Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 24
Capítulo 24 - Son of a bitch.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (:



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 O restante do dia demorou á passar, eu estava inquieta, e com um aperto estranho no peito, tudo isso por um olhar Elena? Me poupe. Faltava pouco para irmos embora, fechei o caixa, arrumamos as araras e então fomos trocar de roupa.

— Tchau Elena, até amanhã – Dani veio me abraçar, quando retribui ela estremeceu.

— O que foi Dani? – perguntei vendo seu rosto.

— Nada não – ela me deu um sorriso falso e se soltou de mim, encostei em um de seus braços e ela choramingou.

— O que foi Daniela? – eu estava realmente preocupada, ela não disse nada, falei para ela tirar a jaqueta, ela nem se moveu, então eu puxei sua manga para baixo, e o que eu vi fez meus olhos encherem de lagrimas.

— O que é isso Dani? Quem fez isso com você? – meus olhos ardiam, eu segurava as lagrimas, o braço de Dani tinha marcas de dedos, em tons roxo, amarelo e verde, estava muito feio.

— Não é nada Elena, eu bati na porta quando estava saindo.

— Ah claro e a sua porta tem dedos? – tirei o outro braço com ela relutando, e vi as mesmas marcas no outro braço. – Dani, meu Deus, isso foi o Stevie? – ela não disse nada – você precisa ir na delegacia, isso não é normal.

— Esquece isso ok Elena? Por favor – ela saiu andando e arrumando a jaqueta em seus braços.

 Fiquei parada vendo-a sair, eu não podia fazer nada para ajudar se ela não quisesse, peguei as minhas coisas, apaguei tudo e sai, tranquei a porta de vidro e me virei em direção a outra calçada, enquanto eu aguardava o semáforo ficar vermelho senti algo pontudo encostar em minhas costas, e assim que olhei para o lado Matt estava com um sorriso forçado.

— Você vem comigo – ele disse forçando mais a coisa nas minhas costas.

— O que é isso? – perguntei, minha voz saiu um sussurro.

— Uma faca, que se você não andar comigo agora, vai cortar suas costas todinha, e você vai morrer aqui. – prendi a respiração, ele me puxou e eu caminhei ao lado dele.

 Entramos em seu carro, ele me colocou no banco do passageiro e fechou a porta, pensei em fugir, mas ele entrou rapidamente no banco do motorista e voltou a me apontar a faca.

— Não tente nada querida, nós dois sabemos que sou muito rápido.

 Me encolhi no banco de couro gelado, lagrimas escorriam de meus olhos. Ele parou o carro em frente á um prédio, alguém abriu o portão, e nós fomos até o sétimo andar, eu estava reconhecendo  o lugar, ele abriu uma porta e me empurrou para dentro, era o nosso apartamento, tudo do jeito que me lembrei, á pouca mobília e tudo mais.

— Se lembra daqui querida? – ele sorriu para mim – você me deixou exatamente aqui nessa sala.

— Matt e-eu – gaguejei – me deixa ir embora.

— Você não vai, não antes de nós brincarmos um pouco, como nos velhos tempos.

— Matt me deixa ir embora, eu juro que não vou dizer nada á ninguém.

— Você não vai embora – ele gritou.

 Reprimi um choro, e minha garganta se fechou com um nó, ele jogou duas sacolas na minha frente.

— Vamos começar com um rápido desfile, vista-o.

— Não.-  choraminguei.

— Agora Elena, isso não é um pedido.

 Juntei minhas forças e peguei  as sacolas, fui até o quarto, eu estava tremendo e chorando, tentei me acalmar, eu não vou deixar ele fazer nada comigo, não vou mesmo.Na sacola estavam os vestidos que eu vendi para ele esta tarde, vesti o azul claro, controlei minha respiração e voltei até a sala, ele estava sentado na poltrona, caminhei até lá e fiquei parada em sua frente, ele passou a mão nas minhas costas, e então na minha bunda, e me puxou para que eu me sentasse em seu colo, meu estomago revirou e ameaçou colocar tudo para fora.

— Ah Elena – ele passava a mão em meu cabelo, notei que a faca estava entre sua perna e o tecido da poltrona, eu teria que distrai-lo se quisesse pega-la.

— Por que você manteve o apartamento?

— Porque eu sabia que um dia você ia voltar para mim – tive pena, ele só pode estar delirando.

— Mas você me deu a parte do dinheiro. – alisei seu peitoral descendo as mãos.

— Tirei do meu dinheiro, e valeu a pena, pois aqui estamos nós meu amor – ele sorriu e aproximou o rosto para me beijar.

 Aproveitei sua distração, peguei a faca e enfiei em sua barriga, ele deu um berro estridente, e puxou meu cabelo, forcei mais ainda a faca em sua pele, ele me soltou e levou a mão até onde ela estava, aos gritos, me levantei tropeçando no chão, peguei minha bolsa e corri porta a fora, apertei inúmeras vezes o botão do elevador, ouvi um barulho no apartamento, provavelmente ele caindo no chão, abri a porta das escadas de emergência e comecei a desce-las, correndo, quase cai duas vezes, eu já não tinha fôlego, meus pés descalços estavam dormentes pela escada gelada, eu tremia, consegui chegar a portaria, por sorte havia uma senhora abrindo o portão, corri até ela e antes que ela fechasse o portão consegui sair.

 Corri pela avenida até achar um lugar movimentado que eu pudesse entrar, era uma cafeteria, entrei correndo e fui para o lugar mais fundo possível, me sentei na mesa ofegante, eu não conseguia encontrar o ar, minhas pernas e mãos tremiam, não sei se pelo nervosismo ou pelo frio.

— Moça está tudo bem? – disse uma garçonete, afirmei com a cabeça e ela saiu desconfiada.

 Consegui recuperar minha respiração, todo o meu corpo doía, procurei meu celular na bolsa e não o achei, o filho da mãe deve ter tirado.

— Será que posso usar algum telefone? – perguntei á garçonete que me atendeu.

— Claro – ela pegou no bolso do avental um celular e me entregou.

 Disquei o numero do Damon, dois toques e nada, três, quatro, eu já estava quase chorando novamente, quando ouvi sua voz do outro lado.

— Damon – minha voz saiu num sussurro abafado.

— Elena, o que houve? Sua voz está estranha.

— Damon eu preciso que você venha me buscar— as lagrimas escorriam pelo meu rosto – e-eu te conto quando você chegar.

— Onde você está? – ele perguntou, perguntei para a atendente o endereço, ela me disse e ele ouviu— já estou indo.

 E ele desligou, entreguei o celular á moça, que me entregou um copo de agua, sequei as lagrimas em meu rosto, e ela me deu um sorriso fraco.

— Posso te ajudar em alguma coisa?

— Não, você já me ajudou – sorri – obrigada.

 Voltei até a mesa afastada, eu não conseguia tirar os olhos da porta, querendo ver Damon entrar por elas, e temendo ver Matt entrando por elas. Quinze minutos se passaram, eu estava com muito frio, e não conseguia parar de tremer, meu corpo ainda estava elétrico. Foi quando a figura de olhos azuis andou apressado até mim, ele me empurrou para o lado no banco e me puxou para um abraço.

— O que aconteceu? – ele dizia me apertando, como se eu estivesse me desfazendo.

— Eu quero ir para casa – chorei contra seu peito, ele me apertou ainda mais, seu coração estava acelerado.

— Vem, vou te levar para casa meu amor, e você vai me contar o que aconteceu enquanto isso.

 Ele se levantou, só então reparou na minha roupa, seus olhos se arregalaram, ele tirou a jaqueta de couro e colocou em mim, passou a mão pela minha cintura e me levantou um pouco, tirando meus pés do chão.

— Agora, pode me dizer – ele estava ligando  o aquecedor do carro, e indo em direção ao meu apartamento.

 Passei as mãos no rosto, eu quis sair dali com medo de Damon ir atrás de Matt, me aconcheguei no banco e respirei fundo.

— Hoje o Matt foi no meu trabalho – ele tirou os olhos da rua e me encarou – só eu estava lá, Dani estava almoçando e Louise não foi. Eu tive que ajudar ele a escolher vestidos, ele disse que era para uma amiga, e eu tive que fazer, ele me olhava estranho, sorria estranho, com maldade, e eu senti isso, e mesmo depois que ele foi embora isso me incomodou o resto do dia. Quando eu sai estava sozinha, estava esperando o semáforo fechar, quando senti alguma coisa pontuda nas minhas costas – ele apertou o volante até os nós dos seus dedos ficarem brancos – ele falou que se eu não fosse com ele, iria abrir as minhas costas e me deixar morrer ali – agora eu estava chorando de novo, me lembrando de tudo, do desespero, da agonia – ele me levou até o nosso antigo apartamento, disse que eu nunca devia ter saído de lá, e falou que só ia me libertar depois de brincarmos, como antigamente – Damon estava enrijecido ao meu lado, parecia que seu corpo era feito de pedra, seus olhos estavam semicerrados – e mandou eu vestir um dos vestidos, que ele queria um pequeno desfile só para ele, eu fiz isso, quando voltei ele estava sentado na poltrona, me puxou para seu colo – não queria dar todos os detalhes, era humilhante e eu sabia que Damon iria querer ainda mais matar Matt – e vi a faca ali ao lado dele, eu o distrai com perguntas, e quando ele veio me beijar aproveitei e enfiei a faca na barriga dele, e sai correndo. – estava soluçando de novo, tentando novamente acalmar minha respiração.

— Eu vou matar ele – disse Damon dando um murro forte no volante, o que me assustou. – Desgraçado, filho da puta – ele estava quase gritando, passou a mão pelo cabelo – Ele nunca mais vai encostar um dedo em você Elena, eu te prometo.

 O restante do caminho ele foi em silêncio, resmungava um xingamento ou outro, assim que chegamos no meu apartamento ele subiu comigo, eu tomei um banho quente, que foi um alivio, vesti uma calça jeans e uma blusa de moletom cinza clara com um desenho de gato na frente.

— Eu quero ir na delegacia – disse parando na frente dele.

— Tem certeza? Você sabe que eu posso...

— Não Damon, não quero que você faça nada, você só vai ter problemas por causa dele, e eu não quero isso de jeito nenhum. Eu vou dar queixa na delegacia.

— Tudo bem – ele disse a contra gosto.

 Terminei de me arrumar e nós fomos até a delegacia mais perto, Damon estava nervoso, inquieto e tenso.

 Fiz o boletim de ocorrência, e disse que ele estava no apartamento dele, e o delegado me disse que já tinha uma viatura indo para o apartamento em que ele estava e outra indo para o apartamento que ele morava.

 Descobri que já tinham prestado queixa dele por violência, uma garota, mas ela não quis ir adiante com um processo. Fiquei na sala de espera da delegacia, Damon segurava minha mão, eu só queria ir para minha casa e dormir.

— Sra. Salvatore – disse o delegado aparecendo na minha frente – Os meus homens não encontraram o Sr. Donovan em lugar algum, já temos policiais atrás dele, e ele ter fugido já é meio caminho para ele ser declarado culpado, a Sra. Sabe algum outro lugar que ele poderia estar? – ele perguntou.

 Pensei imediatamente em meu pai, que fazia tudo por ele, e tinha vários imóveis.

— Bom, o meu pai é muito amigo dele, ele pode saber de algo.

— Então vamos até seu pai, a Sra. Pode ir se quiser, nós assumimos daqui.

— Não, eu quero ir falar com o meu pai.

— Tudo bem então.

  Damon seguia as viaturas, ele estava calado, e sua expressão era de raiva, eu não queria que ele ficasse assim.

— Ei – toquei sua mão que estava gelada – eles vão achar ele.

— Não quero achar ele, quero mata-lo.

— Isso não vai resolver nada.

— E você acha que prender ele vai? – ele alterou o tom de voz – Elena esse cara é politico, quanto tempo até ele ser solto porque pagou a fiança e vir atrás de você de novo?

 Ele estava certo, infelizmente, fiquei calada olhando para a janela.

— Desculpa – ele disse pegando minha mão – não queria gritar com você, você não tem culpa de nada, eu só estou com muita raiva, fico pensando o que poderia ter acontecido.

— Não pense, pois não aconteceu.

— Você não tem noção do que eu faria com ele se ele tivesse te machucado.

 Ficamos em silêncio, eu não queria pensar no que poderia ter acontecido, e no que aconteceria se ele fosse liberado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? esse Matt é mt fdp ¬¬ aguardo os comentarios babys, até amanhã :*



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