Trakai - Love Is Unpredictable escrita por lotusflower


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos!!!
Primeiro de primeiro de tudo: esse capítulo é inteiramente dedicado à ~Thaihpjvgot , que é uma linda, sempre lê e comenta!! Obrigada, baby!!! ♥
2- não tenho muita coisa pra dizer... Só desejar boa leitura mesmo! Aproveitem!
Ah, se encontrarem algum erro, me desculpem! Postei meio correndo sem revisar e tal.



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Lituânia - séculos XIV, anos 1363. - Castelo de Trakai.

– Gina, vamos! O que está esperando? - A loira já estava com seu cavalo Aklas preparado, celado, pronto para correr pelo campo fora do castelo com a amiga, mas a princesa simplesmente não saía do estábulo.

– Pronto... Calma, apressadinha! Estava trocando as ferraduras do Rocinante. - A morena apareceu montada em seu alazão.

– De novo? Você fez isso antes de sair em viagem. - Emma riu. - Certo... Vamos logo.

As duas trotaram até a entrada do muro que separava o vilarejo do castelo de todo o resto do povoado de Trakai e à partir daí, correram com seus cavalos por uma longa trilha já aberta no meio de árvores grandes.

Já não eram mais crianças, porém, quando estavam juntas, era como se fossem as mesmas garotinhas de 5 anos correndo pelo castelo, tirando o fato de que não se viam mais todos os dias. Com seus 16 anos, Regina já tinha maiores responsabilidades, inclusive marcar presença em algumas viagens, seu horário de aulas aumentara, porém, podia sair do castelo a hora que quisesse, se isto não atrapalhasse seus deveres. Emma já dominava muito saberes sobre plantas medicinais e agora era aprendiz da curandeira do vilarejo, uma das melhores do reino. Ou seja, cada uma estava tomando seu rumo na vida. A mais nova agora tinha cabelos compridos até o meio das costas e era mais alta que Regina, que tinha seus cabelos compridos até a cintura e bastante escuros. Pararam quando chegaram próximas ao lago e prenderam os cavalos um tronco que alguém havia posto lá há muito tempo para cumprir esta mesma função e foram sentar-se embaixo de um enorme carvalho, árvore símbolo da Lituânia.

– Como foi sua viagem?

– Chata, como sempre...

– Você sempre diz isso e eu nunca acredito.

– Mentira... Tiveram duas coisas boas: provei de um doce maravilhoso. Ah, Emma, você ia adorar... É uma pena que eu não tenha conseguido trazer pra você.

– Tudo bem. Eu consegui chantagear meu pai e ele foi buscar um doce de abóbora com minha avó.

– Hum... Esse doce de abóbora da sua avó é maravilhoso! Tem razão, você se deu bem. - Regina cutucou com seu cotovelo o braço de Emma que estava distraída picando folhas secas no chão.

– Ainda tem um pouco, se quiser.

– Com certeza eu quero.

– E qual foi a segunda coisa?

– Ah, claro! - Regina estalou seus dedos e pegou sua bolsa. - Está preparada? Fui andar pelo reino Gaspoli e procurei pela melhor curandeira de lá. Pedi o que ela tivesse de mais exótico e... aqui está. Espero que não tenha isso ainda. Bom, eu não sei o que é, espero que ela tenha falado a verdade. - Regina deu de ombros enquanto tirava de sua bolsa de couro um pequeno pote de vidro amarrado com cortiça e uma rolha contendo folhas estreladas e brancas.

– Regina! Isso é Tabernaemontana crassa, é uma flor muito, muito, muito rara, africana, com propriedades medicinais extremamente fortes!

– Bom, eu não entendi nada do que disse, mas devo supor então que gostou. - Regina sorriu. -

– Eu adorei! Obrigada! Mesmo, mesmo! - Emma abraçou a amiga com força. - Mas não precisa ter se importado com isso.

– Claro que eu precisava... Você sempre se lembra de mim. E eu preciso pedir: Minha miniatura de Regina está com a costura dos olhos gastas, um deles está apenas pendurado... Seria incômodo demais pedir à sua mãe para costura-lo pra mim?

– Ora... você a vê todos os dias! E a conhece desde antes de eu nascer!

– Mas... eu tenho vergonha. Se não quiser pedir, tudo bem...

– Ai, Gina... Claro que eu peço. - Emma riu. - Bem, conte-me as novidades então.

– A maior? Eu acho que você já sabe...

– Zelena. Sim, eu fiquei sabendo. Como ela está?

– Normal, ela já conhecia seu noivo desde pequena, então não foi surpresa. Todavia, está bastante triste por ter que se mudar para o reino deles. É à 6 dias de viagem daqui.

– Sentirei falta dela, sabia?

– Eu também.

– Você não vai ter que sair daqui, vai? - Emma perguntou, fitando o chão. Proferir aquela hipótese lhe revirou o estômago.

– Não, alguém terá que cuidar desse reino e esse alguém... será eu. Mas por causa disso, papai está tendo problemas em negociar meu noivado. Antes que pergunte, não, não tive a sorte de conhecer meu noivo. Ele é de algum reino bem mais distante que o de Zel.

– Isso é muito estranho... Mamãe e papai sempre se conheceram, e demoraram para perceber que se amavam. Deveria ser errado casar-se com alguém que não se ama, que não se conhece, apenas por dinheiro.

– Lembre-se o que disse Dom Quixote: as pessoas são loucas aqui. Eu só realmente espero que ele seja bom.

Ficaram por um bom tempo conversando, até brincaram de algumas coisas, e quando o céu começou a escurecer, montaram em seus cavalos e cavalgaram de volta. Chegaram no vilarejo quando o céu já exibia milhares de estrelas e uma lua cheia prateada enorme. Antes de ir ao castelo, Regina parou no estábulo guardar Rocinante e acompanhou Emma até sua casa. Com a noite enfeitada pelas milhares de estrelas, Emma pegou o pote de doce, duas colheres de ferro lustrado e puxou Regina até a macieira do castelo.

– Essa árvore está cada vez maior.

– Já ouvi dizer que ela cresce junto comigo... - Regina comentou, dando uma boa colherada do doce.

– Isso é uma mentira. Você parou de crescer há tempos... - Emma provocou.

– Ei! - Regina empurrou o ombro de Emma, o que só fez a amiga rir mais. Então, pegou um pouco do doce e sujou a bochecha da loira.

– Que nojo! Como uma futura rainha pode fazer isso? Eu não serei liderada por uma rainha dessas! - Emma provocou.

– Se não quiser que eu apontei minha flecha direto na sua cabeça, pare agora.

Regina soltou o riso também.

– Sabe, se não fosse você, hoje eu serei o maior vexame da família.

– Na verdade, não. Você não teria problemas como esse, uma vez que eu sou a causadora disso tudo, mas eu não ligo, entende?

– Pelo menos, se as pessoas não gostam do jeito que eu faço ou farei um dia as coisas pelo reino, terão medo de mim. - Regina deu de ombros.

– Isso é meio cruel. - Emma pensou um pouco e depois passou o braço direito pelo ombro da princesa. - Eu criei um monstro. Estou orgulhosa de você! - Elas riram de novo.

O pote de doces estava na metade de seu conteúdo e elas não conseguiam parar.

– Gina, como é ser princesa?

– Esse não é o tipo de pergunta que você deveria saber todas as respostas?

– Não. Não sou princesa. Sou amiga de uma.

– Sabes de tudo o que eu faço. E sabe o quanto repudio a maioria das coisas. Podia ser tudo bem mais simples. Ainda bem que tenho sua mãe e você.

– O que tem a ver?

– Seus pais e você sempre enxergam simplicidade nas coisas, isso é encantador. É um dos motivos pelo qual não banirei a sua pessoa de meu reinado.

– Ah, obrigada. Eu acho. - Elas riram de novo. - Você voltou comediante demais dessa viagem... Há algo que eu deva saber?

– Não. Dou minha palavra. É que essa foi uma das viagens mais chatas que já fiz e a mais longa também. Se você estivesse junto, seria melhor.

– Não sei... Às vezes fico pensando que quando você se casar e tiver seus afazeres de rainha, ou mesmo antes, quando estiver com a cabeça em outro lugar, eu serei apenas mais uma na plebe...

– Emma Swan Nolan White. Não me faça repetir seu nome inteiro novamente e jamais repita isso. Se um dia, por algum equívoco do universo em minha vida eu fizer isso com você, terá que me prometer que me dará um antolho em minha face com força.

– Com certeza, e aí, irei presa.

– Emma, isso não vai acontecer. Dou minha palavra novamente. Porém, se acontecer, quero que me faça lembrar que não sou melhor que ninguém, muito menos do que você, e que sempre, sempre será minha amiga. Me lembre de tudo o que já fez por mim.

Emma revirou os olhos, mas Regina pegou o queixo dela e a fez olhar em seus olhos, retorcendo toda a bochecha da amiga.

– Promete, Emma.

– Euvoubabaremsuamão. - Emma tentou dizer, com a voz distorcida.

– Promete!

– Prometo.

– Ótimo. A rainha agora se despede da amiga teimosa que gosta de fazê-la comer os melhores doces do reino. - A morena se levantou. - Adeus, Emma. Até amanhã de manhã. Consegue me encontrar na biblioteca?

– Claro. Adeus, Gina. - Elas se abraçaram e Emma aproveitou a oportunidade para sujar o rosto da amiga de volta.

– Emma!

– Tudo o que vai volta, Gina.

Cada uma foi para uma direção no jardim.

Regina entrou em seu quarto, tomou um banho com a água quente que gentilmente um dos criados preparou e colocou sua vestimenta para deitar-se, mas a porta de seu quarto foi aberta.

– Irmã?

– Zel, o que faz aqui?

– Preciso conversar com alguém...

– O que houve? - Regina colocou Zelena sentada em sua cama e sentou-se ao seu lado, pegando cuidadosamente em suas mãos as da irmã.

– Não quero ir pra outro reino. É longe, não conheço ninguém, além de Robin. O clima é diferente, o castelo é estranho, e eu terei que tomar decisões importantes... E se eu tomar uma decisão errada, Regina? O que eu faço? Não posso simplesmente voltar e ficar aqui.

– Zel, calma. Tenho certeza que só está assustada porque mamãe disse que vai marcar seu casamento em breve, mas não fique assim. Você será uma rainha incrível, inteligente, linda, e Robin é um príncipe formidável, você já o conhece, e veja bem: você terá sempre dois reinos, poderá vir aqui sempre que quiser, conhecerá e será amiga de povos dos dois reinos. O que são alguns dias de viagem perto desta última que fizemos, não? - Regina sorriu e limpou uma das lágrimas da irmã.

– Não gostaria de ir... Logo eu terei mais responsabilidades do que agora e não sei se poderei suportá-las. Filhos, compras, guerras! Estão falando de uma guerra, Gina! Eu não sei se consigo. Toda essa pose de valente que mantenho é uma farsa.

– Irmã, Zelena Elphaba Marie Charlotte Aldona Grazina Mills Trakan, Vou dizer o mesmo que disse hoje à Emma: não me faça repetir seu nome novamente e jamais repita isso. Você é incrivelmente inteligente na parte de história, saberá aprender com o passado e isso vai guiar-te nas suas decisões. Se quiser filhos, não precisa tê-los. E se quiser, eu adorarei ter alguns sobrinhos para brincar. Sobre a guerra, não acredite no que dizem. Tenho certeza que você será a rainha que vai consertar tudo no diálogo. Vais ficar bem, Zel. Eu prometo. E quando não ficar, eu estarei aqui para ajudar-te, sim? Não tema. Por favor.

– Queria ter sua segurança.

– Você tem, só não quer vê-la.

– Parece que está querendo que eu vá embora...

– É claro! Não vejo a hora deste reino ser somente meu. - Regina deu de ombros, porém, ao ver os olhos esverdeados da irmã arregalarem, desatou a rir. - Nunca, Zel! Está sendo difícil pra mim dizer adeus à minha irmã também, mas temos nossas funções, o povo acredita em nós para guia-los e protege-los. E já inventaram as carruagens.

Zelena sorriu e abraçou a irmã.

– Obrigada.

– Por nada, pode vir chamar-me quando precisar.

Zelena se levantou e foi saindo.

– Mamãe está me esperando acordada... Quer falar sobre a tal data... - A ruiva revirou os olhos.

– Marque em um dia que eu esteja bonita, por favor. - Regina riu.

– Pode deixar. À propósito, será que mamãe ficará muito brava se eu exigir que Snow , Emma e o pai dela venham?

– Ah, sem sombra de dúvidas. Ela terá um ataque cardíaco. Mas seria muito legal de sua parte de fizer isso.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do nome delas? Hahaha Falta só o da Regina agora eeu tenho certeza que vão gostar! hahaha
Comentem, falem comigo, mandem para os amiguinhos!
Obrigada
Beijas e utas.



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