Ryuuzaki se sentia confuso. Não se relacionou com ninguém durante toda sua vida. Raito era a primeira pessoa que chegava tão longe. Tão perto. Era algo novo para ele, por isso era deveras divertido. Sua mão pálida tocava o pescoço do Yagami, deslizando as unhas pela superfície da pele quente de Raito. Sem perceber, havia sido virado. Agora tinha Raito sobre si, com o olhar incomum. Algo próximo a um olhar de desejo. Raito se aproximou de seu rosto, embora houvesse desviado para seu pescoço. Seus lábios tocaram a curva do início do ombro pálido de L, dando beijos sutis e lentos. Subiu um pouco, até a metade do pescoço, onde sua língua, ainda com o gosto da boca de L, se arrastou lentamente, acompanhando um arrepio delicioso que atravessou o corpo do detetive por completo. Apenas parou ao chegar à orelha dele, mordendo-a e puxando um pouco. Seus lábios deslizaram pela face de Ryuuzaki, dando em seus lábios um breve beijo, e indo ao outro lado de seu pescoço, ainda virgem perante suas carícias. Outro beijo no pescoço dele, seguido de uma mordida lenta. Seus dentes se arrastavam em sua pele morna, à medida que a mão de Raito subia pelo corpo de L, e passava a arranhar seu pescoço.

Em meio a arrepios, e arfadas descompassadas, Ryuuzaki começou a levantar a blusa que Raito vestia. Enquanto erguia o tecido expesso, suas unhas marcavam a pele clara de Raito. As mãos de L invadiram a blusa de Raito, deslizando as mãos por seu tórax e intercalando com arranhadas breve, porém, mais intensas. Um som os chamou a atenção. Passos e vozes. A equipe retornava, deveria ser mais tarde do que imaginavam ser. Afastaram-se e arrumaram as roupas que vestiam, assim como os cabelos. Tentavam secar o pouco suor do rosto e parecer mais normal possível.

– Raito!

A voz fina ecoou na sala, e a loira correu até o sofá saltando sobre ele e o abraçando carinhosamente.

– Surpresa Raito-kun... – Disse Matsuda com uma gota na cabeça – Agente trombou com a Misa-Misa no caminho... E achamos legal trazê-la pra te ver...

– Super. – Disse Raito absurdamente vermelho, assim como L, que disfarçava olhando para o lado oposto.

– Senti saudades e... – Ela parou de falar, o que chamou a atenção de todos por ser um evento raríssimo. Misa se aproximou do pescoço de Raito, sentindo o cheiro dele – Tem alguma coisa errada... – Ignorando o olhar de medo de Raito, Misa puxou L, de modo que o derrubou no sofá. Sentiu o cheiro de seu pescoço, e o soltou, levantando e apontando para ambos, horrorizada. – Raito... Você... L... Vocês... RAITO TRAIU A MISA-CHAN COM O L!

– Misa... – Disse Raito tentando fazê-la se calar.

– Não é engraçado? Acho que a graça é a verdade...  – Disse Ryuuzaki com o indicador diante dos lábios.

– Ah! – Misa virou e saiu correndo, enquanto Matsuda os observava indignado.

– Eu não creio...! – Sai correndo atrás de Misa.

– E agora...? ._.

– Droga... – L pegou a caneca de chocolate quente, agora fria e ainda cheia – Deixamos esfriar... ‘-‘

– ._.’