Caminhantes escrita por Serin Chevraski


Capítulo 78
O que você é para mim




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Levy POV

Enquanto lia um livro sobre perca de memória e como ocorrem as lavagens cerebrais, a campainha tocou.

— Sim? -Gajeel respondeu, mas consegui escutar bem.

— Senhor Redfox? -escutei a voz de um desconhecido.

— Sou eu.

— Eu tenho uma coisa a relatar... A paciente Lucy Heartphilia despertou.

Larguei os papéis, em choque. Arregalei os olhos e saí da minha reclusão, escancarando a porta. O rosto de Gajeel virou para mim, surpreso.

Mas saí em disparada.

— Ei, baixinha!

Mas o ignorei.

Recebi a notícia grandiosa que Lucy acordou. Finalmente ela despertou! Ela dormiu por quase duas semanas!

Corri pelos corredores do hospital, passei por pessoas assustadas e os peixes mais surpresos ainda.

— Não corra no hospital! -alguém gritou.

— Foi mal -o Dragon Slayer respondeu, correndo ao meu alcance.

Mas não liguei para nada. Quarto 121.

Parei na frente da porta. Com os dedos trêmulos.

— Hey, não vai abrir? -Gajeel sorriu para mim, meio sem fôlego- Precisa que eu faça isso?

Balancei a cabeça.

Com um clic bem suave, a porta se abriu. E pelo vão pude ver uma mulher loira sentada.

— Lu-chan! -exclamei, sentindo meu coração parar por um segundo.

Os olhos vazios dela me surpreenderam, me fazendo pregar os pés no chão. Mas logo ela sorriu.

— Levy-chan! Gajeel!

— Então eu vou deixar vocês -o médico ao lado dela sorriu para nós, escreveu algo na prancheta e disse antes de sair- Lembre-se, o paciente ainda está em tempo de observação, então precisa descansar.

— Com licença -um investigador do Conselho estava ao lado do médico. Ele abaixou a cabeça, se despedindo.

Então ambos saíram.

Dei um suspiro de alívio e meus olhos marejaram.

Tampei a boca com as mãos e me aproximei.

— Estou tão feliz que você acordou! Estou tão... Mas tão aliviada -solucei.

— Desculpa -a loira sorriu, num arco culpado- Quanto tempo estou dormindo?

Não consegui responder. Mas o homem atrás de mim, me seguiu.

— Fazem duas semanas, Bunny Girl.

— Gajeel, acho que está na hora de parar de me chamar de Bunny Girl -ela suspirou.

— Gehee, só no dia em que eu nunca mais me lembrar que você usou fantasia de coelha!

A boca da maga celestial abriu e fechou igual um baiacu fora do mar.

A frase do moreno me fez lembrar de algo.

— Lu-chan! -ergui meu rosto velozmente.

— O... O que? -ela ficou surpresa.

— Qual a última coisa que você se lembra? -franzi as sobrancelhas.

Ela piscou meio desnorteada.

— Saímos da guilda para uma missão. Aliás, como foi que parei no hospital? Eu não consigo me lembrar.

— Bom, vocês se machucaram muito. Usaram muita magia e... Você foi exposta em muita toxina.

— "Vocês"...? -os olhos achocolatados se arregalaram- Aonde está ele?

Tinha uma certa urgência na voz de Lucy.

— Ele? -pensei na imagem de como Rogue segurou a loira protetoramente- Lu-chan, você tem que ficar calma... Ele ainda não acordou. Está na sala ao lado, mas sem perigo de vida.

— O que!? -sua voz ficou alarmada- Eu preciso ir vê-lo!

Ela tentou sair da cama.

— Hey Bunny Girl, você também não está nada bem -Gajeel se intrometeu ficando na passagem da mulher- O idiota desmaiado não vai fugir. Coé.

— Sai da frente Gajeel! Ele é o meu parceiro!

— Você está muito exaltada. Tô falando que ele tá bem.

— Eu quero ver com meus próprios olhos! Ele sempre se esforça demais e sempre é imprudente. Provavelmente se jogou para me salvar, certo? Sempre que os amigos dele se metem em problemas ele faz isso!

Nesse momento senti que tinha algo errado. Peguei a mão da maga e ela me encarou.

— De quem você está falando, Lu-chan?

— De quem? De Natsu, é claro -ela exclamou surpresa- Fomos à uma missão, não se lembra?

Fiquei pasma e sem palavras. O mago do ferro ao meu lado igualmente congelado.

— Está dizendo que você foi em uma missão com o Salamander? -sua voz meio descrente.

— Por que vocês estão me encarando como se eu fosse louca? -ela franziu as sobrancelhas.

— Mais do que você ser louca, a situação é louca! Os peixes voam e os pássaros vivem no mar também? Ah, acho que isso já existe -as sobrancelhas de Gajeel se ergueram.

— Lu-chan... -eu ergui a mão dela, mostrando sua própria marca de guilda- O que você vê aqui?

Quando os olhos achocolatados pousaram no desenho da Sabertooth, suas orbes ficaram opacas e surgiu um sorriso sinistro.

— Está tudo bem -a voz de Lucy se tornou robótica- Eu estou bem, tudo vai ser como antes.

Respirei fundo. Arregalando os olhos. Essa é a lavagem cerebral? Não, em parte também é uma hipnose?

— Huh? -como se despertasse, ela me encarou surpresa- Tem nada aí Levy-chan.

— E... E na sua outra mão?

Ela encarou a outra mão e franziu as sobrancelhas para mim. Então exibiu o seu dorso liso.

— É minha marca da Fairy Tail, qual o problema Levy-chan?

— V... Você se lembra o que aconteceu com Mira?

— Mira? -ela ficou pensativa- Ela veio no meu quarto um dia antes de eu sair na missão com Natsu e conversamos sobre amor e coisas bestas.

Sua voz riu alegremente.

— Está preocupada Levy-chan? Mira estava um pouco triste e chateada mesmo -então colocou um dedo sob os lábios- Mas não posso contar um segredo.

Ela piscou travessa.

Foi como se ela gravasse algo ilusório e ver coisas que não existiam.

Que demônios? Essa droga que ela ingeriu fazia essas coisas?

Como são plantas raras, não existem muitos dados. Na verdade foi muito difícil bolar um antídoto com pouca informação, tanto que dei algumas ervas ao azar para Erza, Gray e Juvia buscarem.

Não estou muito confiante...

— Lucy -uma voz apareceu pelas nossas costas.

Esquecemos de fechar a porta, então quando nos viramos, tinha um homem de pé ali.

Seu corpo enfaixado, uma bata branca cobria seu corpo. Com a mão direita segurando firmemente o apoio do soro que ia direto em sua veia. A pele pálida e doentia contrastando com o cabelo negro escondendo seu rosto direito.

Rogue Cheney acordou.

Ele não deveria conseguir se levantar. Mesmo assim, igual o homem que segurou protetoramente Lucy Heartphilia nos braços sem se importar consigo mesmo, mais uma vez estava levando seu corpo ao limite, vindo ver a loira no mesmo segundo que despertou.

— Ro... -eu abri os lábios, pronto para brigar com esse paciente estúpido.

— Natsu! -mas outra voz se sobrepôs.

Congelei e rigidamente olhei quando a maga celestial ergueu os lençóis e correu para o moreno.

Ela o encarou aliviada e feliz.

Parece que todos os meus temores estavam se concretizando na frente dos meus olhos.

Então percebi. Algo muito ruim aconteceu dentro da cabeça de Lucy.

 

Rogue POV

A primeira coisa que voltou, foi minha audição. Mesmo que fosse através da paredes, pude escutar vozes conhecidas.

Essa foz familiar foi o que me trouxe pouco a pouco à minha consciência. Então tive que lutar com as pálpebras fechadas.

Uma luz cegante me atordoou por alguns segundos, mas não demorou para poder reconhecer um teto.

— Lucy -murmurei. Descobri que minha voz estava embargada e estranha.

Ergui meu corpo, no segundo que usei minha mão como apoio na cama branca, tudo pinicou.

Mordi meus lábios para forçar o braço e não cair.

Logo descobri que em meu peito tinha alguns fios colados, ligados à uma máquina de batimentos cardíacos. Os arranquei da máquina e segurei no apoio de soro ao meu lado.

Meus pés estavam tão sensíveis, que no primeiro contato com o chão frio, estremeci. Mas consegui ficar em pé. A sensação horrível de estar pisando em cascas de ovo imaginárias percorreu pela minha espinha e mordi firmemente meu maxilar.

Um passo, dois passos.

A dor no meu abdômen gritou em socorro. Ainda assim rumei para a porta. A voz de Lucy está aqui do lado.

Quando me deparei com o corredor, fiquei meio surpreso ao ver um cardume colorido na janela.

— Paciente, espere! -um médico veio correndo, com a cara em pânico. Provavelmente recebeu o alerta que o sensor de batimentos parou.

Ergui a minha mão para impedi-lo. De repente descobri que toda minha mão está enfaixada. Não, todo o meu corpo está enfaixado. Eu virei uma múmia viva?

Pensei um pouco espantado. Estou em uma condição tão ruim?

— Paciente, você precisa voltar -claro que o médico não respeitou meu aviso.

Então o encarei.

— Não se aproxime.

Quando viu a minha carranca, ele congelou levemente. Ah, sim. Eu estou sempre cercados por amigos, então esqueci como era desagradável lidar com estranhos.

O ignorei e fui para a porta aberta ao lado.

As vozes ficaram mais claras e eu encostei uma palma na moldura.

— Lucy -chamei.

Haviam três magos dentro da sala que me olharam surpresos.

— Ro... -uma azulada estava para me chamar.

— Natsu! -vi como a loira ficou encantada e alegre ao me ver.

Seus passos apressados correram até mim. Me senti meio amargo ao deparar com seu entusiasmo.

— Você está bem, Lucy? -ainda assim, perguntei gentilmente.

— O que está fazendo!? Olhe para você! -quando ela viu mais de perto os meus machucados, suas sobrancelhas franziram- Não deveria estar andando por aí! E se suas feridas se abrirem?

Bom, nem eu sabia como estou de pé. Todo o meu corpo dói e é meio difícil andar. Claro que não disse isso a ela.

— Rogue -McGarden apareceu atrás da loira. Os olhos castanhos dela avaliaram incrivelmente a maga celestial.

Mas estranhamente Lucy não respondeu ao meu nome. Ela ficou meio vaga, como se sua alma tivesse voado.

Logo, ela retornou.

— Natsu, melhor voltar para seu quarto!

Isso foi tão estranho que fiquei sem palavras.

Ainda assim não me resisti quando a loira me empurrou para o quarto ao lado. O médico estava congelado na porta.

— O que está fazendo? -Gajeel-san que também nos seguiu, se virou ao médico depois que todos nós entramos- Vá revisar o paciente.

Olhei para o homem que tremeu e ergueu o estetoscópio. Me sentei na cama ao observar ele se aproximar.

Não pude me rebelar aqui. Então deixei ser examinado obedientemente.

— Como está? -Lucy perguntou nervosa.

— Não é grave a ponto de estar em risco de vida, mas ainda não pode se esforçar -ele disse- Depois de uns três dias de observação, podem ganhar alta.

Escutei um suspiro da loira. Ela se virou para mim com um grande sorriso.

— Que alívio!

Comprimi meus lábios, a estudando. O que houve com ela?

— Lu-chan! -Levy chamou- Espere um pouco lá fora, vou conversar com ele.

E assim Lucy e Gajeel-san foram expulsos.

— O que... -comecei a balbuciar meio desnorteado.

— Ela... Está sob efeito de uma droga -veio a explicação, impactante como um raio- Parece que ela esqueceu de tudo... Pelo que eu vejo, provavelmente se recorda apenas antes daquele dia que ela foi em uma missão com Mira.

— Isso... Então ela esqueceu que veio para a Saber?

Ela assentiu com a cabeça. Sem me encarar.

— Há um laboratório no parque e existe essa droga lá. E está também sob uma forte ilusão. Como você viu, ela não reage à certas realidades que contradizem com sua memória. Por exemplo à marca da Sabertooth na mão, ela acha que ainda tem a marca da Fairy Tail.

Fechei meu punho.

— P... Por que ela me chama pelo nome de... Natsu-san? -minha voz tremeu sem querer.

— Talvez... Talvez ela precisava de um "Natsu" desesperadamente para a sua realidade de agora -foi a resposta amarga- Em algum lugar em seu coração deve saber que o verdadeiro Natsu não podia corresponder a ela.

— Está dizendo que eu sou um substituto?

Não houve resposta. O que aconteceu dentro da mente de Lucy, agora era um mistério. Por mais que Levy McGarden fosse inteligente, ela não tinha resposta para tudo.

— Sabe, para uma lavagem cerebral dar certo, você segura uma fraqueza para confundir sua mente, essa é a primeira porta que te permite mexer com suas memórias. E mistura uma verdade com uma mentira para ser mais acreditável.

Explicou. Significa que a memória de Mirajeene Straus e Natsu Dragneel, a perca dos dois quem ela amava, virou refém, fazendo sua mente abaixar as barreiras. E a verdade é que eu sou a pessoa mais próxima a ela agora, assim como era Natsu-san?

Então essa é a razão mais provável.

— Existe uma cura?

— Posso tentar fazer um desintoxicante. Já estou dando um jeito de arranjar os materiais, mas pode demorar um pouco.

Isso quer dizer que devo esperar até esse momento?

Respirei fundo.

— Tudo bem -murmurei.

— Rogue...

— Está bem. Eu posso fazer isso -então a encarei- Já pode ir.

A pequena mulher me encarou por dois segundos e assentiu com a cabeça.

— Eu só sei disso, sinto muito -ela sussurrou antes de abrir a porta.

— Não tem nada do que você se desculpar -respondi.

A porta se abriu, revelando uma loira aflita.

— Natsu! -ela passou por Levy, com os olhos grudados em mim.

Por cima do seu ombro vi a expressão triste da azulada. Logo ela sumiu, fechando a porta. Voltei a fitar a loira.

— Natsu, você está bem? Como está se em sentindo?

Senti meu corpo ser observado dos pés a cabeça, e a cada bandagem que ela contava, mais seu rosto ameaçou chorar. Tomada de culpa.

Pfff... Hahahahah! Eu não acredito nisso Rogue Cheney! Hahahahah! Oh meu Deus! Oh meu Deus!! Você deu seu coração e alma para una mulher que confundiu você com outra pessoa!

De repente congelei.

Deus? Agora a sombra se tornou crente? Perguntei irritado.

— Natsu? Está doendo muito?

Ah não! Alguém me segura! Hahahahah ela disse o nome do ex! Oh não!

Já chega.

Cale a boca!

Suprimi a voz dentro de mim. Mas sabia que ele ainda estava rindo.

Minhas pupilas tremularam levemente. E encarei aqueles olhos achocolatados que tanto me cativaram.

Mas até isso foi doloroso.

O meu coração se espremeu e ficou com raiva. Fechei os punhos. Uma coisa ardente queimou minhas entranhas. Pensei em gritar com ela.

LUCY, OLHA PARA MIM, QUEM ESTÁ NA FRENTE DOS SEUS OLHOS? ME DIGA, QUEM VOCÊ ESTÁ VENDO?

Mas no segundo que me lembrei do sorriso de Lucy ao ver "Natsu", não pude dizer nada. Tudo foi sufocado na minha garganta.

Comparado com Natsu-san, que é alguém muito alegre, alguém contagiante que te faz subir de humor só de estar no mesmo espaço que ele. Eu sou uma pessoa sombria.

É por isso que... Não sou bom o bastante?

Quem iria gostar de um monstro que pode ficar louco a qualquer momento, igual você? Hahah

De alguma forma, sorri desamparado.

Parece... Que não sou o escolhido. No fim, nunca pude ser a pessoa que possa preencher o vazio do seu coração?

Por um tempo, pensei que senti Lucy ter sentimentos por mim. Mas era tudo uma miragem. Um som irônico saiu dos meus lábios. 

Eu sou um apenas idiota iludido.

— Ei... Qual o problema? -sussurrou, seus olhos brilhando inocentes enquanto me sentia cada vez pior.

Expressei a amargura no meu rosto e agora está preocupada.

Mas sei que a pessoa quem ela está vendo, não sou eu.

Peguei a sua mão levemente.

Ainda assim...

Ainda assim eu não posso brigar com Lucy Heartphilia.

Agora é tarde demais para negar. A verdade é que você me tem nadando entre seus dedos. E eu, um tonto, pulei de cabeça nessa armadilha.

É um sentimento tão intenso que só de segurar sua mão me senti diferente. É doloroso e emocionante. A palpitação no meu peito está me incomodando a ponto de sufocar.

Lucy, eu te amo.

Os olhos dela tinham preocupação infinita. É tudo isso o amor que você sente pelo Natsu-san?

De repente subiu um ciúmes flamejante no meu peito.

Meu coração não está disposto a aceitar isso.

Lucy, por que não pode me escolher? Natsu-san é tão bom assim?

Claro que ele é melhor que você.

Coloquei sua mão na minha bochecha.

Respirei fundo, para o soluço não sair dos meus lábios.

— Aonde está doendo? -ela expressou angústia ao olhar para o meu rosto.

"Talvez ela precisa de um Natsu desesperadamente"

Uma dor tão profunda que ela tem ilusões com ele. Uma saudade tão dolorosa que esqueceu que ele é inalcançável.

Franzi as sobrancelhas para acalmar minha mão trêmula.

Mas a verdade é que quero chorar.

Dentro de mim existe algo egoísta e retorcido. Uma escuridão que poderia me devorar e enlouquecer. Mas Lucy estava se tornando na minha estrela nesse abismo.

E a cada momento sentia que mais a quero. Num desejo de roubar essa pessoa para mim.

Então senti medo ao perceber uma coisa.

Ela nunca foi minha. E pode ir embora a qualquer segundo.

Levy vai trazer o antídoto, nesse momento, vai ser a hora de despertar.

Mas até lá eu sou permitido sonhar?

Um pequeno desejo surgiu, retorcido igual o meu coração.

Tudo bem. Você precisa disso certo?

E se... Eu fingir ser esse homem que você está procurando, posso acreditar que você vai estar comigo um pouco mais?

Não importa se você me usa, me veja como um substituto, ainda assim... Vou aceitar e tomar esse papel.

Não se importa? Você é um péssimo mentiroso Cheney.

Então, por favor Lucy, não saia do meu lado.

Alarguei mais o meu sorriso, fechei os olhos para sentir o calor de sua mão no meu rosto.

— Natsu? Qual o problema? -sua voz estava nervosa.

Quando a encarei, seu rosto corou levemente.

Meu coração doeu contrariado. E eu o ignorei.

Porque nesse momento, tem uma coisa muito mais importante do que meus sentimentos.

A minha preciosa estrela.

Essa viciante pessoa que me abraçou com carinho.

Lucy, me apaixonei por você.

E para te ter ao meu lado, me deixe ser Natsu Dragneel.

— Natsu?

— ... Sim? Eu estou aqui, Lucy. -respondi.

 


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