Losing your mind escrita por Oh my Stucky


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem desse capitulo❤❤



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Desde que por minha causa Maggie foi assassinada eu me sinto culpada por Jax, eu tenho estado com ele todos os dias porque ele é um bom amigo e eu não quero que ele pense que eu o abandonaria depois de tira-lo algo tão importante.  

— Vou ao café, você quer vim? - Pergunto tentando tira-lo desse mundinho que ele está criando para si.  

— Não posso deixar a pensão sozinha. -Murmura e sequer me olha quando diz isso porque eu acho que ele me odeia demais e odeia isso.  

Eu não sei como lidar com todo esse drama humano, particularmente me enjoa de certa forma mas eu não acho que Jax mereça isso e estou tentando ser alguem melhor para ele.  

— Quer que eu traga algo? -Insisto.  

— Eu não estou com fome. -Rebate.  

— OK, café preto.  

— Eu não...  

Deixo-o antes que ele termine sua frase, eu sei que ele não comeu nada hoje e precisa de algo no estômago para manter-se durante o dia.  

Eu não tenho qualquer noticia do Soldado invernal desde que ele me encurralou e quase me fez sentir como uma criança indefesa, eu mal consigo dormir desde então porque ele está sempre na minha mente me dizendo como somos iguais. Eu acho mesmo que ele estava facilitando minha caçada, o que me deixa ainda mais frustrada porque agora que ele não quer que eu o encontre eu nunca vou encontra-lo de novo.  

Enquanto atravesso a rua e me aproximo do café sinto cada vez mais olhares sob mim, olhares desconfiados e sussurros estranhos, dou uma olhada no meu reflexo em uma porta espelhada para garantir que minha forma coiote está controlada e tudo está no seu lugar então resolvo ignorar mesmo que isso me pareça esquisito. Entro no café e toda a cena se repete, alguns digitam em seus celulares ou fazem telefonemas como se não ligassem que eu possa vê-los, ao invés de fazer meu pedido eu levanto a touca do meu casaco e caminho de volta para a pensão, algo está muito errado e eu preciso descobrir o que.  

— Algo está errado. - Digo ofegante para Jax depois de invadir a pensão novamente, ele nem parece se preocupar com meu tom e continua folheando o jornal em suas mãos. - Jax?  

— Eu sei, eu sei. - Murmura quase que para si mesmo. - Estão procurando você.  

— O que? - Questiono. - Quem?  

— O mundo todo.  

Agarro o jornal em suas mãos e sinto meus batimentos aumentarem consideravelmente enquanto vejo que eu estou por todas as paginas sem qualquer excessão.  

Nova parceira do soldado invernal?  

Outros ataques estão por vim?  

Interpol acredita que podem finalmente encontra-lo.  

Lágrimas brotam nos meus olhos enquanto leio cada manchete onde me consideram cúmplice dele porque há fotografias do dia em que ele me pressionou no beco, em uma delas suas mãos estão sob meus ombros como se fosse um gesto amigável e eu ainda posso sentir seu toque vívido na minha pele quando encaro a imagem, o que me faz ridiculamente fechar os olhos por um momento.  

— Eu não fiz isso, Jax. - Juro mas ele está me olhando desconfiado.  

— Vocês parecem... Parecem bem a vontade um com o outro.  

Droga. Posso sentir o cheiro da sua desconfiança á quilômetros mas tem algo á mais, ele cheira a... Á ciúmes. Por que diabos ele cheira á ciúmes?  

— Por que seu coração está batendo tão rápido? - Questiono mas Jax desvia seus olhos de mim. - Por que você cheira á ciúmes?  

— Virão atrás de você. - Ele muda de assunto. - Precisa ir, leve o meu carro.  

— Certo, pegue o que precisar.  

Começo a subir as escadas para que possamos pegar nossas coisas mas paro quando vejo que Jax não se moveu.  

— Vamos, não temos tempo.  

— Eu acho melhor que eu fique aqui. - Ele murmura.  

Eu quero gritar, chorar, bater nele, um bilhão de sentimentos me pertubam agora porque eu não consigo mais ser abandonada pelas pessoas.  

— Eu não vou sem você, não vou te deixar para trás. - Retruco.  

Jax toma seu caminho até a mim e me encara profundamente, ele parece decidido mas eu também estou.  

— Vou encontrar você. - Ele sussurra. - Prometo.  

Recuso no mesmo instante porque isso me soa como uma mentira.  

— Não acredito em você.  

Antes que eu possa reagir sua mão está sob minha nuca e ele me puxa colando sua boca na minha, meu corpo estremece inicialmente porque eu nunca fui beijada mas eu respondo de qualquer forma da melhor maneira que consigo.  

— Vou achar a sua amiga Kira então vamos encontrar você. - Ele garante quando se afasta.  

Ainda não consigo reagir, ao invés disso retorno para as escadas e me afasto dele. Kira sempre disse que quando eu desse o meu primeiro beijo, eu sentiria como se todo o mundo desaparecesse ao meu redor, eu me sentiria viva e cheia de energia, meu estômago dançaria e meus pés sairiam do chão. Não foi o que senti com Jax, na verdade me senti estranha, como se não fosse eu, a pior parte de tudo isso é que eu me senti exatamente como Kira falou quando ele, o soldado, apenas colocou suas mãos sob mim, foi como se elas estivessem transferindo uma carga de energia por todo o meu corpo.  

Meu nome é Bucky.  

Eu não queria confiar nele mas com apenas um toque ele me fez duvidar de tudo que eu sempre acreditei sobre ele, apenas um toque e eu me senti viva ao invés de apenas mais um corpo no mundo.  

— Você precisa ir. - A voz de Jax me tira do transe.  

— Você tem que me encontrar, Jax. - Imploro. - Não consigo mais perder pessoas.  

— Eu irei. - Ele garante.  

✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖

Passo quase dois dias viajando no carro de Jax quando sou obrigada á parar porque a gasolina está escassa, realmente não queria ter que fazer uma pausa porque aparentemente eu ainda sou o assunto mais falado do mundo mas não posso seguir viagem sem o carro.  

Tento manter minha cabeça baixa e escondida pela touca do casaco enquanto converso com o frentista mas ele está lutando para ver o meu rosto, está tarde da noite então somos basicamente os únicos aqui, exceto pelo segurança do outro lado.  

Dou o dinheiro á ele mas preciso esperar porque ele diz ou mente sobre não ter troco e não posso me dar ao luxo de dizer para que fique com ele. Meus olhos nunca vão para longe dele porque desconfio que ele saiba quem eu sou, ao invés de ir até o caixa pegar meu dinheiro ele para e diz algo ao segurança imenso parado na porta, depois tira o celular do bolso e começa uma ligação.  

Droga.  

Saio do carro e me apresso na sua direção, sou parada pelo segurança que tenta me parar mas eu rebato com um soco no seu queixo que não é o suficiente para para-lo, ele vem para a minha garganta com um aperto violento, afundo minhas garras no seu braço e ele se afasta, antes que possa tentar outro ataque eu empurro meu cotovelo várias vezes contra seu rosto até que ele apague. O frentista ainda está no telefone, agarro seu ombro e tiro o celular da sua mão estilhaçando-o com um aperto, ele me olha incrédulo enquanto pego meu dinheiro de volta e o pressiono contra a parede.  

— Para quem você ligou? - Exijo saber.  

— Só estava falando com meu chefe. - Murmura quase sem fôlego porque aperto minhas mãos ao redor do seu pescoço.  

— Mentira!  

— Policia local. - Confessa.  

Solto sua garganta e o deixo tentando recuperar o fôlego enquanto volto para o carro e tento escapar pela rodovia.  

Eu odeio humanos e sua ganancia sem fim.  

A rodovia está interditada por carros da policia local, á essa altura até a interpol deve ter sido informada, eles devem ter as características do meu carro porque começam a atirar sem parar enquanto estão vindo na minha direção, estou perdida, é o fim da linha para mim. Dou ré com o carro na tentativa de escapar mesmo que eles estejam atirando compulsivamente e explodindo meu vidro, de repente ouço pneus cantarem enquanto deslizam pelo asfalto e uma moto Harley me encurrala.  

Ele.  

— Vamos!  

Paro por um segundo sem saber qual decisão tomar mas ele já me salvou duas vezes então acho que no momento não tenho muita escolha. Saio do carro e ele me estende a mão para que eu salte na moto em andamento mas sinto minha pele queimar quando sou atingida por um tiro e depois outro, ouço mais três deles mas não tenho certeza de quantos me atingem. Seguro sua mão e ele me puxa para cima  me obrigando a agarrar-me ao seu corpo porque estamos praticamente voando pela avenida.  

— Como você me achou? - Pergunto elevando minha voz contra o vento.  

— Eu estava te seguindo.  

— O que? - Questiono incrédula. - Por que?  

— Queria garantir que estivesse segura. - Diz me fazendo corar em um bilhão de tons de vermelho.  

— O que há nessas balas? Eu não estou me curando.  

— Nós vamos descobrir em breve.  

Estou muito tonta o que me obriga á me apertar cada vez mais contra o seu corpo para que eu não caia, estou perdendo sangue e sentindo toda a minha pele ferver mas eu percebo que não estamos mais sendo seguidos e Bucky estaciona no que se parece com um armazém abandonado. Eu salto e tento me manter em pé mas não tenho controle sob meu corpo porque estou muito fraca mas antes de atingir o chão sinto seus braços firmes ao meu redor, pressionando meu corpo contra o seu, minha visão está embaçada mas ainda posso ver seu bonito rosto acima do meu.  

— Você tem um rosto muito bonito. - Minha voz soa meio grogue enquanto meus olhos se fecham contra a minha vontade porque eu gostaria de olha-lo por muito mais tempo.  

Eu gostaria de olha-lo até que a escuridão viesse e fosse a única coisa capaz de me tirar a visão do seu rosto.  

O mundo desaparece ao meu redor, tudo está escuro mas ainda sinto seus braços o que me garante que estou segura.  

Ainda estou com ele.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo acho que vão gostar da aproximação desses dois e até lá❤❤



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