Flor da meia-noite escrita por Tha


Capítulo 28
Isso é magia, Allyson


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, fora Temer
OPA, TUDO BOM MEUS QUERIDOS? Espero que sim.
Olha, não sei porque tô postando de dia, mas tamo aí né. Eu devia estar estudando agora, migos, porque a vida não tá fácil pra ninguém, mas tô aqui postando porque sou fã de vocês (mesmo alguns e outros me esquecendo, cof cof indireta). Sim, estudando em pleno sábado, universitários por aí, me abracem, estamos na merda.
ENFIM, se deliciem, ou não né.



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O dia seguinte começa como um borrão. Acordei na minha cama, com a perna ainda latejando e o coração apertado. Eu tinha feito merda, muita merda.

Jason mal havia me deixado e pulei nos braços de outro homem, como um menininha indefesa porque ele salvou a minha vida, e sei que isso não é pouca coisa, mas não tinha passado nem uma hora desde a mensagem do Jason, ou tinha? O tempo parou enquanto David conversávamos naquele abrigo esperando o ataque passar.

O ataque!

Me levanto em um salto tentando não reclamar da dor de cabeça que chega como um raio e vou atrás do meu celular. Tive medo de o ter perdido na confusão, mas lá está ele, em cima da escrivaninha. Com os dedos trêmulos, disquei os números conhecidos do telefone da Clove. Ela atendeu no terceiro toque, tempo suficiente pra eu roer as unhas de ansiedade.

—Oi! Você tá bem? -Ela grita e eu quase choro de alívio ao ouvir sua voz.

—David me tirou de lá a tempo, e você?

—Já estava nos fundos quando aconteceu, consegui correr.

—Graças a Deus - Suspirei com a mão na cabeça sentindo aquela enxaqueca miserável.

—Parece que você ganhou um novo anjo da guarda.

—A gente... - Penso no que vou dizer, se vale a pena contar tudo, afinal ainda não decidi nada, se o que vivi ontem com o David foi um sonho, se realmente a ideia de tê-lo comigo é válida, porque me parece absurda, mas ao mesmo tempo assustadoramente perfeita. Checo o celular, nenhuma mensagem do Jason, volto ele à orelha - A gente se beijou. Muitas vezes.

—Allyson! Se for pra trair o Jason, que seja pelo menos com alguém que use condicionador no cabelo de vez em quando.

Gargalhei e a dor de cabeça voltou.

—Jason foi embora ontem - Conto, assumindo um tom melancólico - Disse que vai me dar a minha melhor chance, que eu mereço ser feliz e ter uma vida normal.

—Nossa, eu nem sei... nem sei o que dizer.

—Eu tô confusa, Jason e eu temos uma histórias, nossas almas estão conectadas de um jeito que eu não sei explicar, mas o David me faz bem, ele cuida de mim. Ah Clove, não sei mais o que fazer, sinto falta da minha sanidade.

—Eu te entendo, e acho que precisa de um café - Sorrio concordo e me levanto procurando uma roupa, já que ainda estou com a de ontem, e a camisa dele ainda tá enrolada no meu tornozelo - Eita, o jornal da manhã já tá falando sobre ontem.

—Merda - Paro estática de frente pro guarda-roupa.

—O que?

—Meus pais sempre assistem o jornal da manhã antes de irem pro trabalho.

—Allyson Hale! - Os dois gritam no andar de baixo e me encolho.

—--//---

O café estava cheio de gente como sempre, todos vinham pra cá, tanto pela música boa, os livros, e claro, o melhor capuccino da cidade.

Encontrei Ruth sentada com Kate no canto, as duas pareciam abaladas e decidi me aproximar. Ruth chorava baixinho e Kate a consolava.

—Oi gente - Cumprimentei com o papel da senha em minhas mãos, já amassado por conta do nervosismo - O que aconteceu? Algo a ver com o ataque de ontem?

—Levaram o Todd - Ruth soluça - Bateram na cabeça dele e simplesmente o arrastaram pelo chão como se ele fosse um saco de batata.

—Vão achar ele, vão achar todos eles, eu prometo - Tento sorrir e Kate me encara com um olhar de agradecimento.

—Como pode ter tanta certeza? - Ruth pergunta.

—Eu apenas sei, confia em mim.

Ele me abraçou e eu acariciei seus cabelos loiros com peso na consciência. Saí de lá antes de que começasse a gritar pra todo mundo que a cupa era toda minha, que o propósito de tudo no final era eu, que Todd não era humano, era uma aberração assim como eu. Mas não podia, fiquei encarregada de guardar o segredo que salvaria a minha raça, e assim o faria. Até o último dia da minha vida, que por acaso estava mais próximo do que eu imaginava.

Minha senha foi chamada e peguei meu copo. Coloquei um pouco mais de açúcar e leite, já ia sair quando cabelos castanhos nada penteados entraram no meu campo de visão. Droga, pra que fui olhar pro lado? Era só pegar o capuccino e sair.

Pensei seriamente na ideia de correr pra longe, de evitá-lo a todo custo até não ter mais saída, afinal, ele ainda não tinha me visto. Eu precisava de mais tempo, mas quanto tempo eu teria até tudo desmoronar? Até a verdade aparecer e eu precisar fugir? Mas estávamos em uma crise, não podia pensar nesse tipo de coisa, me virei pra ir embora. Espera, parei de novo. Estávamos sempre em alguma crise,e por quanto tempo eu deixaria de viver a minha vida em virtude da vida dos outros? (Aposto que Adina nunca pensaria desse jeito, mas e daí?)

David estava lendo o jornal e parecia concentrado enquanto bebericava de uma xícara branca pequena. As pernas estavam cruzadas e o sol da manhã que atravessava a janela deixava seu rosto ainda mai bonito.

—Adivinha quem tá de castigo - Me aproximo e me sento colocando o copo descartável em cima da mesa. Ele não diz nada, apenas dobra o jornal e me encara com um sorriso desafiador no rosto - E parece que hoje o tempo vai fechar, então vou aproveitar minha prisão domiciliar pra ver alguns filmes, e você?

—Allyson.

—Quem ganhou o jogo ontem? Aposto que foi a China, aquelas piranhas sempre acabam com a França - Espio o jornal pra não ter que encará-lo nos olhos.

—Allyson - Ele repete - Pode falar - O cara de pau tá amando a situação.

—Eu te odeio - Sorrio e o puxo pro sofá no canto - Mas você tem razão - Começo ruborizando, só ele podia me fazer melhor naqueles dias de pura angústia - A melhor versão de mim é quando eu tô com você. Eu não tenho medo de mim quando tô com você. Não tenho medo de voltar a ser aquela pessoa horrível e cínica porque nada é tão ruim que não possa ser resolvido com a sua companhia. Eu não quero ser predadora, não quero ser presa, só quero ser eu de novo. E sei que ainda não achei um jeito de me perdoar, mas se eu tiver você do meu lado já é um começo. 

—É um belo de um começo, rainha do baile.

Quando me dou por mim, já estou com a mão em sua perna, ele a envolve com as dele. David me olhava com tanta intensidade que eu tinha medo de derreter ali mesmo. Nos aproximamos.

Sorri. Ele me conhecia bem. Talvez melhor do que eu gostaria, mas talvez o tanto que eu precisava. A porta do café foi aberta ao longe, o sininho tocou, e o ar gelado nos cercou, mas eu me sentia quente perto dele. Sua respiração na minha boca, as mãos nas minhas, o peito contra o meu... Diferente do nosso primeiro beijo, foi suave e cuidadoso. Senti uma dor por dentro, uma alegria que sufocava. Agora sabia o que ele queria dizer quando tinha falado que felicidade real e felicidade forçada não eram a mesma coisa.

Eu estava mesmo seguindo em frente, estava mesmo sendo humana pela primeira vez em muito tempo. Gostei daquela sensação.

—Você tá mesmo me beijando em público ou isso é uma miragem? - David pergunta e eu rio olhando ao redor. Kate e Ruth continuam, na mesa, mas agora estão nos encarando. Não tive vergonha nenhuma dessa vez - A casa tá vazia - Ele diz com a mão em minha cintura.

—Eu dirijo.

—Não acredito que já é segunda vez em vinte e quatro horas que Allyson Hale vai na minha casa.

—Pode acreditar

P.O.V. Hazel

—Segura firme - Digo ao Zack - Você tem que ter o controle da situação. Não. Relaxa um pouco. Solta os ombros. Isso... perfeito.

—Hazel, tá me ensinando a atirar ou recitando um manual de sexo? Porque isso tá me excitando - Solto uma risada e tiro a arma de suas mãos, a carrego e jogo pra ele de novo, que se atrapalha e quase deixa cair no chão. Rio de novo - Eu sou um completo desastre nisso.

—Não é tanto assim.

—Ficou sabendo que o Jason foi embora? Parece que foi procurar Riverland - Zack coloca a arma na mesa junto com as outras e espalma as mãos no metal frio. Seu abdômen se contrai e suspiro com a cena.

—Pedi pra ele ir.

—Por que? - Ele se vira pra mim com um olhar confuso no rosto. O puxo pra cama novamente, pousando a cabeça em seu peito. Eu gostaria de ficar assim pra sempre, e fugir dos problemas lá fora – Hazel?

—Por séculos eu vi o Jason caçando uma Adina que ele havia conhecido há muito tempo, e por séculos eu o vi perdendo cada uma delas no aniversário, eu o vi ficando louco sempre que isso acontecia. Ainda me lembro de como foi com a Amélia, ele ficou sem comer por dias – Faço uma pausa e encaro os olhos castanhos de Zack, que me ouvia atentamente – Todos sabemos que dessa vez é diferente, que ela não morreu no aniversário, que ela é a verdadeira filha da profecia, em todos os sentidos, mas nascer com esse peso nas costas é demais pra Allyson, é demais pros dois.

—Mas eles se amam.

—Tem certeza? Jason optou por não participar nessa vida dela, ele deixou ela amar outra pessoa, deixou ela ter uma vida de verdade, isso foi bom. Mas aí ele entrou de vez na história, sem deixar a Allyson ter tempo de respirar e assimilar tudo. É verdade que a alma dos dois estão ligadas, mas concorda comigo que é tudo diferente agora?

—Sim, eu acho que sim.

—Allyson e Jason precisam achar um jeito de se perdoarem, ela por tudo que fez enquanto estava com o Adam, e ele por não ter conseguido salvar Adina na batalha há muito tempo atrás. Acho que eles pensam que se amam por causa da história que os dois tem.

—Eles podem ajudar um ao outro, Hazel.

—Podem, mas antes disso precisam saber como é ficarem longe. Entendi o que o Adam falou, que é preciso saber as histórias verdadeiras, pra só então reconhecer as falsas. Se isso for amor verdadeiro, eles vão se encontrar, eles sempre se encontram.

—E o David? Como ele entra nessa história?

—Eu disse que os dois precisam ser perdoar, o David é o contrapeso ideal pra Allyson, e Riverland é o contrapeso ideal pro Jason.

—Você é a manipuladora mais sexy da face da Terra, mesmo sendo mais velha que a minha avó.

—Espero ter feito a coisa certa. Porque se não, tudo estará perdido. Pra sempre.

P.O.V. Allyson

—Tá fazendo isso porque o Jason foi embora? – David pergunta mexendo no meu cabelo.

—Tô fazendo isso porque cansei de fugir dos meus sentimentos, já fiz isso demais, por anos. Ele desistiu de mim de novo, me abandonou.

—Vou soar egoísta se disser obrigado?

Não consigo esconder a careta que surge em meu rosto quando ele faz essa pergunta. Meu peito doeu. Eu sabia que Jason tinha me deixado para que eu fosse feliz, como se eu não estivesse sendo feliz ao seu lado, como se ele estivesse me atrapalhando, o que não era verdade. A gente tinha uma história juntos, algo que ninguém nunca vai ter. Ele foi fraco, foi egoísta, ele devia ter ficado e lutado comigo, contra tudo e contra todos. Mesmo se eu fosse embora, íamos dar um jeito. Sempre dávamos um jeito.

—Nossa, que pergunta idiota, tem razão.

—Relaxa, eu preciso ir.

—Não, Ally, espera - David me puxa pela mão e caio na cama novamente - Fica mais um pouco, ignora isso tudo o que eu falei.

—Você sabe há quanto tempo estamos aqui? - Pergunto sorrindo e ele franze as sobrancelhas em sinal de dúvida - Pois é, muito. Fiquei de encontrar o Adam.

—Não gosto nada dessa ideia.

—Eu tenho um plano, só não posso dizer nada agora - Me sento e calço as botas, arrumando o cabelo em seguida - Só confia em mim, tudo bem? Preciso dele pra pegar o Darko, ele pode voltar a qualquer momento, quero estar preparada.

—Esqueci que tô saindo com a nephilim mais poderosa da Terra, muitas responsabilidades e tal - Reviro os olhos e sorrio - Eu confio sim.

—Que bom - Me viro pra olhá-lo e depois volto minha atenção aos cadarços.

Passo a mão pelo curativo em minha perna por cima da calça jeans, ainda dói um pouco, mas aposto que amanhã não terá nem resquícios da noite passada.

—Antes de ir, eu queria te mostrar uma coisa - David fecha o notebook que estava em seu colo e o coloca na cama, se levantando da mesma em seguida.

—Quando foi que você tirou a blusa?

—Ah, você fez isso - Eu devo ter posto uma expressão estranha no rosto, porque ele riu e saiu do quarto - Vem!

O segui até uma porta no fim do corredor. Sua casa era aconchegante e convidativa, era perto da floresta, perto da barreira, o que me dava uma sensação estranha.

A selva. O lugar onde os monstros ficavam. Mas agora não existia mais barreira, eles podiam circular livremente por Ellicot. Me peguei pensando no Adam, ele sempre circulou, e acabou convidando outros. O Mestre era na verdade o maior monstro de todos. Marie tentava me proteger, mas estava criando um cara que era capaz de trair sua melhor amiga pra ter o que queria.

A porta escondia uma biblioteca enorme. Todas as paredes eram compostas por prateleiras, e todas as prateleiras continham livros, de todo o tipo. Arfei com aquela visão e ele riu. Andou mais um pouco e tirou um livro de uma estante alta, era antigo, muito antigo.

—Olha isso - Me aproximei e ele abriu uma página empoeirada, nela tinha um desenho antigo da Adina - Ela era linda, né?

—Sim - Arfei e tomei o livro de suas mãos - Tive o prazer de vê-la em uma lembrança, era tão jovem e guerreira. Detesto admitir, mas sinto falta dela na minha cabeça - Rio e passo os dedos pelas páginas, folheando - Como...?

—Eu disse que era obcecado por miticismo. A história dela me fascinou e eu... fui procurar mais. Veja, aqui tem um sobre a Amélia.

Não consegui parar de encará-lo. Acabo de me apaixonar. Sorri enquanto via ele procurando mais livros pra me mostrar. Como alguém podia se importar tanto comigo depois de tudo o que eu havia feito? Como ele ainda podia me amar? Me parecia uma ideia absurda.

—Aqui - Ele me entregou um pequeno dessa vez, parecia um diário velho, dentro dele havia um tipo de fotografia. Era a Amélia, linda como eu me lembrava - Talvez eu escreva algo sobre você, e guarde, e aí... - Não aguento, pouso as mãos em sua nuca e o puxo para um beijo. Um beijo que dizia tudo que eu precisava falar e não conseguia. Ele entendeu isso.

—Vou querer o diário, e o livro da Adina.

—É seu. Bom, tem mais alguns outros, mas nas vidas que você era "normal" é difícil ter algum registro, apenas algumas certidões e fotos.

—Obrigada mesmo assim, você um anjo na minha vida.

—Fico feliz em ouvir isso.

Abro o livro de novo e me deparo com um castelo em ruínas, logo uma lembrança me vem à mente. Uma das aulas do Peter. Reconheci o lugar.

—Ei, eu conheço esse lugar. É Argos, fica na Grécia.

—É Riverland.

—Você sabe o que isso significa?

—Já um começo pra procurar por respostas - Ele sorri e coloca as mãos no bolso da calça jeans. O beijo de novo e me despeço correndo.

—--//---

—Hoje é noite de lua cheia, Allyson, preciso que você e Jake vão em uma missão pra mim.

—Que missão? - Faço desenhos aleatórios na mesa empoeirada como se estivesse com tédio.

—Tomar o exército do Peter.

—Que?

—Sei que você consegue.

—Eu não vou fazer isso - Me levanto e mexo no cabelo. Não, eu não podia fazer isso com o Peter só pra manter um disfarce.

—Você vai fazer porque eu estou mandando.

—Não, você não manda mais em mim.

Se eu estava com o Adam pra consegui deter o Darko eu podia muito fazer isso com as forças do Peter, e logo as minhas forças também. Mas eu ão estava seguindo com isso só pra deter o Caído Original, eu queria minha vingança, e eu a teria.

Senti minhas mãos queimando com a chegada da raiva, me lembrei de tudo o que aconteceu naqueles meses, naqueles anos. Adam matou a minha mãe, roubou minhas memórias, roubou os dons da Hazel, roubou as asas do Jason, fez eu matar meus amigos, trair minha família. Me fez virar uma pessoa fria e insensível. Ele me roubou de mim mesma, como Jason havia dito.

Minhas mãos queimaram mais um pouco. As coloquei diante do rosto pra me acalmar e então tudo aconteceu rápido demais. No segundo seguinte uma luz branca saiu delas e empurrou Adam pra trás. Tinha vidro pra todo lado. Ele me olhava com medo, com pavor, sem saber o que estava acontecendo. Mas na real? Nem eu sabia.

A luz tinha desaparecido e minhas mãos voltaram ao normal, as coloquei atrás das costas e olhei ao redor: Os quadros estavam no chão, a sala estava uma bagunça, a janela na minha frente estava quebrada e Adam estava ferido.

—Mas o que... que tipo de aberração você é?

—--//---

—Eu simplesmente destruí tudo - Conto, ainda apavorada com o que tinha acontecido na hidroelétrica. Hazel me deu uma caneca de chá e se sentou ao lado do Peter no sofá - Eu tô com medo, não queria admitir, mas estou com muito medo. Que tipo de monstro eu sou?

—Nenhum monstro, Ally - Hazel insiste.

Encarei minhas mãos em volta da caneca, me esquentando. Ainda podia sentir a eletricidade pulsando pelo sangue, me enchendo de poder.

—Então o que é isso? O que eu fiz?

Peter me encara profundamente, passa as mãos no cabelo e suspira, como se soubesse desde o início que isso ia acontecer.

—A Marie tinha esse dom, bem mais fraco que você, mas tinha. Isso é magia, Allyson, só que a sua é magia Original, é forte e intenso.


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