Dangerous Woman escrita por Letícia Matias


Capítulo 36
36


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Meu Deus, peço mil desculpas por não ter atualizado ontem. Ontem fui dormir super cedo e não lembrei. Desculpa, desculpa, desculpaaa!! Não me matem. Como fui uma pessoa má, vou postar 2 capítulos hoje. Um agora e outro de noite já que passarei a tarde toda fora kkkkkk.
Espero que me perdoem e gostem desse capítulo.



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Entro no elevador e respiro fundo tentando não cair em lágrimas novamente. Espero que Sean não me interroge sobre nada. Espero impaciente o elevador me levar até o 30° andar.
Quando a porta de aço se abre revelando o corredor com dois apartamentos um de frente para o outro, me dirijo até a porta amarela e a abro. Sean está sentado no sofá com o controle remoto da televisão na mão. Ele olha para mim e eu forço um sorriso antes de me virar para fechar a porta.
–E aí, tudo bem? - ele pergunta.
–Sim. - respondo enquanto tranco a porta. - Por que? - viro-me para olhá-lo.
Sean suspira e desliga a televisão. Bate a mão no sofá para que eu me sente ao lado dele. Derrotada, caminho arrastando os pés até o sofá confortável e me deito jogando as minhas pernas em cima das pernas do meu irmão.
–Por que você saiu chorando daquele jeito?
–Eu não sai chorando. - digo.
–Mas foi pro banheiro chorar. O coitado ficou sem graça.
Cubro o rosto com as duas mãos e respiro fundo lentamente.
–Aquilo me pegou de surpresa, Sean. Eu não esperava ouvir isso. Eu nem sabia que a mãe dele não era viva. - olho para meu irmão. - Ele falou alguma coisa enquanto eu estava no banheiro?
–Não, só ficou preocupado com o fato de você ter passado quase meia hora trancada no banheiro. Nós conversamos um pouco, mas ele só disse que a família dele é muito desestruturada. - Sean dá de ombros.
Sento-me no sofá.
–Chega, não quero mais pensar nisso. Vou tomar um banho e ir dormir.
Sean assente.
–Tudo bem, vai dormir. Boa noite e até amanhã de manhã - ele me dá um beijo na bochecha e eu sorrio sem mostrar os dentes.
Me levanto do sofá e caminho até meu quarto. Fecho a porta e não me dou o trabalho de acender a luz já que a luz dos prédios iluminam o quarto, mesmo que seja muito pouco. Vou para o banho e tomo um banho rápido apenas para relaxar. Não consigo evitar de pensar no beijo que Kyle me deu. Seu beijo me pegou desprevenida e eu de fato fiquei muito surpresa. Não esperava que ele fosse fazer isso.
Saio do banho e visto uma calça cinza de um pijama de frio e uma blusa branca de alça. Me deito na cama e não me dou o trabalho de fechar a cortina da janela já sei que vou demorar para dormir e só pegarei no sono olhando para aquela paisagem noturna que eu não me canso de olhar.
***
Na manhã seguinte acordo mais cedo do que o normal já que tenho que levar Sean até a Pen Station. Meu relógio desperta às seis e meia. Me surpreendo ao ver deitada na minha cama que no horizonte, escondido atrás das estruturas gigantescas de concreto, há um feixe de luz alaranjado surgindo. É o sol que esteve ausente nesses dias nebulosos. O céu está lindo e eu não esperava que ele amanhecesse assim depois de dias seguidos de chuva. Ele estava de uma cor azul muito claro, quase branco e lá atrás, um feixe laranja que indicava que o Sol iria nascer dentro de no máximo quinze minutos. Seria uma daquelas manhãs gostosas de outono que o céu está claro mas o vento gelado está presente e o Sol não está forte o suficiente para te aquecer. Apesar do despertador já ter tocado, me permito demorar mais alguns minutos na cama para olhar aquele céu bonito. Talvez eu ainda não tenha contado, mas além de luzes da cidade e chuva, sou obcecada por nasceres e pores do sol. É um daqueles momentos que você para para apreciar algo tão belo que por alguns minutos você esquece os problemas e apenas vive  e aprecia aquilo com todo o seu coração. É um daqueles momentos que você se sente realmente grata por estar viva e ter por ter permissão de ver uma coisa tão espetacular.
Minha admiração é arrancada de mim quando ouço um barulho abafado pela porta fechada de copo caindo no chão. Sean está acordado e me deve um copo.
***
Estou vestindo uma calça jeans azul escuro cintura alta, um suéter lilás e um scarpin preto. Estou esperando Sean do lado de fora da Starbucks enquanto ele demora a pegar seu pedido por causa da fila enorme. Vou levá-lo para a Pen Station e de lá, ir para a academia de ballet. Depois disso, irei para o Dangerous Woman e sei que me arrependerei do fundo do meu coração por ir de scarpin.
Estou sentada na mesinha ao lado de fora da Starbucks olhando o caos da cidade. O céu está de fato azul e há várias nuvens no céu, o sol também deu as caras,mas não está forte o suficiente para esquentar-me. Fico feliz por estar vestindo um suéter de lã, mas o vento é tão gelado e forte que posso sentir meu rosto dormente. Meu nariz com certeza está começando a ficar congestionado.
Sean sai da loja com dois cafés e um pacote de papelão na mão. Ele me entrega copo grande de isopor com café e diz:
–Não é um copo de vídro igual ao que eu quebrei sem querer, mas... - ele dá de ombros e eu dou risada.
Começamos a andar lado a lado e eu levo o café fervendo até a boca. Queimo minha língua e xingo baixinho.
–Nada como uma noite de sono, não é? - Sean diz.
Olho para meu irmão que está vestindo um suéter cinza escuro, calça jeans azul escuro e um tênis preto.
–O que quer dizer com isso? - pergunto.
–Você parece bem melhor hoje.
Suspiro e dou de ombros.
–Me sinto melhor.
Olho para frente e desvio de uma mulher vestindo um terninho cinza vindo em minha direção falando no celular.
–Que bom. Eu estava preocupado com você.
Levo o café até a boca mais uma vez e saboeiro o leve sabor de caramelo se misturando com o amargo do café. Sean coloca um óculos de sol no rosto o que lhe dá mais estilo ainda. Posso ver muitas mulheres olhando para meu irmão. Ele é mesmo bonitão e alto. Sei o porquê de elas estarem tão admiradas.
***
Estamos do lado de fora do trem, Sean está segurando minhas duas mãos e olhando para meu rosto com um sorriso estampado na cara enquanto as lágrimas escorrem dos meus olhos.
–Ah qual é! Por que você está chorando?
–Porque muito provavelmente eu só vou ver você no feriado de Ação de Graças e eu vou sentir sua falta. - bato em seu braço.
Sean dá risada e me abraça apertado. Tento não deixar meu copo de café pela metade cair no chão.
–Eu prometo que assim que eu puder voltar, eu voltarei. E ainda trarei minha líder de torcida.
Reviro os olhos.
–Ela cita Hemingway!
Dou risada entre as lágrimas e balanço a cabeça exasperada.
–Tudo bem seu idiota, vai logo que o trem já vai partir.
Sean me aperta mais em seu abraço e me olha.
–Me promete uma coisa?
– O quê? - pergunto secando as lágrimas com as costas da mão e fungando.
–Não se desgasta com essa história do Kyle. Ele parece ser  um cara legal, só toma cuidado com esses amigos dele.
Concordo com a cabeça e ele me imita.
–Tchau Ally, te amo. Ligo quando chegar.
Faço que sim com a cabeça e Sean dá um tchau para mim com a mão. Observo ele entrar no trem e logo depois ele começa a sair da plataforma lentamente. O vagão onde meu irmão está vai se afastando e me seguro para não começar a chorar novamente.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, quero dizer que eu li os comentários de vocês e vou respondê-los a noite ah, e as perguntas que vcs me mandaram também. Bom, espero vocês até a noitinha. Mais uma vez, me desculpem ♡
Amo vocês.



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