Califónia Arizona Califórnia escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 2
Namorada




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Dizem que a dor da conformação da perda de um objeto pessoal valioso é grande. Rose Weasley era inteligente, e não desistiria tão cedo de seu telefone. Decidida a pegá-lo de volta, pediu para Scorpius leva-la para a delegacia mais próxima, para prestar queixa.

—Prestar queixa? Como se a polícia da Califórnia não tivesse nada melhor pra fazer... – Scorpius realmente não estava nada satisfeito de receber ordens de uma turista.

—Cala a boca.

—Escuta só, ruivinha. Existem duas coisas que você nunca recupera: tempo e um celular perdido.

—Que seja. Mas se você é roubado, precisa prestar uma queixa. São as regras da vida.

Com um sorriso de canto e uma das sobrancelhas arqueadas, o loiro pergunta:

—Você é cheia de regras, não é?

—Como se você não tivesse.

Depois de se pronunciar, Rose olhou para o rapaz e pensou melhor: não, ele não havia regras. Scorpius apenas se limitava a observar a mulher irritadiça a sua frente.

Já estava a caminho da porta do estabelecimento quando Scorpius levantou-se da moto e caminhou junto dela, afirmando que iria ajudá-la.

—Você não tem nada melhor para fazer não?

Indignado, o garoto estancou no mesmo lugar.

—Não se pode mais ajudar uma pessoa? Escuta, se não me quer lá com você, apenas me diga se devo esperar ou não.

Rose simplesmente o ignorou e entrou na delegacia.

***

—De que modelo era, senhorita? – o policial local não via muito futuro na ocorrência, mas mesmo assim cumpria seu trabalho.

—Um Blackberry.

—De conta ou pré- pago?

—Conta.

Apenas recebeu uma torcida de nariz, simbolizando que tão cedo não veria o aparelho.

***

—Eu já disse senhor, o telefone da minha namorada foi roubado. Eu só estava seguindo o ladrão e o senhor pensou que estivesse fugindo do senhor.

Scorpius estava em apuros. Enquanto Rose  prestava  a queixa, o loiro decidiu por espera-la, quando o policial de quem recebeu a multa surgiu atrás dele. Por ter fugido dele, estava realmente enrascado, por isso tentava se explicar de todas as maneiras possíveis.

—Não é por isso que estou aqui. Seu silenciador não está funcionando, garoto.

—Ah, por isso? Deu defeito agora!- e ser cínico estava em uma dessas tentativas. – eu juro que ia consertar o silenciador, mas o telefone foi roubado.

—Oh sim. Lamento por isso.

***

Rose voltou quando Scorpius estava para receber outra multa.

—O que está acontecendo aqui? – questionou a cara de preocupado do rapaz.

—Quem é a senhorita? –o policial era um pouco curioso de fato

—A GAROTA CUJO CELULAR FOI ROUBADO!

O desespero na voz de Scorpius era realmente aparente.

—A senhorita é a namorada dele?

Engasgar com sua própria saliva não é algo muito legal. Ainda mais na frente dos outros.

Rose experimentou esta sensação, junto de olhos esbugalhados.

—Nem um pouco, senhor policial. –olhava para ele desconfiada.

—O senhor mentiu para um policial? Saiba que está muito encrencado...

—Calma policial. Ele não mentiu sobre tudo. Esse rapaz é muito prestativo, e meu telefone realmente foi roubado. Mas, se ele usar capacete, certamente andar de moto será mais seguro para ele.

—Você não usa capacete, meu jovem? Agora mesmo que irá receber uma multa!

—Meu senhor... Deixe-o ir se puder. Mas também o multe, para que os outros não o tenham de exemplo e queiram imitar.

***

SETECENTOS DÓLARES!”

Irritadiço com a mulher que ajudou, Scorpius sobe em sua moto, depois de gastar os suados setecentos dólares com a multa, a procura da jovem, a fim de falar umas poucas e boas.

Ele tinha vinte e quatro anos, galã, de corpo malhado e definido. Seu pai era D. L. Malfoy, homem de muito dinheiro na cidade.

Antes de dar partida na moto pensou que seria melhor vestir uma camisa, que o fez prontamente. Como discutira com a ruiva se ela ficasse babando por ele? Riu desse pensamento.

Coitado.

***

11:30 – LOS ANGELES

Rose havia conseguido um táxi na porta da delegacia e já estava na cidade a procura de seu “noivo”. Percebeu muito tardiamente que o papel em que havia anotado o endereço e telefone tinha um chiclete grudado.

Dali não conseguiria mais nada. Tirado essa conclusão, começou a percorrer a rua, perguntando aos vizinhos se conheciam aquela família. De fato, dez minutos depois conseguiu encontrar o motorista na motocicleta, furioso por sinal.

***

—Não é só porque vim aqui que vou casar, Scorpius. Apenas vou encontra-lo. Não fazemos assim no Arizona.

—Ah claro. Sei muito bem como vocês fazem lá. Vem para Califórnia encontrar noivos. Dê graças a Deus que seu marido está a salvo. Por sua causa perdi setecentos dólares com aquela multa.

—Seria mais fácil você usar o capacete e seguir as regras, mas quem sou eu para enfiar algo na sua cabeça. – Rose estava sendo um pouco irônica.- E porque disse que era sua namorada?

—O quê? Não sou louco a ponto de dizer isso!

—E você então não disse?

—É o costume, ok? Quando se é pego, tem que inventar uma desculpa, com emoção, ok?

—Tá, tá. Pode me passar a mensagem com o endereço de novo?

—O quê? Eu a excluí.

—Mas...

Rose ficou a ver navios, já que Scorpius saiu irritado, a largando sozinha na rua. Perdida e sem o endereço;


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