POV JESSY:

Eu não estava esperando por aquele beijo, porém devo admitir que a sensação de ter os lábios de Steve nos meus era a melhor que eu já havia apreciado em toda a minha vida, eu sabia que não era certo moças ficarem aos beijos com rapazes por aí, mas quem ligava? Eu estava viajando com Steve havia dias, se alguém tivesse que falar algo falariam de qualquer jeito, e acreditem, para algumas fãs do Capitão América, eu era pior que uma vadia por viajar ao lado dele sozinha, assim era como algumas beatas também me viam, na verdade, durante este beijo eu só poderia pensar em Steve e em como minha prima estava certa em ser feliz com Bucky mesmo não tendo algo sério por enquanto, sem se importar com o que diziam.

Steve possuia um beijo doce, tímido, seus lábios pareciam o mais macio veludo tocando os meus com extrema delicadeza, me permiti apreciar o beijo passando meus braços por seu pescoço enquanto suas mãos apertavam minha cintura, beijá-lo era como estar no céu sem haver tirado os pés da terra, porém cedo demais Steve afastou seus lábios dos meus ainda mantendo sua testa encostada na minha tentando manter a respiração calma, abri meus olhos devagar e percebi que os seus ainda permaneciam fechados.

— Me desculpe Agente Drown! - Ele disse com o olhar abaixado se afastando de mim e voltando a se sentar na mesa que ocupavamos antes, fiquei parada no mesmo lugar tentando refletir sobre o que havia acontecido, eu e Steve havíamos nos beijado, porém assim que rompemos o beijo ele pediu desculpas e se afastou, será que ele estava arrependido? Talvez ele não tenha gostado, pensei aflita, o beijo de Steve era viciante, uma vez que eu havia provado eu já queria mais, suspirei indo me sentar com ele novamente, bebemos mais algumas doses de vinho num silêncio sombrio, parecia que de repente estávamos fazendo algo de errado, e eu estava me perguntando o que devíamos ter feito de tão constrangedor para Steve ficar daquele jeito, nem mesmo me olhar ele estava olhando, suspirei tomando a decisão de voltarmos para o hotel, seja lá o que tenha acontecido, acabou com todo o clima que a noite estava propiciando.

Já no carro percebi que Steve me olhava pelo canto do olho enquanto dirigia, logo após uma profunda respiração ele segurou uma de minhas mãos acariciando a mesma singelamente enquanto me fazia o encarar:

— Me desculpe por desrespeita-la daquela maneira mais cedo, eu não deveria agir por instinto não foi educado eu roubar um beijo de uma dama como você. - Se desculpou suspirando enquanto era a minha vez de respirar profundamente.

— Não me senti desrespeitada, eu correspondi o beijo, então não estamos agindo de maneira errada! - Tentei explicar-lhe e Steve negou dando outro suspiro de arrependimento.

— De qualquer maneira foi errado sim, um rapaz não deve agir nunca assim com uma moça, eu devia cortejá-la antes, mas agi por puro impulso primitivo, e isso me envergonha, me desculpe mais uma vez. - Steve cada vez me irritava mais, caramba eu também quis o beijo, para mim não foi nada errado, e me magoava saber que ele pensava assim.

— Melhor esquecermos isso então! - respondi, senti Steve apertar minha mão com mais força e abrir a boca para dizer algo, mas logo desistiu acenando para mim e dando um de seus sorrisos tortos. Ao que parecia ainda ficaríamos na zona da amizade por muito tempo se Steve mantesse seu caráter conservador.

POV BUCKY:

Alguns dias depois da chegada de Ana e da Base Científica, tivemos noticias sobre uma base da Hydra que se encontrava cerca de 50 quilômetros de onde estávamos, sendo assim depois de uma ordem do Coronel Phillips, fui encarregado de organizar 450 homens de nosso batalhão para lutarmos contra Simith, e assim foi chegada a hora de nossa partida, Ana veio até mim com seu olhar repleto de preocupação:

— Por que eu sinto que essa é a última vez que irei te ver? - Ela questionou me abraçando e percebi que Brandon cruzava os braços nos encarando, desde que soube de nosso envolvimento o cientista passou a me olhar torto, eu o compreendia, nenhum irmão gostaria de saber que a irmãzinha estava tendo um romance sem compromisso algum com um militar, militares não tinham uma fama boa quando se tratava de mulheres.

— Porque é uma boba - eu sorri roçando meu nariz no dela - eu sempre vou para batalhas e sempre volto inteiro, vaso ruim não quebra baby.

— Você sempre vai, mas não pra lutar contra o Smith, ele é forte Bucky, não quero te perder.

— Eu deixarei meu coração com você, em troca você dá o seu para eu levar comigo, assim nós cuidamos do coração um do outro, e não deixamos nenhum dos dois parar de bater. - Sorri a beijando, porém logo um soldado me chamou e partimos deixando para trás a mulher que eu amava aflita e meu coração em suas mãos.

POV BRUNA:

— Então estamos mortos? - Perguntei horrorizada, nunca havia desconfiado que os irmãos Salvatore, alunos exemplares de William da universidade eram na verdade vampiros, monstros da mitologia cujo quais eu nem acreditava na existencia.

— Em tese sim - Damon respondeu suspirando - nos desculpem, transformar vocês foi a única forma que vimos, para mantê-los vivos, Ana, Jessy e Brandon não sabem e só devem saber se for extremamente necessário sobre a existência dos dois, quando chegar a hora, vamos ajudá-los a enfrentar a Hydra.

— Minha garganta está queimando - William reclamou de cabeça baixa fechando os olhos com força, eu não sei o que estava doendo mais em mim, essa estranha queimação na garganta ou ver a dor de meu marido, quando acordamos foi difícil segurar tanto ele como eu, porém com algum sacrifício Damon e Stefan conseguiram nos conter, e agora que sabíamos de tudo sobre o que nos tornamos estávamos um pouco mais contidos posso dizer.

— É sua sede por sangue - Stefan respondeu e olhou Damon significamente - O Damon vai arranjar sangue humano para vocês.

— Então é isso? Á partir de agora, se quisermos sobreviver teremos que matar pessoas? - Perguntei desacreditada e Stefan negou.

— Nós temos algo como "um banco de sangue" ou "estoque" se preferirem, não mataremos ninguém, ao menos ninguém que não mereça estar morto! - Explicou enquanto eu acenava ainda confusa com tudo o que estava acontecendo em minha vida e de meu marido.

POV ANA:

Dias depois da partida dos soldados com Bucky eu estava numa das tendas olhando algumas pesquisas com meu irmão quando percebemos uma movimentação, vi que eram alguns homens que partiram para a missão contra a Hydra que estavam voltando, enquanto eles falavam com o Coronel e os outros procurei por Bucky, sem o encontrar em lugar nenhum, então avistei um dos soldados indo para uma tenda mais afastada que se encontrava vazia e fui até ele, percebi meu irmão me seguindo, mas não liguei para isso, ao chegar lá parei atras do jovem rapaz:

— Soldado Masen, onde está o Sargento Barnes. - Perguntei num tom autoritário, o mesmo abaixou a cabeça deixando o silencio pairar entre nós - Eu fiz uma pergunta Soldado Masen! - Informei elevando meu tom de voz e o mesmo se virou para mim com os olhos marejados e apontou para o abdome após levantar a camisa, pude ver que o mesmo estava gravemente ferido.

— O Sargento Barnes tentou me salvar em uma batalha que eu travava com um dos soldados da Hydra Agente Stark, e ele conseguiu, o Sargento Barnes é um verdadeiro herói. - respondeu enquanto deixava uma lágrima cair, isso estava me preocupando.

— Ótimo, o Dr Stark cuidará de seu ferimento, agora me diga, onde está o Sargento Barnes, imagino que saiba já que o mesmo salvou sua vida.

— Infelizmente o Sargento Barnes não está mais entre nós! - Ele me respondeu enquanto eu o olhava atônita, o que ele estava querendo dizer com isso?

— Como?

— Ele foi capturado pelos Agentes da Hydra, muitos de nós fomos, eramos em 450 homens e só voltaram 50 destes, provavelmente agora o Sargento James Barnes está morto. - Ele disse e eu senti meu peito dilacerar, sem perceber lágrimas vieram aos meus olhos. - Eu sinto muito - Ele disse tentando tocar meu ombro fazendo com que eu me afastasse bruscamente.

— NÃO ME TOQUE! - Ordenei ao mesmo que me olhou assustado.

— Ana, acalme-se, não foi culpa do Soldado Masen! - Brandon alertou, mas eu não dei ouvidos olhando com toda a minha raiva o rapaz à minha frente.

— ELE TE SALVOU!

— Foi a Hydra quem o matou Agente, não eu! - Ele tentou explicar me fazendo rir sem humor.

— Mas alguém pagará pela morte dele! - Eu disse com raiva chorando enquanto ia para cima do soldado dando um soco no mesmo, foi por culpa dele que capturaram meu Bucky.

— Calma Agente Stark, estamos do mesmo lado, não podemos lutar! - o Soldado disse se levantando com dificuldade enquanto Brandon me segurava fazendo eu me debater em seus braços, eu queria ver Bucky, agora, ele não podia ter me deixado assim, desta maneira. Me desvencilhei de seus braços e com um choro que não podia controlar assim como meu ódio, olhei para o Soldado que ainda me olhava assustado.

— Olhe para mim! - Eu disse respirando fundo - meus pais morreram, Bucky que foi uma das pessoas que mais amei na vida também deve estar morto e ESTAMOS NO MEIO DE UMA GUERRA ONDE VÁRIAS PESSOAS TENTAM NOS MATAR DIA APÓS DIA! MAS VOCÊ ESTÁ À SALVO PORQUE O BUCKY SE SACRIFICOU, SENDO QUE VOCÊ NÃO MOVEU UM DEDO POR ELE!

— Temos um bom exército Agente, vamos sair desta guerra vitoriosos! - Ele tentou me acalmar.

— E QUANTAS PESSOAS VAMOS PERDER ATÉ LÁ? QUANTAS MULHERES VÃO TER QUE SENTIR A DOR QUE ESTOU SENTINDO POR TEREM SEUS HOMENS MORTOS?

— Ana calma! - Meu irmão me segurou novamente e olhei o rapaz a minha frente.

— Ele estava ferido quando o capturaram? - perguntei suspirando tentando me acalmar.

— Gravemente Agente Stark - o Soldado Masen informou suspirando - Uma de suas pernas e seu abdome sangravam muito, ao levarem ele arrastado deixaram um rastro de sangue pelo caminho.

— MEU DEUS - Exclamei intensificando mais o choro somente de imaginar o meu Bucky em tal situação - Brandon temos que ir atras dele, NÓS TEMOS QUE AJUDÁ-LO! - Disse enquanto caía de joelhos ao chão chorando e Brandon suspirou.

— Ana, o que podemos fazer agora é enviar uma carta de pêsames ao mais próximos à ele! - Brandon disse me abraçando enquanto eu caía num choro profundo, Bucky não podia estar morto, ele prometeu não me abandonar, eu estava mantendo o coração dele vivo, se ele estivesse morto eu morreria em vida também.

Algumas semanas depois...

POV STEVE

Eu e Jessy resolvemos ser amigos após o episódio de nosso beijo, era difícil pois a cada dia mais eu me apaixonava por ela, mas devia ter calma e fazer as coisas da maneira certa e quando tivesse tempo para agir como um verdadeiro rapaz de bem deve agir com uma pretendente, havíamos feito tanto sucesso que agora visitávamos as bases militares em Guerra nos outros países, na verdade, esta seria a nossa primeira vez numa base, eu nunca imaginaria que chegaria ao exército para fazer essas apresentações ridículas, mas era o meu ganha pão então fazer o que, estávamos na Itália, Jessy já havia feito seu número solo e agora era a minha vez, mas eu não estava tendo tanto sucesso com ela.

— Quem aqui quer me ajudar a dar um belo soco na cara do velho Adolf? - questionei os soldados que agora eram minha platéia, recebi o silêncio como resposta - Pessoal, err... e-eu preciso de um voluntário.

— Todos nós já fomos voluntários, como acha que chegamos até aqui - um dos soldados questionou fazendo todos rirem.

— Gostei do figurino "Sininho" - um dos soldados que reconheci como Rox, meu companheiro de treinamento na base disse zombando de mim.

— Qual é pessoal, estamos jogando no mesmo time - Eu respondi enquanto eles me atacavam com tomates, ao menos o escudo teve alguma utilidade, era com ele que eu impedia os tomates de serem acertados em mim.

— Chama a garota de novo! - Um outro disse me fazendo suspirar para conter minha raiva, odiava ver Jessy sendo exposta assim para esses homens que a viam somente como um pedaço de carne.

— Bem, na verdade era um número conjunto, mas vou ver se ela tem algo para apresentar sozinha, vou tentar dar um jeito - Eu disse desmotivado.

— Faça isso amorzinho - Um outro soldado disse enquanto eu saía e Jessy subia ao palco recebendo assovios.

Fui para uma das tendas que a produção havia montado e comecei a desenhar um macaco com o meu "uniforme" até que ouvi uma voz atras de mim.

— Olá Steve Rogers! Ou devo chamá-lo de Capitão América? - O irmão de Ana me questionou enquanto eu me virava para vê-lo.

— Apenas Steve, o que você está fazendo aqui Brandon?

— Oficialmente eu não estou aqui, parabéns pela apresentação - Ele disse como quem quer me encorajar.

— Obrigado, normalmente a minha platéia é composta por adolescentes loucas pelo Capitão América e por meninos de 12 anos. - respondi desanimado voltando a desenhar.

— Soube que o Capitão América é a nova esperança de nosso país.

— As vendas de bônus aumentam 10 por cento em todo o lugar por onde eu e Jessy passamos - expliquei.

— É o Senador quem diz isso? - Brandon questionou cético.

— Ao menos ele arrumou isso pra nós, se fosse pelo Coronel Phillips Jessy e eu estaríamos em um laboratório.

— E são só essas as suas opções? Serem ratos de laboratórios ou macacos dançantes? Meus pais me falaram sobre você Steve, e eu conheço minha prima, o propósito de vocês vai muito além disso.

— Engraçado - eu disse rindo sem humor - por tanto tempo eu sonhei em cruzar o oceano e servir na linha de frente defendendo meu país de tiranos, e agora que consegui estou de meia calça azul. - suspirei juntamente com Brandon e logo vimos um carro chegar com soldados feridos em batalha - Isso parece um verdadeiro caos.

— Esses homens são a menoria de todo o batalhão, o Smith tem uma base da Hydra a uns 50 quilômetros daqui 450 homens foram atras dele e uns 50 voltaram, a sua platéia hoje foi tudo o que restou da 107. Os outros estão mortos e capturados- Ele terminou de dizer e eu refleti sobre o que ele havia dito, um único nome soava em minha mente "Bucky".

— Espere, a 107? - questionei-o atordoado.

— Sim, o que foi? - ele me perguntou enquanto eu corria até a tenta onde estava o Coronel sendo acompanhado por Brandon, Jessy e Ana que nos viram enquanto conversavam sobre algo.

— Coronel Phillips, preciso da lista dos homens capturados em ação. - Eu disse ao entrar na tenda do mesmo.

— Não recebo ordens de você.

— Só preciso de um nome, Sargento James Barnes da 107 - informei e vi Ana ofegar enquanto Brandon a abraçava.

— Nós vamos ter que conversar seriamente mais tarde - O Coronel disse a Brandon que o encarou com superioridade.

— Por favor Coronel, preciso saber se ele está vivo B-A-R.. - comecei, mas ele me interrompeu.

— Eu sei soletrar, nem quero pensar no número de cartas de condolências tive que assinar, mas me lembro do nome, sinto muito pelo seu amigo Rogers! - Eu não podia acreditar nisso, Bucky não podia estar morto, suspirei, eu tinha que ser forte, se conheço bem Bucky ele odiaria me ver chorando por isso, e mesmo que ele estivesse morto havia sobreviventes lá, um pensamento veio a minha cabeça.

— E para os que sobreviveram e foram capturados, qual é a missão de resgate?

— A Missão se chama Ganhar a Guerra! - O Coronel disse e eu o olhei chocado.

— Vai deixá-los lá? Existem sobreviventes, o Sargento Barnes pode estar vivo também.

— Perdi 400 homens lá Rogers, não posso mandar o que restou para as garras da morte por um simples capricho seu em ter certeza que o seu amiguinho morreu. Mas claro, não espero que o senhor entenda sobre as táticas do exército afinal você e Jessy são apenas dois coristas, nem era para estarem aqui. Se estão é por serem apenas distrações engraçadas!

— Eu acho que entendi muito bem Coronel! - Respondi o mesmo num tom de voz autoritário visto que ele havia tentado me humilhar.

— Então vai entender fora daqui, se li bem os cartazes você e a Senhorita Drown precisam estar em outro lugar daqui a 30 minutos!

— Sim, preciso! - Disse saindo enquanto tomava uma decisão, eu iria atras destes homens e quem sabe de meu amigo que ainda podia estar vivo sofrendo nas mãos da Hydra, senti Jessy caminhar atras de mim, mas não dei bola, eles queriam guerra? Era guerra que eles teriam. Se fosse o caso, eu mesmo enfrentaria a Hydra sozinho, eles mexeram com meu amigo e não deviam ter feito isso.