Coringa - O inicio de uma História escrita por Filipe Santos


Capítulo 3
Capítulo 2 - A Partida




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Após receber sua alta, Izobel voltou para sua casa com sua família e com uma enorme felicidade por ter aquele pequeno ser, que era motivo de alegria, em seus braços.

Chegando logo à frente de sua casa, era possível perceber que não era uma casa onde reinava o luxo. Uma porta de madeira com sua parte inferior que parecia ter sido comida por cupins, e em uma das janelas um vidro quebrado que parecia ter sido quebrado por causa de brincadeiras de crianças de rua que tinham mania de atirar pedras nas janelas da vizinhança. Ao entrar na casa se via o piso de madeira antiga, um banheiro, um quarto, uma cozinha conjugada com a sala. Era uma casa simples.

— Venha, querida, vamos mostrar a ele onde ele vai dormir. - Disse Jhon, contente.

— Vamos. - Izobel sorria abobalhada de felicidade, afinal, seu sonho sempre foi dar a luz a um filho, e depois de tantas tentativas falhas ela, enfim, consegui.

Izobel entrou em seu quanto com o filhos em braços e Jhon a abraçou por trás acolhendo a ela e ao mais novo membro da família. O pequeno dormia profundamente nos braços da mão. Uma respiração suave, agradável de se ouvir.

— Olha, meu filho, aqui é nosso quarto. - Disse Izobel num sussurro.

O quarto era a parte mais bonita da casa. Ao lado da cama do casal um lindo berço branco de detalhes azuis que dava um charme a mais ao quarto.

— É aqui que seremos felizes para sempre, meu filho... Eu prometo.

***

Algumas semanas se passaram. O garoto já tinha crescido poucos centímetros e estava cada dia mais esperto e Izobel cada dia mais feliz com seu filho. Uma ótima mãe. Porém, Jhon, com o passar do tempo voltou a não dormir mais em casa, voltou a fumar e usar drogas e chegava bêbado batendo e gritando com Izobel por não conseguir fazer com que Joseph calasse a boca.

 

Quatro anos depois...

 

— Mamãe, onde o papai está? - O pequeno e inocente indagou com os olhos brilhantes.

Izobel tinha uma imagem decadente e uma feição triste e sofrida, consequência das ações torpes de seu marido.

— Mamãe não sabe, querido. - Ela fez uma pausa para abraça-lo. - Deve estar no trabalho. Seu pai é uma pessoa muito ocupada, filho, e... - Lágrimas gostam seu rosto macio.

— Por que está chorando, mamãe? - Joe levou a mão até o rosto de Izobel e a acariciou, enquanto enxugava suas lágrimas.

Izobel sorriu comovida.

— Não é nada, querido. Não é nada. - Ela lhe deu um beijo em sua testa. - Mamãe te ama, meu amor, você sabe disso, não sabe?

Joseph assentiu.

A porta foi fechada com força. O garoto e sua mãe se assustaram em um repente. Jhon estava ali de pé com um cigarro na boca e uma garrafa de pinga em uma das mãos. Ele puxou o cigarro da boca com dois dedos e soltou a fumaça dando logo um gole direto da boca da garrafa.

— O que é? - Gritou Jhon um pouco gago.

— Vá para o quarto, querido. - Izobel ordenou a Joe.

— Não, fique aqui, garoto. - Jhon avançou dois ou três passos. - Eu não mandei que você saísse...

— Jhon...

— Cala a boca. - Jhon bateu com a garrafa na mesa a quebrado e esparramando pinga por toda a cozinha. Ele jogou o que restou da garrafa no chão e deu outra tragada no cigarro.

Joe começou a chorar, assustado.

— Faça esse idiota calar a boca.

Izobel conseguiu ver de relance uma marca de batom vermelho na gola da camisa quase toda aberta de Jhon.

Ao ver que Izobel não seguiu sua ordem, ele avançou até o garoto empurrando Izobel sobre os cacos de vidro deixados pelas garrafa. Ela sentiu o líquido vermelho e quente deslizar por alguns pontos de seu braço.

Jhon segurou Joe pelo braço, agressivamente, e apagou o cigarro em seu pequeno deltoide.

Os gritos escandalosos do garoto fizeram com que Izobel agisse com o instinto protetor de todas as mães da natureza desde humanos à toda espécie de animais. Ela pegou o pedaço de vidro que Jhon deixou cair e acertou-lhe com apenas um golpe. Jhon foi ao chão inconsciente .

Izobel ao ver que seu marido sangrava freneticamente pegou seu filho em seus braços, apavorada.

— Vem, querido, vamos embora dessa casa.

Ela correu para o quarto e pegou apenas o necessário, tomou seu filho nos braços novamente e saiu dali o mais rápido que pôde.


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