Corações Feridos escrita por Tais Oliveira


Capítulo 21
Amor indeciso amor


Notas iniciais do capítulo

Boa noitee ♥ aqui estamos com mais um capítulo da fic... fiquei feliz com a aceitação de 97% de vocês sobre a história de Cora com Regina... me surpreendi bastante :) A fic já alcançou as metas bem antes do previsto ;) gostaria de agradecer aos 8500 acessos no Nyah (Quem sabe não ganho uma recomendação no Nyah de presente de aniversário... hehehe) e aos 4200 no Spirit :)

Sobre o capítulo... como todas sabem estamos em uma semana de comemoração. Por isso ontem, postei a carta que Marian deixou para Robin... fiquei surpresa com a participação de vocês lá nos comentários, amei ♥
Esse capítulo ta bem especial ♥ teremos um flashback sobre o passado de Robin... e momentos OQ de tirar o fôlego :)

Chamada do capítulo:
https://www.youtube.com/watch?v=q5w_MaCqGO4&feature=youtu.be

Boa leitura ♥ espero que gostem!



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   A Segunda – Feira havia chegado. Ruby estranhara a agitação no comportamento da chefe,Regina já havia procurado por Robin duas vezes em menos de uma hora.

Tornando a situação ainda mais complexa... Regina nunca foi o tipo  de chefe que procurava pelos funcionários. Eles a abordavam. Todavia, com Robin era diferente.

  Obviamente era estranho,afinal ele não costumava se atrasar, a menos que tivesse um problema.

  Regina estava em sua sala aguardando impaciente o regresso de Belle. Assim que sua secretária adentrou sua sala, perguntou:

—Então ele já chegou?

—Ainda não Dra.Mills.

Suspira. Belle continua:

—Desculpe a intromissão,mas o que a senhora precisa resolver com tanta urgência?

—Trabalho.O que mais seria? (Mente.) –Pode continuar com as tuas atividades,quando ele chegar me avise.

Belle consente e se retira.

  Dois dias desde que o tinha visto, e já sentia uma saudade imensa. Queria vê-lo, perdeu-se naqueles oceanos azuis que ele exalava no olhar.

Precisava de Robin para conforta-la... A confissão de sua mãe havia lhe deixada frustrada. Saber que viveu uma mentira (mesmo que para o seu bem) durante anos a deixou incerta sobre diversas questões...

  Naquela tarde compreendeu seus pais, eles a amavam não havia dúvidas. Contudo não poderia desabafar com eles e dizer com se sentia, os magoaria mesmo que não fosse sua intenção...

 Só alguém como Robin, seu eterno guardião, poderia saciar aquela imensidão de sentimentos. Necessitava dos conselhos dele para que todas as suas incertezas desaparecessem.

  Seu devaneio foi interrompida pela chegada de sua irmã...

—Regina! (A ruíva lhe abraçou.)

—Zelena como você está? Fiquei sabendo que você passou mal.

—Isso é o de menos. Eu quero saber como você está? Quero me desculpar por...por (seus olhos estavam lacrimejados.) –ter dito aquelas coisas. Meu deus! Eu chamei você de “senhora trabalho”. Não consigo sequer imaginar a dor que lhe causei. Eu sinto muito...

—Zelena respire. Não se martirize pelo que já foi feito. Eu já te desculpei não é? Preocupe-se com a sua saúde e a do seu bebê.

Sorriu. Recebeu o abraço da irmã mais nova.

—Você não merecia isso.

—Coisas ruins acontecem com pessoas boas a todo momento. E olha que eu não sou tão boa assim.

Zelena sorri do sarcasmo da irmã nas últimas palavras.

—Não fale besteiras. Como alguns dizem você só é um coração que se finge de duro.

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   Pela primeira vez desde que começara a trabalhar no escritório, Robin chegou sem cumprimentar ninguém. Dirigindo-se de imediato até a sua sala.

 O que não passou despercebido por seus colegas de trabalho,afinal dentre todos Robin era o mais carismático... No entanto, naquele dia suas feições carregavam fúria. Repulsa.

 Assim que o viu chegar Ruby foi atrás do mesmo.

—Robin a Dra.Mills já esteve duas vezes procurando por você. Disse que é assunto de trabalho.

—Eu não tenho nenhum assunto de trabalho para tratar com ela. Se ela quiser que me procure. Retire-se por favor.

—Mas é urgente e...

—Será que você não entendeu? Eu quero ficar sozinho!

Gritou ríspido.

 Primeiramente a assustou, Ruby estranhava aquele comportamento do amigo. Robin sempre foi tão gentil com ela. Claramente estava com algum problema grave. Preocupou-se.

 Assim que saiu da sala dele, percebeu alguns de seus colegas a encarando.

—O que houve com o Robin?

—Nunca tínhamos visto ele assim. Devemos chamar a Emma?

—Ela não está. Foi ao banco.

  Robin reprendia-se mentalmente pelo seu comportamento, não deveria ter gritado com Ruby, ela não tinha cupa dos seus problemas.

Pensava no que ela havia lhe dito...

Regina havia lhe procurado,provavelmente precisava do seu apoio.

 Entretanto questionava-se como poderia confortar alguém sendo que sua própria vida se tornará um caos em menos de 24 horas...

 Como manter a promessa que fez a sua mãe antes de morrer?Ser bondoso e atencioso. Se o destino fazia questão de destruir uma das suas principais fontes de felicidade. Sentia-se impotente, fraco.

  O telefone tocou. Suspirou, receoso atendeu. Arrependeu-se, era ele a fonte de todos os seus problemas. August Booth.

 -Não adianta fugir, eu vou fazer de tudo para recuperar o meu filho. Um exame de DNA e você perderá ele para sempre.

—Desista Booth! Jamais tirara Roland de mim. Ficar com Marian e destruir nosso matrimônio não foi o suficiente?

—Roland é o fruto da nossa paixão. E você sabe disso. Eu e Marian fugiríamos com ele naquela noite... (Pausa.) –Se não fosse o acidente.

—E quatro anos depois você quer a guarda dele?

—Eu não me sentia preparado naquele momento para assumir uma responsabilidade tão grande sozinho.   E te ver cuidando dele com tanto carinho me fez acreditar que se você criasse ele seria melhor. Mas agora eu eu mudei de ideia e vou recuperar o tempo perdido.

—RECUPERAR?! Você não vai recuperar nada. EU NÃO VOU PERMITIR!

—Eu não me importo, se você não quer contribuir irei apelar para a justiça e vou conseguir a guarda do meu filho. Afinal tenho muito mais recursos que você!

—ELE É MEU FILHO!!!

Gritou exasperado.

 Bateu o telefone com força. Pegou a primeira coisa que viu sob sua mesa e a jogou contra parede, causando um barulho estridente.

  Killian estava escorado na porta de sua sala. Analisava a irmã, como a admirava. Era exatamente como ela havia falado noites atrás... Tudo seria como antes e de fato era.

 Estava com um dos seus clássicos terninhos, maquiada. Quem a visse jamais imaginária o que ela havia passado... Mesmo diante de tantas frustrações estava ali desempenhando seu trabalho. Orientava Anna que a abordará no corredor.

 Entretanto todos que estavam por ali pararam suas atividades assim que escutaram Robin gritar e logo em seguida ouviram o som agudo de vidro se espatifando.

 Os olhos de Regina pairaram sobre a sala dele de imediato.

Franziu o cenho ao perguntar:

—O Lockesley já chegou?

 Anna a responde:

—Sim. Eu acho que aconteceu alguma coisa, ele está esquisito. Até mesmo gritou com a Ruby.

—Depois nós resolvemos isso. Eu vou descobrir o que está acontecendo.

Disse entregando os papéis para a funcionária. Esbarrou no irmão. Pergunta para o mesmo:

—Você também ouviu?

—Sim. Veio da sala do Robin. Eu estou indo saber o que aconteceu.

Regina o segura pelo braço.

—Não, deixa que eu vou.

  Mais alguns passos e estava diante da sala dele. Bateu na porta. Silêncio. Após alguns segundos bateu novamente dessa vez abriu mesma sem consentimento.

  Ao abrir depara-se com Robin estagnado encarando o chão. Sua face exalava suplica. Seus estavam olhos lacrimejados.

—Robin? O que está acontecendo?

Perguntou.

 Assim que a ouviu a olhou. Regina percebeu que aqueles oceanos azuis que tanto lhe encatavam, estavam sombrios. Carregados de algo que Regina conhecia muito bem, dor.

—O Roland não é meu filho.

 A confusão que pairava no rosto dela era evidente. Preferia acreditar que tivesse ouvido errado... Mas devido ao desespero que predominava no mesmo ela sabia que havia compreendido com exatidão tais palavras. Sentiu-se angustiada o encarando, nunca o tinha visto daquela maneira.

 Uma lágrima escorreu pelo rosto visivelmente abatido de Robin.

—Eu não posso perde-lo Regina.

—Mas como? Eu não entendo. Robin me explique melhor o que está acontecendo... Como assim o Roland não é seu filho?Perder ele para quem?

Com a voz embragada, tentando controlar-se ele prossegue: -Eu vou contar como tudo aconteceu...

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 Flashback  - Agosto de 2012

 

   O sol se recolhia no horizonte na tranquila cidade de Outer Banks Carolina do Norte, Robin como de costume voltava para casa. Entretanto, dessa vez carregava consigo um ramalhete de flores para presentear a esposa.

Numa tentativa de  reestabelecer os laços de seu casamento que de certa forma estava se desgastando e ele não entendia o motivo, afinal há poucas semanas sua esposa havia dado á luz ao seu segundo filho.

 As coisas já vinham modificando-se desde meados do ano anterior... Contudo quando sua esposa anunciou a gravidez o mesmo acreditou que aquela seria uma ótima oportunidade para consolidar novamente seu matrimônio. Afinal um filho era uma bênção.

No entanto, não foi isso que aconteceu... as coisas só pioraram. Quando a procurava a mesma esquivava-se não carregava mais aquela paixão de anos antes.

Estava na hora de reverter a situação,a família sempre fora uma das suas principais virtudes. Talvez fosse pelo fato dele nunca ter tido uma de fato.

 Virou à esquerda e lá estava diante do seu humilde lar, porém apesar de tudo grandioso em amor...

 Infelizmente assim que entrou viu que Marian não estava. A surpresa das flores teria que esperar...

  Foi até o quarto de sua filha Valerie,uma típica adolescente de 15 anos. Talvez não tanto assim, carregava consigo a dor do abandono dos pais biológicos.

Afeto não lhe faltava ele sabia disso, depositava nela todo amor de um pai, mas ele sabia que não era o suficiente. A ausência de uma mãe a afetava por mais que ela não admitisse...

Lamentava que Marian e Valerie não tivessem criado laços fraternos como ele gostaria.

—Que tanto você apaga nesse caderno filha?

Disse aproximando-se e beijando a testa da mesma.

—Estou estudando para uma prova de cálculos que tenho na Segunda. Sou péssima!

Bufou.

—Calma filha vai dar tudo certo. Deixe-me ajuda-la.

 Vinte minutos se passaram-se. Valerie percebeu que seu pai não parava de encarar o relógio.

—O que foi pai?

—Já faz minutos desde que cheguei e Marian ainda não voltou para casa.

—Ele foi ao mercado.

—Hum. Então vou aproveitar e surpreende-la com um jantar. Eu comprei as flores favoritas dela.

  Assim o fez desceu e foi até a cozinha. Iria preparar a refeição preferida dela... Entretanto um envelope em cima da mesa endereçado á ele lhe chamou a atenção. Seria do trabalho? Mas por que não enviar ao seu escritório?

Curioso abriu.

 

“ Robin, sinto muito por terminar anos de convívio nesse simples pedaço de papel... Mas é nisso que se resume a nossa vida, algo simples. E não é isso que eu quero para mim.

 Lembra-se de Agusth Booth?Filho do dono da empresa de carros. Você o defendeu no tribunal ano passado... Enfim, nos apaixonamos perdidamente. Eu o amo! Talvez não tanto quanto te amei um dia ,mas ele pode me dar coisas que você nunca conseguirá.

  A sua bondade excessiva irá te destruir... Um exemplo disso é o fato de você criar Valerie, nosso casamento não se acabou somente por conta dessa paixão eloquente pelo Gus. Também se deve ao amor demasiado que deposita nessa menina.Ela nem sequer é sua filha...

 Sei que desde as primeiras palavras você deve estar sofrendo... Mas acredito que agora venha o pior...eu me martirizei muito por conta disso, e sinto por não ter sido sincera contigo desde o começo.

 Roland não é seu filho. Quando eu descobri que estava grávida, fazia algumas semanas que nós não tínhamos relações. Obviamente o filho era do Augusth, me desesperei. No mesmo dia tratei de “apimentar” a nossa relação com medo de que você descobrisse a verdade.

Sucederam-se os dias e eu lhe contei que teríamos nosso primeiro filho. Você ficou tão feliz. Eu e Gus havíamos brigado, acreditei que não voltaríamos mais. Entretanto, não foi isso que aconteceu.

Há duas semanas atrás ele me procurou novamente pedindo perdão. Afirmou que já está pronto para ser pai e o principal que me ama! Pedi um tempo para pensar, levei em consideração todos os gestos românticos que já fizeste por mim, idolatrei cada um deles... e mesmo te amando não acho que sejam o suficientes.

Você é um homem bom e eu sei que encontrará uma mulher humilde como você, que  te compreenda e aceite as tuas decisões, a mulher ideal. E ela não sou eu. Me desculpe. “

 Lágrimas inundavam a sua face. Sua esposa havia o deixado, lhe traído.    Lhe dará e arrancará sua principal virtude...

 Quando se deu conta do principal... seu filho, seu pequeno Roland. O qual amara incondicionalmente desde os primeiros chutes, primeiro choro...não era seu de fato.

 Transtornado subiu as escadas rapidamente.

—Valerie! Valerie!

 A mesma assim que o viu passando pelo corredor parou diante da porta de seu quarto, assustou-se ao ver o pai daquela maneira.

—Pai? O que está acontecendo?

Robin caminhava apressado ao perguntar: -Marian levou Roland?

 Antes mesmo que a filha pudesse responder adentrou o quarto do filho. Deparou-se com o berço vazio.

—Sim. Por que?

—NÃO!

Ajoelhou-se no chão com a carta na mão.

—Pai? O que houve? Você está me assustando.

 Robin nada conseguia dizer apenas chorar. A vida havia lhe proporcionado apenas uma doce ilusão, e logo depois acabará com cada felicidade que tinha vivenciado.

—Pai? Diga alguma coisa!

 Na sala o telefone tocava, acreditando que pudesse ser sua tia ou sua vó Valerie corre para atende-lo. Precisava de ajuda, nuca havia visto seu pai daquele jeito.

—Alô.

—Valerie? Seu pai está por perto?

Era David.

—Não sei se ele está em condições de falar agora.

—Ele já está sabendo?

—Eu  não sei ele não para de chorar. Aconteceu alguma coisa com o meu irmão?

—Não. Graças a deus ele está bem! Por sorte Roland estava no banco de trás do veículo, só sofreu leves ferimentos.

—Espera, do que você está falando?

—Do acidente.

—Que acidente?

Robin descia as escadas e ouvindo a conversa falou:

—Me deixe falar com ele filha.

Disse tentando manter o controle.

 Assim que David lhe contou o ocorrido Robin foi de imediato para o hospital... O quadro de sua esposa era grave. No entanto, seu filho (como todos pensavam) estava vivo. Era sobrevivente de um milagre.

 Robin o segurava com cuidado. Analisava cada feição daquele bebê inocente. Não tinha culpa pela negligência dos pais...

Não havia esbarrado com Booth em momento algum sequer. Obviamente o mesmo fugiria de suas obrigações como pai, ainda mais solteiro. Afinal os médicos já haviam deixado bem claro que as chances de recuperação de Marian eram mínimas.

 Naquele momento tomou uma decisão... Amaria Roland como se fosse seu próprio filho para todos os efeitos ele era. Era seu sobrenome que constava na certidão. E assim seria para sempre.

 Diria a todos que Marian faria uma viagem á trabalho e que levava o filho por conta da amamentação.

   Robin estava sendo observado por Augusth, o mesmo via o amor  e carinho que Robin tratava Roland. Pela forma que seu filho estava sendo cuidado, deduziu que Marian não havia contado toda a verdade e que Robin acreditava que Roland realmente era seu filho.

Talvez fosse melhor assim, poderia curtir mais a vida. Lamentava por Marian, mas teria que seguir em frente mesmo que ela tivesse o feito sentir uma paixão como nunca havia vivido antes.

Quem sabe um dia estaria disposto a revelar a verdade...

 

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—Ontem à tarde ele me ligou. Contando a história. Achou que eu não sabia, Booth tinha certeza de que eu desistiria de Roland quando descobrisse tudo. Mesmo percebendo que as coisas vão ficar mais complicadas, ele fez questão de frizar que irá lutar pela guarda de Roland. (Sua voz padecia a cada palavra pronunciada.) –Ele tem razão, possui mais recursos do que eu. Isso facilita as coisas.

 Disse de cabeça baixa encarando a mesa. Regina que estava sentada na cadeira a sua frente, entrelaça sua mão suave sob a dele, fazendo o mesmo a encarar de imediato.

—Você tem o meu apoio. Eu não irei permitir que isso aconteça. Se eles tem recursos nós também temos.

 Robin apreciou aquele gesto dela, as palavras de conforto, o toque do qual ele não queria desprender-se. Aquela mão era tão macia...

 Contudo ele sabia, nada daquilo seria o suficiente para resolver sua aflição. Levantou-se interrompendo o contato.

—Você tem recursos eu não.

—NÓS TEMOS! Você já faz parte da família, trabalha aqui. Tenho certeza de que todos irão te ajudar, te admiram.

—Não será o suficiente Regina! Ele não é meu filho que juiz levará isso em consideração? Marian estava certa quando disse que a minha bondade iria me destruir um dia. Olha só o que está acontecendo... Estou prestes a perder o meu pequeno garoto. Os Booth... ELES NÃO PODEM TIRA-LO DE MIM!!!

Exclamou passando a mão no rosto.

—Robin se acalme.

Em um sussurro ele conclui:

—Meus filhos são tudo que eu tenho Regina.

 Na tentativa de acalma-lo o abraço.

—Eu sei.

Ela responde.

  Robin usufruía do afeto com carinho. Mesmo triste foi inevitável não contemplar aquele momento singelo.

 Queria prolongar aquele abraço o máximo que pudesse, era reconfortante. Seu coração sentia-se aquecido. Regina conseguirá acalma-lo.

O fato de tê-la ali nos seus braços, o fazia nutrir ainda mais o desejo de viver algo profundo com ela.

 Ainda abraçada nele diz:

—Eu prometo que não irei deixar ninguém tirar Roland de você. Eu juro.

—Obrigado.

Ele agradeceu a apertando ainda mais.

 Estava difícil conter seus sentimentos... Regina sentiu-se eriçar quando Robin a agarrou com mais destreza.

—Robin?

—Sim.

—A sua esposa estava errada, a sua bondade e os seus gestos nobres são as qualidades que mais aprecio em você.

 Robin afastou seus corpos o menos possível, apenas para poder encara-la nos olhos ao perguntar:

—Aprecia?

—Claro. Você é a pessoa mais nobre que conheço. (Coloca a mão sob o peito dele.) –Possui um coração puro. Eu admiro você, não deixe um problema por mais complicado que seja devastar a sua sensibilidade.

Durante um tempo a troca de olhares predominou ...

  Robin havia se surpreendido com as palavras de Regina. Tal pronuncia serviu apenas para enaltecer com mais intensidade o que sentia por ela...

 Estava disposto a se declarar, não pensou muito antes que hesitasse pronunciou:

—Regina eu...

 Antes que concluísse sua frase a porta foi aberta abruptamente. Era Emma. A surpresa foi inevitável. Jamais havia pensado encontrar o irmão e a cunhada tão próximos daquele jeito.

 Uma das mãos dele estava na cintura de Regina. Já a mesma tinha sua mão direita depositada no peito de Robin.

Assim que Regina a viu afastou-se.

 Emma ficou os olhando, até as feições debilitadas de seu irmão lhe chamarem a atenção.

—Robin? O que houve?

Regina se intromete.

—Emma leve seu irmão para casa, ele não está em condições de trabalhar hoje. Lockesley descanse o quanto achar necessário. Com licença.

 Estava preste a sair até ouvir Robin chama-la...

—Regina.

—Sim.

—Obrigada.

 A mesma consentiu esboçando o sorriso que ele tanto admirava. Retirou-se.

 Emma observava os dois.

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  Assim que Emma e Robin chegaram no apartamento do mesmo, foram recepcionados por Roland que beijou a tia e logo correu para os braços do pai.

 Robin o abraçou com intensidade. Assim que o soltou Roland correu até a pequena sala e logo entregou ao pai um desenho que havia acabado de terminar.

—Olha papa! Esse é você, aqui está a Val, eu e a Regina!

Robin sorriu.

—Que desenho lindo filho!

—Você pode entregar para ela?

—Claro! Agora vá para o seu quarto. Eu preciso conversar com a sua tia.

Minutos depois...

  Emma estava paralisada encarando sua caneca de café. Possuía conhecimento da verdade. No entanto,não acreditava na hipótese de August um dia querer exercer as responsabilidades de pai.

Não aguentava ver o irmão daquela maneira.

—Eu vou falar com o Killian,tenho certeza que os Mills irão nos ajudar.

—Eu sei. A Regina já me afirmou isso.

—Ela já sabe?

—Sim. Eu contei á ela.

—Humm... Então é por isso que você estavam agarrados?

—Nós não estávamos agarrados, estávamos abraçados.

—Tanto faz. Me diga... O que está acontecendo entre vocês?

 Robin poderia mentir para a irmã, dizer que nada passava de uma relação profissional... Entretanto, optou por dizer a verdade.

—Eu estou apaixonado por ela.

A loira sorriu.

—Meu deus Robin! Que maravilha!

—Não se anime tanto, com certeza ela não sente o mesmo por mim. Aliás devo lhe agradecer por ter entrado na minha sala, mais um segundo e eu teria revelado a ela os meus sentimentos. Regina é mulher demais para mim.

—Eu não acredito que estou ouvindo isso Robin. Eu vi como estavam próximos. Confesso que ainda estou surpresa com a evolução do relacionamento de vocês. Regina é uma mulher como qualquer outra. Obviamente ela não é como a ambiciosa da Marian.

—Eu acho que ela me vê apenas como um amigo, alguém em quem ela pode confiar.

—Ela não costuma abraçar os amigos dela daquela maneira. Diga á ela como você se sente.

—Você acha que tem chances dela sentir o mesmo por mim?

—Sim. Eu vi a forma apreensiva que ela te olhava, estava preocupada com você. Dê uma segunda chance para o amor.

—Eu não acho que esse seja o momento ideal para essas coisas. Além do mais agora com todos esses problemas. O amor não é para mim Emma.

—Pois eu acho que esse é o momento perfeito.

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  A noite era fria como de costume em Nova York. O ar estava cortante.

Contudo Robin não se importava... Queria apenas caminhar.

 Pensava nas inúmeras vezes que a vida fora injusta com ele...

Primeiro sofreu com o abandono do pai, logo depois a morte da mãe. Anos de sofrimento em um orfanato, onde não recebia nada mais que três refeições diárias... Nada de afeto.

 Anos depois... quando enfim tinha sua própria família, foi traído. E agora queriam tirar dele seu filho o qual ele dedicou todo amor de um pai...

 Parte dele queria continuar sozinho, mas havia uma outra que desejava estar somente com uma pessoa...

 Quando percebeu já estava em Wall Street em frente ao edifício que trabalhava. Advocacia Mills.

 Sabia exatamente o que fazia ali. Assim que olhou para cima percebeu que as luzes da sala de Regina ainda estavam acesas... Sem pensar duas vezes entrou.

  A porta da sala dela estava entre aberta o que facilitou, pode ficar ali parado apenas a observando.

 “Como é bela.” Pensou.

 A mesma parecia estar concentrada lendo alguns papéis. Reparava nas expressões que ela fazia enquanto descobria as coisas que constavam nas anotações.

Se franzisse a sobrancelha esquerda, estava com dúvida. Se as arqueava estava surpresa. Se colocava os cabelos atrás da orelha estava nervosa...

 -Robin?

Perguntou tirando seus óculos de leitura e levantando-se da cadeira.

—Há quanto tempo você está aqui? Aconteceu alguma coisa? August voltou a ligar?

 Se aproximando dela ele responde:

—Não. Nada disso.

—Então o que você está fazendo aqui a essa hora? Já passam das 22:00 horas.

—Eu estava caminhando... vi a luz acesa e resolvi entrar. uEu pergunto o mesmo. O que você ainda está fazendo aqui? Tem que trabalhar menos Regina.

—Eu me distrai e nem vi o tempo passar... Estou estudando casos semelhantes ao seu, descobri que em New Orleans um pai conseguiu a guarda do menino que não era filho dele, não me lembro ao certo a situação, vejamos... (Ela caminha até a sua mesa, começa a procurar por papéis.) –Aqui está! (Entrega os papéis para Robin.) –Também encontrei um caso parecido em Washington. (Pegava mais folhas que estavam espalhadas sob a sua mesa.) – Procurei em alguns livros como devemos agir em situações como essa. Falei com alguns amigos meus do ramo, e o mais importante contratei um detetive particular para investigar a vida dos Booth, é sempre bom saber mais sobre quem vamos enfrentar. Como são, o que fazem, os lugares que frequentam...

Ao perceber que Robin a encarava paralisado ela pergunta:

—Robin você está me ouvindo?

Ele fica a encarando mais alguns segundos, até responder:

—Sim. Desculpe. Como você descobriu tanta coisa?

—Desde que você saiu com Emma comecei a pesquisar... Procurei por alguns contatos, falei com amigos antigos como já lhe disse. Afinal...

—Espere, espere. Está me dizendo que trabalhou o dia todo até agora para me ajudar?

—Claro. Eu prometi a você que iria ajuda-lo. Promessas servem para serem cumpridas você não acha?

—Sim. É...só que eu não... (Sorriu.) –pensava que você passaria um dia dedicando seu tempo a mim.

—Você e os seus filhos são importantes para mim.

—Somos?

Ele pergunta surpreso.

—Claro.

 Robin esboçou o sorriso que ela tanto gostava demonstrando suas covinhas. Regina percebeu que ele a olhava de uma maneira diferente.

—O que foi?

Pergunta.

—Não imaginava que fossemos tão importantes para você.

 A mesma sorriu.

Colocando o cabelo atrás da orelha.

“Ela está nervosa... Será que Emma está certa? Regina gosta de mim? Ela acabou de dizer que se importa comigo, e o principal... com meus filhos. Só a uma maneira de descobrir...” Pensou.

—Regina?

—Sim.

—Posso lhe dizer algo?

—Claro.

“Aprendi que não posso exigir amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto.”

 —É muito bonito Robin. Mas eu não entendi por que você o citou.

Aproximando-se dela ele responde:

—É uma maneira mais fácil de dizer que estou apaixonado por você!

 Ambos ficaram se olhando.

 A surpresa pela declaração inesperada era evidente na face dela. Uma parte de si sentia-se radiante. Ele sentia o mesmo por ela... era correspondida. No entanto,também tinha medo... de se entregar e se machucar...

Antes mesmo de concluir seu devaneio, é surpreendida mais uma vez...

—Eu já cansei de esperar...

 Robin a apanhou pela cintura, fazendo seus corpos se entrelaçarem e logo selou seus lábios nos dela. O beijo começou lento, mas logo se intensificou. Exploravam cada canto da boca um do outro.

 Robin acariciou os cabelos negros dela e logo depositou sua mão na nuca da mesma.

O beijo estava caloroso, desvencilharam-se apenas quando o ar já era escasso.

Suas testas estavam coladas.

—Eu sei que não vim aqui por acaso, minha mente estava nas ruas divagando os meus problemas, mas o meu coração... ele me guiou até aqui.

 Ela ficou o encarando.

—Regina? Diga alguma coisa.

Afastou-se dele ao dizer:

—Isso não deveria ter acontecido... foi um erro.

  Ouvi-la pronunciar tais palavras o feriu gradativamente. Sentiu-se um completo idiota, acabara de se declarar para ela... e a mesma dizer que tudo não passou de um “erro.”

Logo sua dor esvaeceu e a fúria predominou... Com um tom elevado se dirigindo a porta ele diz:

—Sem erros sem falhas não é mesmo?

Bateu a porta.

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 Próximo capítulo...

 

Killian entra agitado na sala da irmã, a mesma parecia estar ocupada assinando alguns papéis...

—Regina o que significa isso?

Encara o irmão.

—O que?

—Isso! (Entrega a ela um papel.) -O pedido de demissão do Robin.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Me amem e me matem! Regina não tenha medo! Afinal todas nós queremos um Robin desses nas nossas vidas não é mesmo??? ♥ Não deixem de comentar o que acharam do primeiro beijo, e sobre o passado do nosso guardião favorito...

Indicação de fic: https://fanfiction.com.br/historia/694486/O_Pedido_-_OutlawQueen_Once_Upon_a_time/ (Capítulos atrás eu indiquei A Proposta, essa é a continuação... uma história envolvente amooo ♥ )

Me sigam no Twitter eu o fiz esse ano e tenho poquissímos seguidores kkkk ♥ :)

https://twitter.com/Taisoliveira338

Amanhã será disponível a chamada do próximo capítulo lá na página...

Beijoss até Sexta ! ♥