How To Be The Princess of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 26
How NOT to break someone's heart


Notas iniciais do capítulo

como NÃO quebrar o coração de alguém ...
Esse capítulo vai para minhas duas amigas, Ana e Camilly, que shippam AndrEmmy ♡



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Andrew caiu no chão, atordoado, e eu simplesmente congelei com todo o sangue que saia de seu corpo.
Mais mulheres sem armaduras, escancararam a tenda, e gritos vieram do lado de fora. Hanala proclamava feitiços altos em latim, que explodiam em cores variadas e surtiam efeitos diferentes nas mulheres.
— EMILY! - Jason puxou minha mão bruscamente, o que me fez cair atrás do sofá, ao lado de Andrew que gemia de dor.
Com o impacto no chão, senti meu joelho ralar sobre o asfalto que estranhamente, era o chão na tenda. Ignorei isso.
— VÃO! PELOS FUNDOS! EU SEGURO ELAS! - Hanala berrou, e todos olhamos para o alçapão há alguns metros.
— Andrew, aguenta. - Jason pediu.
Segurei sua mão com força e ele assentiu, dando um sorriso.
— Eu não morro fácil. Esqueceram das vespas? - sorri. Jason impurrou o sofá até o alçapão, nos escondendo dos tiros, enquanto uma batalha violenta explodia atrás de nós. Alguns guardas parados nas ruas, entram em combate com as terroristas.
Ótimo. Mais gente inocente vai morrer em meu nome.
— Desce ele! - Gritei, me ajoelhando, com a cabeça pra cima do sofá. Eu tinha que ajuda-los. Jason ia reclamar, mas Andrew urrou de dor.
Fechei os olhos. Era horrível ve-lo sofrendo. Partia meu coração.
Vão.
Minhas faíscas de energia vivas foram liberadas de minhas veias, e atingiram uma mulher que se contorceu, enquanto com a outra mão lancei uma bola elétrica em outra, que caiu fora da tenda.
Eu não tinha muito controle sobre a quantidade de energia que liberava, então esperava de coração não ter matado-as.
Um guarda me olhou, completamente assustado. Sorri, e me escondi atrás do sofá de novo.
Se ele vivesse, iria pro castelo, contaria que eu matei 2 pessoas com poderes elétricos dentro de uma tenda roxa. Mas eu não podia simplesmente mata-lo, isso estava fora de questão, então todos saberiam que eu era uma tomada humana.
Ajudei Andrew a descer as escadas, e ficar de pé, apoiando completamente em Jason lá em baixo.
Estava pronta pra descer, quando duas delas miraram as armas em mim. Meu Deus, eu estou paralizada, completamente estática...
Quando elas disparam, um escudo elétrico me envolve, como na floresta, e me salva das inúmeras balas. Mas dessa vez, ele não derrubou nenhuma delas. Elas se olharam, pensando algo do tipo: "Meu Deus, que que a gente faz?"
Antes que possam decidir, lancei toda a carga elétrica que conseguia nas duas, o que fez todas as lâmpadas que conseguia sentir de longe, piscarem um pouco.
— Emily! - A voz de Jason gritou.
Certo, certo, acabou o show. Desci as escadas, e fechei o alçapão, e parei de pé ali, na... Sauna...
Ah, ela tinha transformado a sala de tortura em uma sauna de paredes brancas com uma piscina com águas mornas.
Ignorei isso, e acompanhei os dois até a porta. Eu a abri, e deixei os dois passarem.
— Ah, como ela..? - Jason resmungou, mas lembrou que ela era uma bruxa.
Um carrinho de ferro preto, igual os daquelas minas de ouro em filmes, estava colocado delicadamente sobre trilhos de ferro.
— Que diabos? - Sussurrei. Acho que era para nós entrarmos. - Entrem. - Pedi. Ajudei Jason a acomodar Andrew num dos dois acentos no carinho, e me sentei. Dois botões azuis, e uma alavanca infeitavam o carrinho feio e simples.
Jason tratou de apertar os dois botões, e um ruído elétrico do motor que eu podia sentir pulsando, ecoou, mas fomos interrompidos com o alçapão fechando. Hanala fazia esforço para mante-lo fechado, enquanto corria ofegante pela sauna.
Não durou muito. O alçapão se abriu, e uma delas a acertou em cheio com um tiro na cabeça.
Eu gritei com força seu nome, prestes a sair do caminho e matar aquelas terroristas, quando Jason abaixou a alavanca.
Um motor turbinou em uma labareda azul, e nos impulsionou rápido como um jato pelo túnel escuro, muito parecido com o que estávamos, mas era iluminado por tochas presas a parede.
Me sentei novamente, sem forças, com a mão sobre a boca, e algumas lágrimas despontando os olhos.
— Emmy... - Andrew sussurrou. Tenho que ajuda-lo, não é hora pra ser fraca. Respirei fundo, e desamarrei o casaco da cintura, e coloquei sobre sua barriga sangrando. Jason estava em pé, nos guiando atentamente pelo túnel.
Meus cabelos esvoaçavam com o vento, o que bloqueou minha visão e me irritou bastante.
— Aguenta um pouquinho. - Pedi, o olhando nos olhos.
Ele assentiu, e jogou a cabeça pra trás, bufando.
Suspirei.
— Pra onde vamos? - Jason me pergunta. Como se eu soubesse. Mas conheço a área, posso dar um jeito nisso.
Hospital? O futuro rei surtado, o príncipe da Alemanha/Estados Unidos (baleado) e a princesa com problemas elétricos, chegam num hospital. Acabaria com tudo. Mas ele corria risco de vida.
— Hospital Hall Allen, é o mais próximo daqu...
— Hospital não. Não gosto de... hospitais, e... temos que salvar o país... Não podemos acabar com... os disfarces. - ele se esforçava pra respirar, e manter o rosto calmo.
— Andrew...
— Muitas pessoas vão morrer. Temos que achar... outro jeito. - ele insiste.
Suspirei. Me sentia inútil. Ele morreria. Sem um hospi...
Jean, minha amiga vizinha, era enfermeira.
— Pra minha casa. Minha vizinha é enfermeira, ela pode ajudar.
— O palhaço?! - Andrew dispara, levantando a cabeça. Não consigo conter um sorriso.
— Claro.
Após alguns minutos, o túnel acaba, e os trilhos nos deixam num quintal aberto familiar pra mim.
— Estamos nos fundos da minha casa. - disse, me levantando.
Andrew quase não conseguia andar, então eu ajudei Jason a apóia-lo. A noite despontava lá fora, e daqui a algumas horas tocaria o toque de recolher. Mas meu antigo bairro era um lugar silêncioso e quieto. Diferente do meu novo "bairro", que tem até terrorista loucas.
Antes de partir, dei minha casa pra Jean. A dela era toda acabada, e ela precisava de dinheiro. Mas ela disse que não iria mudar nada, e fiquei feliz com isso.
Toquei a campainha 5 vezes.
— JÁ VAI DROGA! - Um berro vem do corredor. - Que foi demôni... Emily?!

— Ai meu Deus... - ela passou os olhos nos dois, encantada, mas saiu de transe, quando viu a mancha de sangue na blusa de Andrew. - Jesus amado...
— Jason e Andrew, Jean, Jean, Jason e Andrew.
Ela grudou na parede para nos dar caminho, ainda assustada, e entramos correndo.
O deitamos no sofá, e perco meio segundo, encarando minha antiga sala.
— Jean, precisamos que você... - apontei pra ele.
— Ah, claro, Jesus amado... - ela fechou a porta, e saiu em disparada pra sei lá onde. A segui, mas lancei un último olhar pra Andrew.
Ela revirou as gavetas do banheiro de baixo, e achou a caixa de primeiros socorros.
— Vai lá no teu quarto, que agora é meu, obrigada, e pega minha pasta cirúrgica, na gaveta.
Pisquei forte quando ela disse "cirúrgica".
Corri escada a cima, enquanto ela foi pra sala, e entrei no meu antigo quarto.
Estava intocado. O papel de parede larana florido, a coleção de anjinhos de cera que minha mãe me deu, minha poltrona branca no mesmo lugar...
Foco, Andrew está morrendo.
Revirei a gaveta de cima, a do meio, a de baixo, e não achei.
Bufei, e passei os olhos pelo cômodo.
Onde está você, pastinha cirúrgica?
No cabideiro, um avental branco estava delicadamente pinturado, enquanto uma patinha azul clara estampava seu bolso.
A agarrei, e corri lá pra baixo.
— Você demorou. - reclamou ela. Andrew estava sem camisa, e Jason tinha as mãos insanguentadas, segurando um líquido amarelo. Devia ser pra dor. Jean arrancou o negocio das minhas mãos, e o estendeu má mesa de centro.
— Não estava na gaveta. - murmurei.
— Bebe essa coisa toda, por favor. - Ela pediu, e Jason deu a garrafa na boca de Andrew. Com uma careta, ele bebeu quase tudo, e tossiu.
— Que coisa horrível. - ele não tirou a careta do rosto.
Devagar, ela limpou o exesso de sangue em sua barriga, e pegou duas ferramentas cirúrgicas.
— Acho melhor vocês saírem. - ela disse.
Meus olhos tristes encontraram o sorrisinho de Andrew, que piscou pra mim, dizendo: "Eu aguento, princesa"
— Fica forte, Andrewzinho. - Jason sorriu, e me puxou pra fora dali.
Lágrimas acumulavam em meus olhos, e eu encostei na parede da cozinha, e Jason fez o mesmo, de frente pra mim.
— Como deixamos isso acontecer? - ele sussurrou, esfregando os olhos. Andrew era como um irmão pra ele, e acredito que Andrew o via da mesma forma.
— Não sei. Eu fui fraca. - Suspirei.
— Nós dois. - ele deu um sorriso triste, e segurou um punhado de fios do meu cabelo, e brincou com ele, como fazia sempre. Mas dessa vez, algo me dizia que ele não se afastaria. - Muito fracos. - ele sussurra novamente, com os olhos nos meus. - Eu não consigo nem
ficar longe de você. - ele deu um sorriso.
— Nem eu. - concordo, sorrindo também.
Mas o grito se Andrew corta os ares, e meu mundo inteiro começa a cair. Jason tinha razão, ouvir as pessoas que você quer proteger, gritarem de dor, é a pior coisa que existe.
Agarrei sua mão, e fechei os olhos com força.
Mais um grito.
E outro.
E outro.
E ficamos assim por bastante tempo.
(...)
Andrew estava completamente fora de risco, e isso bastou para me acalmar.
Ele dormia no quarto de meus pais, e nós três conversávamos e respondiamos as milhares de perguntas de Jean.
— Bem, nós... - Olhei desesperada pra Jason. Eu não podia contar tudo. E Jason mentia muito melhor que eu.
— Nós tivemos que sair do castelo, pra resolver umas coisas com pessoas difíceis do lado de fora do castelo. Meus pais não sabem, e todos estão nos procurando. Mas nossa conversa deu bastante errado...
— Nossa. Não consigo imaginar como vocês estão encrencados. Talvez eu possa ajudar.
— Não será preciso, você ajudou muito. Não queremos colocar em risco a vida de mais ninguém. Isso é perigoso. - Eu disse.
— Se é perigoso, não deixarei vocês irem. Não sozinhos. Vocês vão morrer, precisam de ajuda.
— Na verdade... - Olhei pra Jason, e ele leu minha mente. Concordou com a cabeça, e eu fechei os olhos. - Não precisamos de ajuda.
Minha mão explodiu em faíscas controladas, que dançavam alegremente sob minha pele.
Seu rosto ficou pálido.
— Como... Como você...?
— Como ela virou uma tomada humana? - Jason sorriu, e seu joguei una almofada com força nele, que riu.
— B-Bem, sim...
— Longa história Jean. Não podemos contar agora. - dei de ombros, com uma cara convincente.
Conheço ela a bastante tempo, e sei que vai insistir e fazer perguntas até de madrugada.
— Tudo bem, não vou insistir.
Mas, como o príncipe do mundo está presente, ela tentou se comportar. Mas lançou um olhar pra mim dizendo: "VOCÊ VAI ME CONTAR TUDO. Ah, e ele é muito lindo!"
Claro que ela vai comentar por horas a beleza de Jason.
O som alto do toque de recolher preencheu o ambiente, e ela tratou de apagar rapidamente as luzes da casa, e acendeu uma vela na mesinha.
— Bem, os guardas são muito chatos com essa regra... Sem ofensas, príncipe Jason...
— Não sou príncipe agora. Você pode me chamar de Jason. - ele piscou pra ela, que lançou um sorriso cheio de alegria pra mim, enquanto eu tentava ao máximo segurar as lágrimas de riso. Meu Deus, que situação cômica.
— Tudo b-bem... Eu, vou lá em cima, me trancar no armário pra nunca esquecer esse momento... - Jason deu um sorriso divertido, e ela veio até mim, e me deu um beijo na bochecha. - Não contra pra ele, mas o Andrew é uma gracinha. - ela piscou pra mim. - Boa noite. - ela sorriu, e saiu correndo escada a cima. A vi entrar no quarto dos meus pais.
— Ela disse que o Andrew é uma gracinha. - Pisquei pra ele, que fechou a cara.
— É a primeira vez que Andrew rouba a atenção de mim.
— E você tinha que fazer isso? - sorri.
— Isso é ciúmes? - Ele deu um sorriso malicioso enorme.
— Hm, não, seu convencido.
Ele se levantou, e tomou o lugar ao meu lado, que era ocupado por Jean antes.
— Eu acho que é.
— Realmente, não é ciúmes. Ela nunca faria isso comigo.
— Isso o que? - ele perguntou com um sorriso.
— Roubar um cara de mim... - as palavras saem sem eu perceber, e ele começa a gargalhar.
— Não se preocupe, ninguém no universo me tira de você. - sorri, e abaixei o olhar.
Quem dera.
Mas nós dois sabíamos que isso não era verdade.
Posso perde-lo a qualquer instante, e ele pode me perder tão rápido quanto me ganhou.
Mas não precisávamos pensar nisso agora. Eu só precisava deitar a cabeça em seu ombro, e esquecer por um instante que o mundo existe.
— Onde você machucou os joelhos? - ele perguntou.
— Ah, quando eu estava parada no meio do tiroteio pra variar. - sorri.
— Ah, aí eu te joguei no chão.
— Não comece. - sorri, olhando pra eles.
Não ardiam, e estavam cobertos de sangue seco. Ele foi até a caixa de primeiros socorros, e a colocou em seu colo.
— Não pode infeccionar. - ele piscou pra mim, e eu mordi os lábios. - Está virando rotina eu fazer curativos em você.
(...)
Abri os olhos devagar, sentindo meu corpo balançando.
Eu estava dentro de um carro, sendo sequestrada. Era isso. Eu dormi, elas invadiram a casa, me colocaram pra dormir, e eu...
— Você tem sono leve. - A voz de Jason invadiu meus ouvidos. Despertei por completo, e me vi em seus braços. Estávamos parados, na sala, e ele sorria.- Você dormiu. Não queria te acordar.
— Tem certeza que eu não estou sonhando? - sorri.
— Am... Tenho. - ele fez o mesmo.
— Finge que eu estou dormindo, finge?
— Claro. - fechei os olhos, e ele continuou a me carregar. Agarrei seu pescoço, desejando que a distância da sala até meu quarto fosse muuuuito grande.
Duvidei por um segundo que ele fosse conseguir me carregar nas escadas, mas ele conseguiu.
Ele abriu a porta do meu quarto, que pelo visto Jean dormiria no de hóspedes.
— Vamos descer? - Perguntou.
— Não. - ele ri, e me coloca na cama assim mesmo. Fiz uma cara raivosa, que não consigui manter muito, comecei a rir com ele. - Onde você vai dormir?
— No sofá. - sorri.
— Jason Londres, o príncipe e futuro rei do país, dormindo no sofá de uma casa comum no sul do país. - ele riu.
— Pra você ver. - ele sorriu, e me deu um beijo na testa. - Boa noite, anjo.
— Boa noite, príncipe. - ele sorriu com o novo apelido, e corou um pouco. Mas nunca admitiria.

Por que quando Jason estava por perto, eu dormia facilmente?
Agora, eu, sozinha no quarto, já revirava a cama igual a uma salsicha já tinha umas 3 horas. Bufei, e me levantei.
Fui até o pé da escada, e vi Jason roncando no sofá. Sorri com a cena.
Até que ouvi um estalo de algo quebrado vindo do quarto de Andrew. Corri até lá, e acendi a luz.
— Te acordei? - ele se esticava ao máximo pra alcançar o copo de água, que agora estava no chão. - Desculpa. - ele mordeu o lábio.
— Não tem problema. - Ri, e me aproximei dele, pulando os cacos de vidro. - E você não me acordou, eu estava acordada a mais tempo.
— Me ajuda a sentar? Já dormi muito. - segurei suas mãos, e o coloquei sentado. - Obrigado. Então. Não consegue dormir?
— Muitas preocupações. E você ainda entra na frente do tiro, pra aumentar mais. - ele riu.
— Não era minha intenção. - ele passou os olhos no quarto. - Como era sua vida antes do castelo?
— Éramos nós três, felizes, durante 18 anos. Moramos aqui por 6 anos. Mas... Várias coisas que eu me lembro são mentiras. Mas eram mentiras felizes, mas eu seria burra se dissesse que prefiro as mentiras. - acompanhei seu olhar pelo quarto, e suspirei. - Esse era o quarto dos meus pais.
— Eles ficariam orgulhosos da pessoa que você se tornou. - sorri.
— Imagino. Emily, você não me fez passar vergonha no castelo, não é? Lembrou de levantar os dedos pra segurar a xícara de chá? Sim, mãe. - ele riu.
— Ainda acho que ficariam orgulhosos, sim. - ele deu de ombros, mas sentiu uma pequena dor na barriga.
— E sua vida nos Estados Unidos? Se você quiser me contar, claro, eu sei que você não gosta de... - O olhei, rezando para não ofende-lo.
— Tudo bem. Eu não falo disso com ninguém, mas acho que pra você devo contar. - dei de ombros.
— Se você quiser. - ele sorriu.
— Muito bem. Am... Éramos minha madrasta, eu e meus três irmãos.
— Você tem irmãos?!
— Tenho. - ele riu. - São todos muito mais velhos que eu. Eu já sou tio. - ele deu de ombros. - Matthew é o mais velho, tem duas filhas gêmeas de 9 anos, Lana e Laila. Depois vem o Landrew, que é casado, depois Bendrew, que tem um menininho de 3 meses, chamado Benjamin. - ele suspirou. - A guerra contra a América do Sul, começou há 5 anos, e eu fui mandado pro meu tio, o rei da Alemanha.
— Você e George são parentes. Você disse que não.
— Bem, é muito distante, e nós preferimos dizer que somos irmãos de coração, aquela coisa. - ele sorriu. - Eu recebo uma bolada de cartas da minha família, uma vez por mês, e eu respondo.
— Por que só você... Sabe, veio pra cá?
— Bem, meus irmãos tem quase 40 anos, e ficaram lá pra ajudar meu pai, que é quase idoso. As esposas e meus sobrinhos foram mandados para algum lugar, que eu nem sei exatamente onde fica. - ele respirou fundo. - Bem, meu pai, James, é muito legal, um grande e ótimo pai. Mesmo sendo velho, ele é forte, e nada frágil. Minha mãe morreu de câncer, quando eu tinha 13 anos. Ela era uma bomba explosiva, muito brava, mas divertida e boa mãe também. Ela chamava Angel. Minha madrasta é chata, eu não gosto dela. Mas convivi pouco com ela, nem lembro seu nome. Mas meu pai ama ela, então, pra mim está ótimo. - ele deu de ombros. - É isso.
Percebi seus olhos marajados, e que ele piscava pra conter as lágrimas. Segurei sua mão, e ele acariciou a minha. Não era boa em consolar pessoas, e acho que ele precisava disso.
Até que ele se aproximou, quase extinguindo o espaço entre nós.
Suspirei. Eu tinha dado esperanças pra ele. Não podia mais fazer isso. Eu queria Jason.
— Andrew... - comecei, e vi seus olhos olhos perderem o brilho.
— Eu sei. - ele se afastou, e encostou bruscamente na cama. - Você não sente a mesma coisa que eu. Não vê um nós. Eu tentei várias vezes dizer a mim mesmo que eu te amo Emily.
Perdi todo o ar.
É simplesmente horrível, ouvir eu "te amo", sendo que nunca poderei responder o mesmo.
Foi minha vez de piscar pra conter as lágrimas.
— Você é meu melhor amigo.
— E nunca passará disso. Eu sei. Não quero me torturar, e provavelmente esquecerei você daqui há um tempo. Mas eu amo você, amo Jason como um irmão, e quero que vocês sejam felizes. - Não consigo esconder minha cara surpresa. Ele abriu um sorriso enorme, e triste ao mesmo tempo. - Qual é. Todo mundo sabe. Eu sempre soube. Sempre vai ser ele. - sua voz vacilou completamente quando disse a última frase.
— E-Eu eu não sei o que dizer...
— Não precisa dizer nada. - ele sorriu. - Tudo bem.
Suspirei.
Eu me sentia horrível. Mas por quê? Eu só não sentia o que ele sentia. Mas ele é uma pessoa ótima de mais pra perder tempo comigo, porque eu nunca vou sentir o que ele sente.
— Vou pegar algo pra limpar isso. - até eu me surpreendi como minha voz falhou. Me levantei rápido, e sai dali.
Me encostei na parede, e parei pra respirar. Por que aquilo tinha mexido tanto comigo? Porque eu tenho medo de nossa relação não ser a mesma.Não quero perde-lo.


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Notas finais do capítulo



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