Califónia Arizona Califórnia escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 1
SIGA AQUELE TÁXI


Notas iniciais do capítulo

E aí gentem? tudo bacon? espero que gostem, vi o filme e pensei que se encaixaria perfeitamente na situação.



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CALIFÓNIA ARIZONA CALIFÓRNIA

6:45 – AEROPORTO DO ARIZONA

Correr era a sua única ação em mente no momento. Não podia se atrasar e perder o vôo estava fora de cogitação.

—Vôo para Califórnia, por favor. – pediu apressadamente para o atendente.

—Desculpe senhora, o embarque está fechado.

—Ouça, eu sei. Eu me atrasei um pouco, mas por favor senhor, me ajude. Tenho um compromisso realmente importante e minha mãe me mataria se perdesse a viagem. – implorava para o jovem em crescente desespero.

—Me desculpe, mas a senhora devia ter chegado na hora.

—Por favor senhor! Eu me atrasei no trânsito! – sua voz já beirava alterar umas oitavas, quase chorando.

Depois de muito implorar e chorar, o balconista finalmente pediu aos suplicos da jovem, e a direcionou  para o avião.

Está era Rose Weasley, moradora do estado do Arizona, EUA. Por mais que isto já fosse completamente ultrapassado, viajava para Califórnia por ordens de sua mãe. Iria conhecer um garoto, possivelmente seu futuro marido. Achava essa ideia antiquada, mas não podia fazer nada, já que eram seus pais e devia respeitar os mais velhos. Sempre que tinha a oportunidade, xingava mentalmente o garoto que pediu sua foto em casamento

A única coisa que sabia a respeito dele era que beirava com sua idade, 23 anos. Era filho de uma amiga de sua mãe, e se chamava Hyperion.

—Senhora... senhora, já chegamos a Califórnia. – e ainda por cima, teve de ser acordada pela aeromoça.

***

—Alô, Hugo? Acabei de chegar na Califórnia. Escuta, minha carteira ficou em casa?

Na mesinha de centro, Rose.

Droga, todos meus cartões de crédito estão lá, junto com.. O DINHEIRO EXTRA QUE A MAMÃE ME DEU!

ROSE WEASLEY, VOCE NÃO LEVOU DINHEIRO ALGUM?

—Espera, deixa eu ver... Tenho 600 dólares na bolsa. Consigo me virar com isso, mas por favor, não conte nada para a mamãe.

Tá certo. Você volta ainda hoje, não é?

Claro, eu tenho que pegar o vôo de noite.

Pode trazer pra mim uma caneca do aeroporto?

Ficou louco, Hugo? Eu não tenho nenhum dinheiro. Até de noite, tchau.

***

Rose havia acabado de sair do aeroporto e estava à procura de um táxi para a casa do rapaz. Como tinha pouco dinheiro, teria de se controlar com os gastos. Antes mesmo de chegar ao ponto, notou que um homem, com seus quarente ou cinquenta anos a seguindo descaradamente.

—Com licença, senhor. Sabe quanto é a tarifa para Los Angeles? –perguntou ao senhor a sua frente na fila, ignorando seu perseguidor.

—Deve ser cerca de duzentos e cinquenta dólares, senhora.

Duzentos e cinquenta? ”’

Hã... obrigada, tio.

Enquanto fazia contas mentalmente, pensando que teria que gastar realmente aquele dinheiro todo, escutou uma voz abafada vindo de trás de si:

—Faço por cento e vinte.

—Desculpe? – perguntou desconfiada para o homem, que ainda tinha a postura de desentendido.

—O que é? Sou motorista de táxi também, só que não me deixam estacionar aqui dentro do aeroporto.

—Oi?!

—Olha só, eu tenho o uniforme. – dito isso abrindo sua jaqueta, lhe mostranfo a camisa social azul, de motorista de táxi.

—Vamos lá, dona. Vou estar te fazendo um favor. Sirius, quanto custa a corrida até Los Angeles? – o homem de uniforme pergunta para o cara do ponto de táxi.

—Duzentos e cinquenta dólares sem ar condicionado, trezentos e trinta com ar condicionado, Peter.

—Viu só?

Após alguns momentos de hesitação, o homem tentou outra tática.

—Escuta, senhora. Esse é o meu ganha pão. Deixa eu te levar, não vai fazer mal nenhum.

Rose demorou mais alguns segundos para enfim decidir. Percebeu que compensaria um bom dinheiro, por mais que fosse perigoso.

***

Estavam no táxi havia cerca de dez, quinze minutos. Rose passou a maior parte do tempo mexendo em seu telefone, lendo e-mails, observando a paisagem. A Califórnia pela manhã era encantadora, mas só de pensar que um idiota havia se apaixonado por sua foto... Tudo ia bem quando Peter tornou-se um grande falador, para a infelicidade da garota.

—SUA MULA! PORQUE BUZINA TANTO? ANDE, ANDE, AVANCE. ISSO MESMO. PORQUE CORRE TANTO? NÃO ME ULTRAPASSE, SEU PALHAÇO. –percebeu que Peter gostava de arranjar confusão no trânsito, quando claramente não havia nada.

—Hã... Porque você não vai com calma, irmão? – Rose tenta articular, com medo da resposta.

—O quê? – o motorista pensou e viu o que estava fazendo. – Eu até poderia senhora, mas por favor te peço para não me chamar de irmão.

Rose olha para ele com uma sobrancelha arqueada, estranhando as atitudes. Não podia fazer nada, ela estava pagando para ele, e mesmo que quisesse fugir, estavam no meio da estrada, e ele ao volante.

—Meu nome é Peter Pettigrew. Você pode me chamar de Peter.

Não satisfeito com o gelo vindo da ruiva, ainda tentava puxar papo com a garota.

—Você é muito legal.

—Como?

—Digo, do fundo do coração.

Rose pode não ter percebido, mas ao dizer esta frase, o motorista ajeitou seu espelhinho, mas não para uma melhor visão dos carros.

Mas sim do seu decote.

—Do coração mesmo. – falou num tom de voz meio baixo, querendo ser sedutor.

Percebeu que não havia feito muito efeito, obviamente.

—Senhora, você é do Arizona, não é?

—Uhn?- sua falta de interesse por Peter era bem notável, menos por ele.

—Eu dirigi em Phoenix, no Arizona por dois anos. Mas, sabe como é né? Lá é tudo mais caro.

E ela continuava a ignora-lo, e ele a tentar conversar.

—A senhora é uma atriz?

—Não.

—Poderia ser uma, se tentasse. Peter Pettigrew pode prever o futuro, com muita precisão.

—Mantenha os olhos na estrada, uhn?

—Por quê? Estou te irritando?

O motorista não aguentou nem cinco minutos de silencio quando voltou a falar.

—Eu quase repeti Na auto escola. Era mais legal ficar nos parques com minha namorada, beijando e abraçando ela, do que aprender a dirigir por eles.

Rose não aguentava mais aquela palhaçada toda, quando ouviu algo que a tirou do sério.

— você tem cara de quem tem um namorado, de quem beija muito.

Fumegando de raiva e impaciência, falou calmamente para não ter confusão:

—Encoste o carro.

—O quê? Por quê?

—Apenas vá para o meio fio.

—Claro, claro, mas por quê?

—Eu vou te dizer, apenas pare o carro, PARE O CARRO! – suas bochechas estavam escarlates como seus cabelos, começara a gritar sem perceber.

—Por quê gritar com o pobre taxista moça?

De fato, ele encostou o carro, deixando a mulher raivosa sair correndo, batendo a porta, e ainda gritando.

—NÃO SE FAÇA DE ENGRAÇADINHO OU VAI APANHAR! OUVIU BEM?

—Senhora...

—AGORA VOCÊ VAI VER SÓ= apenas se virou, e como estava na rua, fez sinal para o primeiro veículo que passou: uma motocicleta. – Senhor, me ajude. Esse motorista de táxi está me perturbando faz muito tempo e, VOLTE AQUI SEU SAFADO, NÃO!

Esperto como era, Peter Pettigrew saiu correndo com seu táxi antes que desse mais problemas para ele, carregando com si algo muito importante: o celular de Rose.

Ao perceber a ausência do aparelho, Rose pede educadamente para o motorista da motocicleta a ajudar a alcançar o ladrão, mas o mesmo a ignora e vai embora.

A única solução seria ajudar outra ajuda, mas esta ela já não garantia que seria educada como sua mão lhe ensinou.

Um rapaz se aproximava, também em uma motocicleta. Estava sem camisa, era loiro, alto, bem bonito. Não tivera dúvidas. Jogou-se na frente dele gritando por socorro.

—A culpa é sua se você esqueceu o telefone lá. O que quer que eu faça?

—QUE SIGA AQUELE TÁXI!

—Eu não.

—Onde está a hospitalidade e caridade da Califórnia? – desesperada, jogava para todos os lados.

—Olha, não meta a Califórnia no meio. Se você se importasse tanto, tomasse mais cuidado.

—Você por acaso sabe o que é perder um telefone? Por favor!

Ela tentou de tudo, e ao ver a garota ajoelhada pedindo por ajuda, o motorista concordou muito a contragosto ajudá-la.

Porém perdeu toda a sua pose de herói galã que salva o dia quando sua motou morreu. E já que Rose queria ajuda, sobrou para ela empurrar a moto até pegar de novo. Que situação...

***

—Ótimo, perdemos ele de vista. Isso é tudo culpa sua, se tivesse ido mais rápido.. –Rose era uma pessoa muito nervosa.

—VOCÊ ME FEZ GANHAR UMA MULTA! Tudo pelo seu maldito celular, se você fosse mais sensata, não teria perdido ele, para inicio de conversa.

Weasley contou até dez para se acalmar e não voar no pescoço do rapaz. Ela precisava do telefone.

—Posso... Posso usar seu telefone?

—Hã?

—SEU TELEFONE, ME DÁ AGORA!

—Que atitude é essa garota? Vou te emprestar meu telefone e você ainda age assim?

—Não me tire do sério... Posso apenas usar seu telefone?

—Cinco minutos.

Ao pegar o telefone, virou-se de costas e telefonou para sua casa, pedindo o endereço do rapaz.

—Muito obrigada, agora você já pode ir embora.

—Oi? Escuta só garota, EU moro nessa cidade, não vou embora por sua causa.

—OOOOH, me desculpe, senhor Califórnia. – e com uma reverencia, virou-se e foi embora. Pela rua. Sozinha.

Não se passaram nem cinco minutos quando um barulho de motor surge atrás dela, parando.

—Você recebeu uma mensagem. Não quer lê-la?

O rapaz loiro estava de volta.

Agradecida, lê a mensagem e anota o endereço; tinha apenas uma dúvida...

—Pode me dizer onde fica Los Angeles?

—Suba na moto, te dou uma carona.

Não se sabe ao certo o motivo, mas ficou indignada ao ouvir tais palavras.

—Por acaso você está me paquerando? Fica me oferecendo coisas e gritando, está flertando comigo?

—O quê? Eu apenas vou passar por lá, não posso mais querer ajudar não? Se essa for sua preocupação, não tema. Não vou me apaixonar por você.

A contragosto, acaba tendo  que empurrar sua moto novamente, e quebrando sua lanterna.

—ME FEZ RECEBER UMA MULTA E AGORA PERDER CENTO E OITENTA DÓLARES PELA LANTERNA? ANDE, SUBA LOGO E VAMOS EMBORA, ANTES QUE ME DÊ MAIS PREJUÍZO.

***

—Por quê você não usa capacete?

—Isso é para meninas, garota.

—é muito barulhenta sua moto.

—Porque removi o silenciador. E antes que pergunte, para todos saberem que estou chegando.

—A polícia não percebe isso?

—Os policiais me saúdam quando passo, garota. A propósito, me chamo Scorpius. Scorpius Malfoy,


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