Fim do Mundo – Interativa escrita por Sohma


Capítulo 4
Capítulo Extra – 01


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é um "extra" apenas pra conhecimento do tal vírus/doença e também apresentar a vocês o pai de Melody.

Os diálogos originalmente estão em inglês, mas eu perderia muito tempo escrevendo e traduzindo, então, pra compreensão geral o capítulo está todo em português.



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Aeroporto Internacional de Kansai – Japão

Camilo – POV

Já haviam se passado três dias desde que tive contato com minha filha, e eu estava extremamente preocupado. Melody era extremamente teimosa, e não aceitaria minhas ordens de bom grado. Ela com certeza devia ter saído de casa.

Suspirei.

— Você é esperta filha, sei que deve ter pensado num meio de sobreviver. – falei em voz baixa para mim mesmo, pra dar convicção de que ela estaria bem.

— Disse alguma coisa, Senhor? – desviei meu olhar para Derrick, era um rapaz de 29 anos que servia o exército americano. Ele tinha uma estrutura alta, se não me engano ele tinha 1,82m, grandes olhos verdes, os cabelos louros e a pele amorenada de lutas e missões no Sol. Não muito diferente de mim.

— Estou apenas preocupado com minha filha. – Respondi voltando minha atenção a mira da Assault Rifle Type89.

Há exatas 2 semanas meu supervisor da SAT me disse que eu teria uma missão especial e de extrema importância. Eu seria mandando para o aeroporto flutuante no pacífico, e seria responsável pela segurança de pessoas influentes e muito importantes. Minha primeira ideia era recusar o trabalho, faltava menos de 2 meses para minha aposentadoria, e eu preferia ficar em missões no território brasileiro do que voltar a ter viagens internacionais. Mas meu supervisor disse que não estava disposto a levar uma negativa. O próprio governo americano disse que precisava dos melhores atiradores para essa missão. E eu estava dentre os 5 melhores snipers do mundo.

Não compreendia a necessidade de tanto. A própria defesa americana seria o suficiente para proteger grandes líderes mundiais. Mas depois da chegada do primeiro vôo vindo da França, eu entendi.

Uma estranha doença (pelo menos, foi o que me disseram) havia infectado muitos cidadãos do continente europeu e, de alguma forma, se espalhou por toda a America. A tal "doença" infectava o ser humano e deixava sua pele extremamente roxa – como se a pessoa fosse sufocada –, e próxima da podridão. Como se estivesse em decomposição. Coisa que só vi de mortos com mais de 2 semanas. Mas a doença também deixavam essas pessoas mais agressivas, elas tinham uma força que passavam das barreiras do normal e mordiam quem estivesse mais próximo, quem fosse mordido estava morto, mas de alguma maneira "voltava a viver", como se fosse alguma sequela da doença, e agia da mesma forma. Era um círculo sem fim.

Um voô da França chegou aqui há exatos 4 dias, e tudo parecia normal, mas, a primeira dama havia sido mordida e não informou a ninguém. Logo ela contraiu a doença, e antes mesmo de raciocinarmos, haviam uma horda dos infectados no aeroporto. Algumas celebridades foram mordidas. E está era minha função aqui. Matar qualquer um destes infectados antes que eles transmitissem a tal doença. Questionei meu supervisor sobre essa tal doença, e ele informou que havia se espalhado pelo mundo. Até mesmo no Brasil a doença já havia chegado. Entrei em desespero e liguei para minha filha e lhe mandei que não saísse de casa por nada. Mas para evitar qualquer contato externo, todas as torres de transmissões foram desativas.

— Parece que acabou! – a voz calma de Derrick me tirou dos meus pensamentos. Ele se levantou e se espreguiçou, não era para menos, estávamos há mais de 12h nessa posição. Repeti seus passos e também me espreguicei.

Levantei meus braços em um sinal de X para uma outra equipe tática que estava do outro lado, era um código entre nós para de um descanso de 10 minutos.

Peguei a mochila grande que estava atrás de mim e retirei um cantil e tomei um gole. Era um uísque brasileiro que ganhei de um antigo amigo. Ofereci prontamente a Derrick que aceitou, e depois do primeiro gole tossiu.

— Desculpe, Senhor! Pensei que fosse água.

— Ora Derrick, deixe de ser tão formal. – sorvi mais um gole e fechei o cantil. – Estamos no mesmo barco, não precisa falar assim comigo.

— Desculpe, Senhor! Não sei me dirigir de outra forma.

— Eu fui igual a você quando tinha sua idade... – falei em português e Derrick levantou uma sobrancelha não compreendendo. Pedi que Ignorasse. Um silêncio se formou entre nós dois. – Você tem família Derrick?

— Não, Senhor. Meus pais faleceram há seis anos e sou filho único. – depois de alguns segundos de tensão Derrick percebeu que eu esperava uma específica pergunta. – E o Senhor?

— Uma filha...

Derrick iria dizer alguma coisa mais tiros foram ouvidos, nos abaixamos e seguimos até a mira do Rifle. Um novo avião havia chegado, e parece que o mesmo caso da França havia ocorrido.

Isso nunca vai ter um fim?


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Notas finais do capítulo

Esse foi um dos primeiros capítulos Extra, nesses capítulos eu irei dar algumas informações (passadas ou presentes) sobre algo ligado a todos os personagens.