O Gatilho desenfreado contra Noxus escrita por Pégasus


Capítulo 16
As Asas de Demacia


Notas iniciais do capítulo

''A maioria dos soldados só depende de suas armas. Poucos dependem um do outro de verdade.''
— Quinn



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Anos atrás 

Eram cinco da tarde quando Talon olhou o relógio central da Praça de Demacia, o capuz cobrindo sua verdadeira identidade, sua missão era ir até o centro de treinamento demaciano e matar Quinn. Não demorou muito para ele achar o grande edifício branco onde aconteciam os treinos, a questão era achar o membro que era o motivo dele estar ali. Pulou o grande muro e adentrou em uma sala que por sorte estava vazia, ele abriu a porta e se deparou com um pequeno grupo passando pelo corredor, em uma fração de segundos suas lâminas voaram, Talon abateu-os o mais rápido possível, “Droga, agora o tempo que tenho para encontra-la é menor" logo outros veriam os corpos no chão, então ele correu em busca de Quinn matando todos com quem se encontrava, ate que matou a ultima pessoa no prédio e ainda não havia encontrado Quinn, onde ela estaria? Talon devia encontrar sua irmã, Katarina daqui algumas horas, porém sair sem terminar o serviço era inaceitável. Decidiu esperar por ela.

***

Lux e Garen andavam pela praça principal de Demacia quando Garen disse:

 — Não consigo parar de pensar nela.

Lux revirou os olhos.

 — Ela tentou te matar! Você é retardado?

 — Ela poupou minha vida.                           

 — Que seja, era uma noxiana.

— A mais linda que já vi. Preciso encontra-la.

 — Para por ai, não está pensando em ir a Noxus procurá-la, está?

 — Bem...

— Quer perder sua cabeça?! Uma facada é a forma deles dizerem oi.

— Não exagere.

— A sim, desculpe, a sua "musa" disse algo antes de te apontar a adaga?

— Não...

— Então, esqueça-a.

— Então esqueça Ezreal também.

— Ezreal não é um assassino...

Garen parou.

— Me diz alguém em toda Valoran que não é!

 ***

                                                                                               

Katarina esperava seu irmão Talon nos limites rurais de Demacia para voltarem para Noxus juntos, teria de dizer a seu pai que a missão fora um fracasso, e que os boatos sobre Garen eram verdadeiros, ele era realmente a força do exercito demaciano, isso levaria sua reputação a um patamar menor, mas ela considerou que valeria a pena. Encostada em uma árvore que a escondia do sol fumegante da tarde, ela se sentiu livre para retirar o capuz e sentir a leve brisa que balançava as folhas da árvore, seu irmão estava demorando mais que o combinado, ambos teriam um dia para terminar sua missão, e se encontrariam a tarde, Katarina esperava há algum tempo e Talon estava atrasado, começou a ficar nervosa e logo se pôs no caminho para a praça central de Demacia.

***

— Olhe! É a Quinn! — Disse Lux apontando para a garota com um pássaro azul no ombro andando para o centro de treinamento.

Os dois foram encontra-la e jogaram muita conversa fora no caminho. Quinn contara sobre como havia ido mais cedo ao lugar em que seu irmão gêmeo morrera quando eram crianças e caçavam animais na floresta. Havia rezado por ele, e lhe deixado flores, ele chamava Valor, igual sua Ave, que além de muito rara, fora encontrada no mesmo lugar onde seu irmão morreu, como um presente.

— Aposto que ele devia ser um ótimo guerreiro como você. — Falou Lux entusiasmada.

— Bom... Ele seria... — Respondeu Quinn.

***

Katarina chegou de cavalo na parte comercial da cidade, o amarrou em um muro e foi para a praça central, logo avistou o centro de treinamento e adentrou pulando o muro. Retirou uma adaga da cintura, o chão estava cheio de sangue e cadáveres espalhados, aquilo só podia ser obra de Talon, enquanto observava o corredor alguém gritou atrás de si:

— Bu!

O coração de Katarina se aliviou ao ver que era seu irmão.

 — Você conseguiu matá-la? — Disse ela guardando a adaga na cintura.

— Ela ainda não apareceu, e Garen?

 Uma flecha passou por entre os dois. Era Quinn.

— Acabe com eles Valor!

Uma ave avançou nos dois cegando Talon, Katarina tentou matar a ave sem sucesso, quando Quinn e Valor se uniram ficando velozes e lanças afiadas foram lançadas em volta dos dois assassinos Noxianos, Katarina guardou suas lâminas quando viu Garen acompanhado de Quinn e uma garota loira estranha. Aquela batalha estava perdida. Mas a única coisa em que Katarina podia pensar era “Que diabos de arma era aquela? Um uma besta de madeira? Fomos derrotados por um pássaro e uma garota com uma besta de madeira?".

***

 Garen, e Lux estavam na parte de trás da carroça que Quinn dirigia enquanto seus prisioneiros estavam amarrados na parte de trás para serem levados ao tribunal demaciano, a cegueira de Talon havia passado e ele conversava com Katarina.

 — Acho que ela deve ser do interior.

— Claro quem teria um arco e flecha e uma carroça hoje em dia?

Quinn ouvia tudo. Lux os fuzilou com os olhos como uma louca.

— Escutem aqui, Noxianos imundos, não tem nada de mais ser do interior e além do mais, Quinn é a única guerreira em toda Valoran que executou o maior número de Noxianos.

— Uau, e eu sou a única assassina em toda Valoran que mais quer socar sua cara — Eetrucou Katarina.

 — Não lhes deem ouvido Lux. Noxianos só lutam pelo sangue. Não é mesmo, Katarina Du Couteau, filha do rei Tryndamere? Como vai seu mestre? Espero que queimando no inferno.

Garen ficou vermelho, Katarina? Filha do Rei de Noxus? Aquela garota era sua prima, mas ele só podia se lembrar de uma pirralha magrela que ficava agarrada com seu irmão lutando o dia todo, Garen quando a família real de Freljord ainda morava nas montanhas gélidas, visitava muito seus primos, porém quando o Rei e a Rainha de Freljord tomaram o império Noxiano às coisas mudaram, e seus pais se afastaram. Sentiu falta de Graves e Ezreal dos quais era mais próximo.

Enquanto isso a mão de Talon se fechou em punho.

— Você matou nosso mestre, e essa era a ave azul que estava no lugar de sua morte.

Talon pode ver o sorriso torto de Quinn.

 — Valor? — Falou Katarina se referindo à ave, pois ouvira Quinn a chamar assim. — Eu vi esse nome em uma pedra na floresta, havia algumas flores em cima como se fosse... Uma homenagem a um morto. Odeio homenagens então chutei as flores e destruí a pedra, ela era bem escorregadia... Quase caio, eu podia ter morrido.

Quinn parou a carroça.

— Você o que? — Ela saiu da carroça enfurecida pegou Katarina pela cintura e a jogou no chão, Garen tentou acalmá-la. — Você destruiu o túmulo de Valor, meu irmão gêmeo!

Quinn agarrou Katarina pela gola da jaqueta e a encheu de socos, Garen tentou impedir.

 — Quinn, precisamos levá-los ao tribunal.

— Tem razão. Garen carregou Katarina e a colocou de volta na carroça. Porém, Katarina não parou com os insultos, aquilo tiraria a atenção de todos até que seu irmão desamarrasse sua corda e pegasse suas armas ao lado de Lux.

— Seu irmão gêmeo era uma ave? Sua mãe transou com um animal!

 Quinn jogou Katarina no chão e apenas com um soco ela caiu para fora da carroça. Quinn a espancou no chão com socos e chutes.

Foi quando Talon retirou a corda que o prendia e pegou suas armas de volta. A ave azul levantou voo antes que Talon pudesse acerta-la, então ele lançou as lâmias fatais em Quinn a fazendo cair. Lux tentou prende-lo com magia, porém ele era muito ágil, Garen sacou a espada, Talon deu um mortal para fora da carroça e pegou katarina, lançou algumas lâminas que fizeram os demacianos recuarem, montou no cavalo e cortou a corda que o prendia a carroça o batendo com força e fugindo de demacia o mais rápido que podiam rumo a Noxus.

 Garen viu Quinn caída no chão.

— Acha que podemos salva-la?

Perguntou ele a Lux, com um olhar de preocupação, as lágrimas quase descendo.

— Acho que é tarde demais. — Disse Lux.

Garen deitou a cabeça no peito da amiga, que lutou em nome de Demacia em varias batalhas, venceu vários assassinos noxianos, mesmo vinda de um lugar simples. E então o choro desceu.

— Katarina! — Gritou Garen com ódio.

Enquanto Talon fugia, Katarina pôde ouvir o grito ensurdecedor do seu amante, porém agora, eram inimigos.

 


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