.

                A aula seguiu comum com os mesmos cochichos, as mesmas conversas e esse blá, blá,blá todo  exceto uma coisa que estava diferente: Denise e Xaveco não tinham trocado nenhuma misera palavra apenas os olhares indecifráveis dos dois.

                [duas horas da tarde]

                -Olha quem veio trabalhar hoje! –Diz Cebola vendo Xaveco entrar na garagem com seu uniforme estampado de vermelho “Giftword” no peito .-Achei que tinha se demitido, dois dias sem vir é moleza hein?

                -Foi mal... Eu estava me resolvendo com a Denise. –Diz Xaveco se lembrando dos últimos acontecimentos. –Mas ... Eu já estou de volta.

                Disse ele caminhando para a mesa cheia de peças e pegando um chave “Philips”.

                -E aí se resolveu com ela? –Perguntou Cebola.

                -A gente tá conversando e resolvendo. –Disse ele se agachando em frente a uma roda.

                -Hum.... Tá. –Diz Cebola colocando fim na conversa.

                Em uma casa não muito longe dali...

                -MAGALI !! TEM UMA PESSOA AQUI QUERENDO FALAR COM VOCÊ!!!!!            -Gritou sua mãe da sala.

                -MANDA SUBIR!!!-Gritou Magali de volta para sua mãe. Que mostrou o caminho do quarto para a garota que segurava um gato branco no colo.

                Magali estava em seu quarto deitada na cama esperando a pessoa entrar. E para sua surpresa não era uma pessoa que ela esperava.

                -Oi.-Disse Denise ao entrar no quarto de Magali.

                -Oi.-Magali disse desconfiando da presença da garota ali.

                -Vim te devolver!-Disse lhe entregando o gato que a dona não via a muito tempo.

                -Obrigada. –Disse fazendo carinho no bichinho que se aconchegava em seu colo.

                -Não foi nada. –Disse e começou a examinar o quarto da garota. –Nossa seu quarto não é nem um pouco como eu imaginava.

                -Como assim?-Perguntou Magali.

                -Sei lá eu achava  que era todo preto, cheio de caveirinhas e pôsters de bandas de rock.

                -Por que pensou isso?

                -Por você ser gótica.

                -Não sou gótica.

                -Rockeira! –Tentou Denise.

                -Também não. –Disse Magali balançando a cabeça.

                -Então a única coisa que resta é que você tem estilo swag.

                -Logico que não. Eu tenho estilo próprio.

                -Pra mim seu estilo é swag. –Denise disse fazendo Magali revirar os olhos.

                -Então posso fazer uma pergunta? –Perguntou Denise.

                -Faça. –Disse Magali sem demostrar nenhuma reação.

                -Você sabe se o Xaveco está mesmo arrependido? –Perguntou Denise com uma cara meio triste.

                -OI? –Perguntou Magali incrédula, como ela iria saber disso ... E por que Denise perguntou isso para ela, ela não tem intimidade com nenhum dos dois. –Como eu vou saber? –Gritou Magali.

                -Eu não sei, você fica aí jogada pelos cantos deve saber de alguma coisa pelo menos. –Denise explicou.

                -Tá a Marina, acha que sim! –Disse Magali.

                -Oque a Marina tem haver? –Perguntou Denise sem entender.

                -Der ela te defendeu sabe das  coisas. –Disse Magali revirando os olhos.

                -PERÁ AÍ! OQUE?- Gritou Denise.

                -Você não sabe? –Magali arregalou os olhos.

                -Acho que não –Diz Denise confusa.

                Magali começou a lhe contar todos acontecimentos que aconteceu no dia anterior para o de hoje.

                -Nossa! –Disse Denise quando Magali terminou de contar tudo aquilo.

                -E ainda falam que a gente é antissocial. –Disse Magali revirando os olhos mais uma vez.

                -EAÌ GENTEN- Gritou Marina entrando no quarto assustando as duas. E logo recebendo um abraço harmonioso de Denise. –Vejo que algumas coisas mudaram por aqui!

                Disse Marina com um sorriso no rosto.

                [Do outro lado do mundo...]

                Os sinos tocavam , todos iam para seus quartos menos Mônica que segui caminho contrario indo para a diretoria. Só existia uma pergunta em sua cabeça : Por que raios seu pai teria que a chamar uma hora dessas na diretoria.

                Abriu a imensa porta de madeira e a fechou. Pegou a única cadeira fazia que havia naquela sala, supondo que seria para ela. Sentou e cruzou os braços olhando todos as pessoas da sala que eram sua mãe, a diretora e seu pai. Que estava com um enorme sorriso em seu rosto, Mônica  começou a ficar disso isso estava muito estranho.

                -Mônica, vamos voltar para o Brasil! –Exclamou seu pai com um sorriso que mostrava todos os seus dentes brancos.