The last Key escrita por Apolo_22


Capítulo 2
Invocados por acidente.


Notas iniciais do capítulo

Trazendo o segundo capítulo. Agora o negocio começa a ficar mais interessante. Espero que gostem.



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Lá estava eu fazendo um serviço que não queria mesmo envolvendo algo que eu gostava. Eu estava ajudando a desmanchar um carro roubado e tuna-lo para ser usado por algum criminoso escroto. Detesto meu trabalho, mas gosto de trabalhar com maquinas, tecnologia e principalmente metal. Desliguei as travas de segurança do motor com facilidade e estava mexendo no painel quando ouvi alguém me chamar.

    – Menma vá tomar um banho e trocar de roupa. Não quero que aquela assistente social enxerida vá lá em casa, novamente. Depois da aula venha direto para cá. Temos muito trabalho e preciso que você invada alguns sistemas que o Estevam não conseguira – dissera um cara grande usando um macacão cinza, tendo olhos azuis, pele clara, cabeça raspada e uma cara de poucos amigos. Se ele estivesse usando um terno bonito poderia ser confundido com um mafioso russo, mas em vez disso ele é meu tio.

    – Certo... – disse saindo de dentro do carro passando por meu tio sem olhar para ele. Eu havia aprendido a muito tempo que ele não gostava que eu olhasse para ele ou conversa-se com ele. Aparentemente eu tinha um olhar desafiador e um tom rebelde pelo que ele me dissera certa vez enquanto me batia.

Fui para o vestiário do galpão onde tomei um banho rápido e me troquei colocando uma calça jeans, camiseta branca, camisa xadrez vermelha e preta, tênis preto. Eu detestava ajudar meu tio naquele desmanche, não queria ser um criminoso, mas quem não trabalhava não comia.

Peguei um ônibus escolar a varias quadras do galpão e comecei meu longo trajeto até meu colégio. Ainda era cedo e não havia muitos passageiros no ônibus, mas mesmo assim ao entrar eu recebi vários tipos de olhares diferentes. Ignorei o olhar dos outros e fui para o fundo do ônibus me sentando em meu lugar de costume. Minha realidade não era algo que eu gostava e meu futuro não era nada esperançoso. O pouco dinheiro que eu vinha juntando trabalhando por fora não seria o suficiente para pagar minha faculdade, mesmo minhas notas sendo boas. Além disso eu provavelmente não seria permitido frequentar uma. Provavelmente eu continuaria tendo que trabalhar pro meu tio ou para algum outro criminoso já que minhas habilidades se tornaram conhecidas. Nesse ramo fama é a pior coisa que se pode ter. Ela lhe impede de deixar essa vida de varias formas diferentes.

Enquanto o ônibus seguia seu trajeto eu ficava observando a paisagem das ruas de Sarnath. Não era uma cidade muito pequena, mas mesmo assim parecia parada no tempo em vários pontos da cidade. Aquela cidade nunca me trouxera nada de bom. Perdi meus pais muito cedo em um tiroteio, fui criado por meu tio e sua esposa por serem meus únicos parentes vivos. Quando fiquei grande o suficiente pra ajudar no desmanche tive que começar a trabalhar para poder comer e receber uns míseros trocados. Essa é minha linda realidade.

Olhei para meu reflexo refletido na janela por um momento, cabelos negros, olhos azuis, pele clara. Eu sabia que minha aparência não era ruim e que se não fosse minha fama eu poderia conseguir uma garota legal, mas eu não queria envolver ninguém em meus problemas. Era incrível que nem direito de ter uma garota eu tinha, se eu arranja-se uma ela seria arrastada para todo aquele drama envolvendo meus tios, desmanche, crimes e muito mais. Eu não faria isso com alguém que eu leva-se a serio. A melhor escolha era continuar tendo um ou outro encontro escondido.

Senti um forte solavanco me jogando para frente, tentei me escorar no banco da frente, mas ele não existia, um forte clarão me forçara a fechar os olhos. Rolei por uma superfície fria me chocando com outros corpos ouvindo pessoas gemerem. Abri os olhos lentamente vendo tudo girando ao meu redor. Aos poucos minha visão fora se ajustando, mas minha mente ainda estava confusa. Eu via um teto muito distante, paredes brancas, tapeçarias, pessoas usando armaduras e outras usando fantasias de nobres. Me levantei lentamente olhando ao meu redor havia gente fantasia de cavaleiros, nobres medievais, magos e até mesmo um rei.

   – Onde estamos!? – perguntei irritado segurando meu pulso esquerdo dolorido.

   – Esarn quem são esses jovens? – perguntara o cara fantasiado de rei para um velho fantasiado de mago segurando um bastão quebrado... não parecia ser uma chave. Ele era alto e forte, olhos verdes, pele clara, cabelos castanhos, usando uma coroa brilhante, vestes refinadas e uma longo manto vermelho.

   – M-Meu senhor... a chave deve tê-los trazido para cá – dissera o velho mago olhando de nós para a chave quebrada em suas mãos. Ele era velho, tinha uma longa barba branca, usava vestes azuis e um chapéu cônico estranho na cabeça.

    – Qual o nível deles? – perguntara o rei arqueando uma sobrancelha.

    – S-São todos nível um, senhor – dissera o velho mago arrumando seus óculos.

    – Tsc, não temos tempo para perder com esses fracos. Mande os de volta para o local de onde vieram – dissera o rei com descaço.

    – Impossível, meu senhor... a chave se quebrara e não possui mais nenhum poder – dissera o velho mago mostrando a grande chave partida em suas mãos.

Eu já havia compreendido o que estava acontecendo, mesmo não querendo aceitar. Eu já ouvi falar de livros sobre pessoas enviadas para outro mundo e coisas do gênero. Nunca imaginei que isso aconteceria comigo, ou que esse tipo de coisa fosse real.

    – Apenas coloque-os para fora então – dissera o rei com descaso. Eu tinha que agir rápido antes que as coisas ficassem pior.

    – Peço permissão para falar, vossa majestade – disse tentando falar da forma mais polida possível fazendo uma reverencia.

    – Tem minha permissão para falar. O que quer? – perguntara o rei parecendo um pouco interessado.

    – Meu senhor, fomos tirados a força de nosso mundo e não conhecemos o seu. Acredito que isso não tenha sido intencional, mas rogo por sua piedade. Sei que como um rei nobre cumprira a Nobless oblige – disse em tom formal vendo que o rei não parecia estar se irritando com a conversa.

    – Nobliess oblige? – perguntara o rei.

    – Obrigação dos nobres. Aqueles com poder devem usar seu poder em prol de seu povo bem como se responsabilizar pelos seus atos como um nobre digno e de confiança. Como disse acredito que tenhamos sido trazidos aqui por um acidente, mas não sabemos como voltar para casa e estamos em um local estranho para nós. Por isso peço para que tenha piedade como um nobre – disse acrescentando algumas coisas ao que eu sabia sobre Nobless oblige.

    – Entendo. Deem algum dinheiro para eles, façam identificações e os levem para uma hospedaria. Esarn ira procurar uma forma de manda-los de volta. Até lá tentem se virar usando o dinheiro que irão receber e procurar um trabalho. Isso deve ser o suficiente. Agora saiam– ordenara o rei parecendo entediado.

    – Me acompanhem, por favor – dissera o mago Esarn fazendo sinal para que nós o seguíssemos.

O seguimos saindo da sala do trono, passando por amplos corredores com tapetes vermelhos no chão, pinturas e armaduras nas paredes.  Seguimos até o que parecia ser uma tesouraria onde cada uma de nós recebera uma bolsinha de pano com moedas, tivemos que ditar nossos dados que eram preenchidos em um pergaminho e uma tatuagem estranha com o formato de um circulo magico do tamanho de uma moeda. Quando a tatuagem estava completa o responsável pelo registro fizera as palavras da ficha do pergaminho brilharem e serem sugadas por nossas tatuagens. Fomos instruídos que aquela era uma marca de identificação/status que seria ativada sempre que precisássemos usando o comando “identificação/status revelar”.

 

Nome: Menma.                                 Titulo: Nenhum.

Idade: 17 anos.                              Raça: Humano.

Nível: 1.                                         Classe: Desempregado.

 Origem: Sarnath.                           Classe social: Plebeu.

 Situação: Homem livre.                 Impostos: Em dia.

Mana: 45.                                         

Força: 5,0.                                          Velocidade: 5,0.

Defesa: 5,0.                                       Inteligência: 5,0.

Charme: 5,0.                                     Fama: —5,0.

Sorte: 100.                                        Magia: 5,0.

Elemento: Nenhum.

Habilidade passiva: Nenhuma.

Habilidade Ativa: Nenhuma.

Habilidade única: Compreensão Lv 1.

 

Havia informações que apareceram mesmo sem eu ter preenchido. Por hora isso era o de menos. Eu não acreditava que aquele rei idiota iria fazer qualquer coisa para nos mandar de volta para nosso mundo. Teríamos que aprender a viver nesse mundo e procurarmos uma forma de voltarmos para casa juntos. O problema é que eu ninguém que viera confiava em mim e tinham motivos para isso. Talvez as coisas sejam mais difíceis do que eu estou imaginando.

A hospedaria que fomos mandados se chamava “Urso nobre”. Era um local que poderia se dizer como sendo de alta qualidade para um mundo medieval. O valor da hospedagem era de trinta moedas dris de bronze por dia mais dez por cada refeição feita no salão de jantar. A moeda desse continente é chamada de dris. Os dris são divididos em moedas de cobre que são centavos, um dris de bronze vale cem centavos, um dris de prata vale cem dris, um dris de ouro vale dez mil dris e um dris de ouro branco vale um milhão de dris. Nós havíamos recebido cinco moedas de prata cada. Precisamos arranjar uma forma de nos manter rapidamente se não quisermos virarmos escravos. Pessoas que não pagavam seus impostos eram considerados criminosos e a maioria dos criminosos se tornavam escravos ou eram executados. Nenhuma das opções era aceitável.

 

Acordei cedo sentindo meu corpo ainda levemente dolorido. Me levantei, lavei o rosto em uma bacia com agua e desci para o salão de jantar. Meus colegas parecem nem ter conseguido dormir. Vi um deles levantar, não tinha como eu não saber quem ele era. Capitão do time de futebol americano, filho do dono de uma empresa de advocacia bem sucedida, alto, forte, loiro, olhos azuis esse era Brendan Rogers.

    – Acho que podemos começar agora que estamos todos aqui. Primeiro vamos começar com o que sabemos. Estamos em um mundo diferente, em um reino chamado Noria e uma cidade chamada Idris – dissera Brendan obviamente assumindo a liderança.

    – Aparentemente as pessoas conseguem medir a força de uma pessoa através de seu status, existe magia, todo mundo aqui possui pelo menos uma habilidade única que é um poder especial e se não pagarmos impostos podemos virar escravos – dissera uma garota que eu não conhecia.

    – Nesse mundo existem guildas de aventureiros que fazem todo o tipo de serviço desde os mais simples na cidade até os de caça de monstros. Os aventureiros viajam por diferentes regiões o que pra nós é algo útil. Eles parecem receber ótimas quantias por colocarem suas vidas em risco para cumprirem missões. Como aventureiros podemos encontrar formas de voltar para casa – dissera um rapaz que eu também não conhecia.

    – Certo. Então acredito que devamos virar aventureiros. Talvez consigamos até mesmo subir nossos níveis e sobrevivermos a esse mundo... não devemos subir nossos níveis e ficarmos mais fortes. Eu ouvi que nesse mundo força é tudo e que os fracos são oprimidos pelos fortes. Então vamos entrar para uma guilda e procurarmos um forma de voltar para casa. Sugiro que continuemos a nos encontrar e trocar informações. Todos concordam com essas ideias – perguntara Brendan ouvindo todos concordarem – ótimo então vamos procurar uma guilda.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Fichas:
Nome:
Idade:
Origem:
Classe: (Ex: ninja, cavaleiro, mago, assassino e etc). Aqui ( http://pt-br.tsrd.wikia.com/wiki/Categoria:Classes_adicionais ) tem um local com varias classes diferentes e algumas habilidades que podem interessar a vocês
Habilidade unica: (poder especial e raro - nada convencional).
Descrição da habilidade:
Historia:
Lera as regras?:
Obs: As seu personagem pode possuir diferentes habilidades, mas no nível inicial elas devem começar com Lv 1 e podem evoluir adquirindo uma versão mais forte mesmo mantendo a anterior (Ex: bola de fogo Lv 1 >> múltiplas bolas de fogo Lv 1>> meteoros flamejantes Lv 1>> big bang Lv 1).



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