How To Be The Princess of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 10
How NOT to be 1.89 in height


Notas iniciais do capítulo

como NÃO ter 1,89 de altura



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— Isso é tudo culpa sua. – ela falou, antes de eu ter a chance de me desculpar por trombar nela. – Esse ataque. É culpa sua.
— E-Eu...
— Se você já tivesse se entregado, ninguém teria morrido hoje. Nem Janessa.
— O que você estava fazendo durante o ataque? – perguntei, irritada. – Escondida no abrigo. Eu tentei salvar a vida de uma pessoa.
— Ela está morta por que se você a salvou? – franzi as duas sobrancelhas, olhando pra baixo.
— Eu tentei. – disse com a voz falhando.
— Ela só foi morta por sua culpa.
— Dakota. – olhei pra trás e vi Andrew parado atrás de mim. – O que você está dizendo?
Ela pareceu intimidada por Andrew. Ele era um príncipe.
— A verdade. – tentou recuperar a pose.
— Acho que o rei não gostaria de ouvir essa verdade. Ou será que ele concorda com você?
A intimidação passou pra ódio, que saia irradiando por seus olhos negros. Ela resolveu sair andando, apenas.
— Não ouve ela, por favor. – ele se colcou na minha frente, sorrindo sem mostrar os dentes.
— E se ela estiver certa? – o olhei, sentindo água inundar meus olhos, e ficarem ali, presas incomodando.
— Não diga isso. Você não tem culpa de nada Emily. – Suspirei.
— Como você está? – perguntei. Ele deixou o assunto passar, e me mostrou o braço enfaixado. – Ai.
— Não dói mais. E você?
— Estou.
— E essa coisa na tua testa?
— O curativo enorme de Jason Londres. – ele riu, mas pareceu incomodado com algo. Achei melhor ficar quieta sobre isso.
— E... Como você tá, em relação a...
— Não quero falar sobre isso. – engoli em seco. – Mas eu vou superar...
— Tudo bem. Olha, eu ouvi Dakota, Georgia e suas amiguinhas decidindo como iriam tirar você dá frente delas...
— Não tenho medo.
— Eu sei, mas tenha cuidado. Já vi o que Georgia é capaz de fazer, e Dakota parece igual. Ela disse que acha que Jason pode te escolher, e diz que você está mentindo pra conquista-lo. Já Georgia falou a ué você é uma péssima imagem pra família real, e que não te quer perto do Jason.
— Nossa. Elas são horríveis. - Cruzei os braços. - Você está certo, não posso ouvir elas. E onde está George?
— Não o achei. Acabei de ser liberado do médico, e vim procura-lo, mas só achei você sendo tentada pelo demônio. – ri.
— Vamos procura-lo.
Fomos checando as salas, que agora estavam com menos gente e com uma aparência pós-apocalíptica melhor.
— Saiam da frente! - Ouvimos uma boa pedir.
4 médicos vinham puxando uma maca com alguém em cima. George.
Ele tinha uma mancha muito, muito muito enorme na barriga. Ela só crescia.
— George... - Andrew levou a mão a boca, procurando apoio com a outra. - Não, eu preciso ir com vocês...
— Você não pode, sinto muito. - Um os médicos o segurou pelo braço.
— O que aconteceu? - Perguntei, entrelaçando nossos braços.
— Os guardas o acharam sangrando em um abrigo vazio. Ele levou um tiro. - ele se afastou, e entrou na sala.
— George... Droga. - Ele olhou pra mim, com os olhos cheios de lágrimas. Meu coração partiu na hora.
Estava meio sem reação, o olhando com um ar de "Meu Deus"...
Então ele resolveu apenas me abraçar.
Retribui, respirando fundo para sentir seu cheiro. Era ótimo, e impregnava cada centímetro que tinha acesso.
— Ele vai ficar bem. - Falei, fechando os olhos.
— Como fala isso em alemão?
Olhei pra baixo, sentindo sua raiva, negação, tristeza e culpa exaltando em suas pupilas.

— Certo, #
Ele se afastou, de mim, e sentou, batendo os pés de ansiedade. Ele bufava e olhava pra cima as vezes, tentando despistar o olhar cheio de lágrimas.
Era incrível como mesmo sem falar o mesmo idioma, em tão pouco tempo, George se tornou parte dele.
Ele era um garoto muito encantador, conquistou Andrew de primeira. Talvez o irmão que nunca teve. Não convivi muito com George, mas sinto que Andrew é importante pra ele também.
Me sentei do seu lado.
— Bem...
— Vai pro seu quarto. - ele pediu. - Tudo bem, eu aviso se...
— Não acho que seja a hora de te deixar sozinho.
— Acredite, daqui a alguns minutos eles vão me mandar subir. Acontecia isso quando terroristas capitalistas atacavam meu castelo, nos Estados Unidos. Acontecia sempre, desde que a guerra na América começou. Eu tinha 6 anos. Perdi muita gente. Mas não é hora pra isso, posso ver nos seus olhos que está lutando pra ficar de pé. Isso tudo foi muito pra você. Descanse.
Suspirei. A história tava começando a ficar mais interessante e triste, mas ele parou. Algo me diz que essa guerra o machucou muito.
Mas ele tinha razão. Era como se eu fosse cair no chão a qualquer instante.
— Tudo bem. - Respirei fundo. - Se tiver noticias, mesmo se for 3 horas da manhã, me joga água e me conta. - Arranquei um sorrisinho dele.
— Tudo bem. - ele se inclinou na minha direção, o que fez meu coração parar. O que diabos ele ia fazer? Não consegui me afastar, então esperei, tensa.
Ele me beijou na bochecha, rapidamente.
— Esperava que eu fizesse o que? Mudasse o lugar do beijo?
Eu estava corada, droga, filho de uma fruta. Desviei o olhar, me levantando.
— Novamente, não queria te fazer corar. - Algo me dizia que ele estava sorrindo fé uma orelha a outra.
— Aham. - comecei a andar pelos corredores.
(...)
O castelo estava uma sujeira.
Coisas quebradas, tinha sangue nas paredes, que não fiz questão de encarar muito.
Quando abri a porta, esperei encontrar Andy e Ludymila, pra ver se estavam bem. Era o que eu esperava.
— Por Odin, vocês estão bem. - as abracei, com força.
— Esperavamos o mesmo.
— Depois da princesa... - Ludymila chutou a perna de Andy. - Ai!
— Eu não quero falar disso, definitivamente. Bem, o que estão fazendo?
— Essas animais brutas reviraram quase todos os quartos do castelo. Estamos arrumando. - Ludymila.
— São 1 hora da manhã. Vão dormir.
— Mas...
—É uma ordem. - sorri.
— Certo, ela mandou, vam bora Ludy. - ela largou tudo,o que me fez sorrir.
— Andy. Qual é. - ela riu.
As duas pareciam irmãs. Mas Ludymila parecia ser uns 4 ou 5 anos mais velha que Andy.
— Vocês não são irmãs, são?
— Não se sangue. Meus pais morreram, eu nem lembro. - Começou Andy. - Sei que eles trabalhavam aqui. Então vivi aqui minha vida inteira, com Ludymila como babá e amiga.
— Babá nada. Só ajudava cuidar de você, porque você dá muito trabalho. Mas essa é uma história pra outra hora. Precisa de mais alguma coisa?
— Não, obrigada. Podem ir.
Assim que elas saíram, desabei na cama, e apaguei.
(...)
Acordei assustada, ofegante e suada.
Coloquei a mão na testa, tentando me estabilizar.
— Que coisa. - Respirei fundo. Olhei pro relógio do meu lado. Ele marcava 4:32 da manhã. Até que ouvi 3 batidas na porta.
Levantei, com preguiça, quando me lembrei que podia ser notícias de George, e voei na maçaneta.
— Oi. - Era... Jason.
— Ah. É você.
— Nossa, posso voltar outra hora.
— É que eu estou esperando... Noticias do George.
— Ah. Sim. Ele saiu de cirurgia, está estável e se recuperando, mas é grave. - Suspirei. - Posso entrar? Dei passagem pra ele e me sentei novamente de baixo das cobertas. - Eu te acordei?
— Ah, não. Acordei com um pesadelo.
— Quer falar sobre?
— Não mesmo. Bem, o que trouxe você aqu...
— O nosso acordo.
(Oh!)
Não esperava isso.
— Am, nossa, eu...
— Bem, eu não conseguia dormir, e isso estava me encomodando. Só quero que saiba que nunca te prenderia ao acordo se você gostasse do Andrew por exemplo...
— Ham, eu não gosto dele. Bem, gosto, mas não desse jeito, entendeu?
— Não. - Revirei os olhos, e me joguei pra trás na cama.
— Eu não gosto dele, Jason. O acordo tá de pé.
— Que alívio. - Coloquei as mãos na cintura e arqueei uma sobrancelha. - Que? Quem mais eu poderia pedir isso? Dakota?
— Nem me fala dela. - Me sentei novamente.
— Andrew disse que elas estão fazendo um grupinho "I hate Emily Rhodes", acha que é o caso?
— Bem, talvez. Ela tentou... Me fazer colocar a culpa disso tudo em mim.
— Ok, é o caso. Só não acho que Georgia está metida nisso.
— Ham, você acha que tua prima é uma santinha né?
— Bem, santinha não. Ela consegue o que quer, admiro isso nela. Mas é anti ético, as vezes. Certo, quase sempre, mas ela não faz o tipo que entra em grupinhos de trabalho em equipe, nem gasta energias em uma pessoa como você.
— Como eu?
— É.
— Como assim, como eu?
— Descobre. - ele sorriu se levantando.
— Vai mesmo me fazer descobrir? - ele arqueou as duas sobrancelhas? e desviou o olhar.
— E como... O Andrew está? - Suspirei.
— Ele precisa do amigo, Jas.
— Jas?
— Jas.
— Prefiro Jason.
— Então será Jas. Parabéns Jas.
— Boa noite meu anjo.
— Boa noite Jas. - ele abriu a porta, e saiu.
Me deitei, sorrindo boba.
Por que, sua boba?
(...)
Uma luz fraca vinha da cortina entreaberta. Pisquei devagar, Me acostumando com a claridade.
O relógio marcava 9:23... Eu estava muito atrasada, por que Andy não me acordou?
Deve ter algo a ver com o ataque de ontem. Esfreguei os olhos, lembrando dos acontecimentos.
Bufei, e me levantei em direção ao banheiro. Tomei um banho quente e demorado, e escolhi um vestido branco e rodado, até a canela com alças grossas. Coloquei um tênis da mesma cor, e penteei o cabelo.
Sai do quarto, e era como se tudo tivesse sido um sonho. Já estava tudo arrumado, sem parecer que tinha acontecido um genocídio, que foi exatamente o que aconteceu.
Resolvi ir atrás do colar de Janessa.
Perguntei qual o quarto dela pra uma criada, que me olhou feio, e respondeu.
Agora, eu estou encarando a porta do quarto dela, decidindo se abro ou não.
Prometi a ela.
Giro a maçaneta devagar, e abro a porta.
O quarto dela está limpo.
Parece que não foi revirado.
Tudo impecável.
Ele era todo rosa, como ela se vestia. Acho que era sua cor preferida.
Passei a mão pela cômoda branca e delicada. Tinha um piano da mesma cor no canto perto da porta da sacada, e um grande espelho do lado da cama redonda.
Tinga alguns porta retratos com fotos dela, de um garotinho loiro e menor, que devia ser um irmão, fotos da mãe e do pai, e dá família toda.
Uma lágrima escorreu dos meus olhos.
Me sentei numa cadeira de veludo, e fiquei observando o quarto, até ver uma caixinha de jóias derrubada no chão.
Fui até ela, e a catei, achando un cordão de prata com um pingente de sorvete de morango e granulados coloridos.
O peguei, e enxuguei meu rosto, saindo dali.
— Emily? - Era Jason.
— Ah, Oi.
— É o quarto dela...
— Ela pediu... Pra pegar o colar dela... - mostrei. Seus olhos perderam o brilho por um instante.
— Tudo bem. Meu pai... Bem, ele contou pra todos os governantes dos países em paz... Eles não reagiram bem, vão todos pra casa. Andrew também. - Ele respirou fundo. - Vão pegar o barco antes das 3 horas da tarde.
— Ta. - disse sem animação.
— E... Minha mãe organizou um funeral pra ela e pros guardas mortos. Ela sugeriu que você coloque uma flor em cima do caixão dela, se você quiser. - Assenti.
— Ta.
— Você comeu?
— Não.
— Tem café na cozinha. - ele sorriu sem mostrar os dentes. Assenti, e me virei pra ir. - Espera... - ele segurou meu braço. Meu coração começou a aumentar o ritmo. Olhei pra ele, que me olhava pensando no que dizer. - Nada, deixa pra lá.
Ele sai andando, me deixando confusa.
(...)
— Ta perdida também? - Me virei e vi Wanda.
— Acabei de acordar. - sorri.
— Eu acordei a mais tempo. Me disseram que nos deixaram descansar até mais trade. Mas o rei e Jason estão sumidos. Acho que tiveram que resolver coisas políticas em relação às mortes, principalmente... Bem, ela. - Respirei fundo.
— A única coisa que não quero, é ter que falar com os pais dela. - Suspirei. - Falei com Jason agora. Disse que os príncipes e princesas vão pra casa.
— Ah. Que pena... Então é melhor você beij... Falar com o Andrew. - Revirei os olhos, acabei sorrindo. - Só não enxerga quem não quer.... Vai lá.
— Eu vou FALAR com o Andrew.
— Sei. Vocês vão acabar se pegando, você vai ver.
— E a Hlenah? Vi vocês conversando muito últimamente, no mínimo desconfiada. - Cruzei os braços, sorrindo.
— Eu tenho namorada Emily.
— Af. É mesmo. - Parei de sorrir.
— Senhorita Wanda? - Um guarda se aproximou. - Tem uma carta destinada a senhorita. - Ele a entregou.
— Obrigada. - E foi embora. - É da Natasha. Vou ler. "Vai falar" com o Andrew.
— Quem é Natasha?
— MEU PAI.
(...)
— Andrew? - abri a porta da sala onde George estava. Ele estava lá.
— Oi.
Olhei pra George. Ele estava dormindo e pálido. Me aproximei dele.
— Gute Besserung. - Melhore logo.
— Você falando alemão é a coisa mais fofa do mundo. - ele falou. O olhei, dando um sorrisinho.
— Você vai embora. - ele parou de sorrir.
— Eu tentei falar com o pai do George. Mas ele está muito bravo, querendo começar uma guerra.
— Uma guerra? - O olhei espantada.
— Alemanha contra mundo, já ouvi isso antes. - ele falou. - Talvez seja melhor pra George ir. Mas... Eu não quero, definitivamente. - ele respirou fundo. Me sentei no sofá ao seu lado.
— Você vai escrever pra mim?
— Todo dia. - deitei a cabeça em seu ombro.
— Janessa pediu pra ser enterrada com isso. - mostrei o cordão a ele.
— Um sorvete. - ele sorriu. Fiz o mesmo. - Acho que você devia falar com Hlenah. Elas eram bem amigas.
— É, talvez.
E ficamos em silêncio, aproveitando a presença um do outro, até o médico pedir nossa retirada.
Depois subi pra me arrumar pro velório.
Suspirei, me olhando no espelho.
Nunca tinha usado um batom preto, aposto que vai borrar tudo.
Meu vestido batia na canela, e também era preto. Em baixo dele tinham várias camadas que o deixavam rodado, e resolvi colocar uma bota de cano baixo com um salto quadrado.
Respirei fundo, e fiz uma trança embutida no meu cabelo.
(...)
— Ela era uma pessoa muito boa. - Hlenah fugou. - Acreditava que poderia realmente existir paz no mundo inteiro. - ela fez uma pausa, limpando o canto dos olhos. - Não gostava de uva passa no arroz, adorava o Halloween, amava comer, e me fez jurar que só falaria que ela tinha um grande crush no Eron Paris, se ela não estivesse mais entre nós. - todos olhamos pra ele, que estava vermelho, e ao mesmo tempo olhava Hlenah com um olhar triste. - Ela agradeceria mil vezes por Emily Rhodes ter ficado com ela até o fim.
Fechei os olhos, abaixando a cabeça.
— Obrigada. - ela desceu do pequeno palanque, já desabando em lágrimas.
Era minha vez.
Droga, toda minha coragem evaporou.
Wanda me deu um chutezinho que me fez levantar, e caminhar até o microfone.
Parei, e olhei seu caixão fechado ao meu lado.
Olhei pra frente.
Umas 500 pessoas me olhavam, esperando.
Caramba, varias pessoas já haviam subido ali, e falado lindas palavras sobre os soldados que deram suas vidas a nossa segurança, sobre Janessa, e tudo que conseguia pensar era "Ela morreu na minha frente"
— Eu nunca tinha falado com ela antes disso... Janessa disse que tinha que buscar o colar que o pai deu a ela. Eu nunca vou esquecer. - fiz uma pausa, respirando. - Em suas últimas palavras, ela pediu para ser enterrada com o colar em forma de sorvete... Só percebi que ela iria realmente morrer, nesse instante, e que eu não podia fazer nada pra mudar isso. - Respirei fundo. - Obrigada.
Tudo girava, e eu só queria sair dali. Não voltei pro meu lugar, fui pra dentro do castelo.
(...)
Três batidas na porta.
Eu estava com a mesma roupa do funeral, e sentada de pernas cruzadas no chão.
— Pode entrar.
Jason.
— Fizemos zero ou um pra ver quem vinha falar com você. Eu ganhei. - ele deu um sorriso pequeno.
— Eu estou bem.
— Se eu fingir que acredito, posso ficar aqui? - disse. Só agora notei como ele ficava lindo de terno preto. Geralmente ele usava azul, sem gravata.
— Pode. - sorri.
Ele se sentou do meu lado, com as mãos nos joelhos.
— Eu... Me acertei com Andrew. - O olhei, começando a sorrir. - Você estava certa, ele precisava de mim nesse momento difícil. E agora ele vai embora...
— Ah. É.
Ficamos em um silêncio confortável por um tempo. Ele observava meu quarto, e eu a janela.
— Hoje notei como você é baixinha. - O olhei. - Quanto você tem de altura?
— Agora. Você. Entrou. Em. Um. Assunto. Delicado. - ele riu.
— Sério, qual a sua altura?
— Eu não sei. - Me levantei do chão, e fui até a janela.
— Sabe sim, quem não sabe a própria altura?
— Eu. - ele revirou os olhos. - Tenho 1,89.
— Jesus. Você parece uma árvore.
— Não, você que parece uma formiga em relação a mim.
— Ah Cala a boca.
— Pra que agredir? - ele sorriu, se encostando na janela, mas parou quando lágrimas começaram a rolar de meus olhos, do nada.
Não sei exatamente o motivo, mas não conseguia me controlar. Eu comecei a soluçar, enquanto limpava meu rosto, inútilmente.
— Em. - eu o olhei, parando de soluçar. - Qual o problema, meu anjo?
Eu não conseguia me acalmar, o jeito fofo como ele disse "Meu anjo" me distraia, meu coração pulava, meu pulmão vai explodir a qualquer momento... Bem, por onde eu começo?
— Emily, é um ataque se pânico. - ele segurou minha mão, e meu rosto. - Olhe pra mim.
Oh droga.
Tô olhando, olhando muito, Oi, o dia tá lindo, nossa essa boca aí só fala ou beija também? Oi meu nome é Emily.
— Emily?
— Eu... Estou com medo. - Eu o olhei, sentindo lágrimas novas se formarem nos meus olhos. - Elas vão me encontrar Jas... Eu quero me entregar de uma vez - soltei o que segurava, ainda o olhando. Uma lágrima caiu, mas ele simplesmente me beijou.
Arregalei os olhos, surpresa... Mas gente, a boca beija também.
Fechei meus olhos, e passei uma mão por trás de sua cabeça, brincando com seus cabelos. Ele me trouxe mais pra perto, e manteve sua mão em meu rosto.
Jasom parou, me olhando assustado com o que acabou de fazer. Senti que minha boca formava um perfeito "O".
— Jason Londres, o sem coração, me beijou?
— Ai droga. - Ele sorriu, e se aproximou novamente.
O beijo era desesperado e agressivo.
Passei a outra mão em seus cabelos, mudando a outra para seu ombro. Ele acabou me comprimindo contra a parede, me fazendo sorrir, nos interrompendo.
— O que te deu? - disse ofegante.
— Você não me bateu, então não sou o único louco aqui. E a gente vai casar, esqueceu? - sorri.
— Bem, esse não era o plano original.
— Podemos fingir que somos casados de verdade por um tempo. - voltei a beija-lo.


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