Olicity - Dark One escrita por Buhh Smoak


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ANTES DE COMEÇAR O CAPÍTULO: *Sei que tem gente que pula a nota. kkkkk

>> Para aqueles que não assistem The Flash vou fazer uma rápida explicação sobre os lugares que fazem parte dessa fanfic. O cenário principal é Starling City (Terra 1), mas no prólogo algo vai acontecer que será aberto uma passagem para outra dimensão que vou chamar de Star City (Terra 2). Será somente nessa e em mais duas partes da fanfic que essa passagem será aberta, de resto tudo acontece na Terra 1. É como se dois mundos quase iguais existissem, com pessoas iguais em aparência, mas diferentes em personalidades e atitudes (quem já assistiu Smallville vai lembrar sobre isso).
Qualquer dúvida que tiverem é só me perguntar, sei que é confuso no começo, mas logo vocês acostumam.

Boa leitura e desculpem por toda demora em postar as fanfics, mas pelo que vocês já perceberam eu tenho quase a mesma quantidade de dedos nas mãos que tenho de fanfics, o que acaba me deixando com problemas de escrever todas elas. kkkkkk



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Prólogo

Oliver Queen

O corpo inerte da Felicity era a confirmação de que eu não era suficiente para salvar Starling City. Jamais deveria ter contado a ela o meu segredo e permitido que meus dias conturbados tivessem tirado a vida de alguém que ainda tinha tanto a viver. 

Barry corria a nossa volta para  retardar a tempestade energética que tinha sido formada pela última tentativa de Merlin em dizimar a cidade, mas ao invés de acabar com todos ele tinha criado uma passagem para alguma dimensão que não tínhamos ideia para onde daria ou o que poderia vir para a nossa. E Barry era nossa única alternativa de salvar o que restou da cidade. 

Estávamos no centro comercial onde a maioria dos prédios estavam em ruínas pelas explosões consecutivas na última hora, e estar em um espaço aberto só nos dava alguns minutos de vantagem até Merlin acionar a última bomba. 

— Oliver. 

Ouvi a voz de Diggle em algum lugar, mas não conseguia desviar meus olhos do rosto pálido de minha parceira, porque ela tinha deixado de ser minha assistente a um bom tempo. Cai de joelhos ao seu lado e segurei sua mão fria, muito contrário a imagem que tive aquela manhã quando ela entrou na caverna dizendo que Barry Allen poderia resolver nosso problema. 

Sou o Arqueiro Verde há quase dois anos e trabalhei sozinho até que Diggle e Felicity aparecessem em minha vida. Perdi minha família muito cedo e somente Thea, minha irmã, ainda estava ao meu lado me ajudando a não me  afundasse ainda amargura. Agora eu teria que lidar com mais uma perda, uma que eu nem mesmo sabia que não estava pronto para sentir. 

Apertei ainda mais seus dedos e fechei meus olhos, sentindo o ar se tornar ainda mais pesado, a hora estava chegando e eu tinha que sair dali, mas não conseguia deixa-la, não ainda. 

— Oliver? Nosso tempo está acabando. 

Os gritos de Diggle eram ainda mais desesperados e eu abri meus olhos somente para me inclinar para frente e beijar os lábios dela, ainda mais gelados que sua mão. 

— Me perdoa por nunca dizer o quanto você era importante para mim. Me perdoe por não me permitir estar com você do jeito que eu sempre quis estar desde a primeira vez que te vi. 

Soltei sua mão quando um raio caiu perto de onde estávamos e levantei. Dei alguns passos ainda olhando para seu rosto, me despedindo da pessoa mais incrível que eu já conheci. Mal virei meu corpo e disparei em direção a onde Diggle estava quando um zumbido alto tomou conta de tudo, fazendo com que tudo a nossa volta explodisse antes que eu fosse capaz de alcançar a mão que meu amigo me estendia. 

Felicity Smoak 

Eu corria o máximo que minhas pernas eram capazes e ainda sim estava longe de me sentir a salva do lunático que me perseguia. Aquele dia estava totalmente do avesso e eu me arrependia de ter saído da cama, apesar de achar que independente de onde eu estivesse as coisas não iriam melhorar.

— Eu vou acabar com você sua hacker intrometida. 

A voz de Malcolm Merlin estava ainda mais perto quando entrei em uma rua que eu conhecia bem, mas não era meu lugar favorito. Era um dos becos que levava ao centro comercial de Starling City, onde os traficantes se escondiam até a noite chegar dando aos viciados da cidade seu shopping particular. 

Tentei aumentar minha velocidade, mas o cansaço de uma noite inteira sem dormir tornou tudo pior. Eu estava exausta e depois de saber quem realmente era o pai do meu ex-namorado eu duvidava que escaparia com vida daquela perseguição. 

— Vou acabar com você e depois com meu filho por ter levado o inimigo para dentro de casa. 

Eu ia responder as ameaças dizendo que o inimigo já morava com o Tommy, mas achei que isso só o motivaria a correr mais. Sai da rua e a grande praça que servia de ponto de encontro dos executivos dos cinco prédios que a ladeavam estava um caos. Não tinha uma árvore de pé e um vento sem motivo varria todo o lugar. 

— Mas o que está acontecendo? – contornei um ônibus que estava capotado e parei ao ver um tornado se formando bem na minha frente. 
— Desistiu de fugir Felic... 

Assim como eu, ele tinha parado de correr e agora observava o tornado ganhando forma. Aquilo era impossível, mas não mudava o fato de que agora ele estava o dobro do tamanho e seu vento já varria tudo a sua volta. 

— Será que é um bom momento para uma trégua? 

Mal terminei de falar quando uma árvore foi arremessada em nossa direção. 

— Corre. 

Malcolm gritou me puxando pela mão. Essa era uma cena que eu jamais poderia esperar. Um zumbido alto se uniu aos chiados da tempestade inesperada e logo meus cabelos longos e pretos estavam sendo jogados de uma lado para o outro como se o vento não soubesse muito bem por onde ir. 

Minhas pernas formigavam e eu permiti que Malcolm me arrastasse. Um raio caiu perto demais e a claridade me deixou desnorteada. Tentei tomar fôlego depois do susto, mas o impacto de meus pés com alguma coisa no caminho fez com que nós dois fossemos para o chão. 

— Olhe por onde anda. – levantando no segundo seguinte. 

Eu bem que queria levantar e acompanha-lo, mas meus olhos foram de encontro com o motivo de minha queda e por um momento eu achei que estava alucinando. 

— Smoak. Saia dai. 

Eu ouvia o barulho do vento se perder em meio a um zumbido, mas meus olhos ainda estavam fixos no corpo inerte da mulher loira que estava a poucos centímetros de onde eu estava. 

— O que você está pensando garota? Venha logo. – puxando meu braço e tentando me levantar, mas parou assim que viu o mesmo que eu. – Mas como? 

Outro raio caiu perto de onde estávamos e uma corrente elétrica tomou conta do meu corpo. Não tive tempo de digerir o rosto daquela mulher que me era tão familiar porque uma rajada de vento me carregou para longe. Era como se eu estivesse caindo, mas ao mesmo tempo subindo, sem controle e sem rumo. 

Mesmo sabendo que estava prestes a morrer e a dor no corpo reforçando que esse seria meu fim, a única coisa que vinha a minha mente era meu rosto no corpo daquela mulher caída na praça, com somente duas coisas nos diferenciando, uma eram os cabelos loiros e a outra era que eu ainda estava viva. 


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