“Can you stand sunlight

Do you feel too much

How will you know where you're broken” White Roses - Information Society

Ela observa o funeral, tudo passa tão depressa que parece que ela nem mesmo está ali. Seu marido está ao seu lado o tempo todo, seu filho caçula segura sua mão todo o tempo, ela vê seus pais de mãos dadas, metade das pessoas ali são políticos que vieram prestar condolências ao marido e até mesmo a seu pai e isso a faz sentir enjoada, a outra metade sim são os colegas e amigos de Anton, inclusive sua namorada Meg, também estão presentes os amigos da família: JJ, Spencer, Dave, Pénelope, Morgan e Clyde. Quando o caixão desce, ela sente uma parte do seu coração morrer e ela sabe que não haverá reparo. Ela então lê o nome na lapide: Anton Hothner – Filho amado-. Ela respira fundo para não chorar, os pais não devem ver as lapides dos filhos. Então ela percebe que já não é forte o suficiente para olhar a lapide do filho, ela desvia o olhar para a rosa branca em sua mão.

Ele se mantem forte e inabalável por fora, mas a verdade é que por dentro ele está quebrado de uma maneira irreparável. Para ele tudo passa tão depressa. Ele olha todas as rosas brancas nas mãos das pessoas ali presentes e então percebe que ele odeia rosas brancas. Ele sente a esposa apertar sua mão, então ele sabe: a tempestade está se aproximando.     

O senhor Prentiss como político nato, agradeceu a presença de todos ali, ele manteve a expressão fechada, mas toda vez que olhava Emily nos olhos, ele não podia encarar o olhar quebrado da filha, então sempre desviava para as rosas brancas. Mas olhar a expressão de Emily, não foi pior do que ver o nome de Anton na lapide, ele também não conseguiu olhar para a lapide do neto, isso não era certo. Mais uma vez ele desviou o olhar para as rosas brancas.

Aaron Junior, segurava a mão da mãe tão apertado quanto podia. O garoto de cinco anos não consegue entender que o irmão não vai voltar, afinal ele estava na faculdade, ele iria voltar um advogado certo? Ele não entende como ele vai estudar no céu, ele pensou em perguntar mais sobre isso aos pais, mas eles estavam muito tristes e ele apenas conversou sobre isso com sua tartaruga Veloz. Ele encara a rosa branca em sua mão, Veloz iria gostar de come-la.

Depois do funeral, Elizabeth tentou realmente convencer Emily a visitar Amber no hospital, mas a filha simplesmente fugiu para casa. Ela olhou para Aaron na esperança dele convence-la a ir, mas ela viu que Aaron não iria falar nada, ela viu que ele estava se preparando para a tempestade, que ela tem tão veemente rezado para que não aconteça, para o bem dessa família. Ela vai visitar a neta no hospital, a garota continua com os olhos fechados, quando ela entra no quarto ela percebe que ela recebeu uma visita ao olhar a rosa branca, com um pequeno bilhete: Espero que melhore logo. –H-. Sendo a assinatura H, ela deduz ser o filho de Jennifer, Henry. Ela se senta na cadeira e observa a neta por um longo tempo, os cabelos negros brilhantes da neta estão um pouco sem vida, sua pele está pálida até mesmo para os padrões Prentiss-Hotchner, ela agora possui uma pequena cicatriz na sobrancelha direita. Elizabeth suspira e agarra a cruz em seu colar, ela faz uma prece silenciosa para que a neta fique bem, Emily não suportaria outra perda, sinceramente ninguém mais suportaria. Depois de duas horas olhando a jovem, ela jurou ver os olhos dela se moverem, se rendendo as emoções ela agarrou a mão da neta “Amber, é a vovó. Acorde querida, nós precisamos de você”. Foi quando a jovem abriu os olhos lentamente, ela parecia sonolenta, mas Elizabeth sorriu, “Fique calma ok? Vou chamar um médico e volto já” Elizabeth disse e foi imediatamente a procura de um médico.

Amber se sentia sozinha e com frio, foi quando olhou para o lado e viu Anton. “Onde estamos?” ela perguntou e o garoto deu de ombros “No lugar onde você vai escolher” ela franziu a testa “Escolher o que Anton?” o menino olhou para ela “Se você que ir ou ficar” ela rolou os olhos “Ir para onde, ficar onde?” ela estava curiosa “Ir sem assumir a responsabilidade dos seus atos, ou ficar para não só assumir, como também sofrer com o impacto das suas decisões” ela estava em dúvida, até ouvir: “Amber, é a vovó. Acorde querida, nós precisamos de você”. “Anton eu não posso, eu não posso te deixar” mas o menino apenas sorriu, e então ela soube, as coisas nunca mais seriam as mesmas.