Losing your mind escrita por Oh my Stucky


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

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Acordo sonolenta e desorientada, tentando me localizar, meu corpo está dolorido e minha cabeça está girando enquanto tento me lembrar do que aconteceu antes que eu apagasse.  

Policia.  

Tiros.  

Soldado invernal.  

Eu salto desperta mas sou puxada de volta para a cama improvisada por correntes envoltas do meu braço.  

— Eu sinto muito por isso. - Sua voz se eleva ao mesmo instante que seu rosto sai das sombras.  

— Isso é mesmo necessário? - Questiono.  

— Você me mataria se eu facilitasse.  

Isso não é totalmente verdade uma vez que eu deixei passar mais de uma vez oportunidades de fazer isso mas eu prefiro me enganar dizendo que ele tem razão.  

— O que você fez comigo? - Pergunto.  

— Antes ou depois de você dizer que tenho um rosto bonito? - Provoca.  

Meus punhos se fecham automaticamente e meu braço ataca mas outra vez as correntes me puxam de volta.  

— Mas que inferno! — Berro irritada. - Tire isso de mim.  

— Está com fome? - Ignora minha ordem.  

O cheiro de café recém passado me invade do meu lado direito sob uma pequena mesinha improvisada, meu estômago ronca, estou faminta.  

— Um pouco. - Minto.  

— Eu te trouxe um sanduíche. - Ele aponto para a mesinha onde também está o café.  

— Vai me tirar isso ou prefere me alimentar você mesmo? - Provoco e vejo que ele luta para esconder um sorriso em seu rosto, um sorriso que eu não quero que ele esconda porque nunca o vi dessa forma e me parece uma boa imagem.  

— Eu devia confiar em você? - Questiona.  

— Você sabe a resposta. - Rebato.  

— Eu sei.  

— Uma mão, ok? - Insisto. - Não há muita coisa que eu possa fazer com uma mão.  

— Certo, uma mão, - Ele se inclina tão perto do meu rosto que posso sentir sua respiração e sequer consigo me mover enquanto ele trabalha nas correntes. - É melhor você não tentar nada, não quero machuca-la.  

— Eu não acho que conseguiria te vencer com um braço, não sou eu aqui que tenho um biônico. - Murmuro.  

— Você pode ser bem forte, já presenciei isso.  

Finalmente sinto meu braço direito livre e meu pulso agradece silenciosamente.  

— Você diz que não é culpado então porque foge? - Pergunto saboreando o que parece o melhor sanduíche da minha vida porque estou mesmo faminta.  

Bucky dá de ombros e me encara fixamente. - Eu ainda preciso pegar as pessoas que fizeram isso comigo, me tornaram esse... Ser.  

Fico horrorizada com a forma como ele fala de si mesmo e isso me assusta porque percebo que estou simpatizando com o homem que matou meus pais.  

— Eu sei que você não acredita em mim. - Ele começa. - E não faço ideia do porque é tão importante para mim que você acredite mas eu sei quem você é e como você não merece menos do que a verdade.  

Meu coração está descompassado, ameaçando rasgar minha pele, tenho medo de para onde isso está indo.  

— Mesmo? - Zombo. - Então me diga você quem eu sou.  

Ele está analisando meu desafio quando termino meu café e ainda estou com fome mas não comento sobre isso.  

— Você foi abandonada pelos seus pais verdadeiros, - Meu coração gela. - E com sorte encontrada por uma boa familia, com dez anos teve os pais adotivos assassinados enquanto descobria que você não é como as outras pessoas. Era lua cheia, não era?  

Como ele pode... Como pode saber de todas essas coisas sobre mim?  

— Você me fez passar nove anos acreditando que fui a responsável pela morte deles. - Minha voz falha porque há um choro preso na minha garganta.  

— Eu tive a minha mente invadida e memorias roubadas, eu machuquei pessoas e tive que conviver com a culpa, essa culpa que nunca me deixa dormir em paz, exatamente como você. - Bucky sussurra quase que para si.  

— Eu não sou nada como você. - Garanto.  

— Sei que para me encontrar você machucou pessoas mesmo que indiretamente. Acho que também não é muito melhor que eu.  

Eu quero que ele pare de falar e tentar manipular a minha mente porque eu acredito no que ele diz, eu acredito plenamente.  

— Você é alguém perdido, tentando ser melhor, alguém buscando por alguma justiça. - Ele continua tão fixo em mim que parece ver através da minha alma. - Eu sei quem você é, Malia. Você é exatamente como eu: uma sobrevivente.  

Todas as barreiras construídas ao longo de todo esse tempo são destruídas nesse exato momento quando eu percebo que somos o mesmo, somos iguais e ele é nada menos do que mais uma vítima.  

Depois de ser obrigada á uma banho com correntes em torno dos meus pulsos quando eu acordo no meio da noite na cama improvisada que parece muito mais confortável que o carro de Jax, percebo que Bucky ocupa um pequeno pedaço dela, ele está na beirada como se tivesse medo de encostar em mim, percebo que as correntes não estão mais em torno do meu pulso, estou livre e ele está em minhas mãos porque está adormecido como uma pequena criança assustada. Mas eu não consigo pensar em faze-lo mal, eu não quero faze-lo mal.  

Essa culpa nunca me deixa dormir em paz.  

Ele parece em paz agora, sem preocupação, não parece na defensiva, pronto para atacar á qualquer momento e eu me pergunto o que lhe trouxe tanta serenidade. Fios do seu cabelo se espalham pelo seu rosto e eu me estico para afasta-los delicadamente tendo uma visão ampla do seu rosto, eu amo o seu rosto, cada pequena parte dele. Meus dedos deslizam pela sua bochecha e nos seus lábios e eu me pego imaginando como seria beija-lo, então eu invado seu espaço e nossos corpos se encostam ligeiramente mas é o suficiente para me transmitir uma pesada carga elétrica emocional, meus olhos se fecham enquanto inspiro sua respiração serena e regular, meus dedos se afastam dos seus lábios para dar lugar á minha boca no que me parece muito mais com uma carícia do que um beijo. Ainda assim eu sou tomada por uma serie de sentimentos que eu nunca conseguiria descrever, não é como beijar Jax, é algo além do físico é como um encontro de almas, como se estivéssemos conectados.  

Ele não se move ou desperta o que me faz imaginar que á muito tempo ele não se permite dormir seguro, não se permite dormir em paz e pensar na ideia de que talvez eu tenha dado isso á ele me traz conforto.  

✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖

Pela manhã eu tento me virar na sua cozinha mais do que improvisada para tentar fazer algo decente para comer mas não sou a melhor nisso. Ele desperta e me olha sonolento, pisca os olhos como se tivesse vendo uma mirage e me encara de novo.  

— Eu tirei as correntes, você devia ter ido, eu a deixei livre. - Diz.  

— Não eram as correntes que me prendiam. - Digo fazendo-o me olhar ainda mais confuso. - Era a culpa.  

— É? Então o que vai ser agora? - Questiona.  

Eu tomo meu caminho até ele e me agacho na sua frente, forçando-o á me olhar, minhas mãos sob seus joelhos me dizem que ele tem a mesma reação ao meu toque que eu tenho ao dele.  

— Eu vou te ajudar á encontrar as pessoas que te machucaram. - Minha voz falha porque é difícil fazer essa escolha. - Sua vingança será a minha vingança.  

Bucky está me olhando cheio de gratidão, como se eu fosse todo o seu mundo, me constrange de certa forma o jeito que ele está me olhando mas eu não odeio.  

Ele pega um envelope sob a mesinha ao lado da "cama" e me entrega, deixando que eu analise.  

                      Hydra,

          festa de inauguração. 

                   Privada.  

Há um pequeno sorriso perverso no seu rosto quando ele pergunta: - Você quer ir á uma festa?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ansiosos para a parceria desses dois? Aguardem o próximo capítulo kissesss.



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