Operação Babá escrita por Zabalza


Capítulo 2
Crianças, Deadpool, e Mc Donalds!


Notas iniciais do capítulo

Okay, eu consegui acabar o capítulo! eu tinha a pretensão de ter postado esse capítulo sem o prologo, mas as coisas ficaram muito confusas na minha cabeça, eu realmente não consigo compreender quando tem muito personagens em cena, então, eu vou adiantando que os capítulos vão focar de dois em dois personagens! Quem vocês estão afim de ver dando uma de "mamãe?" (:



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O clima de volta para casa não foi dos melhores.  Mesmo com todos reunidos no jato, ninguém abria a boca para falar coisa alguma. Todos estavam muito preocupados com o que podia ter acontecido com os restante dos Vingadores. O mais tenso de todos era Tony, que temia pela sua alma, já que tinha prometido para May que tomaria conta do Peter. Ele até tinha se esquecido de alfinetar o Soldado Invernal, que vinha no banco de trás, junto com Steve. Desde que decidiram acolhê-lo, a relação deles era cheia de altos e baixo, sendo os baixos mais frequentes.  

 Como estavam em velocidade máxima, não demorou mais do que 20 minutos para chegarem na base. O Stark quebrou suas regras e estacionou  o jato no campo de treinamento aberto, o lugar mais perto da casa. Saiu pela abertura traseira, dando passos acelerados em direção à casa. Clint e Visão vinha logo atrás dele, tentando alcançar sua velocidade porém, o outro parecia andar em chão de brasa, enquanto atravessava o imenso jardim quem circundava a propriedade. Finalmente, o trio chegou na porta principal, que por ser automática, logo se abriu e mostrou a sala vazia. Por precaução, o Arqueiro sacou uma de suas flechas, e a posicionou no arco.  O carpete parecia intacto, e todos os móveis no lugar, a televisão estava desligada e tudo em silêncio, não algo que você espera de uma casa sobre ataque.  

— Peter? Wanda? —  Tony chamou, levantando uma de suas mãos, a procura de algum sinal de vida pelo cômodo.  

—  Pelo visto, alguém pediu pizza — Clint usou a ponta de uma de suas flechas para levantar o papelão, observando uma pizza de mozarela intacta, que repousava sobre a cabeçeira.  

— Vou verificar os arredores — Visão avisou, atravessando o teto.   

— Nossa, ele atravessou o teto! — uma voz fina exclamou.  

Antes que os dois pudessem averiguar quem era,  a pessoa já tinha sumido. Clint virou, já com a flecha pronta, mesmo sendo tarde demais.  

— Seja quem estiver ai, apareça! — falou, segurando firme no arco, esperando o dono da voz aparecer.  

— Nós estamos tentando ser amigáveis aqui! Se mostre, ou eu vou ter que te transformar em churrasco, que nem aquele que eu comi no domingo passado — Stark disse firmemente  

— Até que estava bom — Clint olhou para o companheiro e os dois concordam com a cabeça.  

— Senhor Stark! Digo, Tony! — Peter saiu de um dos quartos, correndo, carregando em um de seus ombros uma criança — Não é o que o senhor está pensando!  

— Peter, tem uma... — O Arqueiro gesticulou, apontando para uma pequena forma pendurada no ombro do garoto, que agora puxava seus cabelos.  

— Ai, ai! Sam, não!— o Aranha disse, tentando tirar a criança de lá, fazendo-a gritar.  

— Pera, como você chamou essa criança?— Clint o olhou confuso.  

— Muita coisa aconteceu e eu não tenho explicação para elas.  

— Eu sou a Princesa Pasta de Dente! Renda-se a mim e ao meu Reino das Escovas de Dentes! — A voz de uma garotinha ecoou pela casa. Ela estava falando realmente muito alto. Depois de seu discurso, um enorme estrondo veio do mesmo cômodo.   

— Mini Wanda, para de empurrar o Mini Thor da cama!— Peter disse, indo correndo em direção ao quarto.  

— Ele disse "Mini Thor"? — Clint parecia embasbacado.  

— E "Mini Wanda"?— O Stark indagou, seguindo o adolescente até o quarto.  

Para a surpresa dos dois, o que eles encontraram era pior que qualquer inimigo: em cima de uma cama e sentada em uma pilha de travesseiros, uma criança igual à Feiticeira Escarlate estava com o rosto completamente sujo de pasta de dente. Caído no chão, gargalhando, estava um bebê loiro, que não parecia nem um pouco triste por ter sido empurrado da cama. Pelo contrário, já estava tentando se levantar para subir de novo. Ainda tentando manter Sam em seu ombro, Peter segurou a criança risonha com a mão livre.   

Nesse momento, a cabeça do Stark já estava prestes a explodir. Ele apenas desativou o capacete e apontou para sala de estar, com uma cara nada feliz. Clint pegou a criança na cama e a jogou nas costas — mesmo que ela se debatesse e gritasse muito alto — e seguiu o Homem de Ferro de volta para a sala. Peter nesse momento sabia que estava morto, então seguiu sem relutar os outros dois.  

Ao chegarem na sala, o clima mergulhou em uma tensão incrível, sem palavras, O Homem de Ferro encarava os pequeninos ali presentes, tentando entender o que se passava. Não demorou muito para o restante dos Vingadores cruzarem pela porta de entrada, visivelmente conturbados pelos barulhos que as crianças faziam.  

— Que gritaria é essa aqui?! — Natasha perguntou, adentrando o recinto, com os ouvidos tampados. O Arqueiro colocou a menina cuidadosamente no sofá, que cruzou os braços e fez bico — Quem são essas crianças!? — ela apontou para as duas figuras nos ombros do Aranha.  

— Peter... — o Capitão o olhou de modo repreensivo, claramente confuso pela situação.  

— Capitão! Digo, Steve! Não foi culpa minha! — Peter se defende.  

—  Você vai agora dizer tudo que você sabe — Tony disse, respirando fundo.  

— Bem, eu e o Pietro estávamos jogando videogames. Aí o Thor apareceu com o Sam, e nós concordamos em pedir uma pizza. Certo, estava tudo indo bem... Estávamos assistindo UFC, conversando-  

— Vá direto ao ponto — Stark ordenou.  

— É... Eu saí para pegar a pizza, e quando eu voltei, todos estavam assim! Como se alguém os tivesse transformado em crianças!  

— Será que isso é obra de algum inimigo? — Natasha questionou, olhando para a garotinha no sofá.  

— Não sei. Eu juro que não encontrei ninguém! Garanto que ninguém entrou aqui também!  

— Isso seria um plano perfeito. Estão tentando tirar o nosso foco para atacar, e isso tem altas chances de dar certo — refletiu Bucky, se aproximando da Natasha e da criança.  

— Obrigada pelo pensamento positivo, seus comentários são ótimos — O Stark retrucou, revirando os olhos.  

— Não chega perto da minha irmã! — uma criança que aparece de repente disse, aparentemente da mesma idade da que estava sentada no sofá. Ficou olhando com desconfiança para Bucky e, por fim, acertou um chute no seu joelho, fazendo o Soldado Invernal soltar um gemido de dor.  

— Alguém segura essa criança! Eu vou mostrar para ela como se dorme com os anjos — O Soldado Invernal rosna, o que fez o pequeno agressor soltar um grito e correr para trás de Steve.  

— Já chega! Precisamos pensar em um plano, não nós matar — Natasha aumentou seu tom de voz — Não podemos deixar essas crianças correndo por aí. Elas vão destruir o  lugar.  

— Você está dizendo para virarmos babás?— Clint pergunta, com um olhar confuso.  

— Não, eu ia sugerir largar eles em algum canto. Mas isso também pode funcionar.  

— Eu me recuso — Bucky disse, já cruzando os braços em protesto.  

— Oi, garoto. Seu nome é Mercúrio, não é?— Steve indaga, se abaixando para ficar na altura dele.  

— Steve, não —  o choque da mão do Soldado Invernal contra o seu próprio rosto pôde ser ouvido, enquanto mentalmente matava o garotinho.  

— Ninguém vai se recusar a realizar esta tarefa. São quatro crianças. Nós somos cinco... Mais o Visão, que provavelmente não conhece muito sobre essa área — Natasha falou.  

— Bem, eu conheço um cara que está me devendo uma...— Peter disse, tentando soltar o bebê Sam do seu cabelo.  

— Ótimo, vamos fazer duplas. Assim eu posso chamar a Pepper para ajudar.  

— Você sempre tenta tomar proveito da situação, não é Stark? — A Viúva Negra alfinetou, olhando para ele com desprezo — De qualquer jeito, Clint e eu vamos tomar conta da... Mini Wanda — ela disse, se abaixando para ficar na mesma altura que a garotinha — Esse é seu nome, não é? Wanda?  

— É...— a criança respondeu, parecendo um pouco tímida.   

— Ótimo, vamos tomar um banho — Natasha sorriu para ela e a pegou no colo — Tentem não se matar — disse para os outros, e então seguiu pelo corredor, com o Gavião Arqueiro atrás.  

— Bem, você disse que conhecia um cara... — Steve olhou para Peter — Onde ele está?  

— A essa hora, provavelmente em um bar — disse, começando a caçar o seu telefone em um bolso de suas calças. Logo que conseguiu, começou a procurar o contato no celular.  

— Ligue logo para ele. Eu vou atrás da Pepper — O Stark falou, já sacando seu celular e indo para um lugar mais privado.  

— Ele está a uma hora daqui. Nós podemos ir até lá — Peter disse.   

— Você dirige?— Bucky perguntou, ainda mantendo sua expressão séria de sempre.  

— Bem, eu sei dirigir.  

— Basta. Vamos.  

— Você está mandando uma criança dirigir?— Steve indagou.  

— Você dirige?— como Steve fica em silêncio, continua— Então vamos logo, antes que eu perca a paciência.  

— Nós vamos passear? — Mercúrio se aproximou dele, com seus olhos brilhando, já subindo em um dos sofás para encara-lo um pouco de perto.  

— Nós nã- — Bucky foi cortado pelo seu amigo.  

— Sim, nós vamos — O capitão lançou um olhar triunfante para Bucky, que apenas respirou fundo, se segurando para não socar uma parede.  

(...)  

A cena parecia ser cômica visto de fora do carro. Dois  marmanjos, apertados em um banco de trás de um Mini Cooper, enquanto um adolescente dirigia, sem esquecer, também, de duas crianças agitadas no carro. O Aranha parecia muito contente por dirigir um carro tão especial, mesmo que esse seja um dos mais simples da excêntrica garagem do Stark, porém o mesmo não podia-se dizer dos outros dois que vinham no banco traseiro, praticamente exprimidos, já que na frente viria o convidado.  

—  Nós já chegamos?—  Mercúrio disse, andando de um lado para  o outro no colo dos homens no banco de trás.  

—  Me diga criança, você sangra?—  Bucky sussurra, tentando manter a calma naquela situação.  

— Estamos quase lá., heh.—  Peter soltou uma risada sem graça, logo se curvando para frente, para olhar o mapa.  

—  Me diga só que você sabe onde nós estamos.—  Steve se mexe devagar no carro, fazendo o barulho de atrito entre o couro dos bancos e sua roupa soar.   

—  Sei, eu já vim aqui antes, pegar meu celular de volta, é só que a rua é esquisita mesmo.—  No exato momento dá resposta do Adolescente, o Soldado Invernal cerra os olhos de leve, questionando a proximidade dos dois.—  Ah, é aqui!—  deu uma leve buzinada, parando o carro.  A sua frente, se estendia uma típica rua de subúrbio americano, a maioria das casas já estavam com as luzes apagadas, o que não faria eles serem tão notados no lugar. 

—  Então nós chegamos!—  Pietro grita, esbanjando alegria. Sua reação logo faz Bucky bater sua cabeça contra o banco da frente, soltando um longo suspiro. Sem demora, um homem mascarado entra no carro, segurando uma enorme bolsa da Hello Kitty. É claro que não era nada discreto, já que o sujeito também andava mascarado. 

 

— Alô, mulheres!— A pessoa vira, fazendo o símbolo da paz com os dedos para os  presentes. 

— Nossa, você usa uma mascará, que legal!— Mercúrio disse, olhando para o outro com os olhos brilhando. 

—  Ae, tampinha. Nossa, vocês levam crianças para as missões de vocês? Na televisão vocês pareciam menos sádicos. 

— Wade, hoje a missão não é como você está acostumado.— Peter diz, coçando a nuca um pouco. 

— Ah, não, mano, eu não vou fazer nada com essa criancinha ai, na na ni na não. 

— Deadpool, eu sou o Capitão América. Peter disse que você poderia ajudar na nossa "operação interna"— Steve afirma, entregando a ele o Thor. 

— Que isso?— Wade fala, olhando de um modo troncho para a criança. 

— Nós vamos cuidar dele, até voltar ao normal.— O Homem Aranha sussurra, colocando as mãos de volta ao volante. 

— Nossa que maneiro, vai ser tipo cuidar de um cachorro, espera eu nunca cuidei de um.— Parou por um tempo pensativo. Nesse momento a expressão de reprovação na cara do Capitão era notória. 

— É, só toma cuidado, esse Ai é filho de Odin, Thor.— Peter comenta, partindo com o carro novamente.— Não queremos começar uma guerra.— No momento que disse isso, Wade já estava com a criança para fora da janela, a balançando como uma onda. 

— Olha só, ele é um golfinho! 

— Bota essa criança para dentro do carro!— Os três falaram em conjunto. 

— Sem graça.— Deadpool fechou a janela, sentando a criança novamente em seu colo. 

— Eu tô com fome.— Mercúrio fala manhoso, olhando para Steve. 

— Vamos na Mc Donalds!— Wade sugere, parecendo bastante animado com a ideia. 

— O que é isso?— Steve inclina a cabeça para o lado, confuso. 

— Viu só, Peter? Eles nunca foram na Mc Donalds, leva eles lá, aposto que vão gostar!— Deadpool retruca, levantando o Thor um pouco.— Vamos, Tio Peter, por favor.— Diz com uma voz mais fina, como se quisesse "imitar" a voz de uma criança. 

— Tá bom.— Retruca, obviamente vencido pela implicância do outro.  

Mesmo que não fizesse ideia para onde estavam sendo levados, Steve e Bucky concordaram em ir, já que não tinha outra saída mesmo. Para a sorte deles, a loja mais perto não iria sair muito da rota de volta para casa, o que seria uma benção, já que o Soldado invernal já estava á ponto de matar as crianças ali presentes. Demorou alguns minutos para chegarem na loja, e quando fizeram foram direto para o " Drive-Thru" que estava só com uma pessoa na frente deles. 

— Olha, o atendente vai estar na sua janela, então você pede, cara com o braço de metal.— Deadpool disse, gesticulando um pouco. 

— O que eu devo pedir? 

— Como tem crianças aqui, pede Mc Lanche feliz, vocês vão gostar. Eu sempre peço quando venho aqui, é demais. 

— Quantos dessa coisa eu devo pedir? 

— Pede uns seis, cada um fica com um.— Wade retruca, esticando os pés.  

O carro da frente passa para a próxima cabine, dando a eles a vez de pedir., de uma maneira dramática, o vidro da porta traseira lentamente vai abaixando, mostrando Bucky e sua simpática expressão de sempre, o atendente, claramente intimidado pelo olhar do olho, desliza a janela devagar, falando com o outro por meio de uma pequena brecha que mal dava para ver seu olho. 

— Seis Mc Lanches feliz.— ele diz, encarando o atendente que tremia-se de medo. 

— 42 dólares, senhor. 

— Deixa que eu pago, eu sugeri afinal.— Deadpool se abaixa para mexer em suas tralhar, e de lá tira uma nota de cinquenta dólares amassada, que entrega a Bucky. — Fala que pode ficar com o troco. 

— Pode ficar com o Troco.— Bucky avisa, entregando a nota. O homem rapidamente recolhe o dinheiro, fazendo um sinal para eles seguirem até a próxima cabine. 

— O cara parecia estar com medo, será que tem algum inimigo o ameaçando?— O Capitão questiona. 

— A única coisa que ameaça aqui é a cara do seu amigo metaleiro.— Wade gargalha. 

— Meu nome é Bucky.— Afirma 

— Deixa isso para depois, pega o pedido.— Peter aponta para a janela ao lado do Deadpool, fazendo ele se estica para fora para pegar os lanches. 

— Ótimo, vamos zarpar.—  Wade comemora, pegando o pedido em mãos. 

 


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