Minefield escrita por undersevenkeys, Jubs L


Capítulo 10
Capítulo 10. Aaron


Notas iniciais do capítulo

Heey, não estamos tão atrasadas vai?!
Boa leitura!



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Acredito até hoje que meu pai foi abduzido, depois que eu soquei a cara do Leonard, meu pai pediu que eu ficasse no carro depois que Victória desceu.

“Por que bateu no garoto, Aaron?”

“Porque ele é um merda. Eu o conheço, sei que não sou o exemplo de bom comportamento, mas…”

“Eu acredito.” É, o que? “Eu já reparo nele há um bom tempo, desde Suzie... Nunca gostei dele, mas sua mãe, ela o adora, e isso é um problema. Essa menina, Victória, esta sob nossa responsabilidade, e não quero ela envolvida em problemas, basta você, entendeu?”

Ele conseguiu concordar comigo e me insultar ao mesmo tempo, eu me perdi legal nessa conversa. “Só toma conta dela, ok?”

“Tá pedindo para eu tomar tomar conta da Victória?  Fala sério!”

“Não estou pedindo para se amarem, apenas a mantenha longe de problemas.”

“Eu deveria ser pago para isso.” Falei abrindo a porta carro. “Até mais tarde, pai.”

“Cuide-se!”

Aham, eu não cuidava nem de mim, tinha que cuidar da outra louca lá?! Ah, tenha santa paciência!

A manhã passou rápido na medida do possível, se tirar a Melany agarrada em mim, o Derek espalhando para todo mundo que bati no Leonard e o grupinho dele me encarando, é passou bem rápido. Na hora da saída, eu praticamente fugi daquele lugar, foi quando vi a perdida, Victória.

“Aprendeu o caminho então.”

“Você tem mesmo que me encher o saco? Será que uma vez só você não pode fingir que eu não existo?” Que porra! Mina louca, a temperamental, eu tentando ser legal e puxar assunto.

“Não tem como, você é irritante demais pra eu simplesmente…”

"Ai, tá bom, Aaron. Já entendi.”

“Você tá abusada demais.” Depois me culpam por ser grosseiro, dava para ser legal com esse tipo de ser humano? Claro que não.

A tarde depois do almoço passou voando, era como se eu estivesse sozinho em casa, eu li, uma coisa que sempre gostei muito, porém muitos deviam pensar que eu mal sabia como escrever meu nome.

Quando eu estava voltando da cozinha, Victória estava esparramada no chão da sala, ofegante.

“Cara, você é estranha.”

“Obrigada.” Ela falou subindo as escadas.

“Você é muito folgada, menina.” Eu nem sabia por quê implicava com ela, mas parecia ter ficado brava.

“Já acabou?”

"Você sabe que eu não gosto de você, né?”

"Sei. Mais alguma coisa?” De todos esses dias, eu nunca tinha visto ela desse jeito.  

"Nossa…” Eu ia falar, ia perguntar o que estava acontecendo, mas...

"Ok, eu realmente agradeço sua atenção, mas agora eu tenho vários nadas para fazer.” Quer saber? Vai interromper a mãe!

“Se você fosse menos tonta, a convivência com você seria muito mais fácil.” Veio tão rápido que eu não percebi, Victória acertou o senhor tapa na minha cara. Quem ela pensava que era para fazer isso?

“Me bate só mais uma vez pra você ver.” falei segurando o braço dela.

 “Vai fazer o que? Me bater de volta?” O que estava pensando não sei, mas o que ela disse me fez perceber o meu comportamento. “Foi o que eu pensei.” Ela disse quando eu a soltei e fechou a porta.

“O que tá acontecendo?” só o que faltava, minha mãe.

“Nada mãe, nada.” passei por ela e fui pro meu quarto. Só sei que fiquei lá e nem jantei, acabei dormindo.

Acordei no dia seguinte com a merda do despertador berrando. Tomei banho, coloquei o uniforme, peguei minha mochila e sai do quarto quando escutei Victória falando, do seu quarto, parecia bem irritada, não parei para ouvir a conversa, mas escutei em alto e bom tom:

“Ele me irrita tanto e me chateia! Quando decidi me mudar para cá, não esperava por isso!”

Ela não devia estar falando com nenhum amigo brasileiro, não estaria falando inglês se fosse o caso, isso me deixou bem bravo, devia estar fazendo minha caveira. Se Anna Lee  já me detestava, eu não imaginava como seria agora.

Tomei um café rápido e gritei um tchau para minha mãe.

“Espere Victória, Aaron!”

“Ela tá atrasada, que me alcance se quiser companhia!”

“E a conversa que tivemos ontem?” Meu pai perguntou chegando na sala.

“Estou repensando se ela não é como os outros.”

“Não é para pensar, é para fazer ou seu castigo ficará bem pior!” Ele falou com um sorrisinho irritante, que ódio.

“Vamos Victória! Estamos atrasados!” Gritei da sala, abri a porta e fui saindo, iria esperá-la do lado de fora.

“Bom dia.” Disse ao se aproximar. Ela esperava o que? Que eu respondesse? Que perguntasse se dormiu bem? Vai sonhando. Revirei os olhos e comecei a andar, depois de um tempo Victória começou a ficar ofegante, muito ofegante, que merda, eu tinha o hábito de andar rápido. Parei e comecei a olhar meu celular.

“Por que você parou?” Para você não morrer?

“Porque recebi uma mensagem.” Respondi sem olhar para ela. Depois de um tempo voltamos a andar, logo chegamos na escola e Anna Lee estava bem no portão.

“Bom dia, Aaron!” Me cumprimentou sorrindo.

“Bom dia.” A cumprimentei de volta e entrei na escola, deixando Victória e Anna Lee para trás.

Não deu nem tempo de abrir minha droga de armário direito…

“Bebê!” Melany gritando no meio do corredor, fechei os olhos e respirei bem fundo, bati a porta do armário e sai andando na direção oposta dela. Eu sempre odiei quem chama atenção dessa forma, gritar no meio do corredor, é absurdo, não sei, muita vadiagem. Porém, logo ela me alcançou e segurou no meu braço.

“Vai mesmo me ignorar?” Pergunta fazendo uma voz doce forçada, chamando atenção, de novo, para nós.

“E você vai ficar gritando no corredor feito louca?”

“Louca por você, né bebê!”

“Para de me chamar assim, Melany!” Falei tirando a mão dela do meu braço e olhando em volta, quando vejo Leonard e Jason rindo, enquanto Anna fazia cara de desgosto e Victória séria olhando para mim. Peguei na cintura de Melany e a arrastei para sala de aula, teríamos aula juntos então não havia porquê ficar ali.

“Ai, quanta pressa amoor!”

“Ei, vocês dois!” Era Derek, o que eu odiava nas quartas feiras, ter aula com Melany e Derek, era um saco. Ao menos a última aula, era a mais legal, história, só eu, na minha e ninguém do meu “grupo de amigos”.

As aulas foram passando, o intervalo foi tranquilo, e as última aulas foram finalmente chegando e com elas, história.

“Bom dia, Classe!” Professora Lea entrou na sala cumprimentando todo mundo, segundos depois algo inacreditável aconteceu, eu só queria paz, e o que a vida me trouxe? É, ela trouxe Victória com ela.

“Sente-se senhorita, e saiba que não tolero atrasos.”

“Me desculpe.” Andou até o fundo da sala, sem perceber que eu estava lá, na última carteira, ela se sentou bem do meu lado.

“Aaron.” Falou como se estivesse surpresa, apenas revirei os olhos e peguei meu livro e caderno. A aula seguiu normalmente, dava para ver as vezes que  Victória ficava totalmente perdida, eu entendia, era uma matéria realmente complicada, principalmente se você era de fora, estudar a história de outro país não era fácil, mas era para mim, eu adorava.

“Senhoras e senhores, estão liberados, até a próxima!” Quando já estava saindo da sala, a professora chamou a mim e a minha agressora, vulgo Victória.

“Victória, você é nossa aluna intercâmbista, correto?”

“Sim, professora.”

“Sei que a matéria pode ser complicada para você, e não é a primeira aula minha que a senhorita assiste, Aaron é meu melhor aluno, acredito que ele poderá te ajudar bastante!” Ela sorriu para mim, era uma senhora muito simpática e educada, eu a adorava e sabia que era recíproco, até aquele momento.

“Desculpe professora, acho que não entendi muito bem.” Eu precisava confirmar.

“Você será como um professor de reforço para Victória, um tutor.”

“Só pode estar brincando.” Victória falou.

“Não senhorita, não estou. Espero ver resultados, sim?” Não. Não, a senhora vai ver ela me batendo e depois falando para alguém que eu a irrito e chateio.

“Tudo bem professora.” Victória disse em voz baixa.

“Liberada.”

“Obrigada.” Victória saiu sala.

“Parece que vocês não se dão muito bem.”

“Parece certo, não pode colocar outro aluno para fazer isso? Tem a Ruth, ela é uma boa aluna também.”

“Poderia, mas agora que sei que vocês não se dão bem, quero muito ver como vão ser as coisas. Tenha um bom dia, querido.” Ela deu dois tapinhas na minha mão sorrindo e saiu da sala.

Casada com o diabo, só pode, não podia ter outra explicação. O que me restava era dar as tais aulas de reforço para Victória, mas eu só falaria alguma coisa, quando ela desse o primeiro passo. Caso contrário, eu me limitaria a assistir ela se foder em história.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!
Diga-nos o que acharam por favor!
Até o próximo capítulo!
Bjus!
Até!
♡♥♡



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