Playing With Blood - Hiatus escrita por Vênus


Capítulo 6
Luxúria.




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— Gaara e Shikamaru estavam dando uma volta pela cidade quando escutaram um grande estrondo perto da redondeza – Jiraiya olhou para Gaara, todo entubado -, e eles resolveram checar qual era o motivo do barulho. Talvez poderiam ajudar caso alguém estivesse ferido, foi o que eles pensaram. Chegando no local eles viram um carro com o capô amassado e quatro vampiros e havia uma mulher entre eles com os cabelos da cor prata.

Naruto arregalou tanto os olhos azuis que pareciam que iam saltar para fora.

— Eu... Onde está Shikamaru?! – Ele estava perto da porta pronto para sair assim que Jiraiya respondesse.

— Ele está em casa...

— Eu volto depois! – bateu a porta atrás de si e seguiu em direção a saída.

O loiro deu a ré com seu carro e seguiu em disparado para a casa do Shikamaru.

Mil coisas passavam pela cabeça do Uzumaki. Ele não podia acreditar que mesmo depois de tanto tempo, a vampira que acabou com a sua vida estava na cidade esse tempo todo. Era a chance dele, finalmente concluir seu maior objetivo. O loiro treinou durante anos para matar o monstro que acabou com a vida de seus pais.

Apertava a campainha impaciente. Ele queria respostas do próprio Shikamaru que presenciou tudo.

— Já vai! – escutou entre a porta. – Naruto?

O loiro saiu entrando.

— O que houve? – Shikamaru o olhou assustado.

— Me conte o que você viu. Eu quero saber de tudo.

Shikamaru contou cada detalhe do ocorrido para o Uzumaki.

— Por isso eu cheguei atirando. Eu tinha quase certeza que era ela. O modo como você a descreveu para mim... Eu tinha quase certeza de que era ela. Tudo em mim gritava que era ela. Mas, o que eu mais me impressionei foi quando ela apareceu um milésimo de segundo antes do outro vampiro me atacar e acabou com ele com um só golpe. Infelizmente Gaara não teve tanta sorte e acabou daquele jeito na enfermaria. – Shikamaru abaixou a cabeça.

— Só isso? Mais nada de diferente?

— Bem, eu tive um enorme sensação de já tê-la visto em algum lugar. Eu sei que eles podem mudar de aparência mas, alguma coisa me era familiar nela. Não sei se um de nós conseguiria pega-la algum dia, Naruto. Se você visse a velocidade que ela tinha... Só consegui acerta-la porque ela estava com a guarda baixa e bem perto de mim, se não, acho que não teria nem chegado perto.

— Não me importo com a velocidade que ela tenha, Shikamaru. Vou pega-la de qualquer jeito. – Seu rosto estava sem nenhuma expressão. Ele parecia uma estátua em exposição. Sem nenhum movimento sequer.

— Você... Você não acha que talvez ela tenha mudado de lado, Naruto? – O loiro o olhou como se fosse fuzila-lo a qualquer segundo e, de repente, soltou uma gargalhada baixa.

— Você acha mesmo que um vampiro que entra na casa de uma pessoa e acaba com a vida dela poderia estar bonzinho, Shikamaru? Você acha mesmo isso? – seu olhar era frio. – Se Jiraiya não tivesse chegado eu poderia não estar aqui agora tendo essa conversa com você. Não importa que ela tenha salvado você e o Gaara, eu vou matá-la de qualquer jeito.

— Naruto, pense bem...

— Essa conversa está encerrada, Shikamaru!

— Naruto! – Shikamaru o agarrou pelo braço. – Você me disse que quando olhou para o rosto da vampira de alguns anos atrás, seus olhos estavam sem vida. Quase como se não tivesse ninguém ali. – Ele engoliu em seco, não acreditando nas palavras que estava dizendo. – Quando ela me olhou nos olhos, pude ver angustia diante de tudo aquilo que estava ocorrendo. E ela nos salvou, Naruto.

— Se ela salvou vocês ou não, Shikamaru, que eu saiba, Vampiros da Alta Realeza não tem a habilidade de controlar ninguém. Isso não existe Shikamaru. Ela os matou, ela invadiu minha casa por pura vontade própria pois é isso que eles fazem, eles simplesmente fazem o que querem e quando querem sem se importar com as mudanças que podem ocorrer na vida de uma pessoa. - Seus olhos estavam marejados e vagos.

Shikamaru sabia que essa habilidade não existia. Eles nunca ouviram falar de algo desse tipo. E achava que estava ficando louco em bancar o advogado do diabo, mas ele sabia que havia algo de diferente naquela vampira.

— Eu acho que você ficou encantado pela beleza dela e está inventando loucuras para protege-la. – Naruto falou. – Agora, se me der licença. – Naruto olhou para o braço que Shikamaru estava segurando e o mesmo o soltou.

Ele não sabia o que fazer. Sua mente estava a mil. Será que era realmente a mesma vampira que havia atacado seus pais há alguns anos? Ele dirigiu até o Sol se pôr. Dirigiu até suas mãos doerem de tanto apertar o volante. A imagem de seus pais mortos naquele momento era tão real que parecia estar lá, novamente presenciando aquela imensa escuridão que lhe assombrava toda noite. O cheiro do sangue era tão real quanto a própria batida do seu coração. Ele nunca se perdoaria por ter sido tão covarde ao ponto de não ter feito nada quando pôde; nunca se perdoaria por ter a deixado escapar, e agora, ele poderia ter a chance de consertar seu ato de covardia.

Seu telefone tocou mais uma vez aquele dia. Naruto havia ignorado todas as ligações que recebeu depois que saiu da casa do amigo. Ele suspirou pesadamente e encostou o carro. Olhou para o celular vibrando no banco ao lado e resolveu ignorar depositando pesadamente a cabeça sobre o volante e fechando os olhos logo a seguir. Respirou. O ar dentro do veículo parecia pesado. Ainda de olhos fechados escutou seu celular vibrar mais uma vez e já imaginando quem era ele atendeu.

— Me deixe em paz pelo menos um pouco. – Sua voz soara fria.

— Ah – escutou a voz feminina na outra linha -, me desculpe... Voltarei a ligar outra hora...

— Não! – Respondeu quando percebeu quem era. – Eu... pensei que era outra pessoa.

— Estou atrapalhando?

— Não, você nunca atrapalha. – Estava cansado e frustrado demais para medir palavras diante dela. Seu cérebro parecia não saber onde havia parado a razão.

Ele ouviu o silencio incomodo que a sua resposta parecia ter causado do outro lado da linha e resolveu saber o porquê da tão inesperada ligação.

— Por que me ligou? Nunca havia me ligado a essa hora.

— Eu... Eu te liguei mais cedo só que você não atendia. Fiquei preocupada quando liguei no horário do almoço e você não atendeu. Liguei para o seu escritório e sua secretária disse que não te via desde que saiu comigo naquela hora. Depois, eu voltei a retornar a ligação e ela me disse que ninguém tinha notícias suas durante horas!

— Me desculpe se te preocupei dessa maneira – suspirou. – Eu precisava me desligar um pouco do mundo só por algumas horas, sabe?

— Sei exatamente como é... Agora, só me faça um favor? Da próxima vez que for se desligar do mundo, avise antes. Eu realmente pensei que algo de ruim pudesse ter acontecido com você. – Ela suspirou. – Posso saber onde você está se desligando do mundo?

Naruto olhou ao redor e viu que o local onde estava era familiar.

— Bem, parece que fiquei dando tantas voltas com o carro que estou há algumas quadras de casa. – Ele riu com sua idiotice. – E você, posso saber onde você está?

— É... Bem, eu estou em frente à sua casa. Eu vim aqui antes de te ligar. Se você não atendesse...

— Iria invadir me apartamento? – Ele rui.

— O quê? Não! Eu iria bater na porta para saber se você estava em casa. – A verdade não era exatamente aquela e ela pôde ouvir a risada do loiro pelo telefone.

— Eu estou indo para casa. Você pode me esperar?

— Eu... Está bem. – Respondeu vencida.

Ela queria verificar com os próprios olhos se estava realmente tudo bem com ele. Quando soube que ninguém teve nenhuma notícia do loiro durante todo o dia, sentiu um aperto esquisito em seu peito ao lembrar-se das palavras de Kim. Ela não conseguiu se concentrar em nada durante o trabalho. Ela estava aérea e seus funcionários estranharam o comportamento da mulher que sempre fora tão exigente e disciplinada com seus negócios.

Poucos minutos se passaram e ela pode ver o carro do loiro entrando na garagem e, logo em seguida pode ver a cabeleira rebelde sair do automóvel. Viu Naruto se aproximar e quando estava perto o suficiente, prestou atenção nos batimentos cardíacos um pouco irregulares.

— Demorei muito? - Moka reparou em seus olhos azuis levemente opacos. Seu rosto estava com uma aparência triste e sua boca um pouco ressecada.

— Não. Só o suficiente. - Ela sorriu e novamente os batimentos cardíacos do Uzumaki mudaram de ritmo mas a maior surpresa para a vampira foi que, o seu coração também ficou acelerado. Akashiya sentiu a surpresa transparente em sua face.

— Vamos entrar, está frio aqui fora.

Moka ficou um pouco relutante. Não sabia se deveria aceitar a proposta. Imaginou se os homens de Kim vissem ela entrando com o loiro iriam imediatamente contar para ele. Ela suspirou com esses pensamentos e virou para encarar o loiro que ainda esperava uma resposta com a porta aberta.

— É contra suas regras entrar na casa de um homem sozinha? - Ela viu brotar um sorriso divertido em seu rosto.

— Não, é só que... Ah, esquece. - ela passou pelo loiro e lhe passou uma coisa inacreditável: seria a primeira vez dos dois sozinhos. Se perguntou se estava ficando louca com pensamentos tão insignificantes.

— Fique à vontade, eu já volto. - O Uzumaki seguiu pela casa e ela optou por espera-lo no sofá. Observou a decoração da sala que era simples. As cores dos móveis e estofados alternando entre o preto e o branco. Ela viu perto da mesinha do sofá uma foto do loiro com sua família. Reparou que o homem loiro era a cópia do Uzumaki agora e reparou na mulher de longos cabelos vermelhos que lembrava de certa forma a pureza de Naruto. Viu uma garota de cabelos róseos e olhos esmeraldinos muito feliz abraçada a Naruto junto com a família. Perguntou-se se era a antiga namorada que já ouviu falar.

— Demorei muito? - assustou-se quando sentiu a presença do loiro tão subitamente ao seu lado. Ela se distraiu ou realmente não percebeu?

— Desculpe, te assustei? - era loucura da cabeça dela ou ele parecia estar um pouco diferente? Observou os cabelos molhados e sentiu o perfume amadeirado.

— Eu não sou tão frágil como você pensa, sabia? - ela riu com sua piada interna e ele a acompanhou.

— Eu sei que você é uma mulher forte. Já tive provas o suficientes para isso. - Ele piscou e ela sentiu o rosto queimar. - Quer beber alguma coisa? Café, chá, ou talvez um vinho?

Ela não estava entendendo muito bem, havia algo diferente no loiro que ela não sabia explicar. Ele sempre fora educado com ela mas algo em seu modo de falar e agir estava a deixando embriagada. - Eu aceito uma taça de vinho.

O rosto do loiro se iluminou e a vampira percebeu. Ele serviu uma taça de vinho tinto para cada e sentou-se novamente ao seu lado. Moka bebericou minimamente o vinho e Naruto fez o mesmo.

— Nunca pensei que você estaria sentada nesse sofá. - Ele disse a verdade.

Moka se sentiu estranha com a afirmativa do Uzumaki. - E por que pensou isso?

— Você nunca deu nenhuma brecha, sempre me pareceu tão profissional. Não pensei que um dia poderia compartilhar desse tipo de intimidade com você.

— T-Tipo de intimidade? Do que você está falando? - ela estava prestes a se levantar. Ela não queria confusão.

— Calma. Desculpe se te fiz entender errado - ele sorriu -, falo da nossa amizade. 

— Claro, era isso. - a decepção em sua voz era aparente. Por mais que quisesse, não conseguia esconder.

O loiro a encarava, ele pensava se deveria tentar fazer algo duvidoso. Ele queria tanto beija-la quanto precisava de oxigênio. Pegou as mãos macias que se encaixavam perfeitamente nas dele. Ele viu o olhar confuso e levemente assustado dela. Antes que ela falasse, ele se pronunciou.

— Sua mão é tão macia. - ele disse contornando cada linha da mesma. - Seria esquisito se eu dissesse que queria acariciá-las e beija-las todos os dias? - Naruto levou a mão direita de Moka até o seu rosto e em seguida a beijou.

A rosada ficou sem reação. Não sabia o que pensar. Nem nos seus sonhos mais loucos pensaria que algo assim realmente aconteceria. O impasse interno estava começando a se formar. Ir embora dali imediatamente ou ficar e esperar pela melhor parte. De qualquer jeito, mesmo que ela quisesse sair do sofá aconchegante, ela não conseguiria. Nenhuma parte do seu corpo parecia querer obedecer aos seus comandos. Era como se o coração tivesse tomado conta do seu corpo.

Naruto se aproximou mais da rosada e ainda segurando em sua mão, subiu seus dedos até seu braço pálido. Conforme ia e voltava pelo local deixava um rastro de arrepio por onde passava seus dedos longínquos. O silêncio da rosada estava o incomodando um pouco porém resolveu ignorar por um tempo. Sentiu olhos sobre ele que ainda apreciava o arrepio dos movimentos.

O loiro a encarou. Moka parecia ansiosa. Ele reparou que a respiração estava irregular. Tocou-lhe o rosto, passou a mão pela orelha e em seguida pelo maxilar, pescoço e parando na clavícula e voltando para o queixo.

— Moka? - Ele a chamou. Ela parecia estar hipnotizada com tudo. - Está tudo bem? - ele queria ter certeza.

— Ah, eu... Está sim. Eu só não esperava... - ela sorriu interrompendo a frase.

— Eu posso continuar com isso? - a pergunta era idiota mas ele não queria se ela não quisesse.

A hesitação da resposta dela fez ele abaixar a mão que ainda estava sobre o seu queixo e tomar mais um gole de vinho. - Está tudo bem. - ela respondeu.

Ela não podia ter dado o consentimento. O que ela estava fazendo, ela não sabia. Arriscar tudo por um desejo idiota a deixava como um lixo, mas como negar um pedido de uma pessoa tão amável? Como negar um pedido a ele? Para ela essas perguntas eram impossível de ser respondidas.

O loiro virou o rosto para encará-la. Afastou poucas mechas que caiam sobre o seu rosto. Seus narizes estavam quase se tocando. A respiração irregular de ambos se encontraram. Segurando atrás da nuca da Akashiya ele a beijou. Um beijo terno. Sem muito escrúpulo. O loiro, devagar abriu os lábios querendo permissão e Moka fez o esperado. Sugando seu lábio superior, ele a beijava amavelmente. A boca macia da rosada lhe causava sensações alucinantes. Quando suas línguas se encontraram ele se sentiu anestesiado. Suas mãos devagar faziam uma maçaroca de cabelos rosas. Ainda a beijando, sua mão vagava por todo o corpo da vampira, explorando cada parte que ele queria há muito tempo. Passou pelos ombros, costas, foi para as coxas e apertou levemente, sentindo a firmeza e a maciez da pele que a saia da Moka não escondia. Subiu mais um pouco passando pela barriga que sentiu sob a blusa de seda e parou nos seios. Sentiu o sutiã atrapalhando o contato mais direto, mas pode constatar que os seios da rosada eram fartos. Mal conseguia segurar com sua mão. Apertou de leve, provocando um leve gemido vindo da Akashiya. Parando de beija-la, ele seguiu para o pescoço, beijando e roçando seus lábios no local. Moka suspirava constantemente, o que deixava o loiro satisfeito. Ele a encarou por alguns instantes. Seu olhar estava selvagem e anestesiado. Sua face estava rubra e um pouco suada. Os lábios vermelhos estavam inchados pelos danos que ele causou. Ela estava ainda mais linda do que ele achara que poderia ficar.

Moka estava ficando impaciente. O que tanto ele olhava? Tinha algo de errado com ela talvez? A rosada resolveu tomar as rédeas e pegou o loiro de surpresa. Ela estava no comando agora. Colocando todo o seu peso sobre ele, o obrigou a deitar no sofá de couro. O beijou ferozmente e sentiu a mão atrevida do Uzumaki em suas nádegas. Ela não ligou, pra falar a verdade estava gostando. Moka arrancou a camisa cinza do loiro e o deixou seminu. Passou as unhas no abdômen levemente bronzeado do Uzumaki. Sentiu o volume da intimidade do loiro contra a sua perna. Respirou fundo só de pensar no assunto. Talvez devesse parar? Estava indo longe demais? Se, se envolvesse mais talvez não teria como voltar atrás. A razão estava voltando e duas questões vieram a sua mente: ela deveria ouvir seu coração ou ouvir sua razão?


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