Além Digimon escrita por Kevin


Capítulo 15
Capítulo 15: A historia do Dragão Solitário


Notas iniciais do capítulo

A Vida do Misterioso Dragão Solitário e o passado da vila de Armadinomon é revelado. A história de Mauricio aparece diante deles como algo inesperado.



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Era uma correria animada. Iam de um lado para o outro. Riam como se tudo fosse motivo de risadas. O templo estava nublado, estava perigando chover, mas nem por isso, parecia que a animação daquele grupo diminuía. Correndo e pulando por um ambiente completamente árido, com pouca vegetação, mesmo estando diante de um rio.

 

- Peguei algo! -

 

Um deles saia correndo para junto do rio. Varias varas de pesca, na verdade madeiras com algo simulando uma linha. Era uma vara improvisada. Uma começava a dar sinal de ser puxada para o fundo do rio.

 

Chifre dourado na cabeça. Um manto colorido entre azul, branco e roxo. Um tamanho pequeno. Aqueles eram os gabumons. Um bando que viajava sempre de um canto para o outro do digi-mundo. Alegres naquele momento haviam encontrado moradia próximo ao Pico da Força.

 

- Tem uma coisa estranha descendo o rio! -

 

Os gabumons se alvoroçaram para ver o que era.  Um deles o tirou do rio, duas pernas, corpo mediano. Descia dele um liquido vermelho, estava sangrando. Parecia desacordado, mas na verdade estava morto. O gabumon que o retirou de dentro do rio, não agüentava ele direito e acabou perdendo as forças e logo aquele cadáver de monstro caia sobre ele.

 

- Essa forma humanóide por aqui? -

 

Os gabumons alvoroçados tentavam entender o que era aquela criatura e porque ela estava ali.

 

- Ei! Parem de ficar conversando e me ajudem a sair debaixo disso! -

 

O gabumon que havia recolhido o corpo do rio continuava debaixo do cadáver. Sem forças para conseguir sair dali sozinho.

 

- Será que é um daqueles tais humanos que ouvíamos falar? -

 

- Se não me ajudarem eu vou destruir essa coisa... -

 

O gabumon soterrado pelo corpo do suposto humano era ignorado pelos demais. Todos queriam apenas saber o que era aquela coisa. Decidiram perguntar a uma das aldeias. O líder de uma delas confirmou ser um humano quando ali chegou. O pobre Gabumon ainda estava de baixo do corpo naquele instante.

 

Um som esquisito foi escutado naquela hora, parecia que algo estava sendo mastigado. Logo viam o amigo, gabumon, sair de debaixo da criatura com o rosto todo vermelho. Estava a devorar o cadáver do humano.

 

- Esta ficando louco? -

 

O líder da aldeia assustou-se e saiu correndo dali.

 

O bando dos gabumons então perderam a alegria e começaram a debater. O amigo não deveria ter feito aquilo. Decidiram então abandoná-lo ali, eles se foram deixando o gabumon solitário naquele local.

 

O líder da aldeia próxima, após passar o susto voltou para ajudar aos gabumons, mas encontrou apenas aquele gabumon solitário, que estava irritado por ter sido abandonado.

 

- Onde estão os outros? -

 

- Não existem outros... Aqueles vermes... Não servem nem para comida... -

 

- O que você disse? Você... Matou seus companheiros? -

 

O líder compreendera errado. Realmente não era um bom líder para a aldeia, era precipitado e impulsivo, mas era o líder. Uma batalha começou contra o gabumon que não conseguia explicar o que acontecia. Mais e mais digimons vinham aparecendo e incriminando o gabumon. Não havia jeito gabumon teve que se defender, e na primeira oportunidade, matou o líder da aldeia. Fora um golpe de sorte, jogou-se no rio para fugir, mas o Líder fez o mesmo.

 

No rio um grande peixe mecânico apareceu. Era um digimon extremo muito mais forte do que o líder. O líder foi estraçalhado na hora. Como estavam dentro do rio, ninguém pode ver o peixe. Gabumon aproveitou que o peixe distanciava-se e absorveu aos dados, no mesmo instante digivolveu para Garurumon, um lobo branco gigante de listras roxas, completamente superiores a gabumon. Ao sair do rio, os demais fugiram temendo-o.


Garurumon decidiu ficar ali, pois sempre aparecia humanos e tinha gostado do sabor da carne. Não atravessava o rio temendo o digimon marinho mecânico. Por muito tempo, muitos tentaram derrotar ao lobo, mas o próprio sempre pulava no rio e acabava sendo ajudado pelo peixe digimon. O peixe não sugava os dados e Garurumon aproveitava para ficar mais forte.

 

Ficou temido, todos achavam que ele era o mais forte da área. Acabou tornando-se com o passar do tempo. Ele tentou explicar o corrido, mas sempre era atacado e precisava defender-se. Acabou se tornando feroz e mau como era visto. Muito mais fácil para ele ser desta forma.

 

Nunca perdeu uma luta, até o dia que tentou devorar três humanos que viajavam com um digimon amarelo e pequeno. Garurumon lembrava-se muito bem dele. Já havia escapado de suas garras uma vez.

 

Na luta acabou caindo ferido. O poder não era tão grande, mas estava exausto. Havia pela primeira vez enfrentado o peixe mecânico do rio. Subiu até a margem e lutava contra ele usando de estratégias. O peixe não sentia seus ataques, era indestrutível, mas a inteligência do Assassino Branco ficou além do poder do peixe. O Peixe ferido gravemente tentou descer o rio fugindo, mas Garurumon o perseguia. O peixe morreu no caminho, pois cruzou com um humano e tentou fazer com que ele fosse a isca para tirar Garurumon de sua cola. O esforço para usar o humano no rio foi maior, principalmente quando percebeu um digimon tentando ajudar o humano.

 

Exausto com a luta, foi atacado pelos humanos que tentavam lutar por suas vidas. Ferido na pata, tendo tido sua cabeça e seu dorso queimados. Ele ainda teve que enfrentar o digimon amarelo que havia digivolvido. Foi derrotado sem poder fazer muito.

 

Derrotado, mas não morto. Ele ficou imóvel como os humanos ficavam, achou uma boa estratégia. Afinal se os humanos estavam ali, talvez enganasse, afinal sabia que aquele digimon amarelo era inexperiente, e não pensaria que ele teria de virar dados. Sorte foi o digimon ter desmaiado após derrotar Garurumon. Garurumon ficou ali ferido até conseguir recuperar-se para andar.

 

Havia sido derrotado. Aqueles humanos haviam roubado os dados do digimon extremo que ele havia destruído. Não, ele jamais poderia perdoá-los. Nunca fora derrotado. Levantou-se e seguiu os humanos escondido por um dia, observou-os durante uma noite onde eles haviam se enfrentado. Estranhou o fato deles brigarem entre si. Mas, viu Wisemon surgir na frente deles, e também um novo digimon na forma extrema, que possuía um poder muito superior ao já visto.

 

Wisemon e Dyansmon tiveram algumas palavras trocadas até que Wisemon foi destruído. Dynasmon recolheu em suas costas os três humanos e o digimon amarelo e os levou dali, aparentemente na direção do pico da força.

 

O Assassino Branco observou tudo. Desejava os Dados de Wisemon, mas fora impossível pegá-los, já que Dynasmon só saiu dali quando os dados desapareceram no ar.

 

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Estavam no alto de uma montanha. Estavam acima das nuvens. Armadinomon estava maravilhado com o que via. Finalmente estavam a poucos metros do Pico da Força o local de redenção para seus pecados, o local onde poderia mandar de volta os amigos humanos.

 

Bárbara segurava na mão de Fabrico, ambos se mantinham longe de Valéria que olhava em volta procurando algo que pudesse ser o caminho de casa.

 

- O que procuram esta atrás daquelas rochas. -

 

Dynasmon sentava-se falando aquilo. Eles olhavam ao digimon branco com certa curiosidade. Armadinomon tinha certeza de que ele era o servidor. Mas, Valéria já havia entendido. Ela via, uma vez ou outra, todo o vale, o percurso por onde passaram. Aquele digimon podia ver tudo, se as nuvens permitissem.

 

Assim que destruiu Wisemon o digimon se virou e olhou para aquelas quatro criaturas. Armadinomon estranhou que ele não absorveu os dados, até pensou em fazê-lo, mas o digimon abriu a mão os pegando.

 

- Vocês vão ao Pico da Força, certo? Vamos terminar sua Jornada de uma vez. -

 

Dizendo aquilo os quatro pararam de gritar e foram levados até o local. Rapidamente se viram voando até o topo da montanha. Agora tinham também o local onde tinham que ir, a poucos passos.

 

Aquele grupo estava surrado, cansado. As dores eram muitas, os pensamentos acelerados. Certamente a escalada daquela montanha teria acabado com eles. Aquela ajuda foi sem dúvidas o que eles precisavam para ir para casa.

 

Armadinomon sabia que mesmo alcançando o perdão, não tinha mais para onde ir, poderia então conversar com aquele digimon por muito tempo. Mas, antes precisava cumprir o que Palmon havia pedido. Fazer os humanos irem para casa.

 

Armadinomon começou a caminhar para as rochas. Valéria foi logo em seguida e Bárbara tentou ir atrás, mas de mãos dados com Fabrico teve seu movimento detido. O Rapaz não andava, apenas olhava o digimon branco.

 

- Dragão Solitário. Acaso... Você conhece o meu irmão? -

 

Fabrico ao perguntar aquilo chama a atenção dos outros. Todos olharam para Fabrico e depois para o digimon gigante.

 

Era verdade, haviam esquecido de Mauricio. Não o encontraram em parte alguma do percurso. Armadinomon voltou sentando-se. Começou a pensar na conversa que tivera com ele no dia anterior e como ele entendia e sabia o que dizer a ele. Para o pequeno Tatu, tudo fazia sentido agora, ele já estava conformando-se com a perda do irmão. Evidente que Armadinomon não entendia muito bem ainda, além de não saber quem era Mauricio.

 

Bárbara, passou a mão na face de Fabrício. Era claro que ele não queria ir sem o irmão. Ela também faria o mesmo. Talvez aquele digimon, Dynasmon, tivesse noticias dele. Qualquer noticia já ajudaria a Fabrício. Bárbara não sabia exatamente o que dizer naquela situação, apenas calou-se observando o que acontecia.

 

Valéria parou tendo seus olhos cheios de lagrimas. Faltava Mauricio. Ela tinha esperanças de que ele estivesse são e salvo no mundo deles. Mas, tendo Fabrício tocado naquele assunto, era impossível sair dali sem perguntar por ele.

 

- Vejo que pode ver todo o vale daqui, quando as nuvens permitem. Viu mais um humano além de nós estes dias? -

 

- Não quero saber se viu Mauricio esses dias! Quero saber se já o viu!-

 

Fabrício ignorou o que Valéria dizia. A mulher não ligou também para a intromissão de Fabrício. Ambos continuaram olhando a Dynasmon que estava sentado olhando-os.

 

- Você... eu achava que você realmente era parecido com ele. Achei que fosse ele mais velho, mas... Como não pareceu me reconhecer, achei que não fosse ele. -

 

Dynasmon falava calmamente, a voz parecia trazer uma certa felicidade, como se lembrasse do passado.

 

Todos se sentaram era nítido que ele conhecia Mauricio.

 

- Não o vi esses dias! Eu realmente consigo ver todo o vale, mas as nuvens aqui nem sempre me deixam, apenas comecei a observar vocês agora pouco no amanhecer, vi Wisemon a atacá-los. -

 

Dynasmon fez uma pequena pausa. Todos havia ficado chateados, pensaram que poderiam encontrar Mauricio.

 

- Mas... Se ele veio com vocês e não veio até mim, creio que ele não esta mais vivo... -

 

Dynasmon entristeceu-se. Foi visível a todos. Agora era tristeza geral Valéria, Fabrício e Dynasmon pensando em Mauricio. Armadinomon pensando em todos os da aldeia. Apenas Bárbara ainda não havia ficado melancólica. Ela até sentia-se mal por isso.

 

- Gente... Será que ele veio mesmo para o digi-mundo? Eu estava assustada dentro da água na represa. Mas, o vi sair do carro. -

 

Bárbara tentava consolar ao grupo. Fabrício abraçou a menina, mas ficou pensando no que havia escutado. Realmente ele se lembrava de quando mergulhou atrás do carro que afundava, encontrou o local de Mauricio vazio. Então era possível que ele tivesse saído.

 

- Dynasmon... Quem é você? E como conhece o tal Mauricio? -

 

Armadinomon tentando espantar aqueles seus pensamentos tristes, resolveu perguntar o que perguntaria mais tarde, quando os humanos já tivessem ido embora.

 

Dynasmon respirou fundo. Ele se lembrava de como tudo havia começado.

 

Ele era um Candlemon na época. Um digimon em formato de vela, apoiado num pequeno candelabro. Sua chama sempre acessa na cabeça. Possuía um amigo da mesma espécie, um outro Candlemon. Eram inseparáveis, o que um fazia o outro fazia, onde um ia o outro iria, mesmo que não pudesse.

 

Eles tinham a tarefa de pegar água para a vila e colocar no reservatório. Era uma tarefa fácil, mas perigosa. Perigosa porque o Assassino Branco adorava estar perto do rio. Apesar disso ele nunca atravessava.

 

Ainda não eram guerreiros. Mas estavam próximos de passar pelo ritual. O líder dizia que eles poderiam já ter passado pelo ritual se aceitassem fazer o ritual um de cada vez, mas queriam fazer juntos, o que era proibido. Cada ritual era para um único digimon, era o seu momento de honra.

 

Buscando a água como de costume, presenciaram algo esquisito. Uma luz vinha do rio fazendo aparecer um grande monstro de metal. O monstro era gigante. Possuía patas de borrachas arredondas e dentro deles tinham varias outras criaturas. Algumas criaturas já estava fora do monstro e ficavam imóveis sendo decidas pelo rio.

 

- Comida! E muita! -

 

Eles escutavam o Assassino Branco gritar da outra margem saltando sobre os corpos das criaturas que boiavam.

 

Uma das criaturas gritava por ajuda, parecia não saber nadar. Os candlemons se olharam. Se eles não fizessem nada a criatura se afogaria.

 

Para acabar de completar a situação um digimon marinho veio atacar o menino. Aquele digimon eles conheciam bem, costumavam tentar comer a carne dele, mas às vezes batiam com força demais o destruindo em dados. Acabaram pulando pelas pedras e ajudando a criatura, que era pequena em relação às demais.

 

Tiveram que destruir o digimon marinho e foi nessa hora que outra coisa estranha aconteceu, os dois candlemons foram absorver os dados do digimon, mas a criatura estranha também os absorveu por uma espécie de pulseira.

 

A gritaria fez o líder da aldeia dos Candlemons vir até o rio ver o que acontecia. Ali ele revelou que as criaturas, que estavam a surgir do nada, eram humanas, e que para eles voltarem ao mundo deles, precisariam ir até o Pico da Força.

 

Propôs aos dois que levassem o pequeno até o local, que valeria como o ritual do guerreiro. Eles aceitaram, pois era o que queriam, fazer o ritual juntos. À medida que avançaram o dragão solitário ganhou a amizade do pequeno humano, mas o outro candlemon não curtia muito, aquela criatura humana.

 

Na primeira noite dormiram próximo a um olho do servidor. Quando amanheceu foram atacados por um digimon. Os candlemons lutaram bravamente, mas não estavam tendo sucessos contra um digimon no nível adulto daquele porte. O digimon estranhava o humano, por isso atacou-o primeiro. Lutando, um botão da pulseira, mais tarde entedia-se que era um relógio, foi pressionada, e desta forma uma onda de energia saiu dela acertando aos dois candlemons que digivolveram para wizardmon.

 

Os dois juntos eram imbatíveis. Forma humana, rosto coberto. Capuz e roupas de mago. Um cetro poderoso. Combinando movimentos e poder, eles derrotaram o adversário.

 

Sem entender o que havia acontecido, pois ao final da luta retornaram as suas formas de candlemons eles prosseguiram viagem comentando a respeito. Foram novamente atacados durante a noite, dormiam ao lado do olho do servidor como na noite passada. Mas, desta vez eles viram que o relógio estava reagindo ao olho. Logo entenderam que aquilo estava permitindo que eles digivolvessem, e precisava ser recarregado no olho do servidor, após utilizado.

 

Foram cinco dias de viagem, pois eles tinham passos pequenos e cansavam rapidamente. Além de sempre estarem em combate, ou tentando esconder-se. Mas, chegaram ao inicio da subida do Pico. Houve então uma situação lastimável.

 

Candlemon não queria deixar o humano ir, pois sem ele, eles não poderiam mais digivolver. O Dragão Solitário se afeiçoou ao menino e Candlemon tentou utilizar deste artifício para convencer o amigo a ajudá-lo a manter o humano ali com eles. O Dragão Solitário não aceitou aquilo, e os dois começaram a lutar.

 

O humano tentou parar a Candlemon gritando com ele. Durante toda a viagem candlemon hostilizou o pequeno humano, não agüentava escutá-lo como o Dragão Solitário fazia. Os dois se encararam com desprezo um do outro. Candlemon derrotou o pequeno humano e ia levando-o quando um digimon despencava do alto do Pico da Força, parecia que lá estava acontecendo uma grande luta.

 

O digimon que despencava, era um nível acima do adulto, virou dados. O relógio absorveu os dados daquele digimon. O Dragão Solitário correu pressionando o botão do relógio e ambos digivolveram. Candlemon para Wisemon. O Dragão solitário para Mystimon, um digimon muito semelhante a Wizardmon, mas ao invés do bastão havia em sua mão uma grande espada.

 

Enquanto os dois digimons recém digivolvidos se enfrentavam, Dragão Solitário ordenou que o pequeno fosse para o topo do pico e fosse embora. O pequeno não queria, mas acabou indo.

 

- Quando a batalha terminou... Eu subi e encontrei o relógio de Mauricio aqui em cima, e um desenho feito no chão, onde ele se despedia de mim -

 

 

Dynasmon mostrava o relógio em seu pulso. Os demais ficaram em silêncio. Dois amigos enfrentando-se por poder. Era quase a mesma historia de Dorumon e Armadinomon. Com a diferença de que havia uma paixão no meio e Dorumon havia sido infectado.

 

- Escuta... Você disse que os dois digivolviam? Mas... Havia mais digimons em torno de vocês, e só dos dois digivolveram. Isso aconteceu com agente também. E não pode ser por mera vontade de quem aperta o botão... -

 

 

Bárbara ficou curiosa com aquilo. Até então achava que era alguma coisa que permitia apenas um a digivolver, ou que só aquele que eles queriam digivolvia.

 

 

- Adulto, Perfeito e Extremo. São esses os níveis dos digimons que são poderosos. Quando seus aparelhos absorvem os dados, ele absorve somente a estrutura desses níveis. Aquela onda de energia faz o digimon digivolver para tal nível. -

 

 

Dynasmon ao contar aquilo fez eles compreenderem. Era realmente o que havia acontecido. Dorumon ia para um digimon adulto. Então armadinomon conseguia digivolver para um digimon adulto. Quando tiveram os dados de Lilimon. Ele passou a digivolver para um digimon no nível de Lilimon. Garurumon não digivolveu porque Ankylomon era do mesmo nível que ele. Assim como Wisemon e Phantomon.

 

 

- Acho melhor nós irmos. -

 

 

Valéria levantava-se. Os outros acabaram seguindo-a e despedindo-se de Dynasmon, que não parecia fazer menção de se levantar.

 

- Se Mauricio estiver do outro lado... Mande lembranças... -

 

Fabrício fez com a cabeça que faria aquilo certamente.

 

Do outro lado da roxa avia duas pilastras e uma espécie de altar. Eles aproximaram-se observando. O altar parecia ficar a alguns 50 metros de distância das pilastras.

 

Armadinomon admirava o local. Parecia mesmo que era um local onde o servidor escutaria os arrependidos. Todos os quatro analisaram o local tentando descobrir como voltariam. Armadinomon começou a falar com o servidor, mas parecia que nada acontecia.

 

Armadinomon mesmo diante tudo o que acontecia não deixava de acreditar que o servidor existia. Era uma situação estranha, ver alguém chamando por Deus como se ele pudesse se materializar na frente dele. Estranha demais para que os humanos continuassem a deixá-lo fazer aquilo.

 

Não era estranha totalmente. Eles faziam aquilo em seu mundo, mas ali eles sabiam que algo permitia acionar essa passagem, e não acreditavam que era o servidor.

 

 

- Armadinomn, acho que... -

 

 

Fabrício foi calado por uma luz que começou a surgir no altar. A luz aumentou seu brilho e pareceu flutuar até as pilastras criando um grande buraco de luz.

 

Fabrício, Bárbara e Valéria ficaram pasmo, enquanto Armadinomon derramava-se em lagrimas. Alguma força havia acionado o portal. Nada eles tinham feito para isso, tirando que armadinomon estava pedir que tal coisa fosse feita. Se o servidor não existia, agora ninguém conseguiria convencer Armadinomon do contrário, nem mesmo aqueles humanos.

 

- Fico pensando em como o Mauricio ativou isso. -

 

Bárbara ficou a imaginar o garoto rogando ao servidor para que pudesse ir para casa. Não fazia sentido ele conhecer o servidor. Já Fabrício sorria e entendia porque o irmão era tão calmo. Ele viu a prova de algo maior existindo. Como poderia ser tão ignorante com as coisas, sabendo que realmente existia um algo maior.

 

- Adeus Armadinomon! -

 

Valéria foi a primeira a se despedir do digimon, pegou-o no colo abraçando-o. Em seguida, Bárbara fez o mesmo. Estava um clima gostoso de despedida. Fabrício foi o ultimo a fazê-lo. E logo estavam começando a se dirigir para o portal.

 

- Cuide-se! Seja forte por todos! -

 

Bárbara sorria ao dizer aquilo, mas, seu rosto foi de pavor ao final da fala.

 

- Eu sei o que farão! Gritem, e eu passarei pelo portal, indo par ao mundo humano. -

 

Garurumon aparecia diante os olhos de todos eles. Subiu por traz da montanha e ficou a esperar que eles não estivessem mais na companhia de Dynasmon, o gigante digimon que ele sabia, tinha que temer.

 

O digimon possuía uma cicatriz na pata, mas andava normalmente. Seu pelo nas costas e na cabeça estavam acinzentados, mas parecia que ele estava completamente recuperado.

 

Bárbara não acreditou ao vê-lo. Achava que ele havia morrido. Mas, agora o digimon adulto estava pronto para cobrar a sua vingança contra os humanos e armadinomon.

 

- Ninguém me derrota... Ninguém... -

 

Garurumon saltou sobre armadinomon ele seria a primeira vitima. Valéria fez sinal para que os dois passassem pelo portal.

 

Fabrício retirava a mochila de suas costas. Iria ajudar a Armadinomon, certamente Dynasmon perceberia o que ocorreria, só tinha que impedir que o Assassino Branco  passasse para o mundo humano.

 

Eles imaginavam o que aquele digimon faria no mundo humano, até que as forças armadas conseguissem atacar com força aquela criatura muitos teriam morrido. Isso na melhor das hipóteses. Se nem um relógio humano funcionava no mundo digital, e a presença dos mesmos causava grande alvoroço. Imagina o que um digimon no mundo humano poderia causar.

 

- É isso... O relógio! -

 

Valéria agarrou a camisa de Fabrício impedindo que ele fosse. Eles podiam ver Armdinomon lutando com bravura, nada dizia para não chamar atenção de Dynasmon e correr o risco de Garurumon ir para o mundo humano. Desviava como podia.

 

Fabrício olhou para Valéria com fúria. Para ele aquela mulher estava morta desde a noite passada. Como ela ousava tocar nele?

 

Valéria olhava seu relógio, podia ver três opções ativas. Lembrava-se que no rio, algo a puxou para baixo, mas fora destruído e um pó a envolveu. Não era pó, eram dados, que entraram em seu relógio. Não sabia qual era o nível do digimon, mas era uma chance.

 

- Vai embora daqui! - Valéria empurrou Fabrício para junto de Bárbara apontando o portal.

 

Fabrício fez sinal de que não iria, já ia voltando para onde estava, mas ela correu gritando para cima de Garurumon.

 

- Eu avisei que não era para gritar. Mundo humano, aqui vai o terror! -

 

Garurumon rugia querendo passar por Valeria. Mas, Valéria apertou um botão do seu relógio.

 

- O que estão esperando? Vamos destruir o portal para ele não passar! Andem logo! -

 

Valéria gritou aos dois que ficaram estáticos ao escutar aquilo. Valéria iria se sacrificar, ficar ali para que eles pudessem fugir? Para que eles pudessem ir para seus lares? Por que ela faria uma coisa dessas? Aquilo não entrava na cabeça de Fabrício.

 

Bárbara, porém, não tinha magoas de Valéria. Apesar de todo o ocorrido, ela a escutou. Seria esse o pedido de desculpas que a mulher tinha a oferecer. Ela correu e puxou Fabrício para o portal.

 

A luz que vinha do relógio, fazia a digi-evolução acontecer. Infelizmente não era só em Armadinomon. Garurumon também sentia a evolução. Dores pela metamorfose, tantas que eles gemiam. AO mesmo tempo que era trágico O lobo evoluir, era um alívio, haveria assim algum tempo para se passar pelo portal, pois o lobo ficava parado a sentir a evolução acontecer.

 

Dynasmon apareceu no mesmo instante.

 

Fabrício e Bárbara passaram pelo portal. A digievolução estava completa e um lobo gigante aparecia no lugar de garurumon. Eram de todo de metal e reluzia imponente. No lugar tatu amarelo, estava um digimon branco com transas armas gigantes, que eram bolas de metal com espinhos.

 

Armadinomon em sua nova forma saltou sobre o lobo de metal.

 

- Vai Valéria! Vai! -

 

Gritava Armadinomon evoluído. Dynasmon vira a boca do lobo se abrir e brilhar na direção de Valéria.

 

- Não! - Dynasmon em seu lugar se moveu rapidamente. - Hálito do dragão! -

 

Uma grande explosão aconteceu no colar, destruindo todo o pico da força.

 


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Notas finais do capítulo

Esse é o penúltimo capitulo. espero que tenham gostado da história dos antagonistas e personagens secundários dessa fanfic, que hoje lhes foi apresentado!



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