How To Be The Princess of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 14
How NOT kiss someone: Kiss (2)


Notas iniciais do capítulo

como NÃO beijar alguém: beije (2)



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Estava desenhando sentada no jardim, quando Andrew chega sem dizer nada e se senta do meu lado, aparentemente irritado.

— Oi. – falei. Mas ele não olhou pra mim, apenas encarou a estátua de anjo a sua frente. – Andrew? Ei, aconteceu alguma coisa?

— Tem algo pra me dizer? – fanzi a testa.

— Me diz você.

— Você beijou o Jason, certo?

O encarei, vendo todo o brilho se esvaziar dos olhos castanhos dele.

— Como...?

— Ele me contou, Emily.

— Por que? E bem, teoricamente, ele me beijou.

— Não achei que você fosse essas garotas que beija e esquece. Achei que você era diferente.

— Andrew, foi um desafio... E-Eu não queria...

— É, acho que eu confundi as coisas. Não se preocupa, vocês formam um casal bonito.

E sai andando, prestes a socar todos que passam pelo caminho.

Fico estática, de olhos arregalados, sem saber o que acabou de acontecer ali. Até que Jason chega, e fica de pé do meu lado. Do mesmo jeito que Andrew, encarando a estátua de Anjo.

— Ah, não, o que tá acontecendo? – pergunto, fechando o caderno.

— Não foi minha intenção te confundir, nem causar nenhum problema. – ele cruzou os braços, olhando ao redor, aparentemente chateado, ou tentando mostrar indiferença.

— Não, eu entendo, eu deixei... Mas por que você contou a ele?

— Eu estava em desvantagem. Sabe, você não precisa fazer isso por pena de novo. Mas não se preocupe, não significou nada pra mim também. – E começa a andar pro lado contrário de Andrew. Até que uma das destructives aparece segurando uma metralhadora, e começa a disparara uma chuva de balas contra Jason.

Eu grito o mais alto que consigo.

Até abrir os olhos, e me deparar com Andy e Ludymilla estáticas, olhando pra mim com um olhar confuso.

— Ah? Bom dia Emily? – Andy coloca o cesto de roupas no lugar.

— O que aconteceu? – ludymila se aproxima, preocupada.

Passo a mão na testa, ainda desorientada.

— Você está pálida. – Ela repete.

Me levanto da cama num salto, e quase que instantaneamente sinto meus olhos ficarem pretos formigando, e minha cabeça doer, me fazendo perder todos os sentidos. Apenas me desliguei e caí pra frente.

— SENHORITA!

(...)

Abri os olhos devagar.

Sinto minhas mãos tremerem.

Não lembro nada do sonho, Jason estava irritado comigo, por algo a ver com Andrew. Lembro que ele insiste que sinto algo por ele, e diz para mim que não significou nada pra ele. Até ser metralhado até a morte na minha frente.

Agradeço mentalmente por ter sido um pesadelo, apenas.

Mas sinto minha cabeça pinicar.

Estou na ala médica, deitada numa das macas da sala de macas, coberta até a cabeça com  um quente cobertor.

Por que cargas d’agua eu tinha sonhado com aquilo? Qual é, ele me beijou por que quis, e eu também quis, então rolou, né? Não tinha significado pra nenhum dos dois. Mas também, eu não sou médium, foi só paranoia da minha cabeça.

— Ei, Bela Adormecida! – dei um pulo na cama, me levantando rápido.

— AI ANDREW! – Berrei com ele, que gargalhou.

— Tudo bem, sou eu. Desculpa o sustinho.

— Ei, parem de gritar! – Ouvi a voz de Wanda ao fundo. – Ops, foi mal, gritei também. – ela sorriu, se aproximando.

— Ai minha cabeça, são que horas? – perguntei.

— 10:30.

— Eu dormi tudo isso?

— Eram 5:30 quando você começou a gritar e desmaiou nos braços da sua criada. – Andrew se sentou na beirada da cama.

— Estou imaginando a cena. – Wanda falou, sorrindo.

— Pois é. – Andrew fez o mesmo.

Eu gemi, e me jóquei pra trás na cama.

— Cadê a Bela Adormecida? – Ouvi a voz de Jason.

— Já dei esse apelido Londres. – Andrew sorriu.

— Ah, que pena.

— Oi. – Hlenah surgiu de trás de Jason.

— Hey. – todos falaram juntos.

— Ela tá viva? – Eron.

— Ta sim. – Hlenah garantiu.

— Ah, então vou embora.  – revirei os olhos.

— Já que estou viva, posso sair daqui?

— Não, sua pressão caiu drasticamente. As enfermeiras disseram pra você ficar mais um tempo. – Wanda disse.

— Ótimo. – bufei. – Falta só chegar o Kiro pra encher o saco.

— Alguém disse Kiro? – ele apareceu. Reviramos os olhos. – Trouxe Uno!

Resolveram jogar aqui pr anão me deixarem sozinha. Andrew sentou do meu lado na cama, Wanda de pernas cruzadas perto dos meus pés,  Hlenah que estava ao lado de Eron na maca ao lado, e Kiro e Jason na outra.

— Verde.

— Verde?! – Wanda reclamou, começando a comprar as cartas.

— Bloqueio você Eron. – Hlenah sorriu.

Andrew jogou uma carta verde reversa, fazendo Eron jogar um bloqueia da mesma cor.

— Bloqueio você Hlenah. – ele fez uma vozinha fina. Wanda jogou um 3 verde, e Kiro um 4. Jason jogou um quarto mais ora mim.

— NOSSA, ACABOU A AMIZADE. – Fingi uma irritação inesistente.

— Não tem amizade jogando uno. – ele sorriu. Comprei minhas cartas, e o jogo seguiu, até só restar eu e Kiro.

— Você não vai ganhar de mim baixinha. – ele sorriu.

Joguei minha última carta, e ele perdeu instantaneamente.

(...)

 Andava caminhando pelo jardim, e estremeci ao passar pela estátua de anjo. Alguns guardas de ronda fizeram reverência a mim, que respondi de bom grado. Nada estragaria meu dia.

— Saiam, por gentileza. – Ouvi a voz irritante de Georgia.

— Sim, senhorita. – eles responderam, e trataram de sair dali. Suspirei, e me virei pra elas.

Georgia estava com um vestido verde claro sem mangas, e vi que Dakota pediu algo parecido para copia-la, mesmo não ficando bem de verde.

— Posso ajudar?

— Pode, sim. - Georgia se aproximou, e eu a olhei feio.

— Pode ajudar ficando longe de Jason. – Dakota completou.

— Ou o quê?

— Você não vai querer que as desctrutives te achem. – ela sorriu maliciosamente, e colocou a mão na cintura.

— Você ouviu o rei. Elas não querem apenas me matar, vão matar vocês também. E eu não vou ficar longe do Jason. – me aproximei do ouvido dela. – Eu vou casar com ele.

Estava prestes a me afastar, quando Georgia me deu um tapa na cara. Cambaleei pra trás, e dei um sorriso. Ela não fez isso.

Parti pra cima dela com um soco, que a derrubou. Ela gritou, e dei outro soco em sua cara, enquanto Dakota começou a gritar. Dois braços fortes envolveram meus braços, me tirando de cima dela.

— Sua louca!

— Você não viu nada! – grite, pronta para soca-la de novo.

— EMILY, PARE COM ISSO! – Só agora notei que era Jason que me segurava. Eu rugi na direção de Georgia, que era segurada por Andrew. Cinco guardas começaram a segurar meus braços, enquanto Jason se afastou.

— O que está acontecendo? – o rei perguntou, surgindo ao lado da rainha.

— Essa louca me deu um soco! – Georgia reclamou. Só Agora vi seu lábio sangrando.

— Eu? Você me deu um tapa!

— Mentira, Emily atacou primeiro. – Dakota cruzou os braços.

— Ela me bateu primeiro!

— Vamos olhar as câmeras. – A rainha disse. - Peçam desculpas uma a outra.

— Não vou pedir desculpas pra ela.

— Na próxima eu quebro sua cara. – falei, a fazendo recuar um pouquinho.

— Chega.  Não importa quem atirou a primeira pedra, esse comportamento é inaceitável. As duas são pincesas. Ajam como tal. – o rei falou firme. Aí apareceu Wanda, Hlenah, Eron, o povo todo. Levem Georgia para a ala médica, e Emily para o quarto. Três guardas começaram a me empurrar.

— Sei andar sozinha. – disse, me livrando das mãos dos guardas. Entrei no castelo, e Andrew se pôs ao meu lado.

— Você foi bem. – ele sorriu, me dando uma cotovelada. – Quem bateu primeiro?

— Georgia. – toquei o local do tapa, que formigava de novo.

— Vou pegar gelo pra você. – ele tocou meu ombro.

— Não precisa.

— Sempre querendo se fazer de forte, não é Rhondes? – ele sorriu, se afastando.

Sorri, suspirando, e fui pro quarto.

Pedi pra Andy e Ludymilla saírem, e em pouco tempo Andrew voltou com um saquinho de gelo.

— Seu pedaço de ice Berg. – ia pegar o gelo, mas ele foi mais rápido e colocou de leve na minha bochecha.

— Tá doendo?

— Não.

Ficamos em um silêncio estranho. Nos fitamos por um tempo, até ele começar a falar.

— Conhece alguma história interessante?

— Conheço. – sorri. – Acho que está bom de gelo. – ele assentiu, e o colocou na cômoda.

— Ta afim de contar a história pra mim? – Ele deu um sorrisinho, e deitou a cabeça no meu travesseiro.

— Era uma vez... – comecei, deitando minha cabeça sobre sua barriga. - Um reino, uma ilha e uma Deusa chamada Aparondes. Ela governava a ilha, com graça, ternura e sabedoria.

— Ah, é a história da ilha, dos caras que se apaixonam?

— Já ouviu? – sorri.

— Acho que já. Gosto dessa história. Ela é grandinha.

— Decorei ela inteirinha. Meu pai me conta ela desde que nasci. – senti ele começando a acariciar meus cabelos.

E meus olhos começaram a pesar, e eu só apaguei completamente.

(...)

— Vamos Emily, eu to com fome... – ouvi a voz de Andrew me sacudindo.

— Hmmmmmm... – resmunguei.

— Emily, vamos nos atrasar pro jantar...

Abri os olhos devagar, desorientada, e agora notei porquê Andrew me cutucava. Eu inha dormindo praticamente em cima dele. Me sentei, bocejando.

— Suas criadas vieram aqui, e...

— Elas vieram aqui?

— Sim. Eu estava acordado. Foi uma coisa tipo “Hm Emily, pegando geral” – ele sorriu maliciosamente. Me levantei num pulo.

— Me perdeu. – ele desmanchou o sorriso, o que me fez rir.

— Elas disseram que temos que descer pra decidirmos os trajes pro desfile. O Frances tá lá em baixo.

— Okay. – ele se levantou, e ficou olhando pra uma foto num porta retrato, com uma expressão triste.  Fui até ele. – O que foi?

— Saudades de casa.

Suspirei.

— Tenho isso de vez em quando. – dei um sorriso pequeno.

— E o que você faz?

— lembro que meus pais morreram, eu não tenho irmãos, não tenho ninguém. E por incrível que pareça, isso me faz parar te ter saudades de casa. – o olhei.

— Me parece tortura.

— Eu já superei.

— Você está se torturando.

— Eu sei. – uma lágrima escorreu de meus olhos. – Droga, eu não gosto de chorar por iss...

Andrew acabou com a distancia entre nós, e me beijou. Fechei os olhos por um momento, o vendo se afastar.

— Me desculpa... – ele se afastou de mim, mas deu um sorrisinho, indo até a porta.


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