— Oh... – Sara se aproximou de mim novamente. – Venha a meu quarto, deixe-me ver como está isto.

Sem questionar a segui até seu quarto. Ela mandou que eu sentasse na cama e foi o que eu fiz, então veio por trás de mim, e começou a levantar o curativo.

— Ai. – Reclamei.

— Deixe de ser mulherzinha. – Ela falou estupida, mas confesso que eu ri. – Hm...

— O que foi?

— Não sabia que tinha levado pontos. Um... Dois... Três... Quatro no total. Corte pequeno. Do tamanho de uma castração. – Falou maldosa.

Coloquei minhas mãos protegendo meus instrumentos quase que inconscientemente.

— Sara. – Retruquei.

— Desculpe, – ela riu – não resisti a piada. Então, vamos fazer assim. Eu vou te ajudar a limpar essa cabeça pelos próximos dias, fazer os curativos, em sete ou dez dias poderá tirar esses pontos.

— Então quer dizer tomarei banho acompanhado pela próxima semana.

Sara negou com a cabeça rindo: - Você vê maldade em tudo?

— Quem não veria maldade perto de você Sara?

— Acho que essa pancada afetou seu cérebro. Faremos outra tomografia assim que possível, um raio x, e todos os outros procedimentos necessários. – Ela começou a rir, e até sua gargalhada era gostosa e excitante.

— Falaremos disto mais tarde. Por hora, me sinto muito sujo, acho que estou precisando mesmo de um banho.

— Dispa-se. – Falou sem importância.

O fiz o mais rápido que pude, enquanto ela trancava a porta do quarto. Quando virou, vi que ela fixou em meu membro.

— Olha como se nunca tivesse visto algo desse tipo.

— Já lhe disse que já vi, e muitos. – Franzi o cenho, talvez um pouco enciumado. Muitos? Ela me disse que transou apenas com um homem, como pode ter visto muitos.

— Como?

— Trabalhei como médica e fiz residência. Muitos feridos, muitos mutilados em emergências, dei banho em pacientes quando não havia enfermeiras suficientes. Como lhe disse, já vi muitos, mas como te disse também da outra vez, também nunca havia visto um deste tamanho.

— Te surpreendo?

— Em todos os sentidos. – Ela respondeu maliciosa.