Dangerous Woman escrita por Letícia Matias


Capítulo 7
7


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente(leiam com a voz da Kéfera) hahahaha.
Bem, como vocês estão hoje? Sim, hoje ainda não é sexta-feira, mas decidi fazer umas mudanças. Decidi que postarei 3 capítulos por semana porque só dois não acho que seja suficiente kkkkk e eu ando bem ansiosa. Agora teremos além da #DangerousMonday e #DangerousFriday, a #DangerousWednesday. Gostaram da ideia?
Espero que gostem desse capítulo:)



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Durante o caminho de volta para casa, eu estava fervendo de raiva. Eu esperava sinceramente nunca mais encontrar aquele sujeito na minha vida. Ele era extremamente desagradável e o jeito malicioso que ele me chamava de bonequinha me dava nos nervos.
Andei tão rapidamente de volta para casa que quase não percebi que estava passando do portão preto do prédio. Me dirigi até o elevador de cara feia e impaciente. Quando enfim a porta do elevador se abriu, entrei e apertei o botão redondo com o número 30 gravado.
***
Após fechar a porta amarela do meu apartamento e jogar as chaves em cima da mesinha redonda ao lado da porta,me dirigi até meu quarto e me joguei de barriga para baixo na cama perfeitamente arrumada. Eu estava exausta e muito feliz do final de semana ter chegado. Eu precisava muito de um descanso emocional e físico daquela semana que me proporcionara tantas... Emoções?
Como se o destino risse de mim, meu celular começou a tocar na minha mão. Virei o visor para eu olhar e gemi quando li o nome de minha mãe na tela. Pelo amor de Deus. Tudo o que eu menos queria era enfrentar minha mãe perguntando coisas do tipo "você está comendo comida orgânica?"
Com um suspiro, levei o telefone até a orelha e falei de olhos fechados e a bochecha encostada no colchão.
–Alô.
–Alô, Alice?
Quem mais seria? - sinto vontade de perguntar.
–Oi.
–Que voz é essa?
–Estou cansada. - digo.
–Bom, eu decidi te ligar porque desde que você se mudou para Nova York você não fala comigo e com o seu pai. - seu tom de voz é de cobrança e ela está falando alto e energicamente como sempre.
–Ah, desculpe. - digo sem animação ainda de olhos fechados.
–Como está indo as coisas? Você está comendo comida orgânica e sendo saudável, certo?
Enterro minha cara no colchão e sinto vontade de gritar. Mas apenas digo:
–Sim.
–Ah que bom, pensei que você começaria a comer besteiras e tomar aqueles cafés cheios de chocolate e caramelo todos os dias e isso não é nada saudá...
–Mãe, eu estou bem. Você precisa de alguma coisa?
Ouço-a arquejar do outro lado da linha se sentindo ofendida.
–Alice Carson, quem lhe deu permissão para falar comigo desse jeito?
–Que jeito?
–Só estava querendo saber se você está bem. Mas pelo jeito está. Quando você estiver menos mau humorada eu ligo.
E então minha mãe desligou o telefone antes que eu pudesse dizer algo em minha defesa.
Largo o celular em cima da cama e no momento, tudo o que posso ouvir é o silêncio. Estou extremamente grata por isso.
Como estou extremamente cansada, acabo dormindo ali mesmo, de barriga para baixo, com metade das pernas para fora da cama e com a bochecha sendo amassada pelo colchão forrado por um edredom branco e macio.
***
Eu estava realmente muito cansada, perdera a noção do tempo. Quando desperto novamente, são quase seis horas da tarde. Dormi seis horas de sono. Mas não me sinto culpada, eu não tinha nada melhor a fazer mesmo.
Sento-me na cama lentamente e vejo pela janela do quarto que o sol logo irá se pôr. O céu está num tom azul escuro acinzentado e vários pontos de luz começam a pintar a paisagem dos prédios.
Levanto-me da cama pensando em comer alguma coisa. Percebo desanimada que ainda terei que preparar comida para jantar. Uma ideia melhor me ocorre: Procurar um lugar para jantar fora.
Vou em direção ao closet e acendo a luz forte e amarela. Dou uma olhada por minhas roupas e escolho uma calça jeans preta, sapatos de salto da mesma cor e um cropped branco de manga cumprida.
Parto para o banheiro e decido tomar um bom banho para acordar.
***
Pela primeira vez, deciso usar meu cabelo solto e não preso no rabo de cavalo habitual. Estou mais desperta após o banho.
Pego minha bolsa preta e coloco a alça no ombro direito. Apago a luz do quarto e me dirijo até a porta amarela na sala. Apanho a chave em cima da mesinha redonda e saio para procurar um bom lugar para matar minha fome. Meu estômago não para de roncar e se revirar.
***
Em Manhattan havia muitos restaurantes bons, mas muitos deles era sofisticado demais. Eu estava a pé para conhecer um pouco mais as ruas da cidade e andei por varias avenidas diferentes e afastadas da avenida de de prédios residenciais onde eu residia. Depois de muito andar, parei em frente a um restaurante com mesinhas de madeira na calçada. O nome do restaurante estava logo acima da porta de vidro aberta com um letreiro amarelo.
Entrei no ambiente praticamente vazio, se não fosse por mim e mais umas quatro pessoas. A iluminação era amarelada e por dentro tudo era de mogno, o chão era de taco de madeira. Era um local rústico com alguns quadros de flores e alguns abstratos e coloridos espalhados pelas paredes de tijolo, dando mais vida ao ambiente.
Sentei-me em uma mesa atrás da mesa próxima a porta de entrada. Era um local bom com a parede de tijolos atrás de mim, uma luminária amarelada um pouco acima e uma grande janela de vidro que dava para a calçada do restaurante.
Um garçom se aproximou de mim com um cardápio encadernado com coro sintético marrom.
–Boa noite, você quer dar uma olhada no cardápio?
–Quero, sim. - respondo sorrindo e agradeço quando o garçom me entrega o cardápio.
–Posso trazer algo para você ir bebendo por enquanto?
–Um suco de laranja seria ótimo. - sorrio.
–É pra já. - o garçom se afasta com uma caderneta na mão e meus olhos percorrem o menu.
Há muitas coisas gostosas para comer. Mas, o que mais me chama atenção é o espaguete com almôndegas. Decido tão rápido o que vou comer que o garçom ainda nem voltou com meu suco de laranja.
Olho para a rua do lado de fora. Há bastante movimento do outro lado da calçada. O céu agora já está completamente negro e posso ver algumas folhas de árvore balançando furiosamente do lado de fora na árvore próxima a janela. Meus olhos se voltam para a janela de vidro e vejo uma folha de sufite A4 com os seguintes dizeres: DANGEROUS WOMAN - PRECISA-SE DE GARÇONETE. ENTRAR EM CONTATO. E, logo abaixo, o telefone e o endereço do local.
Quando o garçom voltou com meu suco, perguntei:
–Onde fica esse restaurante Dangerous Woman?
O garçom loiro dá uma risadinha.
–Não é bem um restaurante. É mais um... Bar com algumas dançarinas.
–Ah. - digo
–Bom, em todo caso fica aqui nessa rua mesmo, mas bem no final dela.
Assinto e tomo um gole do suco de laranja natural gelado.
–Vou querer o macarrão com almôndegas.
O garçom loiro sorri.
–Ótima escolha.
***
De fato o macarrão foi uma ótima escolha e logo depois de eu não deixar nada no prato, pedi uma taça de sorvete de baunilha com calda de chocolate.
Enquanto eu saboreava o maravilhoso sorvete, trocava mensagens com Sean. Eu estava bem triste pelo fato de ele me dizer que não conseguiria vir me visitar neste final de semana porque ele tinha que estudar para um seminário.
Afundei minha tristeza nas deliciosas bolas de sorvete cobertas com calda de chocolate.
***
Após pagar a deliciosa refeição, prometi a mim mesma que voltaria para comer aquele macarrão delicioso novamente. Do lado de fora estava ventando muito mais do que quando eu saíra de casa. O movimento por ali ainda era constante. Olhei para a tela do celular para ver a hora. Nove horas da noite.
Decidi matar minha curiosidade e ir até Dangerous Woman.
Andei sem pressa pela calçada sem atravessar e após passar por uma extensão enorme de restaurantes, bares e clubes noturnos, no final daquela rua sem saida, vi um letreiro rosa neon do outro lado da rua escrito o nome do bar.


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Notas finais do capítulo

E aí, vocês gostaram? Espero que sim
Quero agradecer a vocês que estão lendo e comentando! Obrigada!
Até a nossa #DamgerousFriday, como sempre.
P S.: Onde eu moro a chuvinha e o friozinho resolveu chegar finalmente ☔❄❤ e onde vocês moram, já chegou?
Beijo grande,
Lê.



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