Poor Amane-chan escrita por Mikaeru Senpai


Capítulo 2
2nd


Notas iniciais do capítulo

Bom, não vou me demorar muito aqui. Vamos logo ao capítulo, acho que vocês vão gostar. =]



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Começou a procurar um abridor de latas nas gavetas e armários. Quando quase atirava a maldita lata contra a cabeça do garoto, este o olhou com certo desdém. Os orbes negros o refletiam, e sua mão se ergueu, e um de seus pálidos e finos dedos apontou um abridor mecânico de latas.

 

– Hnpf.

 

Raito resmungou algo internamente, desejando estar em posse de seu Death Note... E do nome do desgraçado do detetive. Mas apenas sorriu falsamente, abrindo a lata e entregando à L. Este a pegou com o indicador e o polegar, virando sobre a abertura na máquina, e depois colocando no balcão. Apertou um botão. Enquanto esperava, L começou a passar o indicador na lata de leite condensado, levando aos lábios sem pressa. Após umas três vezes, desviou o olhar da lata para Raito. Ainda com o dedo na boca, inclinou a cabeça para o lado, com um olhar meigo e neutro ao mesmo tempo. Kawaii. Foi o que Raito pensou. Kawaii? Mas que diabos?! Desviou o olhar do detetive, cruzando novamente os braços.

 

– Raito.

– O que f...?!

 

Ele não esperava por isso. O dedo de L invadiu sua boca, com um sabor adocicado e ligeiramente enjoativo. O olhar dele ainda era algo absurdamente fofo. Raito sentiu a face esquentar, e ruborizar. Sua língua tocou o dedo dele, sentindo o gosto do leite condensado. Tinha o cenho franzido e o rosto vermelho, e pela primeira vez, viu L rir abertamente. Ele puxou a mão de volta dizendo de uma forma tão... Tão... Humana, que Raito se sentiu absurdamente confuso.

 

– Raito-kun, ficou tão vermelho por uma coisa besta dessas... To começando a achar que você é gay. :3

– Mas o que... Cala a boca L. – Disse ainda mais vermelho, dando um passo para frente, e tomando a lata dele. Disse enquanto passava o dedo por dentro da lata. – Então vamos ver.

 

Após essas palavras, puxou o garoto pela cintura e colocou a lata sobre a pia. Assim que sentiu o corpo dele contra o próprio, colocou o dedo dentro da boca dele, o mantendo contra sim com mais firmeza. Não esperava por isso. Sentiu a língua de L passando por todo o seu dedo, e seu olhar enigmático e... Kawaii! Mas que maldição! Corou ainda mais, ainda sem soltá-lo. L sorriu e mordeu o dedo dele de leve, abrindo a boca até ter a boca livre novamente. Era engraçado. Ter o inimigo tão perto. Sentir seu corpo em cada detalhe. Seu calor, seu cheiro. Algo tão íntimo. Raito viu as maçãs do rosto de L verterem a um tom de rosa claro. A mão dele se apoiou sobre o braço do jovem Yagami, que se refletia em seu perfeito em seus olhos negros. Começavam a aproximar seus rostos. A respiração ligeiramente alterada. Os corações pulsando mais acelerados. Um som estridente. O telefone que Raito levava no bolso. Eles se afastaram, e o garoto ficou de costas para atender ao telefone.

 

– A-alô?

– Raito! Eu sinto sua falta Raito-kun! Quando vou te ver de novo?

– Misa... Já disse pra não me... Erm... Quero dizer... Em breve, em breve...

– Agente podia jantar hoje!

– NÃO! – Ele tossiu e disse um pouco mais baixo – Hoje eu tenho muito a fazer... Quem sabe outro dia...

– Ah... Você sempre tem uma desculpa pra não ver a Misa-chan!

– Não é isso, só tenho que trabalhar muito... Misa, eu vou desligar...

– Ah Raito! Certo... Fazer o que... Tchau meu amorzinho, eu t...

 

Ele desligou o telefone. Por alguns segundos ele permaneceu de costas para L. Isso era bizarro. Por pouco não havia o havia beijado. Um homem. Seu inimigo. Além de ser um ato gay, ainda era com um inimigo. Tinha como ser... Um arrepio. Uma sensação estranha interrompeu seus pensamentos. Sentiu as mãos de Ryuuzaki tocarem seus ombros, fazendo uma massagem sutil. “Não se preocupe, sou bom nisso...”, ele sussurrou próximo ao ouvido do rapaz, enquanto continuou. Raito podia sentir a respiração dele contra seu pescoço, o que tornava os arrepios mais frequentes. L se aproximava cada vez mais, atraído como um imã pelo perfume de Raito. Até que seus lábios tocam por um breve momento o pescoço dele. O garoto parou. Sua franja lisa e negra, ligeiramente bagunçada cobria seus olhos. Um som agudo ecoou na cozinha e nos corredores.

 

– Está pronto.

 

Sem mais comentários, L se afastou de Raito e foi até a máquina, abrindo e tirando uma espécie de bule do interior, e colocando momentaneamente sobre o balcão. Pegou no interior de um dos armários suspensos, duas canecas pretas, e em seguida, despejou o chocolate fumegante nestas. Após jogar alguns marshmallows e quadradinhos de chocolate, entregou a xícara a Raito, e andou até a porta. Deteve-se antes de chegar aos corredores. Enquanto isso, Raito apenas permaneceu estático e confuso, sem nada, absolutamente nada passando por sua cabeça.

 

– Raito-kun... 

 

 


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Notas finais do capítulo

Own

Atoron. (L)

Anyway... Espero que tenham gostado, não me matem, amanhã tem mais. Amo vocês queridas que acompanham essa história que me desvirginou em quesito de Yaoi. Q