Dangerous Woman escrita por Letícia Matias


Capítulo 29
29


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii pessoal :) TUDO BEM COM VOCÊS? EU ESPERO QUE SIIIIM ♡♡♡♡
Olha tenho que falar que espereo muuuuito pra postar esse capítulo. Sério! Espero do fundo do meu coração que vocês aproveitem.
(+18)



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Está chovendo como eu nunca vira chover em toda a minha vida. É como se a chuva não quisesse permitir que eu saísse dali. O ar dentro do carro era mais pesado e quente ainda. As janelas estavam fechadas por causa da chuva e estávamos parados na rua de trás do prédio onde Kyle morava pois não tinha como enxergar nada, mesmo com o limpa-vidro ligado balançando pra lá e pra cá. Eu olhava a água cair no vidro do carro enquanto Kyle olhava para a janela ao seu lado. O silêncio era insuportável e talvez tivesse sido melhor termos ficado no apartamento, onde o ambiente é maior e podíamos ficar em cômodos diferentes.
–Me desculpe. - minha voz sai mais baixa do que eu imaginei que sairia. O som da chuva caindo sobre o carro é muito alto. Mesmo assim Kyle ouve e olha para mim.
–Me desculpe por que?
Suspiro alto e encosto a cabeça no banco. Trago os joelhos para perto do meu peito colocando os pés - sem os sapatos - no banco do carro.
–Por ter batido em você. Acho que já é a segunda vez. - encaro a janela do meu lado. Foco em uma gota que escorre rapidamente se juntando a outra.
Ouço Kyle dar risada e olho para ele com a testa franzida.
–Sério que está se desculpando?
– E isso é engraçado porque...
–Porque o filho da puta da história sou eu, não você.
Respiro fundo e fecho os olhos. Não sei o que falar, por isso me calo.
–Estou morto de fome. - ele diz. - O café da manhã poderia ter sido bem diferente se aquela vagabunda não tivesse aparecido.
Olho para ele por causa do seu vocabulário. Não franzo o cenho nem nada, também acho Lara uma vagabunda.
Meu estômago ronca e ele olha para mim.
–Ótimo, dois mortos de fome.
Sorrio murchamente.
–Te levo para casa depois se você quiser, tudo bem?
Faço que sim com a cabeça. Aquilo tudo não faz nenhum sentido. Estávamos gritando um com o outro há poucos minutos atrás!
***
De volta ao apartamento de Kyle, me sento na banqueta preta enquanto ele coloca os ovos mexidos no micro-ondas para esquentar. Nem sei que horas são. Procuro um relógio em alguma parede e vejo um analógico preto na parede ao meu lado acima do fogão. São quase meio dia. Eu podia jurar que era mais.
Kyle põe um prato cheio de ovos mexidos e bacon moído a minha frente. O cheiro está maravilhoso.
–Obrigada. - digo e olho para ele.
Ele contorna o balcão e se senta na outra banqueta, de frente para mim. Leva um garfo cheio de ovos até a boca e fecha os olhos enquanto mastiga. Comemos em silêncio, apreciando o efeito renovador de energias que a comida tem sobre o corpo humano.
–Não quero me afastar de você. - digo quebrando o silêncio.
Ele olha para mim e engole os ovos. Pousa o garfo no prato e suspira. Se levanta da banqueta e contorna o balcão novamente vindo para a cozinha e parando a minha frente. Sua mão vai até o meu cabelo e coloca uma mecha atrás da orelha. Não sei onde meu prendedor de cabelos foi parar, por isso eles estão soltos.
–Você não vai falar nada? - pergunto.
–Acho melhor eu não falar, para não estragar nada. Só quero que você venha até o quarto comigo.
Meu coração se acelera e ele pega minha mão. Atravessamos a sala e chegamos no quarto. Paro em frente a cama e ele fecha a porta do quarto, trancando-a, mesmo que só nós dois estejamos no apartamento. Kyle se vira para me olhar e tira a regata enquanto luto para não começar a ofegar como se eu tivesse acabado de correr uma maratona.
O modo como seus olhos verdes me olham me deixam nervosa. Não sei se minhas suspeitas estão certas, mas desconfio que meus batimentos cardíacos podem ser ouvidos.
Engulo em seco enquanto ele se aproxima de mim. Mordo o lábio inferior como se isso fosse ajudar a controlar o nervoso. Kyle tira meu lábio inferior da pressão dos meus dentes superiores quando passa o polegar no meu queixo.
–Deita. - seu comando é baixo e claro.
Eu deito na cama olhando para ele. Seu olhar sobre mim me deixa constrangida.
–Você é virgem, não é?
Pego o travesseiro acima de mim e cubro meu rosto que começa a queimar. Sinto o travesseiro ser arrancado do meu rosto e eu encaro o teto. Kyle está com o rosto acima do meu, com os joelhos do lado da minha cintura.
–Olha pra mim.
–Não. - digo e fecho os olhos.
Ouço sua risada baixinha.
–Quero que experimente uma coisa. - ele diz e eu olho para seu rosto. Ele está com um sorrisinho nos lábios. - Mas quero que coloque minha camiseta.
Ao dizer isso, sua mão vai para o botão da minha calça jeans e o abre, abaixa o zíper e a tira lentamente. Sentir seus dedos roçando contra minha pele enquanto Kyle tira minha calça, me provoca arrepios e ele vê isso. Minhas pernas estão arrepiadas. Ele tenta esconder o sorriso que brota em sua boca mordendo o lábio inferior.
Depois que ele tira minha calça e a joga no chão, sento-me e ele estende para mim a camiseta branca que eu estava usando mais cedo.
–Só para você se sentir mais confortável.
Com as mãos trêmulas tiro o cropped que estou usando. Olho para ele e sinto minha pele formigar. Seu olhar está sobre meus seios sustentados pelo sutiã de renda preta. Ele olha para o meu rosto e suspira. Coloco a camiseta branca enquanto ele joga o cropped no chão. Gostaria que ele não jogasse minhas roupas no chão!
–Deita. - ele comanda novamente e eu faço o que ele manda.
Meu coração está batendo tão rápido que parece que terei um ataque cardíaco. Por mais que eu passe a língua pelos lábios, eles insistem em secar e minhas mãos e pés estão gelados.
Sinto as mãos de Kyle separar meus joelhos e eu olho para ele.
–Só... Fica calma, tudo bem? Você vai gostar, eu prometo.
Vou gostar do quê? Aquelas palavras me matam. Nunca senti tanta vergonha em toda minha vida.
Kyle desaparece, não consigo mais vê-lo.
–Cadê você? - eu pergunto e ouço ele dar risada.
Kyle sobe na cama e olha para mim. Seu rosto há centímetros do meu. Seus lábios encostam nos meus.
–Confia em mim.
Faço que sim com a cabeça e ele diz:
–Eu vou vendar seus olhos. Pode aliviar seu nervoso.
–Eu não estou nervosa. - falo e engulo em seco.
Kyle ri.
–Claro que não.
–Não estou! - franzo o cenho.
Ele sorri e me mostra uma daquelas vendas pretas que a pessoa coloca nos olhos para dormir.
Suspiro e levanto um pouco a cabeça para que ele coloque. Quando ele coloca, fecho os olhos e sinto ele sair de cima da cama.
–Se eu não posso te ver, como vou ficar menos nervosa?
–Achei que você não estava nervosa.
Solto um suspiro exasperada.
–Agora só relaxa.
O silêncio no quarto me mata. Até mesmo a chuva está mais fraca e os pingos que eu ouço são fracos.
Sinto as mãos de Kyle tirando minha calcinha e meu coração dispara ainda mais. Se eu não morri até agora, agora é a hora. Já posso ver uma foto minha com a manchete "Garota Morre de Ataque Cardíaco Na Cama de Um Rapaz". Lindo!
Meus pensamentos são interrompidos quando sinto alguma coisa quente entre minhas pernas. Me assusto com essa sensação e solto um gritinho enquanto agarro o lençol com as minhas maos.
Sinto a respiração de Kyle lá embaixo.
–Calma, Alice. Calma. - ouço sua voz baixa dizer.
Aquilo é sacanagem da parte dele. Como posso ficar calma vendada, ouvindo a voz de Kyle me hipnotizando e sentindo sua respiração entre minhas coxas?  Não respondo.
Sinto novamente algo quente e molhado lá embaixo. Sei o que ele está fazendo e eu deveria achar nojento. Mas a sensação é nova e engraçada. Sinto vontade de contorcer minhas pernas porque faz um tipo de cócegas. Mas Kyle não permite que eu feche as pernas. Ao invés disso ele as abre mais, muito mais e segura.
–Está bom não está? - ouço ele perguntar.
Não consigo conter uma risada baixa enquanto ele continua a lamber lá embaixo. Meu coração está pulando e minha respiração nunca esteve tão desregulada. Meus dedos procuram mais e mais lençóis para agarrar e apertar.
Sinto algo morder muito de leve meu clitóris e um gemido escapa da minha boca. Largo os lençóis e cubro minha boca com as duas mãos. Mas foi involuntário.
–Eu falei que você ia gostar. - ouço ele dizer.
Abafo mais um gemido com as mãos enquanto ele continua a movimentar sua língua em movimentos circulares lá embaixo.
Então uma sensação esquisita -mas boa e desconhecida- vai crescendo dentro de mim.
Sinto uma onda de calor subindo dos meus pés até a cabeça, minha respiração está ofegante e sinto alguns espasmos pelo corpo enquanto as "cócegas" se intensificam lá embaixo.
–Ei Kyle, você está ai? - ouço uma batida na porta do quarto.
Sento-me de repente e tiro a venda dos olhos.
Kyle sai do meio das minhas pernas e olha para mim.
–Porra. - ele diz e sorri. - Quase.
Estou suada, os cabelos grudando na minha testa.
–Fica aqui. Vou mandar ele embora. - ele se levanta e passa a língua pelos lábios.
–Quem é? - pergunto sussurrando.
–Matt. - ele revira os olhos.


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Notas finais do capítulo

E aiiiii amores? Espero que ninguém tenha infartado hsauhsauhsauhaa. Vocês gostaram?
Espero que sim... A partir desse capítulo a escrita ficará mais "quente" espero que vcs não se sintam incomodados... Tem pessoas que não gostam de ler, sei lá. Mas, é isso pessoal, espero que tenham gostado e estejam ansiosos pro próximo que sai amanhã, voltando nossa rotina normal.
Até nossa #DangerousMonday o/ AMO VOCÊS!!!!
Lê :)



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