—Sim. – finalmente respondi.

—Você é um babaca! – Luan se aproximou dele.

—Desse jeito não vou aprovar você com a minha filha.

—Eu estou me segurando pra não te encher de porrada por tudo que você já fez a ela!

—Ah me poupe rapaz.

—Quando acabar isso tudo, ela nunca mais vai o ver. – ele cerrou os punhos. – eu não vou deixar.

—Tenho mais o que fazer. – meu pai disse. – você já sabe como conseguir o dinheiro filha.

—Não me chama de filha.

Ele sorriu e passou por nós.

Soltei um suspiro quando ele já havia ido embora. Quinze mil dólares era muito, eu não podia dar todo esse dinheiro, tinha um bebê para cuidar.

—Você esta bem? – Luan perguntou.

—Sim.

—Você não pode dar todo esse dinheiro.

—Eu sei.

—O que pensa em fazer?

—Vou dar um pouco do meu dinheiro, e o resto vou conseguir por aqui.

—Como?

—Jogando.

—Jogando? – ele franziu a testa.

— como meu pai jogava antigamente.

—Não vou deixar que faça isso.

—Então é melhor não me acompanhar, porque vou fazer.

—Mas você não tem que fazer isso...

—Eu preciso Luan, dessa vez você vai ter que aceitar.

—Posso ao menos ir com você?

—Ah... – ter ele por perto não seria uma má ideia, eu precisava me sentir segura, não só por mim, mas pelo nosso filho. – pode, mas ninguém pode saber que você já foi meu namorado. Você vai ser apenas meu acompanhante da noite.

—Tudo bem, mas não vou deixar nenhum cretino se aproximar de você.

—Você vai ter que se controlar pra não por tudo a perder, eu sei lidar com esse lugar e as pessoas que o frequentam.

—Ah... – ele bufou. – ok, mas preciso de um drink.

Ele sentou-se na cadeira do balcão. Pediu bebida e me olhou, esperando que me sentasse junto.

Assim fiz, mas não poderia beber nada alcoólico, não faz bem para o bebê.

—O que vai querer moça? – o garçom perguntou.

—Só uma agua mineral. – respondi.

Em cinco segundos ele trouxe minha agua.

—Sério? – Luan estranhou.

—Sim, não estou a fim de beber. – disfarcei.

—Você esta estranha.

—Com tudo isso acontecendo, não tem como não estar.

Shelby havia me ligado e dito que ela e Daniel haviam alugado um hotel, mas passariam a tarde fazendo um tour por Vegas.

Luan e eu fomos para um hotel de cinco estrelas.

Tinha levado dinheiro suficiente para pagar a noite, mas ele insistiu em pagar e eu acabei cedendo.

O apartamento era grande com uma ótima vista, joguei-me na cama enquanto Luan olhava tudo em volta.

—Esse lugar é incrível. – ele sorriu.

—É sim. – sorri de volta.

—Vou tomar um banho.

Assenti. Não contar para Luan sobre nosso bebê era errado, mas eu não podia o prender a mim. Então em parte, eu estava certa.

Sentei-me na cama pensando nas estratégias para conseguir o dinheiro da divida do meu pai.

Luan saiu do banheiro com uma  toalha enrolada na cintura, seu corpo ainda estava úmido e eu não conseguia  parar de encara-lo. Naquele momento senti vontade de agarra-lo e puxa-lo pra cama. 

Ele passou a mão no  cabelo me deixando mais excitada.

Minha respiração já estava ofegante, eu o desejava muito naquele momento. Meu Deus, o que estava acontecendo?

Desviei o olhar quando vi o sorriso em seu rosto.

Levantei-me para colocar meu celular para carregar.

Senti um corpo atrás de mim. O calor do peito de Luan contra minhas costas me fez estremecer. Droga. Eu não conseguiria lidar com aquilo.

A mão dele afastou os cabelos da minha nuca para cima do ombro. Quando o calor dos seus lábios tocou a minha pele nua, acho que gemi. Eu precisava parar, mas estava tão afetada por estar perto dele que não conseguia pensar direito.

—Você me deixa louco, Malu. – sussurrou ele no meu ouvido. Precisei de toda minha força pra não deixar a cabeça cair sobre seu peito.

As mãos dele subiram pelas laterais do meu corpo e tocaram minha barriga. A posição quase protetoras delas, embora ele não fizesse ideia do que estava protegendo, fez meus olhos se encherem de lágrimas.

Comecei a me afastar do abraço dele quando suas mãos subiram até os meus seios e a sua boca começou a mordiscar a minha nuca.

—O que você esta fazendo? – perguntei ofegante.

—Rezando a Deus que você não me faça parar.

Ele me olhou esperando que dissesse algo, como fiquei quieta, ele tirou a minha blusa e continuou.

—Você é incrível. – sussurrou.

Eu estava com tanto desejo que minhas pernas ficaram bambas. Agarrei a parede para me equilibrar. Nunca nada tinha sido tão bom. Um som de desejo saiu da minha boca, mas eu não sabia direito do que se tratava.

De repente, estava sendo pega no colo e girada. Luan me colocou na cama antes de cobrir minha boca com a sua e as mãos percorrerem meu corpo. Eu não ia conseguir parar. Queria aquilo da mesma forma como queria continuar respirando. Era algo que eu era incapaz de controlar.

O beijo dele estava louco e ardente. Ele mordeu meu lábio inferior, me apertando cada vez mais contra seu corpo, o que me fez pirar.

Ele fez uma trilha de beijos sobre mim. O calor do seu hálito me fez estremecer.

—Ah meu Deus. – falei.

Eu precisava tanto daquilo e nem sabia o por quê. Minha reação deixou Luan ainda mais insaciável.  

A respiração dele estava pesada e ofegante. Fogos de artifícios estavam explodindo dentro de mim.

Agarrei os ombros dele, estava cravando as unhas na sua pele, mas não conseguia evitar.

—Você é minha Malu, você sempre vai ser minha meu anjo.

As palavras dele me fizeram derreter e o querer ainda mais.

—Ah, Luan... – sussurrei de prazer.

Eu precisava de mais. Não queria que aquilo acabasse.

—Minha. Você é minha. Preciso disso, preciso de você. Seu cheiro é perfeito. Nada vai ser tão perfeito assim pra mim. – murmurou ele.

Eu estava pronta para concordar com qualquer coisa que ele dissesse.

—Eu preciso entrar em você. – falou, erguendo os olhos pra mim.

Eu só concordei com a cabeça.

A toalha em sua cintura havia caído. Ele agarrou os meus quadris e me puxou contra si.

—Caramba! – ele sussurrou.

Enrosquei os braços ao redor do seu pescoço e o segurei. Por apenas um segundo, eu precisava segurá-lo.

—Eu amo você Malu, amo tanto. – arfou Luan.

Ele olhou em meus olhos e aos poucos foi saindo de dentro de mim. Eu não queria que aquilo terminasse. Quando estava pronta para pedir mais, ouvi batidas na porta.

Empurrei Luan e vesti minhas roupas o mais rápido possível. Ele fez o mesmo, reparei em seu olhar que não tinha gostado muito de alguém ter nos interrompido.

—Oi. – abri a porta ajeitando o cabelo.

—Olá. – Shelby deu um sorrisinho e Daniel veio logo atrás. – estão se divertindo aqui sozinhos? – ela provocou.

—Shelby. – Daniel a cutucou. – Luan, tem uma loja de roupas aqui que é incrível, cara, você tem que ir la.

—Acho que não tenho tempo. – Luan respondeu. – Malu vai jogar para ganhar dinheiro e eu vou a acompanhar.

—Não acho que seja uma boa ideia. – Shelby disse. – eu acompanho Malu, você fica com Daniel.

Eu queria que Luan fosse meu acompanhante, mas pensando melhor, não seria uma boa ideia, ele não se  controlaria, eu o conhecia o suficiente para saber que ele socaria o primeiro que chegasse perto de mim. Shelby já conhecia tudo, ela sabia como era, seria melhor ela ir comigo.

—Eu concordo. – finalmente respondi.

—Você só pode estar brincando. – Luan surtou. – eu vou com você!

—Não. – falei – Shelby sabe exatamente como tudo funciona, ela pode me ajudar e seria melhor, por favor, me escuta. Vai fazer um tour por Vegas com Daniel.

—Mas...

—Cara, é melhor você concordar, elas sabem o que estão fazendo. – Daniel o interrompeu.

—Ah... – bufou – esta bem, mas nos encontramos depois.

—Pode ser. – sorri.

Luan ajeitou o cabelo e saiu com Daniel.

Shelby viu a cama bagunçada e me olhou esperando uma explicação.

—Não sei o que aconteceu. – falei.

—Sei...

—É serio, quando Luan saiu do banho só com a toalha na cintura, me deu uma vontade louca de tê-lo, eu não sei o que deu em mim. Eu só precisava dele, o desejava muito.

—São os sintomas da gravidez.

—O que?

—A gravidez faz com que tenha mais desejos.

—Desejos demais. Nunca fiquei tão excitada.

—É normal. Seria bem mais fácil se vocês voltassem. Porque esse desejo que você teve hoje vai voltar.

—Ah meu Deus, estou ferrada.

—Você tem que contar a ele.

—Não posso.

—Mas...

—Tenho que me preparar para hoje à noite.

—Não muda de assunto.

—Vou por o vestido que meu pai me mandou no meu aniversario, o que eu usava antigamente. – eu odiava aquele vestido por me fazer lembrar o passado.

—Eu vou por um amarelo que tenho aqui.

Shelby e eu fizemos estratégias até a hora de nos arrumar.

Coloquei o vestido vermelho, estava mais curto e mais colado ao corpo, era obvio que ficaria bem mais justo, depois de tanto tempo sem usar.

Peguei um salto branco ao invés de preto, não queria ficar exatamente igual antigamente.

Shelby estava com o vestido justo amarelo e o salto rosa fluorescente.

Passamos batom cor vinho, sombras escuras e varias camadas de rímel.

—Estou pronta. – anunciei pra ela.

—Eu também.

Ajeitamos nossos cabelos soltos para trás.

Pegamos um taxi. Estávamos de frente para o cassino.

—Esta pronta? – Shelby disse.

—Acho que sim.

—Então vamos.

Assenti. Estava na hora de me tornar meu antigo eu.

Estava na hora de mostrar meu pior lado.