How To Be The Princess of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 11
How NOT to drown and take black lipstick out of the mouth


Notas iniciais do capítulo

como NÃO morrer afogada e tirar batom preto da boca



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Depois que Jason saiu do meu quarto, o levei até a porta. Conversamos do lado de fora por mais um tempo. Perguntei por que depois de me beijar uma vez, ele me beijou de novo. Ele só disse que tinha viciado em me beijar...

Tudo bem, queria muito fazer isso mais vezes. 

Mas a rainha Briana passou no corredor, e sacou tudo, eu acho...

— Querido, tem batom no seu rosto. - ela piscou pra gente, e saiu andando. 

Eu não sabia onde enfiar a cara, mas ele começou a rir escandalosamente, e foi pro banheiro tirar a coisa preta do canto de seu lábio inferior, (a que eu nem tinha notado). O olhar de mãe dela captou tudinho...

Agora eu estava deitada encarando o teto, pensando no beijo que fui forçada a dar em Andrew. 

Não tinha significado nada, certo? Nem pra ele, nem pra mim. 

Mas o toque de seus lábios nos meus, me deu uma boa lembrança que vou guardar sempre. 

Não vou mentir, foi o primeiro beijo que dei em alguém. Um garotinho já havia roubado um beijo meu, na terceira série, eu acho... 

Mas Andrew era um amigo muito especial pra mim, posso dizer talvez "Meu melhor amigo".

Mas eu simplesmente não coseguia achar coragem pra contar que beijei Jason. Algo dentro de mim dizia que ele ficaria chateado. Como se o beijo tivesse sido algo importante pra ele.

Agora Jason.

Bem, eu só conseguia pensar em usar o sinal "preciso te beijar" a cada instante... mas também não tinha significado nada, acredito eu. Por que ele gostaria realmente de mim? E por que eu gostaria dele?

Mas por que diabos estou pensando nisso agora? E ainda os comparando...

Resolvi descer, e contar a Wanda. Ela sim era uma boa conselheira. Mesmo sabendo que ela iria me zoar pela eternidade, eu sinto que devo isso a ela, e que ela vai me ajudar a entender isso.

Levantei, e fui até seu quarto.

— Oi. - Falei sorrindo.

— Oi, o que está fazendo aqui?

— Bem, nada de mais...

— Viu Jason? Ele está andando por aí sorrindo. Sorrindo, Emily. Sorrindo, assim - ela deu um grande sorriso.

— Idai?

— É o Jason... Ah, entra logo.

Acho que nunca tinha entrado em seu quarto.

Ele tinha paredes pretas e vermelhas, com uma quantidade irritante de pinturas e quadros góticas e emo sinistras. 

— Você pinta? - sentei na cama.

— Pinto ué. Geralmente pintava as coisas que meu amigo esquizofrênico me contava. Mas depois que vim pra cá, comecei a conversar com Eron, e ele também gosta de pinturas góticas. Ele me recomendou um livro, então pinto as paisagens descritas nele. - ela se sentou no chão a minha frente. - Ah, em que posso ajudar?

— Eubeijeijasonlondres.

— Que?

— Eubeijeijasonlondres.

— Você beijou Jas... OH MEU DEUS.

Vermelha eu estou. Ela começou a pular e a rir, dizendo "Eu sabia" - Por isso ele estava felizão. Então vocês quebraram o trato?

— Não, o trato tá de pé. E foi só um beijo... - ela me olhou. - Ta, foram seis, mas idai?

— Idiota. Ele deve gostar de você. 

— Não Wanda. Não exagere. 

— É também tem a treta com o Andrew... Vish, você tá ferrada. Ele sabe?

— Não.

— Ainda bem. Nem pode contar.

— Por que? - ela revirou os olhos.

— Te explico quando for mais velha. - ela se sentou na cama. 

Tudo bem, então...

— E a carta da tua namorada?

— Não li.

— Por que?

— Sei lá, tenho paranoia. Sempre que ela da notícias, tenho medo de ser ela terminando comigo.

— Você é doente. Deixa eu ler, então. - ela deu de ombros eu me deu a carta. A abri com cuidado, e comecei a ler.

"Cara Wanda, 

Minha garota preferida, quero que saiba que te amo muito, e que você é a coisa mais importante que eu tenho. - sorri. Que coisa fofa. Não sabia que lésbicas eram tão amigáveis. - Mas infelizmente, tenho uma notícia ruim.

Essa carta é uma carta de despedida. - Meu sorriso desapareceu. - Se você recebeu essa carta, significa que eu morri..."

Arregalei os olhos, e tapei a boca.

Como assim? Isso não pode ser verdade... Bem, acho que estou assustando Wanda.

"... Não minha linda, eu não estou brincando. Depois que você foi pro castelo, descobri que tenho uma doença incurável. 

Por favor não fique irritada que eu não contei antes, não queria estragar sua estadia no castelo.

Eu fui pra um lugar melhor, e sinto que não possa ter me despedido pessoalmente.

Eu te amo muito, para sempre, Natasha."

— O que diz? - ela perguntou, ansiosa. 

Tinha outro papel ali.

"Minha querida, eu sinto muito mesmo. 

Me arrependo muitíssimo de não ter contado do estado de Natasha, mas não era grave, e ela insistia para não contar.

Ela chegou a ser internada, mas não conseguiu.

Eu sinto muito mesmo.

Sua mãe, Helena"

— O que foi?!

— Wan... - Falei, largando a carta na mesa. - Quando você veio pra cá, Natasha estava doente... Eu sinto muito Wanda...

Ela me olhou assustada.

— É brincadeira né? - ela sorriu. Não demonstrei reação alguma, o que fez ela encostar na parede e deslizar até o chão.

Ela encarava o ar a sua frente, e eu só observava, tensa... Droga, nunca tinha visto Wanda tão quieta e sem vida como agora.

— Wanda...

Foi o necessário pra ela desmoronar e começar a chorar descontroladamente. Eu ajoelhei a sua frente, e ela se jogou em cima de mim, me abraçando.

— Ela não pode ter morrido Emily... - ela soluçou.

— Eu sinto muito...

— Me deixa sozinha. - ela pediu, se afastando.

— Tem certeza?

— S-Sim. - ela fungou.

A olhei triste, e depois sai do quarto. Encostei na parede, pensando.

Droga.

Esfreguei o rosto.

— Emily? - Andrew e seu braço enfaixado sorriram. - O que foi?

Olhei pra porta dela.

— A namorada da Wanda morreu.-  ele me olhou assustado. - Ela estava doente.

— Nossa. Ela não está bem, né?

Neguei com a cabeça.

— Ela queria ficar sozinha. - Respirei fundo, e o acompanhei pra longe dali.

— Quer passear no jardim? - Assenti, entrelaçando meu braço no braço inteiro dele. - Falta pouco tempo pra irmos. - ele suspirou.

— É. - O olhei, dando um sorriso pequeno. - Vou sentir saudade de você. - Falei. 

— Eu também. - Ele sorriu.

Fomos pro jardim em silêncio.

Chegando lá, sentamos na beirada da fonte.

— Viu Jason hoje? Ele estava todo sorridente.

— Vi. - sorri nervosa. - Deixa ele. - ele riu.

— É assustador.

— Talvez. - ri.

— Sabe nadar? - ele perguntou.

— Não. - Falei.

— Então se afogaria numa fonte?

— O qu...?

Foi tarde de mais.

Ele me deu um empurrão pra trás, me fazendo cair por inteiro na fonte. Ela era bem rasa, mas a água batia em meus joelhos.

— ANDREW. - Falei irritada, ouvindo as exageradas gargalhadas que ele dava. Me levantei, irritada, e joguei água nele com as mãos. Ele me olhou, e devolveu o ataque. - Chega.

O puxei pela gravata, e o joguei dentro da fonte comigo.

— E meu gesso, sua maluca?

— Troca. - Falei, rindo. - Você nem quebrou, só fraturou. Vai tirar em alguns dias. E você não tem um vestido de 500 camadas que agora está encharcado.

Ele revirou os olhos e me jogou água. E começamos uma interminável guerra de água, acompanha de risos.

— Ei, podemos nadar também casal? - olhamos pra cima, e vimos Eron e Kiro debruçados na janela lá em cima. 

— A quanto tempo estão aí?

— Desde que chegaram. Vocês são muito fofos. - Kiro sorriu. Revirei os olhos, e joguei água nos dois, usando um braço. - Droga, não precisa ficar irritadinha. - eles riram, e saíram dali. 

Andrew sorriu, e se levantou, estendendo a mão pra mim. Aceitei, me levantando. Ele me ajudou a sair da fonte, e sacudi o vestido que pesava muito por conta da água.

— O único dia que você resolve usar salto, eu te jogo numa fonte. - ele sorriu.

— É.        

Ficamos ali, sorrindo feito idiotas e escorrendo pra não encharcar o castelo.


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